Poesia Completa e Prosa

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Era um viajante, até o momento em que encontrei abrigo em seus braços.

Acredite, foi difícil continuar peregrinar por outros caminhos quando o seu doce coração decidiu me abrigar por uma noite.

Insisti em seguir o próximo destino, mesmo não sendo a minha vontade.

Presumi que meus sentimentos seriam temporários, que tudo mudaria depois de semanas e meses.

Sinceramente, estava receoso quando te encontrei, pensava em como era possível alguém mexer com minha mente em questão de minuto, como poderia conhecer tanto uma pessoa que tinha acabado de encontrar.

Mas nada mudou, minha mente insistiu em vagar na lembrança dos momentos únicos que tive você.

É como se ouvisse ao anoitecer sua voz sussurrando em meus ouvidos.

O conselho que constantemente recebo é “deixe o passado para trás”, mas como? Logo agora,em que seria capaz de dar tudo para que a linha do tempo retrocedesse, e parar no exato momento em que te conheci.

Nesse instante, estou do outro lado do mundo onde a distância entre nós incalculável, e o sol é a única coisa que mantém minha mente ligada a você, sei que em algum lugar a luz brilha em sua pele.

Não aguento mais essa saudade, decidi regressar para o lugar de onde nunca deveria ter saído.

Estou a caminho de casa, em direção aos seus braços... Abro mão da minha vida forasteira, para habitar no coração do qual jamais deveria ter saído, estou voltando.... para você.

instagram: @marcosspoeta

O Cordel da Amizade

Como duas mãos se tocam
No encaixe do momento
Chega a parecer destino
Um tamanho sentimento
De uma pessoa aqui
Que encontra outra ali
Sentindo pertencimento.

Os olhos da amizade
Descortinam muito além
Que só na sinceridade
Sabe lhe enxergar também
O amigo que te ama
Nunca que ele te engana
Nem te entrega pra ninguém.

Não se faz de esquecida
A memória da amizade
Sobre as linhas tracejadas
Que separam as cidades
Seja numa tela escrita
Ou na lágrima escorrida
Inda vive uma saudade.

Se o céu cair inteiro
Tudo sendo escuridão
E o joelho fraquejar
Temeroso do trovão
Eu te digo o que persiste
E em encorajar insiste:
O amigo em prontidão.

Amizade é coisa linda
Pode vir de toda forma
Não conhece preconceito
Ao chamado não demora
Não se cala na defesa
Mesmo que não saia ilesa
Regenera, se transforma.

É feroz, é bem mansinha
Maternal e protetora
Chama pra beber cerveja
Colorida e instrutora
A beleza da amizade
Está na diversidade
Disso é uma escritora

No entanto, escute bem
O que mais é relevante
Que você jamais esqueça
De quem é mais importante
O maior, melhor amigo
É o que já está contigo:
Do teu peito é habitante.

duas cadeiras

conte para mim
sobre como tudo anda difícil
e nem a cerveja se paga
e nem a escrita se cria
me conte

sobre os imprevistos
e as curvas fechadas
sobre os livros
abandonados
as exposições vazias
de significado

me fale sobre a rotina
que esmaga
com as palavras que
sempre as mesmas
se usa

e sobre a cidade cinza
os rios espumantes
o quilo de sal
caro
que se come
me conte

sobre as temperaturas
altas e os corações
apáticos
sobre as relações
de supermercado
os produtos
políticos

eu quero ouvir
sobre as pequenas vidas
os pequenos instantes
de vida
que ainda resistem

Me reconheci
Não sei se me conhecia tanto sem mesmo te conhecer, mostrasse ao meu mundo o que és capaz de prevalecer.
Me reconheci ao te ver.
em seus olhos trouxeste a magia de seus mundos, em suas mãos trouxeste o amor que havia, com toda força, os lábios vermelhos o derrubarava.
Com a sua calma imensa perdoava, mas não era simples conquistar esse coração jovem de ser, eu parecia ate dona.
o mais mágico disso é a estrada que eu tô ser a mesma em que nos se conhecemos, onde agarraste minhas mãos e prometesse me amar, fugi,era poesia pura.
mal sabia que as minhas palavras eram mágicas, como vosso reino diria, és mágica,
és poeta,
és incrível.
Quando te reconheci percebi o que era,uma menina mulher apaixonada, uma garota apaixonada, mais que isto o teu amor de outras vidas.
quando me perdi nas palavras soubeste me entender sem mesmo saber, do começo ao fim entendesse o velho e nobre significado da louca eu.

diário de um niilista

agora que perdi a noção da geometria existencial
eu poderia olhar para o céu
lá no alto, bem alto,
para além das nuvens,
talvez por detrás de todo grande borrão azul.
e absorto nisto,
pensar serenamente
na dúvida que exorta minha existência
aqui em baixo, bem baixo.
qual o meu propósito aqui?

O FIO GUARDA A MEMÓRIA
O fio criando conversas
a gente sem pressa se põe a lembrar
Alinhava um afeto noutro
e nem sente o tempo passar.
As linhas que bordam o tecido
se encontram e se espalham,
criando aquela disposição genuína
para amar.
Almas se entregam ao tecer,
universos inteiros de saudade e saber.
Bordado é encontro,
onde alinhavo meus dias entre nós…
Uma bordadura de avesso, passados e presente.
Mãos que produzem efeitos,
decifram enigmas
Feitos de um fio encantado
para gente acreditar:
Bordado é oração.

O GATO PRETO

Alma negra que percorre a noite
No telhado briga, ama, e mia. Frígida!
Ao brilho da lua, num acoite
Uma paulada fria tira uma vida
Das sete que se tinha na alma
Renasce frio como uma hidra
Dum cemitério cheio de camas,
Descansa nos olhos amarelos a irá
De um bichano astuto e misterioso
Que ao voltar da morte cansativa
Devora os olhos do ser monstruoso
Que lhe tirou uma vida progressiva.

Ah! Menina mulher
Por quem em apaixonei
Teus olhos refletem
A pureza da verdade
Neles, o universo!
Teus lábios despertam-me
o desejo de tocá-los com carícias.
Teus lindos cabelos
Como pérolas enfileiradas
Exalam um perfume
Como lírios no campo
Tua pele limpa e cálida
Com um perfume tão próprio
E tão gostoso
Com um corpo definido
Uma obra de rara beleza,
Como um livro inspirado
na milenar sabedoria do oriente.
Quisera eu fosse um passarinho
Para te despertar
com o mais belo dos cânticos
E exprimir o quanto és bela
E o quanto eu te amo!

(Raul Gabriel)

todos os dias penso em te escrever um cartão-postal
separo as conchas, as sementes e as ilhas
disponho-as ao modo de um mapa em relevo
a cartografia do nosso afeto
intermitente
os sambaquis se elevam à medida que entramos nas grandes fossas
abissais do nosso tempo
soníferas
com azulejos de líquens e outros musgos bem chiquitos
os corredores estreitos da casa em que
toco a campainha e os peixes-espadas cantam teu nome

Forasteiro coração

Forasteiro coração sombrio
que vaga por estradas procurando mergulhar os seus pés em algum rio,
ou então despertar em si, um sentimento que ainda não sentiu,
Mas talvez ele não seja tão forte e viril,
pra enfrentar no amor tudo que ele ainda não viu,
ou então pra entender, que a humanidade com tudo destruiu,
Foi tanto egoismo, tanto amor próprio
que o amor ao próximo sumiu...

É coração, acho melhor continuar procurando por um rio.

Eu volto a negar,
Pra mim jamais será,
Um olhar de sedução,
Para quem não provoca atração,
Só pode ser irreal, feito um ancestral
Que é contado em livros de ficção,
Trazendo uma sensação, de fé no coração

A fé é impressionante,
Ajuda um ser humano a todo instante,
Mas a fé de amar alguém não é constante,
Assim como uma palestrante que fala sem parar, uma hora ela há de cansar,
Esse cansaço já me atingiu,
Erra quem diz que do amor não desistiu.

Houve a terra seu nome enleado,
Em vila, já histórica, um dia,
Em virtude de um belo arroio
Que, entre os matos, de longe se via

E os animais ferozes, um dia,
Que se protegiam dos homens que ali viviam
Alçadas as armas, no cenário temido,
Quando a onça teve um dia, o último gemido.

Assim todos diziam, e um nome trocado um dia
Afincou o Arroio do Tigre no centro de nossas referências,
E, espalhando as grandes honrarias,
Sobre as terras, desbravadas um dia.

Terra de tabaco, feijão, soja, milho e muito grão,
Tem povo hospitaleiro, de muito vigor e união.
Calcados na fé e no trabalho
De longe construíram um grande celeiro.

Arroio do Tigre, no alto localizado
De povo festeiro, e muito ordeiro,
Um lugar muito hospitaleiro,
Grande Arroio do Tigre, o nosso pago celeiro!

<Trevo de quatro folhas>


Plantei minha alma num vaso de escuridão,
regando as dores mais inquietantes do meu silêncio.
Sofri calado por vidas karmicas inteiras,
a solidão roubou-me tudo, até a tristeza.

Regava meus lamentos três ou quatro vezes por semana,
num esquema de água fresca na nuca quando o mundo parecia querer cair,
sol quente nas costas quando não sabia aonde ir
e muita conversa ao pé dos ouvidos dos meus trevos da sorte
sempre que eles estavam tristes.

Plantei minha sorte em um vaso raso de terra preta muito fértil
e de brotos dores muito prósperos.
Sequei, chorei, quase parti, mas não morri de inanição.
Reergui-me e, resiliente, hoje floresço trevo de quatro folhas.

Deixa meu barco passar
(Victor Bhering Drummond)

Deixe meu barco passar
Não pra causar tumulto
Barulho, agitar a água não.

Deixa meu barco passar.
É só o que te peço.
Não pra fugir
Para me atracar em uma ilha distante
Ou navegar para um Porto Seguro.
Não. Não é isso que peço não.

Quero apenas avistar de longe a tempestade
Que acontece aqui no seu cais
Quero olhar confiante e paciente
Aguardando pela quimera
Ah, quem dera!
É só o que os navegantes querem
Para lançarem-se ao mar a despeito do medo
Que seu mar provoca
Isso é coragem

Por favor, apenas deixe meu barco passar
Até sua onda de acalmar.

(Puerto Madero, Buenos Aires)

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SAUDADE
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Saudade é pedaço de berço e de espada…
Saudade é regaço que nunca partiu…
Saudade é cansaço na berma da estrada…
Saudade é abraço de alguém que sentiu…

Saudade é desejo da terra apartada…
Saudade é um beijo que o tempo cingiu…
Saudade é solfejo da pauta chorada…
Saudade é bafejo que não se extinguiu…

Saudade é carinho sem céu nem consorte…
Saudade é um ninho de pássaro ausente…
Saudade é caminho sem porto nem porte…

Saudade é verdade que às vezes nos mente…
Saudade é vontade de vida e de morte…
Saudade é saudade… Só sabe quem sente!...

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30/01/2018 (Dia da Saudade)
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📜© Pedro Abreu Simões - Poetautor ✍
(y) facebook.com/pedro.abreu.simoes

Prece do Amor !
Bendito seja o coração que sente!
Multiplicado de afeto seja todos os dias!
Perdoai toda incredulidade
Aumentai nossa capacidade de amar
E a confiança de ser amado!
Que a beleza extraordinária da Terra
Seja nossa cúmplice!
Que nossas almas alcance o céu
Dos enamorados!
Livrando nos dos olhares da cobiça
Permitindo nos nunca ofender ao amor sentido!
Que assim seja !
" Infinito e eterno enquanto dure !
Lili Aires Felipe ! 142018

UNICIDADE

Quero me misturar à ti...
Mesclar nossas essências
Confundir nossos átomos
Unificar nossas células
Amaranhar nossas
moléculas.
Na doçura,
na candura,
na descompostura
do ato,
do fato
de fazer
amor contigo.

Fundir nossos corpos,
tesar nossos músculos
nervos...
Nossos
fluídos,
incorporados,
intrínsecos
Um gosto exposto
pelo mesmo
gosto
do gosto teu.

Reunir cada pensamento
Cada sensação
Cada centímetro
dos nossos torsos,
ventres...
...Tão sós
Tão à sós
Únicos
Unidos no mundo
que contém
o
mundo teu...
O nosso mundo,
na unicidade
de
nós...

Compartilhar
nossos lamentos,
dores,
medos,
conflitos,
tormentos...
Afogado-os
Extirpando-os
Extinguindo-os
em cada centímetro
da pele que não repele
nunca
a tua pele

... E não há erro
Não há incertezas
culpas ou
dúvidas
Dívidas ou
cobranças.
Só beleza e poesia
em arte
e harmonia...
Teu corpo
no
meu.
Unicidade.

ENTREGA

Toma, amor
São teus
Todos os meus
... Pensamentos do dia
Toda a minha ternura
Toda a minha loucura
Toda a minha timidez
e a minha
ousadia.

Toma, amor
São teus
Todos os meus instantes
Todos os meus flagrantes
Todos os meus rompantes
De euforia
De agonia
De fantasias
transbordantes
de apegos,
de desejos meus,
pelo desejo teu.

Toma
Meus versos
Meus complexos
Meus reversos
Desconexos...
São teus.

Toma
Minha lassidão
Minha adoração
Toda minha inspiração
em entrega
no que me doma
e me enverga
até o chão

Toma
Meus estorvos
Meus renovos
Minha apatia
e
Minha alegria
Tudo
Todo
eu
em
poesia.

Elisa Salles
( Direitos autorais reservados)

Eu brisa fria
na tua pele macia
ao entardecer...

Eu, pôr de sol,
morno no arrebol;
acalanto à te enternecer.

Eu, amor eterno
marcando tua alma à ferro,
sem poder jamais esquecer.

Eu, a rima dos teus versos,
desbravando os mundos
e universos de todo o teu bem querer.

Eu, motivação dos teus sorrisos,
embalo doce, gentil, terno e preciso
no teu acalanto... Tua vida, minha razão de viver!

Elisa Salles
(Direitos autorais reservados)

CARTAS DE AMOR

Ah se eu pudesse ler o que as cartas de amor não dizem
Cada suspiro que vai nas entrelinhas
O silêncio guardado em cada espaço em branco

Ah se eu pudesse ler cada pergunta que não é feita
O que se esconde atrás das vírgulas
A história que continua após o ponto final
Os sentimentos que impregnam o último verso

Quisera eu saber ler cartas de amor
Mas elas não se deixam ler
Ou não seriam cartas de amor.

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