Poesia Completa das Borboletas

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Lua Cheia

Olhei para céu de Campina
E visualizei o esplendor
Uma beleza que fascina
Que sempre teve valor
Cenário de poesia
Inspiração e fantasia
O retrato do AMOR.


(Campina Grande -PB, 21 de maio de 2016 às 19:33)

Inserida por RosanRangel

Adverso

Em cada verso
Em cada verso
Que escrevo
Você existe

Em cada página
Que viro
Você permanece

Em cada lágrima
Que corre
Você escorre

Em cada sopro
Do vento
Que bate em
Meu rosto
Você se reinventa e
Reescreve

Em cada vírgula
Que para, pausa
Você resiste

Em cada dia
Que apaga
Você afaga em
Lembranças

Em cada soluço
Que tropeço
Você navega
Nas lágrimas

Em cada palavra
Que escrevo
Você finge e corre

Em cada rima
Que descrevo
Você é o fim

Em cada final
Que você existe
Eu fico
Feliz

Escorre
Delicadamente
Em cada dia que amanhece
Assim
Eu adereço
O seu jeito de ser

Em cada tempero
Que eu verso
Você compõe

Em cada perfume
Em que fico
Você se banha

E o passado
Permanece
Inalterável
Como presença

Peço ao tempo imperar
Transmutação
Até virar
Dia pó

Areia
Pós dia
Poeira
Sujeira

De um verso
Do avesso
Exausto
De ser
Execrável
Cafajeste
De rimar
Ordinário

Em cada tormento
Que me afronta
Eu escrevo
Rimo
Componho
Crucificação com
Libertação
Alforriado
Em paz

Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

Vazio

Não há nada
Somente vazio
Um copo sem fundo
Um corpo que quer vida

Não há verbos
Para decifrar
A cegueira
De nossos movimentos

Não há dicionário
Para encapar
Os meus,
O seu,
Os nossos
Sentimentos

Não há energia
Nem transcendência do viver

Não há nada
No olhar
Não sobrou coisa nenhuma

Mas há
Você navegando
Em mim.

Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

Frio

Frio
Adivinha minha alma
Percorra
Sinta
Perceba
A saudade

Frio
Fale
Amargue
Congele
Apague
Tudo

Frio
Endureça
A minha vontade
Congele
Meus dedos
Vire pedra
Para que
Eu nunca
Atire no destino

A quem interessar
Congelou
Minha alma

Frio
Abrace-me
Necrose
Apodreça
Para que nada aconteça

Frio
Não me leve
Não me enterre
Não me deixe

Quero
Arrepiar
Não só de frio
Mas de
Clamor
De um frio absoluto
De amar.

Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

De que lugar

Onde anda você?

Em que parágrafo você acorda?

Em que capítulo você se despe?

Com que asas você voa?

Em que céus devo te procurar?

Em que estação você floresce?

Em que águas devo te recolher?

Qual o recado que vai enviar?

Em que nuvem vai escrever.....

Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

O Tapa

Ele pertencia a alguma tribo.
Havia nascido mirrado, moreno, gritava feito indomado e era de gênio irascível.
Donde surgiu isto?
Criatura tão imprevisível, veio ao mundo onde todos só desejavam o aprazível.
Ele era tenente, contente e soberbo, dono de si mesmo.
Era do mundo.
A mãe gritava,
Se irritava.
E ele não se alterava.
Até que um dia...
Sem data...
Sem tempo...
A paciência navegou e naufragou na violência, e a mãe deu um tapa na cara do herdeiro, vomitando sua raiva com raça, na face da criança que ela mesma gerou!
Mas... o pescoço dele virou e ficou assim errado, de
cara virada, nas costas, vendo o mundo afastado.
A mãe gritou e se apavorou e não houve ciência e cientista
que desvirasse o virado.
E ele se criou, num mundo onde ele próprio assistia às aulas de pescoço virado, nas costas.
Mas tirou vantagem!
A mãe tinha trabalho.
Tudo de costas, num mundo que só conta as horas prá frente.
Tinha bom ouvido, porque os olhos nos traem, o olfato nos engana e a verve nos veste de lama mas, ele ganhou na percepção.
O menino, agora homem, cresceu, se profissionalizou e arrasou em tudo.
Até nas conquistas!
Mas, de costas?
Sim de costas.
Como?
Foi assim: ela passou, ele de pescoço virado ignorou; ela se virou e piscou e ele se apaixonou!
Se casaram de data marcada, convite confirmado, com balada ensaiada e festa preparada.
Mas. como seria a entrada?
Ele de costas para a nave central, onde o padre ministrava os sacramentos?
Ela o amava e resolveu:
Vou entrar com ele de cara virada, de braço dado.
Ninguém perdeu!
A Igreja encheu.
Ela desceu do carro, frente aos curiosos,
Feliz!!!
No patamar, à porta, ele a esperava, de pescoço virado.
Ela na certeza de que o amava...
...o beijou... e o pescoço d’ele, desvirou.
O trauma estancou e ela mais se encantou!
E entraram assim:
Ela, elegante, e ele de pescoço desvirado, na grande mágica que o AMOR faz na vida.

Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

Índice Poético

Meu Deus,
Me perdoe
Porque o vinho que bebi em dezenas
Me deu um tapa
E pela madrugada
Em metamorfose
Eu vi o corredor
E entrei nele de cabelos longos
E o dragão que habitava nele
Chamuscou meus fios
E eu
Em transformação
Fui à vidente
Para decifrar as linhas
E ela nada me disse
E virei vatapá
Mistura
E no compasso de tudo
Num vôo sem direção
Eu fiquei envidraçada
E a partir de um todo
A verdade
Se perdeu
Em uma história sem fim,
Dentro de uma taça
Onde escorre a vida
E tudo é
Refluxo
Do que vivemos.

Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

Outro quarto de hotel
outras cortinas. outra garrafa vazia de vinho seco.
o sol batia no meu rosto
me recusei a sair da cama
dormi por mais uma hora.

outros braços me envolviam.
uma outra mulher
seu batom vermelho borrou minha camisa branca
mas eu gostava das marcas que elas deixavam
raramente eu fazia questão de lavar minha roupa.

o cheiro que elas deixavam em mim.
o carinho que faziam no meu cabelo
gostava da forma como me enganavam
mulheres.
tão doces.

acordei sozinho naquele quarto
ela havia partido e eu nem percebi.
vi que ainda tinha vinho e cigarros
não estava completamente sozinho.
enquanto se tem isso o homem pode viver.

peguei as chaves do meu ford-T
paguei a hospedagem. saí.
não queria terminar por aqui
era um longo caminho de volta
mas de volta para onde?

outro desgraçado domingo.
voltei pro bar.
uma mulher se aproximou. K.
era assim que ela gostava de ser chamada.
Kristen, volte para cama.

talvez eu só não quisesse sair daquele quarto sozinho outra vez.

Inserida por leticia_santos_13

A Bandeira da Pátria
no peito está tatuada,
é deste amor sublime
que por todos os anos
tenho sido sustentada.

Sei que tudo passa,
mas é com poesia
que alivio a agonia
diante da estiagem
e da grande desgraça.

Muito mais de mil
vidas foram dragadas
na guerra sem tiros
onde uns ainda vivos
mataram a própria alma.

O ar há tempos não
anda leve e para foragir
de discussões inúteis,
preferi caçar estrelas,
descobrir planetas
e viajar pelas luas,
não ando podendo
andar pelas pelas ruas.

Sei que você está
da mesma maneira
nesta sexta-feira,
o importante é não
perder o ânimo,
a lucidez e a serenidade,
para manter a esperança inteira.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Brilhante Escuridão

Minhas linhas escritas com rimas.
As vezes parecem vazias.
Vazias pela falta de fraternidade.
Que me causam um enorme conflito.

Uma enorme calamidade.
Fazer do frio, calor.
Da tristeza, amor.
Do pequeno tempo, uma eternidade.

Sigo vagarosamente pensando.
Será que vale apena ser autor?
Será que só eu espalho amor?
Será que só eu transformei o meu frio em calor?

Não se esqueça, quando digo frio, não digo do corpo.
Digo do que tens na cabeça.
Digo de toda maldade e superação, de todo medo e maldição.
Sua mente nunca estará em vão, meus versos vieram de uma imensa escuridão.

Inserida por euoguedes

há sempre um degrau
entre o que se escreve
e o que se gostaria
de ter escrito
e quando há um poema
inexaurível
desses que nunca mais se pode
parar de ler
que não se pode mais soltar
porque no meio dele há um vórtice
um poço d’água potável
onde se pode nadar muito
em círculos, sem pressa
onde se pode apanhar com as mãos
os peixes intermináveis
não há como não ponderar
sobre qual seria o verdadeiro poema
aquele outro ainda maior
mais robusto
que alguém tentou escrever

Inserida por pensador

um cavalo pode mudar o curso
de um poema
é preciso não temê-lo
os saltos, os espaços vazios
de como se arranjam entre si
de como, sem atrito, produzem luz
disse
deixe o seu corpo boiar
pra que as letras pairem diante dos olhos
é preciso que o dia nos encubra
com alguma névoa pálida
e a fumaça dos automóveis forme
entre nós e as coisas
uma espécie de anteparo vertical
quase transparente
e nos faça avistar de longe os músculos rijos
de um bando de animais que trotam
por entre os carros

Inserida por pensador

amor aos pedaços

às vezes a felicidade é um rótulo bonito de azeite que recolho em silêncio da mesa de jantar para que não desconfiem da minha sanidade.

Inserida por pensador

ersatzspielerin

teimo em não acender a luz, encalhada
sem saber se quem – eu ou o mundo
é suplente de algo primevo
se o que existe é a tensão ou
degrau de recursividade.
o violento da memória é a retenção do vazio.
penso em palavras multiportantes, como não me escapa fazer:
merimnologia, ou: considerar é arder.
mermeridade, ou: ansiar é condenar-se.
metameridade, ou: a parte pelo todo.
palavras me procuram, procuram a nós
porque as salvamos de um desígnio adjunto
nos lançamos aos fins da tensão.
me vejo merócrina, exocito
e a elas entrego
qual impostora estertorada
o grau primeiro das coisas.

Inserida por pensador

the dream is always the same

pelo olhar sensível de gael, anita foi registrada
ao sorver seu remédio urbano, uma panaceia
de talos nutridos em gosma atmosférica
da dedigrisa pauliceia desvairada

simulacro bem efeito e postado
ante o brilho de coreografado reboliço
de dedos glissantes e stacattos
o par ex-sedento caiu na trombada

no que a chôcha vontade degringolava
e se quase cantava batalha gorada
gael cuidava de martelar o pino
na prenda rosa-médio cada vez mais baça

anita lhe dizia, sem fogo nas bilas vagas
que uma diezira tremenda lhe acometia
ao superlotar-se a polpa sanga
de estandartes fincados em várzea

gael, já morto no banhado
– o coco esbagaçado –
queixou-se de cafubira baita
e baliu: não sei de nada!!!

Inserida por pensador

tempos bicudos

lip
lab
lang
langue
linguagem
láparo
long
lab
lip

bo
bo
boca
balal
bela
ba
ba

sim
safa
sofia
safadita
sofis
safo
sim

Inserida por pensador

as mulheres
como nós
ocultas
aos domingos
vadiam
o quanto podem
a qualquer hora
e sozinhas
conjuram demônios
se despem das peles
furam bonecos
viram sirenas
arpejam
arrastam móveis
afiam facas

Inserida por pensador

pois é agora
que abro também tua jaca
e desdobro uma por uma
as tuas ideias plissadas
hoje eu vou te concutir
e depois ainda passo um arado
na tua roça de cicatriz
vou te deixar terraplano

Inserida por pensador

Toda a ditadura sempre
começa reprimindo
a liberdade de expressão,
povoando a sua mente
com duros espinhos,
cortando os laços afetivos
sociais e com a tua Nação.

A poesia rompe silêncios,
é caos, aquietamento
e vive andando pelada
rebolando na tua mente
sem nenhuma negociação.

Todo o poeta não deixa
de ser um iluminado pela Lua
quando ocorrem na vida
os mais obscuros tormentos,
é sempre aquele que quer
todo mundo andando
o tempo todo amado pela rua.

Se este poema te incomodou
é um sinal que tem alguma
coisa de muito errada
que por muito pouco
te fez perder a cabeça.

Quando você se sentir
sem paz ou sozinho,
a oração e a poesia,
são as únicas amigas
que silenciosas
nunca te abandonarão,
e em teu socorro elas virão.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Bem no meio
desta multidão
você conseguiu
me encontrar
e com mágica
conseguiu sutil
se aproximar,...

Com um clarão
imenso no olhar
que parecia até
o luar a me beijar
até agora contigo
estou relembrar
o nosso arrepio,

Vindo na minha
direção devagar
dançando dois
passos para lá
e dois para cá,
fez o meu peito
por você disparar,...

Com este sorriso
discreto de lado,
cheio de charme
e esbanjando
toda a tua hipnose,
você conseguiu
fácil me carregar,

Minh'alma anda
cantando por paixão,
encanto e loucura
essas voltas que
a vida sempre
anda nos dando,
e por mais que
a gente se esforce
não há como discretar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

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