Poesia Completa e Prosa
OURO É TOLO
O ouro, já não reluz...
Como reluzia ah tempos atrás.
Nesses dias de hoje...
Até a luz, vai reluzir, e se desfaz.
Aquela alegria que escancarava
com a verdade de um sorriso
também, já não existe mais.
Tudo que era para ser preciso,
tornou-se indeciso, até para o céu,
para o infinito juízo, e planos,
a certeza da fé...
É uma flecha vagando ao tendeu.
Ouve um tempo...
Em que existia ouro
e o mal agouro, era de tolo
Hoje, todos os tolos, são bobos
e o ouro, é estouro de tolo.
Antonio Montes
ABELHAS
Abelhas e suas aldeias
zoam pernas de centopéia
centenas de milhares cheias
abelhas novas, abelhas velhas.
Lá no sopé do morro
pelo campos e pirilampos
voam, abóiam em estouros
ferroada em couro, retrancos.
Abelha, colméia e mel...
Tanto encanto com flores!
Polens na áurea do anel
juntando assim, os amores.
Quanto cuidado ao quartel!
Sua rainha... Um magistral,
procria no dia de aranzel
ainda faz, geléia real.
Abelhas, canto e encanto
relíquia, milagre e segredo...
Guardados a quatro cantos
um manto vivendo, o sedo.
Antonio Montes
BICICLETA
Qualquer hora d'essas...
Vou concertar, a minha bicicleta!
e sair por ai...
Pela descida, subida e divertir
E vou sonhar pela noite
e sorrir de alegria...
vou colocar em açoite
todos marasmos dos meus dia.
Com vento no rosto...
Descerei o mês de gosto
com gosto, bem disposto.
Farei ciúmes ao boto
peixe rosa... Que mal gosto!
uma cor no lado oposto.
Antonio Montes
ATLETA
Não sou atleta, nem jogo bola!
Mas sou bom de bicicleta...
Com duas rodas;
atiro ao tempo, meu desalento
e vou me lendo, muito atento.
Rodar me roda e me incomoda!
Na descida todo dia
rodas, rola e enrola horas...
Protegendo, minha alegria.
Há quem diga, que fadiga!
Na subida, quem me diga...
Galgando metro em desalentos
sua corrente, é meu tento
e com esses... Ranger de dentes
Vou pelo meio, desse meu tempo.
Voou com asas, dos sentimentos
lá para cima, que nem peteca
pelas correntes, desses meus ventos
se perco o breque, ela não breca.
Antonio Montes
Um pouco de mim...
Vou sorrir mesmo triste, o coração é como um cofre que só nós temos a chave.
Deixo a tristeza no fundo, retiro a alegria da beirada, porque é melhor a dúvida diante de uns poucos talvez para sorrir, do que as muitas certezas para se entristecer.
Quando estou triste sento-me à soleira da porta e embebo meus olhos e ouvidos nas cores e nos sons da paisagem.
Não me interrogo e nem me procuro, apenas escrevo.
O que nos define não passa de palavras criadas através do ponto de vista dos outros.
Muitos me veem, alguns me enxergam e poucos me descobrem.
Sou o que quero ser para aqueles que apenas me veem.
Bom dia...
expressão simples de se dizer,
mas que muitos não a dizem
por preguiça ou mau humor...
Toque o coração de alguém
com um “Bom dia” cheio de
verdade e amor...
não importa quem seja,
o que realmente importa
é que você terá e fará
alguém ter um ótimo dia.
Deus te abençoe...
e um
BOM DIA!!!
"Esperou-se tanto o melhor dia, o momento certo... Esperou-se tanto, um sinal divino que viesse de fora...
Que não ficaram juntos, não houve história, não se teve tempo... Um esperava o outro, mas os dias seguiam, indo embora...
Esperou-se tanto que passou uma vida inteira, porque para eles, nunca chegou a hora..."
O POEMA PERFEITO
Escrever o poema perfeito,
Aah... Quem me dera...
Mas, para mim, os versos perfeitos não seriam os que caíssem na boca do povo,
Mas sim aquele que fosse recitado por ela,
Aah... Quem me dera,
Após recitá-lo, minha boca indo de encontro a dela.
Aah... Quem me dera...
Para mim, esse seria o verso bem feito,
O estrofe magistral, o poema perfeito.
Ceia para mim ou ceia para você:
Então é natal
E o que você fez?
Mais um ano banal,
miserável outra vez
No dia vinte e quatro,
Nobres se presenteiam
No dia vinte e cinco,
Pobres se angustiam
A Coca-Cola mente,
Diz que o Natal é para todos
Mas coloque em sua mente,
São os maiores engana bobos
Drummond procura alegria,
Você procure uma planta que semeia,
Numa mala vazia
embarcando sorrisos em ceia.
No meu tempo de menina
No meu tempo de menina
havia um encanto no ar
e todos os cheiros de lembranças boas
levam-me, hoje, para outro lugar.
Daquele tempo tão bom
lembro-me do cafezinho torrado
pelo meu avozinho paterno...
Era um cheirinho de felicidade
e eu podia saber que tudo estava bem
e que aquilo, pra mim, era amor de verdade.
Havia também a implicância da minha avozinha Maria...
que apesar de nos amar, ao seu modo,
era bastante “bravinha”,
mas isso era normal, pois seu jeito era o que fazia
as coisas se tornarem , no final, bastante especial.
Lembro também dos meus tios, arteiros e brincalhões
O mais novo era estudioso e autêntico
e o do meio, brincava, mas era um pouco “xaropinho”
apesar disso, lembro-me deles com muito carinho...
hoje, entre nós, eles não estão mais,
mas peço a Deus que eles estejam em paz.
No meu tempo de menina
havia também o cheirinho de pão...
pãozinho perfumado e quentinho
da minha querida avozinha materna, Rosa...
sempre fofinha e cheirosa
e de quem eu gostaria que fosse eterna ...
Também tinha meu outro avô...
que saia para vender pães e sonhos
e sempre usava o bordão
“Quem quer sonhar, vamos sonhar”
E com isso sentia-se importante
todo dia, pois alegrava algumas pessoas
só com o que dizia.
No meu tempo de menina...
minhas tias e tios brincavam também...
e de cada um, hoje, tenho comigo
todas as lembranças que me fizeram bem.
Como cantar com a tia Ana
que vivia dedilhando o violão.
Os nomes deles e delas são vários
e espero não esquecer ninguém:
João,Santa, Bê,Isaías, Ana, Liza e Bel...
e com a última ainda deu tempo
de cantar “Doce Mel”.
No meu tempo de menina
havia um clubinho também...
era um clubinho ‘sério’
criado pela Cris,
que hoje está no Japão,
onde quem era a presidente
e mandava como um juiz
era a Patrícia, que está lá junto com a Cris;
tinha também meus primos Luciano e o André...
e nós,juntos... meu irmão, eu meus primos e primas
fazíamos tudo com alegria, amor e fé...
O meu tempo de menina
não foi um conto de fadas,
pois também teve tristeza,
mas prefiro não falar sobre isso,
porque da poesia tira a beleza.
Do meu tempo de menina
trago boas recordações
brincava de várias coisas:
boneca, professora, bicicleta
era muita diversão
Ah!... E brincava até
de “Comandos em Ação”
No meu tempo de menina
tive um irmão companheiro...
que hoje é um lindo homem,
gentil, carinhoso
e continua sendo parceiro...
No meu tempo de menina
amava ver o amor dos meus pais
porque, mesmo não sendo perfeito,
eu os admirava demais.
No meu tempo de menina
não havia complicação,
pois era só brincar todo dia
e finalizar pulando, até cansar, no colchão.
No meu tempo de menina
havia mais “gente fina”,
porque podíamos brincar na rua
sem nos preocupar com quem estava na esquina.
É, com certeza, tive uma infância feliz
Uma família que sempre me amou
e sempre acreditou em tudo que eu quis.
Esse tempo de menina
traz saudade demais,
principalmente de algumas pessoas
que daqui se foram e não voltarão
nunca mais.
Entretanto, isso não é tristeza,
mas a certeza de que lembranças
boas não são deixadas para trás.
Leandra Lêhh
FELICIDADE
Quando “eu era feliz e não sabia”,
– como diz o poeta, na canção –
aos meus desejos, sempre, com ironia,
o meu destino respondia: não.
E tudo o que eu sonhava, a cada dia,
sempre ficava além da minha mão.
Se era feliz quem tinha o que queria
eu nunca pude ser feliz, então.
Hoje, afogado na realidade,
relembro a minha infância, com saudade,
não por ter sido um tempo em que eu sonhei,
mas porque, ainda envolto em fantasia,
eu não era feliz e não sabia,
como hoje não sou…mas hoje eu sei.
SEM MEDIDA
Quem diz que ama muito ou pouco, mente
ou não conhece o amor, na realidade,
pois não se mede o amor em quantidade,
se ama ou não se ama, simplesmente.
Quem ama, embora sonhe com a eternidade,
ainda assim não sonha o suficiente
e em nada modifica o amor que se sente,
seja na dor ou na felicidade.
Não há um meio olhar ou um meio beijo.
Ninguém tem dez por cento de um desejo
nem existe carícia desmedida.
E o amor, sem ter tamanho, é tão profundo
que podemos achá-lo num segundo
ou procurá-lo, em vão, por toda vida.
Talvez fosse melhor sair de fininho, desejando baixinho, continue assim sempre linda, bela sorridente, menina de ouro, um verdadeiro presente.
Talvez fosse melhor sair de fininho, lembrando baixinho todas as fragrâncias, perfumes mágicos, lindas lembranças.
Talvez fosse melhor sair de fininho, desejando baixinho, aqueles olhos lindos não despertam nenhum sentimento, a cabeça finge que é verdade, o coração não faz questão de estar em consenso.
Talvez fosse melhor sair de fininho desejando baixinho, esse ciúmes tolo não vire uma bobeira a beça, uma bobeira de um tolo, um coração que está bobo.
Talvez fosse melhor sair de fininho, desejando baixinho, aqueles momentos singelos se tornem momentos eternos, brincadeiras, sorrisos, marcas para uma mente, para um coração um elo.
Talvez fosse melhor sair de fininho, talvez fosse melhor ficar onde está quietinho, de longe se fazer presente, de perto transformar tudo em carinho, talvez fosse melhor aceitar uma força maior, talvez fosse melhor sumir e ficar só.
Talvez...
Carlos Alexandre C. Pereira.
POEMA DE UM DIA CHUVOSO
Nos dias em que o céu chora,
toda a minha alma se inunda de tristeza
tirando-me a alegria, de não poder deleitar-me
com os raios solares,
que todos os dias, acordam –me de mansinho.
“Olá bom dia!
Não há alegria em mim
que resista a estas lágrimas contínuas
de pingos, e pingos a cair do céu
sem contrafeitos sorrisos; de Primavera.
Assim nasceu: hoje o dia!
Uniformemente pardo,
chuvoso, frio e soturno,
açoitado pelo vento norte.
Não há árvore que não ramalhe,
desde as seculares às levezitas,
Vergam ao peso do raivoso vento,
que pretensiosamente goza,
das honras competitivas.
Assim nasceu: hoje o dia!
de densas nuvens grisalhas.
Que parecem tomar –nos a presunção
de não nos deixar ver (…) o vestido azul do céu!
Um homem e a estrada (ouvindo um som das antigas)
"Existe uma estrada,
E um homem a seguiu,
Existe essa estrada,
No fim dela o amor o homem sentiu.
Um música lá longe,
Um homem e uma estrada,
A estrada ali vai continuar,
Já o homem lá você não mais verá.
Um homem na estrada,
Seu caminho não é tão reto assim,
A estrada o levando muito além,
O homem que a Deus pede para o cobrir.
O homem tem seu nome numa lista,
Já não se importa com o passado,
Um homem e uma longa estrada,
Sua finalidade apenas sua liberdade."
Eu era humana, mas
Esqueci meu amor,
Esperei ser regada
Como se fosse flor.
Meu lado humano foi
desmanchando,
Flori nas desculpas.
Outrora dancei no sol,
Outrora chorei nas chuvas.
Criei espinhos
Larguei meu ser.
Virei cacto 🌵
🌹 Deixei rosas.
Eu já fui humana
Mas não tive amor próprio
Agora o que restou?
Vivo como flor morta.
A Vida em um espetáculo
A vida é arte,
Tropeçar e cair fazem parte,
De um grande espetáculo como o de nossa vida,
Ensaios não são permitidos,
É tudo no improviso,
A plateia é crítica,
E nada fácil de se arrancar um riso.
Muitos dirão o seus erros
Muitos mais dirão suas faltas
Mas poucos reconheceram seus acertos
E em um espetáculo como o de nossa vida
Eles ficam em sua mente como em um grande acervo
É importante lembrar que no espetáculo de sua vida
Você é diretor, ator, escritor, cantor.
E importante lembrar que só com sua brecha
Outro personagem toma conta,
E por isso as melhores canções,
Devem ser cantada de ponta a ponta.
A vida não te permite ensaios,
Aproveite enquanto ha tempo,
Pois no final a cortina fecha,
E tudo o que você fez,
Vai parecer apenas um momento.
ANAJATUBA.
Oh! Querida anajatuba.
Tao distante de ti estou.
Minha princesa de belos campos.
Voltar para te ver eu vou.
Sinto o perfume dos teus campos.
Tu que és de mistérios e magia.
Amo-te terra minha.
Tu és minha poesia.
Tantos são os teus encantos.
De modo que nao se pode contar.
De filhos altivos e honrados.
Terra de crendices e de anajá.
Terra de campos verdejantes.
Tenho-te profunda afeição.
Terra de encantos e mistérios.
Terra idolatrada do meu coração.
TERCEIRO MANDAMENTO HUMANO:
Fazei do Domingo o vosso dia da graça... olhai para frente, olhai para trás, olhai para cima, exceto baixai os olhos para contemplar as mortalidades rotineiras; descansai no alto da colina que vós mesmos erigistes com a força das próprias mãos, com o suor do próprio rosto, com o gume afiado das próprias unhas encravadas na terra... gente que é gente, não cava a própria cova, modela e constrói a colina mais que vos seja possível, simplesmente para sentar no topo do mundo e ver, na paz reconfortante do último dia, o triunfo individual que a ninguém mais será dado o privilégio de testemunhar.
Fui te escrever um poema, encarei seus olhos na foto e arrumei um problema.
Me cativou seu olhar, me colocou uma algema.
Então reclamei com a beleza, perguntei o que escrevia.
Mas me disse a natureza, que você é a real beleza e a mais linda poesia.
Uma linda mulher guria, que atende por nome Talia
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