Poesia Carinho Machado de Assis
Espaçamento
Outrora sou, fui, serei.
Poeta, filósofo e rei.
Não soube, não sei, nem saberei
o que o amanhã me reserva.
Querendo ou não,
Vivi, vivo e viverei.
Tinta trovadoresca
Vem e vão numa passagem
hora ligeira, hora travada.
Nuvem branca e nuvem negra,
Porventura não será ela a mesma?
Talvez sim, talvez não,
cabe o poeta distinguir.
Saberá a alegria de amanhã?
Saberá a angústia de ontem?
Não! Ou sim...
Afinal, o que interfere no poeta?
Perder para ganhar.
Sorria
Que as vitrines estejam a vista
Pois nunca será que nem a pessoa
Que anda saltitante e toda boba
Sem saber quando virá o triste dia
Do seu jardim
Que estará com poça de lama
E talvez não haja mais vitrines que a deixe fama
Sem saber
A pessoa voa
Não contando com os outros pássaros
Com asas quebradas
Que a olham, ofensivos
Com almas encarceradas
Se alguém pisar na asa dela
Não fará mal
Pois mesmo com a dor
Ela não deixará tal
Olhares tiranos
Decidir o seu futuro
Que beira o instante
De acender a vela
Por isso
Ela voa, voa tão bela
Mas virá o dia da poça
Sábia uma vez ficará
E nunca esquecerá
Dos estragos que fizeram no seu jardim
De flores de laranjeira
O cair da chuva me faz lembrar
De todas as coisas que abri mão
Coisas como viver e sonhar
Algumas ate alegravam o coração
Mas tudo agora é só lembranças
E nem tudo que cerca é triste
Até mesmo que se perca a esperança
A vida se tranforma, resiste
Somos moldaveis e nos move o tempo
E para os poetas resta a solidão
Apreciando o silêncio, o momento
Deixando dor pra traz e estando são
Neste longo silencio esperando
Inspiração nas palavras achando
Nocaute para Canhoto
todo bom poema,
consistente e digno,
é um punho vívido
do apanhador vivido.
dança pelos flancos,
avança no meio,
o segredo é suportar,
socos sucessivos.
cruzado, jab, direto,
vem como um golpe triplo,
murro na têmpora, estômago,
boca, do sistema opressivo,
deixe que o topo se empolgue,
jogue pra eles o favoritismo.
desfecho dos filmes,
nós nascemos nas bordas,
de clinch em clinch,
cambaleamos firmes,
conhecemos a lona,
nós amamos as cordas.
embrenhados na lama,
emergimos do lodo,
desorientá-los primeiro,
para enfim, desdentá-los todos.
Michel F.M. - Pairar Incansável da Fênix Sublime ©
nascidos na rebelião
libertamos a ferocidade,
somos ventos revoltos,
varrendo obstáculos,
diante de toda
insanidade;
com nossa fúria
incontrolável,
das intempéries
ao grotesco interminável,
aqui, nos tornamos
a tempestade.
Ventos Revoltos
nascidos na rebelião
libertamos a ferocidade,
somos ventos revoltos,
varrendo obstáculos,
diante de toda
insanidade;
com nossa fúria
incontrolável,
das intempéries
ao grotesco interminável,
aqui, nos tornamos
a tempestade.
Michel F.M. - Pairar Incansável da Fênix Sublime
JAZIGO
(Mi Galcer)
Poetizou a vida.
Agora,
o porvir.
•••
Para quem possa interessar, criei este microconto para ser a frase em minha lápide.
Não tenho nada
especificamente
contra as pessoas,
até que elas provem
que são dignas
do meu ódio
e ressentimento.
No entanto,
a ternura,
diante da grotesca
truculência bestial,
é a única e definitiva arma
indestrutível da qual
dispomos.
A ternura,
diante da grotesca
truculência bestial,
é a única e definitiva arma
indestrutível da qual
dispomos.
Amar demanda tempo
e dedicação.
e o apreço
é uma habilidade poderosa.
Partículas de Tato
Viver
é triunfar sobre a ausência.
Os solitários
sempre conhecem
as consequências.
Não tenho nada
especificamente
contra as pessoas,
até que elas provem
que são dignas
do meu ódio
e ressentimento.
Odiar demanda tempo
e dedicação
e o desprezo
é uma habilidade poderosa.
No entanto,
A ternura,
diante da grotesca
truculência bestial,
é a única e definitiva arma
indestrutível da qual
dispomos.
Amar demanda tempo
e dedicação.
e o apreço
é uma habilidade poderosa.
Viver
é triunfar sobre a escuridão.
Michel F.M. - Pairar Incansável da Fênix Sublime ©
Regra De Ouro:
Sempre tratem os outros como vocês gostariam de ser tratados; pois isso resume o ensino da Lei e dos Profetas, disse Jesus Cristo.
Mt 7.12
Uma Poema Sem Título
E se a vida fosse um livro?
E se a cada dia fosse uma página nova?
Excêntrico...
Haveria livros pequenos, e outros, maiores.
Haveria de haver livros bem parecidos e todos com um final.
Extravagante...
Tão pouco de aventuras
Tampouco emocionantes
Esdrúxulo.
A maioria seria triste.
Além disto há livros repetidos e clichês que quase não tem nada de interessante.
Esquisito.
Embora que hoje nem há mais livros físicos, agora só tem digitais, MUITOS!
Eu teria meus favoritos, é claro, aqueles que estão escritos numa coleção de outros livros na minha prateleira, como numa árvore genealógica, sem lógica...
Estranho
E além do mais, todo livro é uma poesia. Todo livro merece ser lido e todo deve ser escrito.
-Não jogue fora o seu, tem gente que precisa! -
E o porquê de tantos livros? Ainda não tive tempo para saber, ando muito ocupado escrevendo o meu.
Com suas letras miudinhas,
metáforas e até metonímia,
foi crescendo a menina
em seu canteiro de obras,
cavando com seu suor
tudo que a vida a presenteou,
por ter nascido junto à poesia,
como nasce no jardim uma flor
ENCANTO PELO NATURAL
Pela manhã aquele fenômeno invisível
Tocou minha pele, e quer saber? Foi de uma fineza muito grande.
Tocou meu rosto delicadamente, lançou meus cabelos e o fez dançar.
Por um instante me deparei e viajei
Do quão gratificante é poder senti-lo.
Caminhei mais um pouco e percebi que ele me seguia. Em determinada posição de seu percusso, me embalava, não sei , mas de alguma forma me fazia seguir.
Logo mais tardinha, ele insistiu em voltar.
Veio como quem não queria nada. Já eu, ah,eu queria sim tua passagem sobre mim. Dessa vez a sensação era diferente, as árvores que o digam.
As árvores sem sossego se agitavam,
Pareciam felizes, ou não! Tendo em vista que o galho de uma antiga planta se quebrara. Quanta tristeza daquela natural antiguidade .
Dessa vez veio mais agressivo que o normal. Parecia que traria contigo teu companheiro mais proximo, a chuva! Talvez seria por isso a sua inquietação e felicidade.
Corria numa velocidade um tanto quanto assustadora. Em seu momento de fúria,
ouviam-se zumbidos e tremores das construções antigas, quase se desfazendo.
Por um instante me imaginei sendo ele,
Que apesar de invisível,devastador e medonho, é incrivelmente cobiçado e de uma nobreza rara e indispensável nesse planeta chamado Terra.
DISCORDÃNCIA seguia calmamente o seu caminho. Com algumas divagações infiltradas em sua mente na esperança de dar de cara com EXAGERADO. DISCORDÃNCIA sabia que EXAGERADO sempre tinha algo para contar.
E ao atravessar a esquina dos DESOCUPADOS avistou EXAGERADO de conversa com SABE TUDO. E foi assim que DISCORDÃNCIA começou a se sentir recompensada. Afinal, assunto para o dia é o que não faltava - logo pensou!
Bom dia EXAGERADO... Bom dia SABE TUDO! Vou logo dizendo que... E de repente, surge a dona CHEGA DE CONVERSA.
DISCORDÃNCIA com receio de ser interpelada, saiu depressa e um tanto envergonhada. E... foi nessa correria que passa por ela CONCLUSÃO, com uma borracha na mão. Para por fim... a história talvez mal contada, do dia em que o poeta teve que fazer uma redação.
Nivaldo Duarte
§
Em seus olhos
a imagem do céu
sorrindo
transbordando paz
Confiei no tempo
nas palavras houve pausas
formas, reconciliação
Luz interior
em certas manhãs
o silêncio em sombras
nos faz brilhar.
§
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