Poesia Amor Nao Realizado Olavo Bilac

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VIOLA CAIPIRA (soneto)

Noite ressequida, ao longe, viola caipira
cantiga de sofrença era ouvida, batida
cantada dentro da tristura, pura embira
que contagia, é dor, amor de despedida

Quem longe está, aproxima, o som pira
na alma calam sensações desmedida
nas emoções, melodia de toda uma vida
chora viola! Chora na escuridade sofrida

Trova o chão do cerrado, pura beleza
razão no sonho sonhado e, "xonado"
retinindo fragilidades de leve leveza

Viola caipira, tem quimera no planger
convida o coração a estar apaixonado
e na paixão, vara até o amanhecer...

Luciano Spagnol
2016, novembro
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

CHOVE N'ALMA (soneto)

Ouço chuva na minha alma, lá dentro
pingando na solidão pingos de nostalgia
é chuva de tempestade turbulenta e fria
inundando o coração com triste tormento

Tento na saudade ter qualquer analogia
nas quimeras, então, busco aquecimento
nas estórias de venturas, sem sofrimento
pra ter momento de estiagem e melhoria

A chuva, ainda cai num compasso lento
avolumando dor e sentimento na alegria
em rajadas de voluptuoso e firme vento

Em vão, a razão quer sair da melancolia
debruça na janela da alma, em lamento
vê que é pranto, está chuva de carestia

Luciano Spagnol
Novembro, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

EMOLUMENTO

Essas luvas que me enluva...
Me cala do frio
me salva da chuva.
Essas luvas, leva-me na lembrança
de quando criança
os ventos as tranças
as parreiras das uvas.

Essas luvas que me enluva
aquece meu medo
da gata que esturra
no cume da serra
aonde os ventas urram...

Essas luvas me empurram
na espuma da praia
pelas roupas de cambraias
e pelos ferrões de saúvas.

Essas luvas me alugam
corações sempre em duvidas
essas luvas, me usam.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

UTOPIA

Ainda pequena, quantas e quantas
vezes aquela crianças, brincava de ser adulta
nesse sonho de brincadeira, se colocava
como dono de império
se vestia de rancor, dava ordens
dava chibatadas, prendia
xingava os ventos
as vezes maldiçoava o momento.

Em meio a essas brincadeira de adulto
... Se colocava como se fosse um tirano,
se maldizia em sentimentos,
e maldiçoava-se por ainda ser pequeno,
mas como pequeno...
Tinha lá suas brincadeira de época
... Bola de gude, amarelinho
sentados em roda com sua pedrinhas
... Cinco marias,
cavalo de cabo de vassoura, peteca.

Como criança... Chorava abertamente
se escangalhava em sorrisos
resmungava por levantar-se sedo
estava sempre aberta,
fazia artes inocente...
Não guardava segredos.

Cresceu... Deixou de brincar
e como adulto, adquiriu vergonha
só chora as escondidas,
deixou de se expressar aos ventos
os risos são minguado, curtos
quase nada carrega em sentimentos
sempre tem segredos em pensamentos
... Um deles é sentir saudade de ser criança
mas com vergonha, deixou de brincar
adquiriu carrancas de verdade,
e com pelos na cara...
Todo tempo, tenta se limpar.

Não é mais criança e tudo em sua volta
é moldado por planos e comando de voz
não leva mais seus passos aos ventos
ao contemplar as margens de sua estrada
tem medo do andar do seu caminho
seus passos, com os anos estão curtos
enquanto seu olhar limita-se ao espelho, ou
através de grades de suas quadradas janelas
suas rugas, te esperam na curva do tempo.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

QUE BOM TE VER

Primavera, primavera...
quantas cores coloridas!
O mundo sempre te espera
com seu aplaudir de vida.

Suas flores sua época
com aromas e farfalhar
amores alados em festas
propagando vida no ar.

Sempre expande esperança
em sopro Mundo de dor
aos olhos de uma criança
é a rainha do amor.

Primavera, que saudade!
Que faz o teu existir
símbolo da felicidade
te agradeço, por vim

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

QUE CONTA

O cantar de galos das noites escuras
foi substituídos por:
Ladrar de cão
estalos de balas
e silvo de ladrão que:
Pula o muro
corre pela rua...
Ninguém se incomoda!
Ninguém segura!
Não é comigo!
Não é da minha conta!
E nem da conta sua.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

grávida a floresta adormece em gestações de eras incontidas
para amanhecer em partos originando as avezinhas e flores
é uma sinfonia de vida que pulsa no afago do orvalho
sob a gentileza do manto das nuvens e do céu

Inserida por IvaTai

COESÃO

Depois de um certo tempo
entre, capas e cantos...
Reluziram a ti, os encantos...
Foi-se as luvas as capas
ficasse, sob forte chuva de matraca.

Protegido por seus próprio tre, le, le
... Sob seus dedos de segredo
guarda os desafios do degredo...
Porque não surrupio?!
Porque não desvio?!
Se por outros oceanos...
Em sua caixa de planos...
tens guardado os anéis e ouros
da sua falta de respeito e coerência.

Terá seus dias de proteção confinado
e com os braços rodeados de devotos
voltarás para desviar a nação
os efeito de Ali Baba, lhes pertence
as lagrimas de novo, são do povo...
O que , que há!

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

ROENDO UNHAS

Em noite escura...
Urro de lobo
olhos de coruja
vulto nas sombras
figuras sujas.

Em mundo surreal
o medo urra.

Revoar de morcego
cochicho nos ouvidos
na bochecha um segredo
que contasse sem duvido
roendo as unhas dos dedos.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

PERSIGO A FELICIDADE

Em busca da felicidade
Cada momento nos fala
Com gestos e intensidade
Se fragmento, a alma cala

E nesta de inconformidade
O sentimento vira lamento
A felicidade é pela metade
O momento sem sentimento

A afetividade o amor escala
Traz alento e cumplicidade
Ao sentimento embala
Nunca na desigualdade
Pois, a vida não para...
Persigo a felicidade!

Luciano Spagnol
Novembro, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Em busca da felicidade
Cada momento nos fala
Com gestos e intensidade
Se fragmento, a alma cala

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

... inconformidade
O sentimento vira lamento
A felicidade é pela metade
O momento sem sentimento...

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SE TIVESSE

Se tivesse bicicleta, carro ou avião
Cristo teria fugido...
Mas n’aquela época,
Parapente ou asa delta,
não tinha não.

Não precisa ter fugido, só porque
foi beijado, mas mesmo assim a pé
ele deu no pé e sumiu.

Se perdeu no deserto, por dias e,
dias... Só o crápula o ‘viu.

É,fugir ele tentou... Mas voltou
com fome chupou uvas das oliveiras
e sobre a pedra chorou.

Bateu boca com Pedro
e logo após a meia noite
para os homens do Rei se entregou.

Cristo, Cristo!
Porque fez do amor um sofrer
hoje todos que amam choram
e mesmo assim...
Um dia o amor se dispersa...
E de uma forma ou de outra...
O amor vai embora.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

SEM JASMIM

Lá vai Maria
de todos os dias
com moringa d’água
e sua alegria.

Ainda menina
com sua ródia
fazendo sua rima
vai à cacimba.

Maria sob o vento
atirou a esperança
hoje sem sentimento
não é mais criança.

Vejam seu jardim
flores pra ti
adulta, assim
não será jasmim.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

SEM RUMO

Veio o vento...
E as placas de latas
se foram...
despencadas, derrubadas,
sobre o chão
como se fosse agouro.

Sem direção...
Sem rumo e sem destino
perigo! Perigo?!
Hoje, tornou-se abrigo
Para onde vai caminhão?

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

SEM TEIMA

O seu sorriso vale a pena
velo brilhar no seu rosto
com essa cútis morena
e essa boca que dá gosto.

É uma flor açucena
mulher meiga pequena
vento solto em agosto
rosa na tarde serena.

No gingo de duas margens
vais mostrando o seu tema
embeleza com sua imagem
olhos que te olham na arena.

O seu sorriso vale a pena
velo é felicidades
veja o meu amor sem teima
e venha viver de verdade.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

PENÚRIA

Menina pobre
boneca de pano
cinco marias... Pode,
ter fé em seus planos.

Pobre menina
sem rima sem cheia
misera clareia
toda a sua teia.

Viaduto calçada
morada na ponte
não tem horizonte
não pensa em nada.

A fome se expande
no dia apos dia
menina seu bonde
não tem alegria.

Seus vôos são passos
pêndulos na calçadas
seus sonhos, embaraços
seu prato é fada.

Menina pobre
Pobre menina
mesa sem café
sofrer é sua sina.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

SONHO BOM

Era sono, era sonho
tudo aquilo que sonhei
um mundo sem atos medonhos
e sonhos que sempre acreditei.

Sonhei com um mundo sem roubo
ruas, transeuntes sem mendigar
religiões a cantar sem rogos
e politicas sem ludibriar.

Babel... Sem se perder em vozes
Humanidade, coerente com amor
judas sem beijo falso, nem atos atrozes
e jardins, transbordando em cor.

Cristo sem cruz, amor sem divida
mães sem mais preocupação
o mundo sem cerca ou divisa
a terra, sem presença do cão.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

SUA MARCA

Deixe a sua digital...
pode deixar!
Com sofreguidão dos seus dedos,
que me deixam loucos
com riscos de suas unhas grená
e beijos por todo corpo.

Meu corpo, sim!
Pode marcar
minha pele em suas unhas
leva! Leva!
Seus lábios todos vermelhos
nossa anciã no espelho.

Deixe a sua digital...
Pode deixar!
com sufoco de calor
e gostos poucos
todos os gostos de amor
em frenesi e gritos loucos.

Meu corpo? Sim...
Esta arfando
queimando com o seu cheiro
meu soluço soluçando
sou todo teu por inteiro.

Deixe a sua digital...
Pode deixar!
Com pegadas de frenesi
para incendiar meu corpo
centelhas embebida por ti
me queimando, pouco a pouco.


Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

RINCHO

Essa burra urra.
_ Conversa... Como burra urra?!
Se a burra é burra...
Com certeza se urra,
não, não pode ser a burra.
_ A burra não é cavalo,
cavalo é que relincha
relincha por aqui,
e salta nitrindo, por ai.
_ A noite urra,
o cachorro urra
o vento urra,
o leão esturra...
Se a burra não ladra
o cão não enquadra
tudo passa no passar
claro, claro... Esta claro,
a burra pode urrar.?
_ Se a burra urra
a burra não é burra.
_ Mas quem falou
que a burra é burra?!

Antonio Montes 23/11/16

Inserida por Amontesfnunes

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