Poesia Carinho Machado de Assis
Vozes perseverantes
És deficiente, claro amigo!
Sim, uma casa bem construída,
Mas não se faz um abrigo,
Não sentes o amor desmedido...
Verdade! Meus olhos não veem.
Confesso, sonhei enxergar,
Vejo com o coração, não minto!
Enxergas, mas teu afago não sinto!
Não tenho pernas fortes!
Cadeira, rodas... Sina minha.
Você comigo não caminha
Mas sou asa mesmo sozinha!
Dizem que é lindo o cantar.
Gonzaguinha, Keréto, o sabiá...
Mesmo sem ouvir, voam cantos.
Muitos me ignoram, são tantos!
Sei que a fala sempre me faltou,
Nunca a encontrei na língua.
Deixas-me no silêncio profundo
Mas meus gestos reviram o mundo!
Estou na estrada e sou como você,
Nado, brinco, faço o acontecer...
Do cume ao fundo profundo do ser
Surfo, paraquedas... Menos temer
QUANDO MORTO
Claro que os animais,
com alma ou sem alma
quando morto, suas almas,
não nos assombram...
Nem nunca irão nos assombrar!
Pois vivos, são ininterruptamente,
assombrado por nós.
Nós os assombramo-los
o tempo todo, todo tempo...
Com nossas ações, nosso dividir
e nossas ganâncias para com eles.
Os animais vivos...
Vivem o mártir o flagelo
a prisão sem condenação
noites longas de escuridão
e dias muitos amarelos.
Muitos das vezes
eles vêem a óbito amarrados,
fechados, engaiolados
e tudo isso é claro...
Sem nunca terem sidos, condenados.
Antonio montes
DEPORTAÇÃO
Eu vou me candidatar! É... E se eu ganhar...
Não vou aceitar imigrantes clandestinos,
zanzando por aqui, no meu lugar.
Se eu ganhar...
Mandarei expulsar, as areias e as pedras
as chuvas, que cruzam as fronteiras, todos
os dias... As enxurrada as encosta dos morros
o temporal com trovoadas os relâmpagos, os
degelos, e também as labaredas dos fogos.
É... Eu vou me candidatar, e se eu ganhar...
As águas dos oceanos, que fiquem por lá
não quero leito de rios, cruzando p'ro
lado de cá. Não quero, voar de águia imigrando
ou voou de falcão, peneirando no meu ar.
Não quero, tempestades de chuvas de lá...
Nem assopro de tufão ou ciclone, cruzando
a cerca da minha nação. Se eu ganhar!
Não quero lua de lá, com seu lençol de prata,
prateando o lado de cá! Nem esse sol de lá...
Atrevido! Olhando meu torrão tão belo, com
esses seus raios amarelos, todos descabidos...
Cruzando a minha fronteira sem nunca
bisbilhotar. Se eu ganhar...
Mandarei expulsar, as chuvas e os temporais,
o anoitecer e o amanhecer que não tiverem
passaporte, assim também, como os rumos
do sul, e do norte. Se eu ganhar...
Deportarei as estrelas de lá, esse tempo
dividido, que por aqui apareceu, e essa
velha estação do ano, filha de outra nação,
essas religiões e os afoito de Deus.
Deportarei as doenças de lá, as curas e os
remédios com, essa dama da foice que nos
visita pelos momentos baixos dos dias...
E pelas altas horas das noites.
Deportarei as modas as poesias as musicas...
Deportarei as artes cênicas o humor o riso
a alegria, vindos de outras terras, pousando
em nossos dias. Se eu ganhar... Deportarei
os pássaros e o arco-íres esse céu que
também cruzou o mar, com o seu azul incrível.
Antonio Montes
TOQUE DE BELÉM
Aquela palhoça,
toda oca, tem poça...
Poça de chuva
parreiral de uva
ouriçado ao vento,
tem viola, na sacola...
E o nego toca.
Aquela palhoça, choça...
Tem minhoca e tapioca
_ Tem xerem? Tem...
_ Tem o toque de Belém...
Blem, blem!
E também galinha choca.
Antonio Montes
Seja o claro da noite,
Ou no escuro do dia.
Estou presa aqui.
Para sempre.
Sem sequer,
Um antecedente.
Sem saber o que buscar.
E por meio deste poema,
Mostro minha alma,
Perdida,
Encontrada,
Sonhadora
E desacreditada.
Que anda por ai.
Sem saber,
O que o mundo realmente,
Teme
E continua a esconder de mim.
E isso desde sempre
Viver é melhor
do que escrever um
poema
Viver é dizer o que
sente
é amor e sorrir
É viver pra curtir
Todo poeta é de natureza sofredor
sofrem por um mal indiscritível, amor,
escrevem com tinta invisível
descrevem o sentimento impossível.
Em meu peito
Você estava perdida
Entre minhas artérias.
Eu só não tinha a menor ideia
De como tirar você dali.
As vezes esqueço meus pensamentos em você.
As vezes esqueço meus olhos em você.
As vezes esqueço até o meu bom senso.
" Tens uma coisa que não sei
mas gostaria de saber
e sabendo temo por mim
pois sei que não esquecerei
mesmo sendo quase sem querer...
Por meu intermédio fala a mente de Deus.
Mostro o estado do ser humano.
Indico o caminho da salvação.
Aponto o destino dos pecadores.
Revelo a felicidade dos salvos.
Ilumino-lhes o caminho a trilhar.
Alimento-os espiritualmente.
Dou-lhes conforto nas horas difíceis.
Eu sou:
o mapa do viajante;
o bordão do peregrino;
a bússola do piloto;
a espada do soldado;
a carta magna do cidadão;
um tesouro inexaurível;
um paraíso de glória;
um manancial de alegria.
Cristo é o meu assunto central.
A felicidade humana, o meu propósito.
A glória de Deus, o meu objetivo.
Leia-me!
Frequentemente.
Atentamente.
Com oração.
Eu gostaria de:
encher sua memória:
governar seu coração;
guiar seus pés.
Meu conteúdo envolve a maior responsabilidade:
SER EU A PALAVRA DE DEUS!
Chorei
Chorei muito
Meu coração está de luto
Parece cair o meu mundo.
Se o amor fosse suficiente
A solidão estaria ausente
Não te faria sofrer
Não desejaria morrer.
Sinto falta do que não vivi
Me culpo por não permitir
Era medo da cabeça aos pés,
Agora deixo de ser.
Sou a ausência.
Sou o amor sentido
Mas nunca vivido.
O ANO
São, trezentos e sessenta e cindo ou...
trezentos e sessenta e seis janelas do edifício
nas quais, você pode se agarrar com seu
Deus, ou emaranhar-se na fé, edificada pelo
seu plano passageiro... Esse passageiro trem
a deslizar sobre as estações e sob os trilhos
cego do amanhã, misturando-se n'essa,
quádrupla neblina gananciosa.
Sobre a edificação íngreme, dos doze andares
sentimentais... Balançamos nossas esperanças,
sucumbindo sob o escuro silencio
das noites, derrapando sob os sonhos das novas auroras,
ou até mesmo, degredando os segredos das
hastes sentimentais sob o vento e o tic-tac
do instantâneo repentino.
Antonio Montes
Há pessoas, de fato, especiais !
humanas, amigas e amadas,
não as esqueceremos jamais
enquanto a vida nos for dada !
A solidão que paira no ar
Machuca só de respira,
Por que é tão difícil amar ?
Se a razão não permite dançar.
Dançar ate esquecer - se de chorar
Até que as suas lágrimas o abandonem
Até que o sorriso retorne ao teu olhar.
Por quem vale a pena se desesperar ?
Para depois á solidão retornar
Para depois no fim, então!, sozinho !
Somente pelo sórtido temor.
Dizer - lhe sozinho que tens esperança no amor,
Até onde nem mesmo a morte
Faria diminuir sua sorte ,
Por que acreditar !?
Por que não !?!
Amar é para os fracos
E também para os fortes
Mas os fracos amam com mais força
Com mais verdade no olhar
Na força dos fracos
existe muita coragem
E na força dos fortes
Existe muita mentira, e covardia
E assim, sem pressas e sem códigos
Sem relógios e sem armaduras
O viajante se assenta, organiza suas malas, planeja o próximo destino.
Contempla o mar, traz a brisa pra dentro de sua alma,
Sente o cheiro das alturas e das liberdades, abre suas asas e chega ao seu próximo destino: nas palavras dos poetas e nos versos dos escritores navegantes nesse mar de amores, descobertas e arrepios.
(Escritores do mar - Victor Bhering Drummond)
Inutilmente
Irá anoitecer, este sol quente,
no mar frio e infinito do horizonte.
As aves candoras não mais cantarão,
e os lobos uivantes se calarão.
No silêncio da madrugada,
não farei além de mais nada,
a não ser te amar, e te amar vou viver te amando.
Com os mesmos desejos castos,
que te ofertam no altar dos altos.
Irei beber o teu sangue para que sejais o meu sangue, no pulsar de seu coração e no incomparável sabor de sua fertilização.
Inutilmente vou vivendo,
simplesmente,
com algo não sabido, porém, escondido em meu coração,
inutilmente.
Meu amor...
Milhões de vezes eu disse que te amo
Outras mil disse que és meus maiores encantos!
Mas ainda é pouco...
Eu sei que é pouco...
É quase nada.
Se eu tivesse mil palavras em um segundo
Se eu pudesse abraçar o mundo
Abraçaria o mundo de nós dois.
Eu bem sei, meus braços não alcançariam e
este universo, o nosso amor em versos,
amor que construímos sem toque de mãos.
Hoje em nosso dia
O brilho do nosso sol está mais forte,
O nosso céu mais iluminado,
Nossas estrelas todas prateadas,
E os anjos cantam à nossa sorte,
Fazendo festa.
A festa deste imenso amor.
SURTO POÉTICO
Na loucura de uma lamúria
Me envolvi com a estrutura
Me enredei pelo caminho
De um poeta maduro
Um sentimento dúbio de amargura
Uma modernice agradável
Um olhar amável
Uma robustez afável
Em estrutura louvável
Imaginei o óbvio
Me encontrei com ócio
E no intervalo,
encontrei o fóssil
E fiz dessa loucura,
um verso dócil
DOCE SERENA
São lindas e doces
Cálidas canções
Versos de amor
Que saem de sua boca
Tu és o orvalho da minha manhã
És o cheiro da flor molhada
Minha doce Serena apaixonada!
Tu és minha inspiração
És minha amada!
Serena pura e delicada
És tão linda
Linda e perfumada!
A tua chegada a tudo transforma
Tens o perfume das flores
E o colorido das rosas
A tua presença
É como a luz do sol
Ao nascer do dia
Num esplendor da aurora
A cada momento te amo mais
E anseio por teus suaves carinhos
És paixão
És pura sedução
És meu amor com gosto de licor
És minha única escolhida
Entre as mais belas orquídeas
Desse jardim do amor!
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp- Relacionados
- Poesia de amigas para sempre
- Frases de carinho e amizade para expressar gratidão e afeto
- Poesia Felicidade de Fernando Pessoa
- Poemas de amizade verdadeira que falam dessa união de almas
- Poemas de Carinho
- Poemas para o Dia dos Pais (versos de carinho e gratidão)
- Poesias para o Dia dos Pais repletas de amor e carinho