Poesia Amor Nao Realizado Olavo Bilac
INSPIRAÇÃO
De repente, não mais que de repente,
uma lágrima escorrega até o coração
e transforma todo sentimento em poesia!
Queria continuar um poema de Gullar
A Adélia falou que não,
Deixou claro que no trem não cabia,
Era sentimento demais.
Drummond concordou,
Falou que José era um chato e não gostava de passeio.
Pessoa chegou com Eros
E mostrou para Camões, que estava cansado do amor.
Neruda tentou ajudar,
Mas Wilde, com toda rebeldia,
Fez o poema correr.
Blake, com sabedoria,
Capturou tudo num pincel
E me deu de graça e sem explicação.
E eu flertei com a tinta,
Por causa de um sorriso. §
Asas
Corto as asas da minha solidão,
pra ela não fazer ninho em outros lugares
e me levar junto com ela...
IMITANDO A NATUREZA
A mãe me mandava estudar
E eu: Não-quero, não-quero
e ficava sempre apanhando
ao Quero-Quero invejava
que não querendo estudar
fugia da mãe, voando
O pai me mandava capinar
Eu respondia que não
e levava um safanão
Observando a angulista
Passei a dizer to fraco
e o pai me largou de mão
Queria beijar a menina
e não encontrava um jeito
Observei o Beija-Flor
Vinha correndo e zás
Dava um beijo bicador
E voava para trás
Pra declarar amor a ti
Não encontrava maneira
Inspirei-me no Bem-te-vi
E compus a frase inteira
Sou um Bem-te-vi por ti
Desde que te conheci
ENTÃO,NA MINHA FORMA DE PENSAR NÃO EXISTE MAGIA NO ANO NOVO,É SOMENTE UMA FESTA PARA MUDAR O CALENDÁRIO,A MAGIA MSM ESTA DENTRO DE CADA UM DE NÓS QUE PODEMOS OPTAR POR CONCERTAR NOSSOS ERROS.NÃO SÃO OS FOGOS,NEM A MUDANÇA DE DATA QUE NOS FAZEM MELHOR,TODO DIA É ANO NOVO NO CORAÇÃO DE CADA UM QUE ERRA E CONCERTA O SEU ERRO,TODO DIA É ANO NOVO PARA TODO AQUELE QUE ESCOLHE RECOMEÇAR SEM COMETER AS MESMAS FALHAS.
ENTÃO GENTE,FELIZ ANO NOVO PRA TDS AQUELES QUE CONSEGUEM COMPREENDER QUE EXISTE DENTRO DE CADA UM DE NÓS A ETERNA MAGIA DO RECOMEÇO
FELIZ ANO NOVOOOO.
VENHA CORRER NA LAMA
.
Me desculpe se meus questionamentos não te entenreçam
Mas é que não consigo me interessar pelo comum
Me dê a mão vamos atravessar a ponte
No final não sei o que nos espera.
Vamos, venha correr deste inverno que congela nossos sonhos
As coisas não são como nos disseram
Eles também estão congelados.
Venha vamos pular na lama do verão onde o mal não nos pode achar
Pois são caminhos que eles desconhecem.
Lá no bosque há uma arvore do conhecimento do amor
Mas somente um de nós pode colher o fruto.
Venha vamos olhar para onde os demais não olham
Venha pois no deserto a sempre rosas
E na lama ha sempre vida
Vida essa que eles desconhecem.
Vamos nos despir como crianças vamos brincar
Ver que não há razões para se importar com às verdades que nos disseram.
Hoje quero desconstruir meu mundo,
Revirá meu guarda roupas e ver que tudo é fruto de minha imaginação
Venha pegue na minha mão, vamos brincar estrelas estrelares
Viajar por um mundo não descrito pelos homens
Ha sempre um caminho que eles não enxergaram
Longe desta selva
Longe deste caos.
Ei menina, vamos pegue na minha mão
Não tenha medo
Siga o vento ele sempre nos leva para o caminho desconhecido, mas também nos traz de volta para os braços do solo de um novo dia.
Eu vejo uma lagrima ai dentro.
Reconstrua o que foi demolido, ao final verá algo novo.
Ei menina, não procure a outra metade pois tudo está ai dentro
Não espere de mim recompensas
Não sou muleta, vim te dar asas.
Não tenha medo pois o medo também é uma miragem
Tudo não passa de falsas percepções
Quando o dia renascer você verá em poucos segundos à essência que há ai dentro de ti.
Então...
...Não precisará mais de mim para ser livre realmente.
Ei menina não se esconda, existe um mundo a ser desvendado
Venha pegue na minha mão vamos desenhar uma nova estrela
Longe desta selva
Longe deste caos ...
Memoria de ontem...
Amar-te foi apenas pensar que fosses
Um arco íris de cores...
Não. ...Não eram versos...Nem poesia...
O amor deixou de ser um sentimento
E neste tempo de vazio profundo
Meu pranto acalmou a dor...
E plantei sonhos neste meu doìdo coração. ..
Mas o silêncio da solidão revelou aos meus próprios olhos...o sem fim...o incomensurável. ...
Agora sei...É apenas a memória de ontem. ...
Apesar de que minha alma guardará a verdade do teu coração!
ESTOU SÓBRIO FINALMENTE
Sóbrio, como folha limpa
Palavra não dita
Bar sem bebida
Melodia ausente de nota
Conversa sem volta
Mulher sem paixão.
Calar o poeta...
(Nilo Ribeiro)
Para calar o poeta,
não precisa proibi-lo de escrever,
basta dizer que ele não tem ética,
basta em sua arte não crer
tudo está em sua entranha,
ele precisa expor,
para ele é uma façanha,
expressar seu profundo amor
só assim que ele manifesta,
quando se dedica a alguém,
mas se a pessoa o contesta,
sua inspiração vai pro além
pro além do nada,
pro além do inexpressivo,
não tem palavra,
não encontra motivo
se o poeta calar,
nenhuma falta vai fazer,
mas ele não vai suportar,
de paixão ele vai morrer
ele exalta a sua diva,
seu amor ele personaliza,
por ela ele dá vida,
por ela nunca mais ele poetiza
o poeta calado,
é como tesouro escondido,
se para sempre ficar guardado,
seu valor nunca terá servido...
Nada...
(Nilo Ribeiro)
Poetizar o nada,
como pode acontecer,
se não há palavra,
nada pode se escrever
coisa nenhuma,
coisa nula,
em suma,
sinônimo que se rotula,
o nada não tem substância,
o nada não tem matéria,
o nada é vacância,
o nada é miséria
o nada não tem interior,
o nada não tem ingrediente,
o nada não tem teor,
em nada está presente
nada não existe,
nada é o vazio,
nada é triste,
e nada eu crio
nada é ausência,
é o contrário de tudo,
nada não tem presença,
nada é nulo
nada não é bom,
nada não é mau,
nada não tem dom,
nada não tem grau
poesia sem nada,
nem ao menos chocou,
poesia mal começada,
em nada ela acabou
nada na poesia,
de nada vale,
o poeta não sabia,
que nada nem é detalhe
poesia do nada,
nada relevante,
mas se entendeu uma palavra,
o nada se torna um gigante...
"E deste lado
o destilado
pra solidão não passar
do meu passo
eu passo
o destilado
pro lado de dentro
pra ver
eu prever
meu sofrimento"
Você é um atentando contra o quanto eu não te tenho tentado.
"O maior salto que já dei na vida, foi quando meus olhos saltaram nos seus..."
Por muito tempo
estive a ler uma saudade
que o tempo nunca se cansou de me escrever
e hoje jà nao sei muito bem
se leio a saudade de um tempo
se é a saudade que se escreve no meu tempo
ou se é o tempo que lê a saudade escrita
em todos os meus tempos...
Eu sou um peso leve
Um tijolo em formato de pena
Não cobro o que me deve
O agressor que rebobine a cena
Ao que tudo indica
Creio que indicar nada é
Constato o que fabrica
Já que nem toda propaganda é fé
Eu sou um despertar dormido
Sou como cacos de vidro
Acostumei a viver de mortes
Aprendi a renascer sem nortes
Segure o copo direito!
Sou como da causa, o efeito:
Fácil cai, fácil quebra — Mas corta
Solto rindo qualquer linha torta
Se bem que a tristeza, não é algo tão ruim quanto dizem. Às vezes, é a partir dela, que surge inspiração para escrevermos e refletirmos, assim, desenvolvendo-nos psicologicamente.
Tristeza é poesia.
A tristeza pode abrir as portas para níveis de profundidade e criatividade e inspiração, onde a alegria não chega.
Memória
Não me lembro de tudo.
Na verdade, não me lembro de muito.
Lembro do começo
Da inocência, da experiência
Do esforço, da decepção
Da persistência, da vitória.
Me lembro do novo
Do medo, do respeito
De grandes amigos, hoje esquecidos
De coisas irrelevantes
De conversar, de brincar
De amar, de chorar
Também de estudar e aprender
De competir, de ganhar e de perder
Da família Garança, dos Excelentíssimos senhores Comandantes
Da farda e dos desfiles
Me lembro da rotina
De ter tempo para tudo
De não ter tempo para nada
Me lembro do ônibus e da Vam
De fazer tudo, sonhando em não fazer nada
Me lembro dos campus, das cantinas e das práticas
Da solda, do código e das máquinas
De amigos e também das vinhadas.
Engraçado, não me lembro do concurso
Me lembro dos trotes e das provas
Da diferença entre aquário e mar
De colegas e semidesconhecidos
De aprender e trabalhar
De que ser júnior, é ser gigante pela própria natureza
E é também nadar contra a correnteza
De clientes, de projetos, de professores
Do sentimento de Dono
Me lembro do macarrão e do Açaí
Como me lembro do macarrão e do Açaí.
Me lembro do Alemão e da Alemanha
De dias indecisos, quentes e frios
De não entender, de quase entender, de sonhar entender
Me lembro das bikes, dos trens, dos aviões e dos ônibus
Das viagens e dos viajantes
De grandes amigos, de eternos instantes
De tudo me lembro em flashes
Com nostalgia realizo
Que todo tempo é finito
Que todo tempo é único
Que a memória é fugaz
Mas que o sentimento é profundo.
Acordo sem lembrar
Os melhores 5 segundos
Esses que não vou recordar
O caos que são meus mundos
5 segundos sem noção
Sem alguma percepção
Esperando a solução
Pra essa perturbação
Fico sem compreender
Fruto do esquecimento
Que esse breve momento
É o melhor que posso ter
Então eles se passaram
Aos poucos volta-se os sentidos
Caos e mundos retornaram
Focos de paz foram abatidos
sim,
o mar, o céu, o infinito
confundindo a terra que jaz num paraíso que já não habita
o vento, a brisa, a chuva
confundindo a pele que arpeja
a força, a vontade, o desejo
confundindo a vida
o caminho, a trilha, o curso
de um rio inerte que se esvazia...
contemplo o inalcançável do teu corpo
a centelhas de milhas de mim
e me recolho a tocar-te em pensamento
num tempo altruístico
e de deleite de um sonho
tão intensamente sonhado
e nunca vivido
Mais um dia onde sonhos, esperanças e surpresas já não me acompanham o imortal sono e frustrado despertar. Nada mais excita, surpreende os humanos são, apesar dos séculos os mesmos que desfilavam outrora: vaidades, torpezas, frivolidades e crueldade! Sempre foi divertido caçá-los e extinguir vidas tão desnecessárias; absorver o doce licor de suas pulsantes veias, saborear o apagar do brilho de seus olhos... Porém, assim como seco suas veias e descarto o corruptível corpo, os séculos drenaram minha ansiedade e a sede já não se satisfaz! A insatisfação e monotonia de todo esse tempo passado e, àqueles que sucederão, me enchem de tédio e anorexia. Nada, ninguém que valha o esforço, a atenção, o cuidado... a chamar atenção real, para saborear aquele rubro e quente derramar de vida! Então, um riso meigo e olhar gentil aguça meu desejo e arde minha sede... alvíssima pele em roliço e macio pescoço de jovem vendedora de flores, Em seus longos e ruivos cabelos resquícios de minúsculas flores brancas qual grinalda de prometida noiva... nas veias o sangue em rápida e enlouquecedora marcha! Enfim sinto a ânsia retornar e crescer a tal ponto de não suportar perdê-la. Preciso de sua essência dentro de mim revigorando-me, alimentando-me! Alguém compra-lhe as flores enquanto eu aguardo nas sombras aquele instante perfeito onde a caça cai nas garras do caçador, um momento único de união perpétua. Ao findar seu estoque retira-se satisfeita à caminho de casa. Acompanho seus movimentos sinuosos ardendo em chamas de loucura! Num instante arrebato-a para afastado jardim e entre os arbustos sugo o sangue tão avidamente desejado e necessário ao refazimento de minha personalidade carcomida. Seu macio e perfumado cabelo ruivo tinge-se do rubro de seu sangue enquanto viajo no sabor único de sua vitalidade enchendo-me à luz de indefinível luar.
Ariadne
A vírgula
Não é o ponto
E o ponto
Não é a vírgula
Cada um
Com a sua função
Mas mesmo assim
Conseguem trabalhar juntos
Como ponto e vírgula
Gabriela Oliveira
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