Poesia Amor Nao Realizado Olavo Bilac
EXAME
Aquele menino, de um mês
mesmo e ainda tez...
Não precisa fazer,
o exame de inglês...
Mas, para a sua sensatez
sem querer fazer,
um dia, chegou a sua vez
e nesse dia...
O menino de um mês
seu exame, ele fez.
Antonio Montes
CHORA!
Se você quer chorar, agora
Então chora
Não precisa agora...
Esconder o seu chorar.
Esconder só porque...
nesse momento
os olhos do tempo
se faz aurora.
Se você quer chorar
n'essa hora, chora!
Pode chorar...
Chora sem demora...
não é feio o choro
quando chora por amar.
Antonio Montes
JANELA DO EDIFÍCIO
Não sou pássaro...
Não tenho asas, nem sei voar
Mas aqui, no apartamento desse edifício
... Eu pairo sob alturas, e vivo sobre o ar.
Pela janela desse apartamento
meus olhos perambulam o horizonte
e se perdem, pelas ruas, prédios,
luminosos e placas de latas e voltam a vagar
sob o ar, onde o oxigênio do tempo se
mistura com a poluição de fumaça.
Aqui desse apartamento, no meu sedo...
Eu vejo o sol galopando sobre as paredes
dos prédios e o horizonte camuflando-se
sob as sombras do meu tédio...
Eu vejo pássaro vindo da sua mecânica
zumbindo em suas carenagens brancas,
transportando vidas e bombas para
estraçalhar, sua carrancas franca.
Da janela desse edifício...
Eu vejo o transito impedido
Permeando viadutos e pontes
e ao longe, um crepúsculo sob o tempo
de uma tarde sombria, aonde arranha
céus gigantes e casas se camuflam
sob horizonte.
Eu vejo a lua se esgueirando sobre os
telhados, aflorando em seu reinado,
e como se fosse espelho, ela faz
demonstração do São Jorge, dragão
espada e aquele seu cavalo branco.
Aqui de cima, eu fico observando os
mares da vida... Da para ver o semáforo
da encruzilhada assinalando os sonhos
e fazendo do pesadelo, uma parada...
Dá para sentir os pulmões da vida
embebidos pela poluição e stress...
Doentes de bronquites, pneumonia
e outras mazelas clinicas.
Da janela desse edifício...
Dá para ver... Rostos cansados disputando
lugar sob a fila do ônibus e metro, esses
rostos estão voltando do trabalho
da para ver também, rostos apressados e
enfadados correndo para seus empregos.
com medo de perder a hora e embaralhar
seus planos... Da para ver e sentir o mundo
os pergaminhos e os dogmas inventados
por esse ser humano.
Antonio Montes
MEUS OLHOS
Meus olhos não tem garras...
Não faz trapézio, nem escala
mas, vaga solto pelo tempo
como se fosse potro no campo
Em seu tiro, atira-se ao longe
bisbilhotando seu encanto.
Meus olhos quando tromba,
sobre o caule d'aquela arvore...
Rapidamente, escala para copa
uma vez lá, verifica flores e frutos
rodeia as folhas, e passeis pelo verde
então ele se da conta, que a flora...
É o meio responsável pela sede.
Meus olhos, mira, de norte a sul
de leste ah oeste, sobre os montes...
Depois visita o arco-íres colorido
sobe o azul do céu, para em seguida....
Pousar sobre o horizonte e perceber
que o mundo sem verde, seria
um escarcel, um degredo para saúde
um grude tingindo o céu.
Ao olhar toda essa peripécias
meus olhos se da conta
de que não sabe pular
e sem voar, inicia a sua descida.
Como se tivesse, desfrutando a vida...
Tão logo se estica, galopa pelos prados
atira-se sobre o horizonte
e vai parar na cachoeira da serra
lá por detrás da cortina da neblina,
ele toma banho na cerração
do amanhecer, e jorra partícula de
alegria no totem do meu coração.
...Tem horas que meus olhos...
Vaga pelas cores e sai por ai
cantarolando de felicidade
e pulsando com os amores
da nossa verdade.
O olhar dos meus olhos...
Não tem peso nem medidas
não se esconde atrás do mundo
nem nunca deturpa a vida.
Antonio Montes
DURO MUNDO
Mundo duro
roubos sem rumo
político que só faz surrupiar.
Eu não me acostumo
e pago os prumos
do mundo, que só me faz levar.
Vida fita
se ajeita enrica
aqueles que não gosta de pagar.
Honesto acredita
que um dia sem roubo
na vida, ainda vai poder enricar.
Antonio Montes
Poema da vovó.
O dia é para clarear o universo, que legal!
Eu estou apaixonada e isto não é normal,
Pergunto será excesso de reposição hormonal?
OURO É TOLO
O ouro, já não reluz...
Como reluzia ah tempos atrás.
Nesses dias de hoje...
Até a luz, vai reluzir, e se desfaz.
Aquela alegria que escancarava
com a verdade de um sorriso
também, já não existe mais.
Tudo que era para ser preciso,
tornou-se indeciso, até para o céu,
para o infinito juízo, e planos,
a certeza da fé...
É uma flecha vagando ao tendeu.
Ouve um tempo...
Em que existia ouro
e o mal agouro, era de tolo
Hoje, todos os tolos, são bobos
e o ouro, é estouro de tolo.
Antonio Montes
ATLETA
Não sou atleta, nem jogo bola!
Mas sou bom de bicicleta...
Com duas rodas;
atiro ao tempo, meu desalento
e vou me lendo, muito atento.
Rodar me roda e me incomoda!
Na descida todo dia
rodas, rola e enrola horas...
Protegendo, minha alegria.
Há quem diga, que fadiga!
Na subida, quem me diga...
Galgando metro em desalentos
sua corrente, é meu tento
e com esses... Ranger de dentes
Vou pelo meio, desse meu tempo.
Voou com asas, dos sentimentos
lá para cima, que nem peteca
pelas correntes, desses meus ventos
se perco o breque, ela não breca.
Antonio Montes
SAGACIDADE
A casa onde nasci...
Não tinha calçada
água encanada
não tinha escada...
Nem apito de nada.
Não tinha pinta, nem tinta
mas tinha um trilho
que levava a cacimba
e logo abaixo a bica fresca...
Tinha nascentes de água.
A casa onde nasci...
Tinha um terreiro, só p'ra mim
... Ali eu rodava pião!
Pulava corda e amarelinho
n'aquele tempo tão bom...
encanto sem televisão.
Um cantinho na saudade
da toalha colorida
Aquele cheiro de café!
aquela essência de vida...
O lugar onde nasci
é um canto na verdade...
lembranças, com encanto!
Verdade, com sagacidade.
Antonio Montes
SAGACIDADE
A casa onde nasci...
Não tinha calçada
água encanada
não tinha escada...
Nem apito de nada.
Não tinha pinta, nem tinta
mas tinha um trilho
que levava a cacimba
e logo abaixo a bica fresca...
Tinha nascentes de água.
A casa onde nasci...
Tinha um terreiro, só p'ra mim
... Ali eu rodava pião!
Pulava corda e amarelinho
n'aquele tempo tão bom...
encanto sem televisão.
Um cantinho na saudade
da toalha colorida
Aquele cheiro de café!
aquela essência de vida...
O lugar onde nasci
é um canto na verdade...
lembranças, com encanto!
Verdade, com sagacidade.
Antonio Montes
APOS ESCURO
Não interessa o quanto
a noite seja tenebrosa;
quando o dia amanhece...
O sol aparece,
e com sua luz majestosa...
Irradia poesia de alegria
e prosa.
Antonio Montes
TRAGÉDIA, SANGUE, SOLIDARIEDADE
"Bom dia" só que não pra muita gente
Que em luto hoje chora magoado.
Batida, a colisão de frente a frente
Com morto e ferido, atordoado.
Se foram muitas vidas preciosas
Em última viagem, vaticínio.
Viagens e estradas furiosas,
Ceifando muitas vidas, extermínio.
Eu quis doar um pouco do que tenho
E ia com alguns outros doar sangue.
Mas muitos outros querem nesse empenho,
Eu não vou mais, mas calma, não se zangue.
Pois já tem muita gente nesse ato
É a superlotação de doadores.
Por isso, tendo em vista esse fato
O grupo aqui adiou nossos favores.
Mas deixo aqui meus pêsames e digo:
Seja mais consciente nas estradas.
Também, sim, doe sangue, seja amigo,
Ou queres ver outras vidas ceifadas?
23/06/2017
Fale comigo
me diga caso sorria
me conte como foi seu dia
diga o que está sentindo
não me diga que está mentindo.
Mande uma mensagem
talvez duas, ou até mais
uma por vez que em mim pensar
então as vezes começarei somar.
Me conte o que aconteceu de bom
o ruim também
me fale sobre aquele som
que você pensou vir do fone de alguém.
A melodia que te lembrou
de um verso que lhe escrevi
no dia em que você foi
o dia em que percebi
que sem você só estou
que parte de mim está em ti.
Então me diga qualquer coisa
me assegure que chegou bem
mostre interesse
me chame de "meu bem"
me ligue com voz de sono
esse timbre me leva além.
Só fale comigo
só nós dois, mais ninguém.
CERCA NO AR
O boi, não voa
a vaca... Não voa!
Mas tem cercas no ar,
quase, quase...
Aonde aviões podem voar.
Arames farpados...
Fios elétricos,
cachorro que ladram
para que, ninguém possa entrar.
Filho... Nada de bom dia!
Nada de boa tarde!
com estranho, nunca!
Nunca se pode falar.
Boi, não voa...
vaca não voa!
cachorro não fala
mas ladra em seu cercado
só para te acordar.
Antonio Montes
NUNCA VIU ?
Quem foi que nunca viu um zaroio!
quem não teve piolho
ou nunca comeu um molho?
Piolho eu tive
zaroio eu vi de lado
e o molho, eu comi, disfarçado.
Eu vi o bem-te-vi que te viu
no trilho em que o vento sumiu
antes mesmo de partir.
Eu tive um molho de chaves, vivas
um olho molhando a ferida
antes da chuva cair.
Eu vi a saudade partida
sem tropicar sem dividir
laqueando o amor da vida
sob o tempo da despedida
sem direito de sair.
Antonio Montes
Acaso
Já que o acaso ocasiona
Que o destino extravasa
Que o tempo não estaciona
Vamos acender as estrelas
Uma a uma e deixá-las em brasa
Um brinco sempre procura uma orelha
Uma ovelha negra faz a revolução
Mas a semente que o Uno une em conspiração
Só depende da estação apropriada para a floração
Para cada par de orelhas
Há una ovelha!
GUARDA-CHUVAS
guarda-chuvas todos na chuva
apanhando as gotas d'águas
para não cair, todos nas ruas!
P'ra não fazer, represa e poças
para que as pedras que possam
façam suas piabas na lua.
Guarda-chuvas todos na chuva
livrando os bordados das pumas
junto as suas falcatruas....
Fazendo fitas na garoa
enfeitando o seu designer
no pôster, de gente boa.
Eu guardei a chuva perene
em uma caixinha de presente
para molhar meus sentimentos
e assim, ficar contente.
Antonio Montes
Existem 3 tipos de poetas, e embora pareçam semelhantes, não se confunda.
O primeiro é o de café e cigarro, normalmente escreve sobre a beleza da vida em melancolia, o que há de sublime no ar sombrio da vida.
O outro seria o de bebida e cigarro. Esses costumam escrever através de suas visões realistas sobre as dificuldades, problemas, e mazelas que enfrentam, mas utilizando um tom cômico, o famoso "rir da própria desgraça".
E por último, os apaixonados. Ah, esses são um problema em particular. Normalmente só podem ser entendidos por aqueles que passam pela mesma situação, ou todas as palavras soam como melosas e desnecessárias.
"A alma da poesia só é captada por quem lê, quando o mesmo coloca - se no lugar de quem escreve."
SONHOS ASCÉTICOS
Não é brinquedo olhar cedo, no espelho...
E se ver no tempo, ao mesmo tempo,
sentir saudade, do passado... Se sentir como
se tivesse sendo teletransportado...
Teletransportado pela nau da teletrasnsportação quântica, há décadas e décadas do passado,
ao mesmo tempo... Ter a sensação de esta sendo, projetado a uma senda de um futuro transcendental.
Vendo assim, é estranho pois, ao mesmo tempo, em que está colado ali, ofegante de sentimento, e
sentindo o coração pulsando... É como se tivesse oscilando um outro, ali a seu lado.
Eu sei... Eu sei espelho meu, não és vivo,
mas em seu físico, compacto, tu tens o dom
de manipular os sonhos... Fazer viajar pelos
espaços templários, e naufragar sob as ondas ascéticas.
Me faça naufragarem em uma senda templária
aonde o Deus é movido por um límpido amor
e não nos deixe ser envolvidos pela rugas da
idade nem pela ganância da felicidade.
Antonio Montes
O ESCURO PASSA
Não se aflija, acredite no amanhã,
o dia amanhecerá, e quando amanhecer...
Brinde o dia... Veja o sol,
a noite passada nunca se repetirá.
Agora você tem o horizonte,
galgue os sonhos...
A vida não se repete
e o tempo sempre esta arrastando-nos
para frente.
Acredite em ti...
Não deixe a sua vida, ser enganada
por promessas falsas,
não volte a noite que foi tão escura!
Pois agora, o dia se faz sol
e os pássaros cantam o amanhecer.
O céu, voltará a te saldar com um arco-ires,
o futuro é feito por cada um de nós
repetir o passado para cair na burrice
é desespero...
O passado só se repete se,
permitir-nos repetir.
ANTONIO MONTES
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