Poesia Carinho Machado de Assis
Luz Oriunda
Ei,
Para no agora,
É ela quem vai recitar!
Eu sei,
É tanto pesar,
É mesmo tão óbvio,
O fardo de se sentir
O meu nome,
É que tanto insiste em ecoar,
E rouba mesmo sem titubear,
a felicidade momentânea da sua memória,
Cansou de estufar toda a sua glória,
Enfim parou de tecer mais alguma lorota?!?
Bate tanto na tua mente,
O cansaço, eu sei
Não é assim tão aparente,
Mas,
Sabe que o mais triste,
Foi sacar que a moça ainda,
Mente que nem sente,
Sabe a Luz que cê achou,
Que um dia estava a carregar?
Sinto muito em te informar,
Sabe toda essa dor,
Que te devora o pensar,
Que te sacode,
Que tu não sabe se explode??
Que não se cansa de fazer sangrar?
É a matança dessa,
Desvairada palhaçada,
Que de ti eu cansei,
Um dia de tanto escutar,
É, meu caro,
Chegou a hora,
E fazer o que?
Será que você vai saber?
Compreender?
Que esta na hora de,
Finalmente me esquecer,
Chegou a hora de se despedir,
Pare de gritar,
É a hora do desligar,
Melhor tu se conscientizar,
Ela,
Nunca vai cessar,
Desista de tentar,
Desesperadamente a estancar,
Deixa que tudo se vá,
Deixa,
O teu querer em a querer amar,
Deixa de vez,
Ela seguir o caminho dela,
Ela quer saber de triunfar,
Ela já disse,
Já não quer mais te amar,
Recobre o teu juízo,
Deixe de vez o teu coração buscar a paz e por toda a eternidade descansar.
Poema de Madam Avizza em 09/08/2020 as 17:01 na cidade de Santos
Ah se tu soubesse quão belos são os olhos teus.....
Ah se pudesse se ver como veem os olhos meus.
Dia é águia, dia é colibrí
Como é bonito o dia quando você sorri.
Entre juras de amor, às vezes ameaça de morte
Mas tê-la em minha vida,
É muito mais do que sorte.
SOLIDÃO EM RÉ MENOR
A mente que sempre mente
Ao ser vazio
Triste cantador solitário
Viajante das estrelas
Visionário do caos
Carcaça arrastada
De rua em rua,
Bar em bar,
Cama em cama
Numa música única
Azul a insistir na mente
Deglutidora lenta
Do céu e do inferno
Solidão em ré menor
Eis a canção do cantador
Ainda sobrevivendo
TEMPESTADES DE VERÃO
No começo o vento é fraco
Depois torna-se forte, destruidor...
Nas tempestades de verão a dor diminui
O ardil brinca com a razão
Ventos e chuva,
Solidão e silêncio
Em meio às tormentas
Obscuras do ser...
Findar da vida
Começo da morte
Nas tempestades de verão.
PONTOS
Não adianta chorar
Ninguém há de ouvir.
Não adianta amar
Não há ninguém para desejar-lhe.
Assuma sua culpa.
Cuspa o veneno
Que tu mesmo preparaste
Seus livros não servem para nada.
Suas palavras se perdem no limbo.
Vosso lar...
Pontos perdidos
Sem vida,
Sem descanso.
Lá no horizonte a morte lhe espera.
Sorria agora, ser medíocre.
Rasteje como vermes.
Os mesmos que em breve comerão sua carne
Quebra-se o palácio de cristal
Ao toque das mãos
Que perderam o jogo.
MEDO
Do que tens medo?
Da escuridão?
De viver?
Dos outros, então!
Todos têm um ponto em comum a esconder
No jogo bruto em que vivemos
É estranho conviver com as brumas
Que escondem o sentido absoluto
Do mundo da razão navalha.
CARPE DIEM
Quero o azul como manto a proteger
Meus sonhos, essência do existir.
Quero o som de todos os cantos a preencher
Meus sentidos, movimento constante da transformação.
Quero as palavras como expressões do que é ou poderá ser
Minha direção no encontro e desencontro do eu ante os outros
Quero o sorrir e as lágrimas para sentimentos ter
Meu aprendizado, libertação dos grilhões da escuridão da ignorância.
Quero uma bela semana para aproveitar cada dia como se fosse o último
Pois para viver é necessário saber resistir para a certeza do existir.
NAVEGANTE
Bom dia com o sol que sorri
Abraçando o corpo,
protegendo a alma.
Motivo de irmos à frente,
rumo ao desconhecido;
doce andança
necessária para
conhecermos o Id
Timoneiro indolente,
do coração navegante
onde a cada porto
uma nova música aprende
para cantar quando estiver
em alto mar.
LUPERCALE
Noite adentro seguindo o rastro prateado
Oculto pelo medo presente, lembranças do pesar diurno
Sons bestiais e guturais da alma perseguida
Matilha desnuda ante a deusa nua
Qual a certeza no olhar vazio da insanidade?
Por entre os caminhos vagam as feras que devoram a mente
Correr, correr, correr... Sou o que mais temo.
Brindamos na companhia da Lua Negra
A vida e a morte do ser liberto.
EXISTÊNCIA
Siga o caminho dos ventos vindouros da Rosa
Registre suas pegadas nas areias do tempo.
Viva plenamente,
Ultrapasse as portas da percepção
Entenda o Eu oculto pelo véu da ignorância.
Para cada verso um sentido,
Nenhuma palavra é vã perante a existência.
Deixe registrada sua marca,
O seu sinal,
A certeza do seu ser.
GRANDE HORA
Meia- noite e três minutos...
Sob a luz fraca de uma lâmpada
O questionamento do caos
Serpejante da vida.
Sentimento sofrido?
Paixão destruída?
Talvez um prisioneiro de um cárcere sem luz...
Nunca houve claridade suficiente
Para iluminar o olhar obscuro
Da dúvida que é a existência.
PERSISTÊNCIA
Postar-me-ei desnudo aos ventos da rosa
Deixando as máculas da alma pelo ar
Pesado é o fardo,
Resistirei...
Das feridas, o tempo cuidará.
Aprendi a caminhar
Na companhia dos ventos
Labutando com fervor
Destino traçado em outrora
O quanto deverei pagar? Ainda não sei
Farei do tempo a minha estrada
E do vento, o meu guia.
SAGRAÇÃO DA PRIMAVERA
Calmamente caminhei sem rumo,
Pelas alamedas encobertas pelos ipês lilases
Sorri ao convite do vento,
Suspirei profundamente,
Recitei o velho Blake.
No observar castanho onírico
Projetei a ânsia de viver
No firmamento límpido anil.
Aberto está o arcano sem nome;
O tempo será o juiz de minhas ações...
Eu, o algoz da sua sentença.
Logo será primavera,
cicatrizes de outrora se fecharão.
Um dia de cada vez.
Perseverei em face da incerteza do ser perante o nada
Inerme prosseguindo poeticamente.
Já não faz sentido empunhar o gládio em batalhas vãs.
Na sagração da primavera tudo renasce
com a unção das flores que sorriem no silêncio.
POEMA PARA UM AMIGO À BEIRA DA MORTE
Aonde é o começo ou fim do correr?
Lembro-me das noites quentes,
Quando sentados no telhado de vidro
Absortos em meio à fumaça inebriante
Acompanhávamos resplandecentes
O rastro veloz das estrelas cadentes artificiais
Cintilando e logo sumindo na noite escura
Transformando, movimentando a cidade amorfa
Girante caleidoscópio de pensamentos
Entre prosas e poemas
Sonhos e sentimentos profanos
Divinizando-se no voar baixo
Pelas ruas, bares, bocas e olhares
Sob o crivo dos justos ignóbeis
Os que nunca tiveram a coragem de
Caminhar na beira do abismo
Por medo de confrontar o fundo insondável
De suas almas incógnitas
Aonde é o começo ou fim do correr?
Não conheço a hora certa
De atravessar a ponte sem medo
Conheço apenas a poesia dos momentos
Canções da existência
Notas e timbres,
Ritmos da dança das lágrimas e sorrisos
Motivo do entender do viver e ter
Talvez o começo e o fim
Como o saborear da límpida água da fonte
Saciando a sede do conhecer
Reflexões de que tudo flui
Bastando querer seguir sem importar-se com o inexistente tempo
Afinal, o adeus não existe
Pois, como as noites findavam com o raiar do sol
Observados pelo infinito de nossos olhos
Além da caixa empoeirada, do alto nos telhados de vidro
Existíamos, meu amigo
Para cada novo dia, para cada velha noite,
Perpetuando-se na eternidade.
CAPÍTULO IV
Hoje é um belo dia para morrer
Brilha forte o sol
Iluminando o caminho
Trazendo o calor
Para o corpo e alma
Não quero que aparem minhas lágrimas
Descobri que tenho lenços de papel no bolso da calça surrada
E eles se dissolveram no próximo dia de chuva
Hoje é um belo dia para viver
Ouvir uma canção triste
Alegrar o corpo e alma
Dançar resiliente
Agradecendo o sorriso
Amando além do amor
Tendo o azul do céu
Dizendo amém.
CHAVES DA VERDADE
Um doce beijo nessa manhã
Para que seu dia seja belo
Mesmo com a tristeza a turvar o brilho dos seus olhos
Fazendo olvidar de contemplar o horizonte
E da sempre presente poesia que liberta a alma
Num simples caminhar vagabundo
Aproveite o dia! Sussurra o vento repentino
Mesmo nos dias cinzas
Porque o sol apesar de oculto por nuvens flutuantes de chumbo
Está a decretar a luminosidade do dia
Secando as lágrimas da noite passada
Dando a medida exata da nossa medíocre ignorância
Sendo o senhor das chaves da verdade
Para que possamos viver o hoje.
ANTROPOFAGIA
Contornando cada parte secreta
Baila em círculos suaves
Avida língua vadia
Buscando o fremir do revoar no infinito céu imaginário
Deixando a lembrança
Para o amor pleno
Mesmo perante o adeus
Comungado no hoje perpétuo
No comer voraz da boca nua
Sem ontem ou amanhã
Brilhando os olhos
Fazendo do cosmos a imagem una
Vida e morte
Na antropofagia da alma
Que não teme em entregar-se
Ao gozo como poesia a eternidade
Amém
O Menino
Debaixo do sol lindo de ver(ão),
Na capital das ilusões,
Jaz mais um bastardo dessa sociedade
Onde os ratos são necrófobos entre os relapsos.
Dizer que ser da rua é uma borbulha,
Não me resta dúvida;
Pois, em meio ao líquido a bolha de ar é insegura.
Ser flanelinha, fumador de pedra ou cliente assíduo da “boca perversa”?
Nunca foi sua meta;
Mas, se o vicio não da trégua e a felicidade lhe detesta,
Viver é modéstia.
Sem o pão e a compaixão,
O menino vai caminhando, subindo e descendo, na maior frustração.
Somos leves como a neve,
com passados manchados de sangue,
E agora estamos de passagem na escuridão,
Com apenas dor e muitas vezes ninguém vê.
Como somos humilhados, mas você consegue...
Fomos julgados e queimados, sendo esquecidos na imensidão.
Rasgo alguns sonhos,
mas, não os enterro,
deixo os pedaços ,
porque se o acaso
num ocaso qualquer ,
apontar em esperança ,
poderei refazê-los
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