Poesia Completa e Prosa

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Calafrio
Sempre feliz, sempre alí, com um sorriso tão lindo que parece nao caber no rosto.
Do tipo que te envolve e te faz querer mais que molhar os pés. Te faz querer abraçar os peixes e tocar o fundo do mar.
Sempre no seu mundo. A poucos passos, mas tão distante. Te chama e te deixa,te tira e te põe, se alegra e se queixa. Você quer, mas não pode ... e ela sempre que quer, pode.
Ela encanta, atrai, seduz. Não ilude, cativa, aviva, ativa. Faz coisas sem pensar, que se eu mesmo pensasse não faria tão bem.
E por fim, como se fosse facil por um fim, é de um abraço tão profundo que ao mesmo tempo te aquece, te derrete e te deixa com frio... na barriga.

Eu amo a vida...
As vezes me pego apenas vivendo, esqueço de tudo, das pessoas, dos problemas... apenas olho pela janela e espero o tempo passar.
Passo dias curtindo a vida, vejo as paisagens, ouço os sons, sinto os gostos. Nem se quer lembro-me dos meus familiares ou amigos. É estranha essa sensação de apenas viver, não é ruim, é sublime.
Com certeza o pior desperdício da vida é o tempo gasto tentando achar um propósito pra tudo, pois a vida foi feita para o propósito mais simples do mundo: viver.

palavras que calei em meus tormentos
agarrei-as pelas pontas dos dentes
enxugando as suas lágrimas com a língua

falavam de horror e do tempo de amor
de uma paixão que não se incrimina

vou te falar o que existe no meu pensamento
na libertinagem do encanto
talvez não fale quem amo tanto
por ser a obra do meus inventos

e em silêncio vou saciando
em mim vou te levando
na PALIDEZ DO TEMPO.

quero sempre estar por perto
do verão ao inverno
numa relação sem nada de eterno

pois enquanto existirmos de verdade
nas músicas e nas bebidas da sobriedade

falará mais alto a nossa amizade.
bem mais alto, bem mais alto,
mais alto que nossa mocidade.

Lembra de mim sem coação e tormento
pois tu estarás vivo do meu coração ao pensamento

***

Numa noite de outono, linda e serena...
O frescor suave do vento acariciava seu rosto pálido sob o luar...
Pássaros da noite, tristes voavam...

Voavam em direção aos seus recantos, seus ninhos...
Em árvores secas e sombrias...
Estavam prestes a pousar...

Continuava ela vagando tristemente...
Eu observava e pensava... "Por que será?"
Sua alma se encontrava angustiada e aflita, eternamente...
Caminhando ia ela... O seu amado encontrar...

Amor misterioso... Lindo... Puro e verdadeiro...

Chegando lá... Ansiosamente...
Seu amor beijou-a docemente...
Lua cheia... Brilhosa... Sobre o mar reluzindo...
Estrelas cadentes no céu... No horizonte caindo...

Tudo seria perfeito quando,
Com lágrimas nos olhos...
Seu amado disse-lhe com tristeza sorrindo:
- “Amor da minha vida... Ao amanhecer estarei partindo!”

Amanheceu e seu amado partiu tristemente...
Deixando-a com coração partido.
E voltou a adormecer eternamente...
As coisas já não tinham mais sentido.

Pois de que adianta ter as estrelas, a luz do luar... Ter o mundo...
Se não irá mais o encontrar.
O amor, um sentimento lindo e mais profundo...
Mas muito difícil de explicar.

Anoiteceu e tudo ficou mais triste...
Saiu a noite pra contemplar o mar.
Lua cheia no céu, não mais existe...
Agora tão longe do seu amor, já não podes mais o amar...

"Queria poder desabafar.
Gritar aos quatro cantos do mundo
A minha dor e minha história em forma de poesia
A confusão da minha alma transformar
Na mais bela das utopias
Pego a caneta e rabisco mais algumas palavras
Transformando o papel branco e imaculado
Em um contador de historias
Explicando que sem a tempestade não há arco-íris
Que sem a derrota não há vitória
Que sem loucura não há lucidez.... " - (Fanfic: Evil Heir)

VISÃO

No cerrado vi um peão a toda brida
Pelos cascalhados da árida estrada
Do meu sonho não entendia nada
Se eu estava na morte ou na vida

Entre folhas ressequidas, adormecida
Uma caliandra, sendo colhida por fada
Em cachos, no beiral da lua prateada
Numa tal tenra pálida beleza já vencida

E nesta ilusão a ele fiz uma chamada
Vós estás de chegada ou de partida?
O tal peão, O Tempo, de sua cruzada

Respondeu: não tenho alguma parada
Levo comigo o podão de toda a vida
A caliandra colhida, é tua infância perdida.

O tempo

O relógio
Conhecido como o dono da hora
Continua andando
E a morte não demora

O vento
Carrega consigo o tempo
E a lua
Logo se apresenta a rua

A hora passa
A vida para
A noite chega
E o sol acalma

Os sonhos distanciam
A mente desocupa
Os medos aproximam
E o coração se ocupa

Deus te chamou
E a morte chegou
Deste mundo você foi embora
E o seu tempo, aproveitou até a última hora?

O último espetáculo


Estamos nos preparando para assistirmos ao mais esplendoroso
espetáculo.
Espetáculo que nunca fora visto... nem mesmo no teatro.
Homem!
Anjo ou demônio?!
Não sei.
Apenas serei poeta.
Ao descrever a última destruição.
Criação...
Descobertas miraculosas, desvendando os mistérios da natureza.
Anos e anos...
Sendo empregados na busca de vacinas para doenças...
Tecnologia para melhorar a vida do povo...
Salvando-os das possíveis tragédias naturais.
O homem agindo com muita destreza.
Reinvenção.
Guerras e destruição.
Bombas ceifando a vida de milhões em segundos.
Homem?
Anjo ou demônio?!
Não sei.
É apenas um ser cuja capacidade é inesgotável.
Tudo faz parte da imaginação.
De que adianta buscar novos conhecimentos no espaço sideral?
Se o estamos empregando de forma fatal.
Parece que estou vendo:
Armas nucleares projetadas, seus protótipos revendidos.
E a paz armada... tornou-se cada vez mais procurada.
É o que mais lucro rende!
Isto não me surpreende...
“O Fim”, é nosso caminho.
Total depredação...
Homem?
Anjo ou demônio?!
Não sei.
O ecossistema azul que nos envolve numa névoa vitalícia e
maravilhosa.
A cada dia que passa está sendo destruída.
O homem será um ser em extinção?
A humanidade será esquecida.
Justiça?
Talvez...
Só assim o Universo estará livre de todo o “mal”.
A paz reinará sem igual.
No espaço haverá um imenso vazio...
Onde antes existia o PLANETA AZUL.
E na poeira cósmica da explosão terráquea ressurgirá um novo
planeta.
E desta forma o fim se torna o começo.
E as cortinas encerrarão mais um Divino Espetáculo da Criação.
Homem?
Anjo ou demônio?!
Não sei.
Talvez um pouco dos dois.

VISITAS
Para Mário Quintana

Pensamentos de morte vêm e vão.

Outrora chegavam à noite e ficavam pouco tempo
como visitas bem educadas.

Agora entram a qualquer hora, saem quando querem
e mal educadamente ocupam a casa inteira
(como se fosse a própria casa deles).

Estou pensando em propor um pacto a esses convivas
inoportunos:

falarmos de tudo, menos de coisas tristes.

Não negue sua verdade, pois estará rejeitando sua essência.
Encare seus medos, supere seus desafios, derrube as barreiras;
reflita em cada passo dado, mas de preferência, pense antes de dar o primeiro passo.
Seja fiel à sua palavra, mas fale pouco e escute bastante.
E não se esqueça: todo mundo erra, pois errar é humano. Mas aprenda com seus erros, pois
somente assim não se tornará reincidente nos mesmos erros. Errar não é pecado, pecado
é errar deliberada e repetidamente pelo simples prazer de fazer o que é errado.
Faça o bem,não importa a quem. apenas faça o bem. E se em troca alguém lhe fizer o mal, não se refugie
na mágoa - pois a mágoa é uma companheira traiçoeira -, apenas perdoe, pois não há maior gesto de amor do que o perdão incondicional.
Afinal, se Deus que é perfeito nos perdoa, quem somos nós para condenar nosso semelhante imperfeito, não é mesmo?
A vida é difícil, eu sei. Muitos são os obstáculos e maiores são nossas dores. Mas o destino humano
está nas mãos de cada homem e mulher. Somente nós podemos mudar o rumo das coisas.
Cada um de nós é senhor de seu próprio destino. Então, vá à luta e conquiste seus sonhos.
Mude seu destino, lute por seus objetivos, pois ao conquistá-los, estará em fim
pronto para ajudar outros a fazer o mesmo.
Avante, sempre em frente, consciente e pés no chão, e tudo vai dar certo.

O tempo passa
passa o tempo
gaveta abre, gaveta fecha.

O sol aparece, o sol se vai
caneta seca, caneta nova
ontem aluno, hoje escritor.

E escutando o professor
Guimarães dizia:
- Do morro vem o recado.

E naquele vai e vem
lembrei-me das loucuras machadianas
dos sentimentos do mundo de Drummond.

Legado imortal
Quem vai continuar?
No mundo de palavras curtas
abreviadas.

Que vive apontando
no arrasta e aperta
esquece-se de pensar.

E a tinta vai secando,
os dígitos sumindo
e o ontem bonito vai se enquadrando
perplexo.

Vai geração mexe
vai canção cresce
vai criança brinque

Invente, tente
não congele
vai.

A seu jeito
porque a sociedade está
e você é.

O ontem, o hoje, o amanhã
e quem sabe a gente se encontra
e aí então você me conta.
Inspiração (Poesia premiada em 2016)

O último dia

Para quem poderia me entregar sem medo algum?
Morrer em algum braço no qual ao menos possa confiar...
Quero contigo poder estar, vivenciar cada instante,
Viver e poder vivenciar, uma aventura
De poder se juntar a outro ser
E com ela poder viajar.
E é assim que se vai a ladra os rumos,
Um canto um rumo de flores a se espalhar pelos caminhos.
Um rebolar-se de esperanças, de poder um dia sentir, e chega aos extremos,
Reviver cada instante e momento,
Abusar da vida, e se arriscar em seus braços,
Poder ir além, e ultrapassar as leis, desafiar cada obstáculo, ousadamente.

Uma rede a ser jogado em algum canto,
Prendeu-me, e não quer me soltar,
Estou sozinho, mas algo, prendeu-me,
Não sei como, estou solitário a sua busca.
Vida miserável, mundo em injustiça,
E tudo vira adrenalina de minhas vontades quebradas, e ansiedades que me matam.

Solta-me dessa caixa, solta-me dessa caixa,
Solta-me dessa caixa, solta-me...

Quero pular de cima das montanhas,
Quero sentir adrenalina,
Quero escalar os grandes montes,
Quero entrar no fundo do mar...

Ei, você que está aí parado,
Não quero ver ninguém em seu devido lugar,
Vamos nos espalhar por aí,
Chega dessa coisa enfileirada
A fila virara uma bagunça,
Vamos fazer uma baderna
Hoje será um som em confusões,
Barulho pra todo lado...
Se preparem, irmãos...
Amanhã se preparem,
Morreremos na solidão.

Valter Bitencourt Júnior
Passagem: Poesias, 2017.

"" Quisera eu, transformar o mundo
num lugar mais bonito para se viver
valores mais sublimes, conhecer
amores infinitos, entender
sonhar com a perfeita harmonia
de pessoas se dando as mãos
por que não??
há que se esperar cumplicidade
impaciente, ansiosa, verdade
de onde certamente, viria ou não comunhão
há que se ter paciência
ou talvez inocência para acreditar
que mudo não posso ficar...

Poetisa

O tempo floria de tuas mãos
Enquanto adentrava os céus.
Fitava aos infinitos vãos
E alteava teus constelares véus.

Tuas alas espargiam areias doiradas
De sonhos remotos, esquecidos,
Que voejavam águas afloradas
De gloriosos desejos enaltecidos.

Embalada por oceanos colossais,
Derruía e refundia perfeições.
Bosquejava arcanjos celestiais
Em impensáveis concepções.

Perpassava desenfreada
Pelos mais diversos astros;
Pela imensidão acalentada,
Plasmava à mundos vastos.

E assim perpassando ia...
Vasteando, criando...
Esculpindo-se em poesia
E mais galáxias semeando.

JUBILA CANÇÃO (soneto)

Bendito sejas o amor, ao coração meu
Que desnudou o breu da minha solidão
Em luz, das andas minhas na escuridão
Quando a sombra, me era o apogeu

Bendito amor, que me estendeu a mão
Como quem no amor oferta o amor teu
Sem distinção, pois, dele dor já sofreu
E então sabe aonde os vis passos dão

Bendito sejas, que no prazer plebeu
Trouxe amor à vida e, boa comunhão
Ao pobre pecante, dum âmago ateu

E então, neste renascer com gratidão
Que no peito uivou e angústias moeu
Do solitário pranto, fez jubila canção.

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro, 2017
Cerrado goiano

VOCÊ...

A falta de sua presença, machuca.
Meu coração numa cumbuca.
A saudade é sentida.
Na alma reprimida.
A solidão no íntimo.
Sinto falta do mimo,
hoje está mais apertada, dolorida ,
ferida...
Ouvi Bethânia, tomei vinho, fiz uma massa.
A emoção numa arruaça.
Queria você aqui.
Está saudade deflui,
na saudade de você!!!
Agridoce...
É estritor.
Com amor!

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro, 2017
Cerrado goiano

PRA VIDA INTEIRA

Meu pai... Nunca escreveu,
uma carta para minha mãe
analfabeto, não sabia escrever
também não era intérprete,
mas cantava linda canções de amor
todas direcionada p'ra mamãe.

Cantava meio fora de tom é claro
o forte dele não era cantar
mas cantava pelo amor cantava
pelo amar...
para minha mãe, ele sabia cantar.

Ele amava-a com fervor no coração
amava com amor e paixão,
eu me lembro, eu me lembro...
Meu pai interpretava, vários cantor,
entre eles, ele interpretava:
Vicente Celestino
Nelson Gonçalves,
Orlando Silva e outros.

Meu pai tinha pela minha mãe
aquele amor, bobo, abestalhado
aquele amor de uma vida inteira
aquele amor que, morrendo
morre... Amando, amando.

Antonio Montes

PARADOXO I

E pela primeira vez usou da sinceridade.
Confesso que foi exatamente a sinceridade que sempre esperei de você, nada a mais, nada menos. Nenhuma surpresa.
Se bem, que lá no fundo, parte de mim ainda tinha esperança de salvar sua alma de si mesmo, inclusive dos icebergs que constituem sua forma de receber e fabricar amor. Talvez seja o motivo de viver sempre resfriado, o frio pode trazer esses tipos de males.
A sensação que mais uma vez conclui como fato, quanto mais “do bem” as pessoas demonstram que são, mais parecem demonstrar a necessidade de aparentar algo que realmente não são, como uma espécie de capa de proteção para os seus próprios monstros. Porém, elas se esquecem que quando os monstros saem para brincar, elas já não sabem mais quem são.

Talvez eu sempre analise tudo de maneira tão pessoal, afinal, “análise” nada mais é que opinião, mas fatos são fatos, eles não abrem um leque de conclusões, só simplesmente são fatos. Os fatos não se preocupam com sua opinião ou emoção, são só quem são, apáticos e sem proteção.

De qualquer forma, às vezes quando dizem para pensar melhor, talvez seja mais sadio não pensar em nada. Não digo só por uma questão ética, mas por simplesmente dar menos trabalho a nossa mente a qual processa milhões de informações por dia. Ela não se cala, ela não se aquieta, somente faz o que deve fazer, então não a pressione.

Nunca fui boa em contar histórias, sempre demorei mais que as outras pessoas e me recuso a resumir, pois todas as partes são importantes para uma conclusão. As vezes também perco o foco e uma história acaba dando na outra, que puxa outra e me lembra aquela vez de uma certa história que parece muito com aquela outra. É que talvez seja difícil falar de coisas que já se foram ou se passam, assim como o tempo e a sensação que estava na primeira linha do primeiro parágrafo.

Nem sei teu nome.
Não sei de onde veio
Nem para onde vai depois de nós.

Mas fica aqui...
Tenho um corpo quente
Tenho uma boca faminta
Tenho uma ternura infinita.

Dividimos a cama
Partilhamos nossas chamas
Saciamos nossa fome...

Nem precisamos ter nome
Nossa carência nos basta
E nosso desejo sacia nossa sede.

... E do restante, nada importa
Hoje.

Eu sou assim...
(Nilo Ribeiro)

De tão comum,
chego a ser complicado,
às vezes sou um,
outras, multifacetado

viver é divino,
viver é tentar,
viver é destino,
viver é amar

eu sou assim,
vivo poeta,
se a porta se fecha para mim,
encontro uma janela aberta

não vivo em poesia,
ela que me conduz,
dá ânimo para meu dia,
preenche minha alma de luz

eu sou assim,
assim me apresentei,
a ideia foi ruim,
a distância aceitei

viver é belo,
viver é primor,
sou sim sincero,
sou sim amor...

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