Poesia Completa e Prosa
Renúncia ao conflito
Não precisava ter escrito,
Mas o que presenciei,
Nunca busquei
E não quero levar comigo
Neste dia, meu coração bateu forte,
Como a sentir a dor da morte
Daquela que me estende a vida
E que nunca mais quero ver ferida
Eu nunca depreendi a humanidade,
Mas não há razão para tamanha crueldade,
Para quem busca entender sua natureza,
De estréia, afirmo: encontrará rudeza
Deixo agora, então, uma lágrima
Por um ódio ensandecido
Que afligiu tanto este amor que sigo
E deixo, eternamente, o meu sorriso,
Fruto do mais lindo sentimento vivo,
Que vai sempre me acompanhar
Enquanto ao meu lado ela ficar.
Sem querer
Senhor, em preces suplico:
Esquecer-te de mim,
Agora teu inimigo
Não desejo teu alento,
Todas as mulheres, eu sei,
Vieram a mim comprazimento
Minha ‘alma pulava,
Meu corpo cedia,
Minha mente enceguecia
Morei entre o puro e o impuro,
Repousei sobre livros no escuro
E matei todos os melhores que eu
De tantos sofrimentos,
Meu espírito padeceu,
Temi então, deixar esta vida,
Como quem nada viveu
Deixei todos os amores
Que geravam minhas dores
E, cansados, partiam,
Dissolvendo minhas noites
Senhor...
Frívola e gélida,
Minha ‘alma já não grita pelos cantos,
Depois de ressentimentos tantos
Se quiseres agora, me condene!
Minha alma jaz ruinosa
E qualquer paixão que adentre,
Será repudiada como leprosa
Por favor, Senhor,
Cuide dos corajosos do teu mundo,
Que em meio a escabrosidades
Encontram motivos para viver
Esquecer-te deste imundo,
Que em ato covarde quer falecer.
Intuition
É quando estou observando, atento, o tempo,
Relacionando-o com um acontecimento
Sinto-te, me invadir, o saber dos saberes
E o que pode dizeres? Quanto sabes, quanto?!
Já te conheço de erros passados
Poderia, eu, evitá-los...
Mas por que não lhe cedo o senso?
Tu me vens e eu desconfio, penso, penso...
Mas, ao final, desconsidero-te, ó Intuição
Porque tu não dispões de razão
Vezes contrariastes insistente, minha vontade
Sei, só queres dizer-me a verdade
Mas quem saberá o momento, a ocasião
Em que terei de creditar-te o sucesso de uma ação?
Vivo o medo de bem agir
E não saber, no desfecho, explicar
Porém os passos haveriam de surgir
E esquecer-me-ia de lhe honrar.
Queria eu saber usar-te,
Apesar de não entender de tua arte
Sei que funcionas bem e nada cobras
É o melhor saber para quem a detém
Para o que acompanha tuas manobras
Certas vezes, confiei em previsões tuas
E é certo dizer que sempre acertei
Porém, não hei de conhecer tuas ruas
E nunca, nada importante arriscarei.
És e serás, portanto, do meu dia-a-dia
Das decisões pequenas e da mente vazia
Quando eu já não dispuser de artifício nenhum
Que justifique o passo seguinte, o estagnar ou a escolha do rum
O Roceiro
Pelas paredes gretadas
Mugidouras vacas deitadas
Paciente e ruminante
Observava, ele via
O amanhecer no horizonte
Lá vem a barra do dia.
Acorda mulher, acorda Lia
O algor cobria de neve o chão
Que frio!... Virgem Maria
Levanta mulher, coragem e opinião
No poleiro, não tem mais galinha
Façamos junto a oração
Salva-nos, ajuda-nos oh!... mãe rainha
Opinião! Opinião! Exclama
Com mãos calejadas o rosto lava
Descalço, pisa n' água, na lama
Se não fosse ele, homem chorava
Sorrindo, alegre, a vida leva
Mulher!... este frio é geada
Mas enquanto o café côa
Amolo minha enxada
Pois, não gosto, não fico a toa
Também trato das bicharadas
Dos porquinhos e da marrôa
Marido o café tá coado
Vem beber senão esfria
O roceiro vem afoitado
Não vim antes, não sabia
Bebe e pega seu machado
Nossa lenha não vai ao dia.
É triste; não sei ler, sou tapado
Amanhã preciso de arrogo
Marido!... me dá licença
Vou por feijão no fogo
Desculpe, arrogo não é doença
Fala logo com seu sogro
Meu pai tem clemência.
A tarefa d' manhã terminada
O roceiro vai sossegado
Cachimbo na boca e na mão a enxada
Também no ombro o machado
Derrubar a matarada
Onde tudo é plantado
Descalço, nos trieiros, na saroba
Alegre, cantando, não tango
Pula, um bicho, é cobra
Foi engano é um calango
Que bela mata e gigante peroba
Roço, queimo e planto morango
O céu, a serra enfumaçada
Dos roceiros a história narra
Árvores deitadas, folhas esturricadas
Por todo lado zumbido de cigarra
É tempo agora de queimadas
Quase tristeza o roceiro agarra
Vamos urgente aproveitar
Chegou a flor do mandacaru
O sol não vai mais esquentar
Que fumaça! Foge o inhambu
Nossa roça vou por fogo, queimar
Essa chuva não vai pegá-la cru
Mulher!... Vamos agora plantar
Arroz, milho, mandioca e feijão
Se o pai do céu nos ajudar
Vamos fazer um farturão
A nossa fé não pode, não vai faltar
Não esquecendo da oração
Na roça tudo é dureza
Lá dá praga pra chuchu
O prejuízo é quase certeza
Corre perigo da cobra urutu
Formiga, cupim é da natureza
Destruidores, passo preto e tatu
Quando planto, sou feliz
O tatu, mandioca e milho ranca
O roceiro não maldiz
E por Deus, não adianta
Formiga nas folhas, cupim na raiz
E vem o sol virgem mãe santa
Chega então a colheita
Houve grande resultado
Labuta, sofre, não deita
Corajoso, alegre vai o coitado
Uma boa cama ele enjeita
Foice no ombro, fazer novo roçado
A história do roceiro
Ela é indeterminada
Bolso limpo sem dinheiro
E a ele não falta nada
Veste algodão e sempre caseiro
Crê em Deus, crendice e fada.
Preciso dizer o que quero?
Decidi ligar para você
Só para saber se não está fazendo nada
Se pode sair comigo pra qualquer lugar
E só voltar de madrugada
Não precisa ser um lugar especial
É que eu sozinho não fico legal
Prefiro deitar em cama bagunçada
Sabe...
As últimas coisas que fiz com você
Por mais completas que me pareceram ser
Prefiro pensar que estão inacabadas
Decidi ir ver você
Ficar ao pé da escada
Esperando que abra a porta
Esperando que esteja animada
O que vamos fazer não importa
Com você seguirei qualquer estrada
Só peço que na volta me descanse a alma
Em fria chuva, me chame em chamas para sua casa
Caminhos de pedra
Pelos caminhos gretados,
Duas paixões são divididas,
Por caminhos estreitos,
Às vezes existem barreiras
Impedem o florescer
De uma paixão a dois,
E o amor, tão grande,
Não consegue derrubá-las
Mas, pelos labirintos de pedra,
Sempre haverá vida,
Uma rosa...
Vermelha, branca ou colorida.
O amor imenso, pode não derrubar,
Mas o que lhe impede de desviar?
Seguindo este longo caminho
São encontrados espinhos,
É encontrado escuridão.
Mas no fundo, sabem de sua paixão.
E, todo caminho que tem espinhos,
No final/ápice traz um botão
Que floresce da união de dois corações.
Quando?
Quando deixaremos de ficar sozinhos?
Quando assumiremos o que sentimos?
Quando uniremos nossos caminhos?
Quando deixaremosos devaneios
E diremos um para o outro,
Para o mundo inteiro?
Quando assumir que nosso amor
Bateu cedo no coração
E só agora reconhecemos sua razão?
Quem de nós saberá aduzir
Todo este sentimento confinado,
Que só sofre porque não foi libertado?
Quem de nós agirá direito
E ousará dar o tiro certeiro
Que espera ansioso, o peito?
Quando iremos unir os lados,
De nossos desejos perenes
Há muito já alentados?
Senão você,
Quem mais pode me conceder
O melhor de todos os amores que desejo receber?
A NAVE
Toque toque toque toque
Foge foge foge foge
Vem voar comigo
Que o amor é uma nave
Adolescente sem juízo
Formando o caráter
Maria vai com os outros
Mostra o desespero
Na falta de conhecimento
Conhecemos o errado
O primeiro beijo
Você pensa que é pra sempre
So dura uma semana
Começou na esquina termina noutra esquina.
Toque toque toque toque
Foge foge foge foge
Vem voar comigo
Que o amor é uma nave
A nave do prazer da loucura da paixão
A nave que aterrissa dentro do seu coração.
Que o amor é uma nave
A nave do prazer da loucura da paixão
A nave que aterrissa dentro do seu coração.
Poeta Antonio Luis
12/02/2015
ELEVADOR
Ele vai subir ele vai subir
Quando você entrar
Ele vai subir ele vai subir
Você vai gostar
Ela mora na cidade grande
Mora num prédio gigante
É um edifício
É tão difícil subir pela escada
Vou de elevador vou de elevador
Com o meu amor
O elevador ta levando agente
Eita transporte diferente
Sobe e desce sem parar
Eu também vou andar nesse elevador
Vai matuto vai doutor.
Ele vai subir ele vai subir
Quando você entrar
Ele vai subir ele vai subir
Você vai gostar
Poeta Antonio Luis
22/08/2009
UMA DOCE ILUSÃO
Foi lindo demais o amor da gente
não quero deixar pra trás o nosso amor permanente
foi namoro foi paixão
agente fez amor escondido
eu fui teu abrigo
passei ate perigo
eu sair com minha vida
mais meu coração estar destruído
te quero outra vez comigo.
Se for pra sofrer
tem que ser agora
não vou te esquecer
porque, meu coração te adora,
toda noite eu te chamo
porque eu te amo.
Poeta Antônio Luís
Você foge, me xinga, me indifere ...
Diz que ama odiando, gosta desgostando
Senti falta se isolando
Ama, chora, ignora, tudo isso quem sabe outrora
Eu amo, digo, faço, falo ...
Amo provando, acreditando, tentando
Sendo eu e você ao mesmo tempo
Nesse momento, no agora acinzentado por esse querer
Às vezes chego pensar passa-tempo
Um barco sem leme, pássaro sem asas
João ninguém, gostando sozinho
Prisioneiro do gostar
Talvez se um sulfite me definisse
Dois lados brancos, vazios, sem fim
Um em branco e outro por rabiscar ...
Te amo !
ALGO AINDA MAIS ESTRANHO E INEXPLICÁVEL
Desde que as fábricas do Cinturão de Órion
Patentearam os rubik’s cube
Invenção barata feita pela raça
Do terceiro planeta de um sistema solar
De uma galáxia empoeirada
Ficou impossível para todos
Ter uma razão de existir
É bem verdade que ainda
Existiam as palavras-cruzadas
Mas não era a mesma coisa
Os governantes da terra ainda se organizaram
Para a partir de uma base em marte
Enviar uma missão de camelôs astronautas
Para comprar o objeto em Alnitaka
Mas foram barrados pelo alto custo da missão
E pelo questionamento de políticos socialistas
Que suspeitavam que os cubos seriam
Comercializados a preços absurdos
Priorizando uma minoria burguesa
Preocupado com o alto índice de suicídios
O presidente das galáxias tomou uma medida
Que obrigava as fábricas enviarem um cubo
À cada planeta do universo e que os deixassem
Aos cuidados das mais famosas instituições planetárias
As fábricas tiveram prejuízos
O que as levaram a comprar peças
De segunda para os motores de dobra
Das naves mercantis interestrelares
A nave que trazia o cubo ao planeta terra
Errou o calculo da dobra e foi para o passado
No planeta na cidade das sete colinas
Fizeram o primeiro contato com a instituição
Os homens de vermelho e chapéus engraçados
Não sabiam como tratar aquele assunto
Mas o entregador como todos os entregadores
Queria apenas cumprir seu dever
E deixou o objeto ali mesmo na porta embalado
Em plástico-bolha o que mais tarde seria
Uma febre mundial estourar aquelas bolhas
Que faziam barulho agradável aos sentidos
Os velhinhos de chapéus engraçados
Carregaram o objeto para dentro
E ali começou o maior de todos
Os desafios que tiveram em suas vidas
Anos a fio tentaram resolver
O enigma daquele cubo
Doutores foram levantados
Mestres questionados em oculto
Muitos ficaram loucos de pedra
Até que um dia para conter o frenesi
Dos que queriam resolver o cubo a qualquer custo
A instituição o colocou numa caixa e o trancou
Numa sala onde um único homem teria a chave
A sala ficou conhecida como a sala das lágrimas
E voam anjos...
...
...eu os vejo pela janela...
e pra eles sopram os ventos nostálgicos...
E a efígie acorda os sentidos... As emoções...
procuro na memória momentos perfeitos...trilhas perdidas...
Alucinação... no orvalho da manhã
somente o teu rosto esculpido na vidraça
por meus dedos... Desnudos...
O real e o irreal da paixão nos permite viajar
Na brandura do tempo... E no meu silêncio existe um mundo intenso
De sons...na metamorfose dos meus sentires!
UM OLHAR PARA ALÉM DA NOITE
E vejo o mar... e sinto a brisa a afagar meu rosto...
e o aroma das flores na minha varanda... E beijo o silêncio
Qual se fora folhas de outono a volitar na tentativa de
Alcançar o tempo que se foi...
Ah! E as nuvens viajam no palato celeste
Cruzando as alturas...
Em meu peito ardem as lembranças que sorvo
E viram estrelas que brilham nas noites dessa profunda solidão...
E arde em meu peito esta saudade... Que incendeia e sangra a minha alma solitária
E fantasio com sonhos que se eternizam em meus versos...
... inquieta lanço um olhar para além da noite
À espera de ti!
O tudo que há em você é...
Um olhar longe que esta tão aqui...
A vontade tão visceral de quando o silêncio quer gritar.
Os olhos que sempre querem que eu ascenda com seu sorriso vertical, deixando seu eu em mim... e eleva minhas virtudes, com seu jeito leve que faz voar, depois me deixa procurando coisas dentro de mim que são você...
Gosto quando...
Você inesperadamente surge de mancinho
Olha nos olhos rapidinho
Oferece sua mão como guia
Me leva e coloca esguia
Então seus braços me envolvem num abraço
Não dou sequer um passo fora do seu traço
Nossos corpos se unem numa comunhão de sensações,
Que tensionam, aliviam, cativam e suscitam
Estamos juntos no mesmo compasso
Se me disperso, lá vem o seu laço
E flutuando de olhos cerrados,
novamente fico entregue aos teus braços
Ouço nossa respiração e pulsação,
No mesmo ritmo da canção
E quando está ficando bom, que pena
Agradeço, me despeço e espero novo recomeço.
Eu só quero ouvir sua voz
Pra que meu dia comece bem
Eu só quero sentir seu beijo
Pra matar um desejo
Que sentindo seu beijo
Eu me enlouqueço
De mais eu quero esse seu beijo
Do sorriso eu te quero
E mais perto eu espero
Mesmo que a distancia é grande
Não mata as nossas lembranças
O amor é grande
e o coração pequeno
mais eu e você mais forte que um vento
e de mil palavras tão escritas
num papel com uma poesia
doce como o céu
e de mais te quero nesse pedacinho de mel ...
"Depois do nocaute na alma e disparo no coração.
Fico querendo aquele jeito que me atinge de uma forma suave tão forte.
Seu olhar que não me olha, mas olha de uma forma escondida cheia de vontade.
Essa febre de você é uma constante, mesmo que tão variável. Minha vida em mono, ai você vem e a coloca em estéreo..." (...)
"Coisas que você deixa em mim.
Algo que só você deixou...
Sentimentos e sensações que fazem eu me sentir iluminado.
Uma energia maravilhosa que se expande de dentro pra fora.
Toda essa aurora que me causa uma fome de mundo, devido a magia do seu coração cheio de cores, lugares, emoções...
Toda sua magia de mudar horizontes...e esse algo que você sempre deixa com o infinito que há em você..." (...)
"Você me deu tantos sonhos para sonhar que nem quero mais dormir.
Me deu olhares que não me viam tão longe ...
Coloriu minha vida como quem vem de um lugar maravilhoso.
Ainda estou aqui... Sentindo o sentido dessa coisa toda que você trouxe com seu mundo pessoal, tão próprio pra mim..."
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