Poesia Amor Nao Realizado Olavo Bilac
Poema: "Átimo"
Estrito ao vazio,
curvo letras
em trapézios
de solidão.
Exposto a ventos,
disperso certezas,
por emoção.
Na suave lembrança,
retenho brisas breves,
plenos momentos...
Gosto de escrever à queima-roupa, como quem atira sem alvo. Às vezes quando acordo inquieto, com frio na barriga, muita sede e vontade de correr ou ficar sozinho eu já sei: vamos resolver isso com uma caneta ou teclado de computador.
Às vezes, sai apenas um rabisco, um desenho, um devaneio em forma de um novo projeto. Mas eu deixo sempre fluir...
Como sei que a idade um dia vai chegar, quero migrar essa terapia para a voz e assim, poder gravar quando não tiver mais vistas suficientes para a escrita.
O importante de sentar para escrever, ao contrário do que se pensa, é não ter inspirações prévias.
Devemos deixar o pensamento correr solto, frouxo, leve até que ele escorra pelos dedos até a ponta da caneta ou teclado de um computador.
Pode parecer baixo, mas tem dias que o pensamento tá como aquele "peido" que insiste em sair quando você anda pelas ruas, lado a lado com alguém: é necessário você pare tudo e o liberte!
Sinto falta do uso da minha máquina de datilografar. O barulho incomoda os vizinhos mas esse mesmo barulho me inspira.
Foi ao som desse barulho que, por anos, vivi nos salões de agências bancárias datilografando documentos e vivendo algumas emoções.
Creio que num futuro próximo digitar com a voz terá o apoio de corretivos eficientes que repetem o escrito e indicam por voz a necessidade de um ajustes na escrita.
A pandemia foi um ano difícil para alguns, porém, os autores, pintores, compositores, poetas, escritores e todos os que vivem de inspiração tiveram um ano de muita colheita.
Sim! Colheita! Assim como um agricultor no campo de flores ou frutos, tudo aquilo que transborda na mente humana e se converte em palavras são colheitas. É a mais bela colheita por que ali nascem sementes que irão brotar em outras mentes humanas.
E sem dúvidas, dos tempos pandêmicos de 2020, brotarão sementes que inspirarão as ávidas mentes dos séculos que se seguirão...
Seja Resistência
Subversivo
Intrépido
E audacioso
Leve paz onde há guerra
Luz onde há escuridão
Amor onde só há violência
E resistência onde há opressão
Seja um rebelde
Um herege
Mas nunca um covarde
Lute até a sua última gota de sangue
Até suas forças se esvaírem
Até o cansaço se apossar do seu corpo por inteiro
Onde quer que vá
Leve revolução!
VINHETA
Ame-se o que é, como nós,
efêmero. Todo o universo
podia chamar-se: gérbera.
Tudo, como a flor, pulsa
e arde e apodrece. Sei,
repito ensinamento já sabido
e lições não dizem mais
que margaridas e junquilhos.
Lições, há quem diga,
são inúteis, por mais belas.
Melhor, porém, acrescento,
se azuis, vermelhas, amarelas.
Mulher
Mulher, que todos os dias sejam seus
Que a felicidade seja plena
Que o riso venha fácil
Que as manhãs sejam doces
As tardes tenham chá e brigadeiros
E as noites... que sejam picantes, ou simplesmente oníricas, como deseje
Que sua vontade impere
Sua voz seja lei
Que seu gesto suave dite a direção
Que seu olhar fale por si
Chacoalhe o mundo! Bem misturadinho ele vai ficar do jeito que você quer.
Noite Paulistana
Sem pretensões, apenas uma noite qualquer, paulistana
Noite que começa a luz do dia, que escurece aos poucos
Ela vai te inebriando e soltando as amarras que precisam estar fortes em outras horas
Enquanto a cerveja vai se misturando ao sangue o riso fica mais fácil, as palavras não pedem licença para sair da boca e você vai se revelando bem do jeito que é
Saem anjos e demônios, vomitamos verdades e afirmamos mentiras da quais não abrimos mão, questão de sobrevivência
A noite tem cheiro e gosto de cerveja, de vários tipos, temperaturas e intensidades
As conversas, elas variam tanto quanto essas opções.
De repente a insatisfação te invade e você se vê expulso daquela atmosfera, é como se faltasse ar
Então, busca-se oxigênio em outras paragens
Mais intensas
Mais escuras
Mais verdadeiras
E lá, nessa nova caverna, você mergulha com estranhos, em conversas profundas, questionamentos constrangedores e revelações surpreendentes
Você olha a sua volta e afirma, são apenas efeitos, da noite, paulistana
Noite precoce
Intensa
Despretensiosa
Uma noite qualquer, paulistana.
Eu tenho medo de me olhar no espelho e ver uma flor despedaçada e amargurada.
Com as pétalas machucadas e ao acaso deixadas.
Alguém me amava e eu só ignorava.
Era uma flor ignorante e de amor próprio vivia.
Fui tão cego que isso não percebia.
Mais agora as coisas mudaram, uma tempestade veio e de mim afastou quem tanto insistia em me dá valor.
Por que ontem choveu, a chuva me molhou, pingos escorreram pelo meu rosto e se perderam em algum lugar.
Ontem eu era narciso, agora que o vento me frustrou, a visão voltou e o coração meu próprio orgulho danificou.
A ignorância acabou e o vazio ficou.
Ode ao Falso Profeta
Contuda falaciosa e Condenatória
Tua mão é trêmula teu olhar é Medroso
Tua alma te entrega no Rosto
Ode ao Falso Profeta
Em uma mão Paz na outra Guerra
Moralismo , falso Amor e Treva
Odisséia Horror e Miséria
Ode ao Falso Profeta
tem fome de vil metal
Teu deus é o capital
Perdão e incesão fiscal
Ode ao Falso Profeta
Enganas com proficiência
Cegueira com verniz de decência
Hipócrisia , ritmo e cadência
Ódio ao teu verbete!
Tua ação incoerente
Pleno desamor Incarnado
Aos demais tu desejas
Chumbo ,Dor e Couro Empalhado
Ódio ao teu falsete !
Teu Ego implumado.
Ode ao Falso Profeta !
Autor: Will Educador
Tema: Ode ao falso Profeta
Minha mente frutífera, se compara a uma grande e frondosa arvore. Em cada galho, em cada folha há mil historias.
Porem quando tento escrevê-las, tenho um repentino bloqueio, as ideias fogem se escondem pareço não ser capaz de escrever nem um simples haicai. Talvez tentar registrar minhas ideias seja como por um herbicida. Mas, sei que minha imaginação é imarcescível que não murcha e continua imperecível, bem guardada.
Na lentura que serenou o orvalho,
Nasce a flor de gredelém,
serenando de prata, Belém,
vivificando a nascente do Arrojado.
Do luzeiro, a invitação da sabedoria,
À juventude e suas singelezas,
De Uiraúna a sacerdotal poesia,
De ser encoberta por um denso véu de estrelas.
A Ordem DeMolay bordou,
Em cada canto um sentido de viver,
De Molay Uiraúna herdou,
A lealdade e a ousadia de ser.
Uma história de glória se escreveu,
Da Catedral, louvam o capítulo amado,
E dos sertões és o prodígio que nasceu,
O Capítulo Belém do Arrojado.
E na contagem da altivez,
o número é sete, meia, três.
Eu te amo, então peço para
Que sempre sacies minha sede
Com teus beijos
Aplaca meus calafrios
Com teus carinhos
Não deixe de alumiar
A casa que construímos
Dentro do amor
Porque nessa casa
É que sou feliz
Morando em ti
As vezes na vida passamos por momentos em que nos perdemos de quem somos, vivendo dias sem sentido e sem rumo certo para chegar.
E derrepente nesse nosso caminhar sem direção esbarramos com alguém que mesmo sem entender o motivo aos poucos vai nos relembrando quem somos e isso é algo inesplicavel.
Tem gente que tem esse gostinho de céu que nos permite entrar em sua vida e dentro dela enxergar além do que os olhos podem ver.
São nesses momentos que eu olho para o céu e agradeço, pois sei que Deus enviou um anjo pra me dizer que ele sempre esteve aqui e eu que muitas vezes não soube esperar e escutar a sua voz.
RESILIÊNCIA
Vontade de reagir
para superar o trauma.
Enfrentar dificuldades
com paciência. Ter calma.
Manter fé e equilíbrio.
Buscar cura e alívio
do sofrimento da alma.
Quando a chuva trouxer a solidão,
junto a ela faça uma cantiga,
mesmo num dueto sem afinação
e que seja saudosa, até antiga
Assim lavando a sua alma
em horas de muita paz,
sua mente ficará em plena calma
junto à meditação que a chuva traz
Olhar Poético
Como um filme
Vejo cenas que marcaram a sociedade.
Como um filme,
Gostaria de rebobinar muitas cenas
Mudar alguns atores
Alguns lugares
Alguns roteiros.
O 11 de setembro por exemplo
Eu mudaria...
Colocaria meu olhar poético sobre aquelas primeiras horas do dia
Colocaria poesia na vida daqueles homens-bombas
E salvaria!
Tantas vidas
Tantos sonhos
Tantos filhos e pais
Amigos e irmãos.
Não voltaram para casa.
Não acenaram um adeus.
Tiveram suas vidas ceifadas
Pela secura das emoções
Pela amargura de um luta cruel.
Como um filme
Vejo cenas que marcaram a sociedade
E a poesia não estava lá.
SONETO DOS FINADOS
Dia dos mortos, túmulos... Finados!
Dois de novembro, fé, um ritual.
Almas no céu? Inferno? Funeral.
Cemitérios, os corpos enterrados.
Covas, ossadas, pó... desencarnados!
Orações, rezas... Um tempo no umbral.
Lamentações, espírito imortal...
Mortes, óbitos, ciclos acabados.
Desafinados, só boas lembranças?
Ó sumida pessoa falecida,
Aos teus filhos deixaste uma herança?
Fecha caixão, velório, despedida.
Anos se vão... A única esperança:
Reencontrá-los no além, fim da vida.
seu fragmento de nome
falado e conduzido pelos ventos do nordeste
soa como uma doce melodia para meus ouvidos
é como se seu nome e tudo de maravilhoso relacionado a ele
fosse uma dose de dopamina
ja me sinto como se fosse dependente desse sorriso todos os dias
me sinto no topo do mundo por saber que uma das 7 maravilhas do mundo esta caminhado lado a lado comigo.
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04/11/2k20
C.G
Minha terra tem palmeiras
onde canta o tico-tico.
Enquanto isso o sabiá
vive comendo o meu fubá.
Ficou moderno o Brasil
ficou moderno o milagre:
a água já não vira vinho,
vira direto vinagre.
Lero-lero
Sou brasileiro
de estatura mediana
gosto muito de fulana
mas sicrana é quem me quer
porque no amor
quem perde quase sempre ganha
veja só que coisa estranha
saia dessa se puder
Eu sou poeta
e não nego minha raça
faço verso por pirraça
e também por precisão
de pé quebrado
verso branco rima rica
negaceio dou a dica
tenho a minha solução
Não guardo mágoa
não blasfemo não pondero
não tolero lero-lero
devo nada pra ninguém
sou esforçado
minha vida levo a muque
do batente pro batuque
faço como me convém
Eu sempre quis acertar
só me faltou pontaria
eu nunca soube cantar
mas sempre tive mania
nunca brinquei carnaval
e nem saí da folia
nunca pulei a fogueira
e nem dancei a quadrilha
Eu nunca amei a ninguém
nunca devi um vintém
nem encontrei minha trilha
Eu me perdi muito além
sendo meu próprio refém
na solidão de uma ilha
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