Poesia Amor Nao Realizado Olavo Bilac
Às vezes a reflexão é séria
Às vezes quem não pensa, as marés o levam
Às vezes quem malda demais, a ignorância o dilacera(Antonio Ferreira)
TRILHA
Não quis ser estrada asfaltada
Desisti de ser trilho
Resolvi ser uma trilha
Sem saber aonde vai dar
Emaranhada
Sinuosa
Quero ser chão de terra
Barro seco
Que bebe cada gota de chuva
Se alarga
Se estreita
Se transforma
Desobriguei-me da obrigação de ser perfeita.
Meu epitáfio será o vento, o silêncio, a maré vazante.
A morte vai ficar chateada
Porque não haverá carpideiras
Nem lágrimas no meu velório.
Ninguém precisará ficar triste,
Porque tudo que existe
Será como o vento, o silêncio e a maré vazante.
Quando eu morrer, quero música.
Nada pessoal, isso é só um joguinho de palavras:
"Olha, hoje eu vou partir
Pra longe, e não mais te ver
Ando com a cabeça louca
Louca, pra te esquecer
Amo, como você sabe
Choro, por não ter você
Presa a você
Vivo, sem saber se vivo
Olha, hoje eu vou partir
Pra não mais te ver
Bem longe, longe de você
Te esquecer, vou viver"
19/06/2018.
Quando vejo cabelos ao volante é hora de seguir bem distante; Não que eu culpe a tão linda mulher, mas o que minha consciência requer é que pela vida eu tenha cuidado, que não seja um embriagado a ignorar tão grande preocupação...
Seus cabelos tão longos, o seu rosto brilhante, refletindo no retrovisor da estrada bem distante; Não que eu tenho certo medo, mas eu crio tal desejo, de por ti não ser atingido, não pela glória do seu vestido, mas do seu carro que se aproxima...
Você chama a minha atenção, mas não sou o único nessa multidão ao ver seu carro parado; Que importa que esteja amassado? Sabemos que o outro não foi o culpado, mas como gestos de sutileza nós levantamos a nossa bandeira, como prova de gratidão de no meio desse sertão uma tão corajosa mulher, que com um bico fino no pé se atreva a dirigir...
BORDA DE UM DIA
Pela borda do domingo
em um dia, já se indo...
A menina cheia de frenesia
não sabia, se além, ia...
Ou se vinha.
Batom nos lábios, Blush
quase por nada, mente cheia,
... Quem diria!
De vez em quando na calçada
... Sonhos, ouro esmeraldas
sentimentos ao vento,
sedo, tarde, meio dia.
Antonio Montes
Caminharei pelos teus reinos porque já não bastam os cumprimentos e apertos de mãos...
Quero mesmo é saber que não sei!
Não basta ser pássaro
a vida pede mais
se faz orquestra
saúda-nos num coral
diversos tons numa tela
que nos convida
a semear!
LETRAS MEDIDAS
Não quero letras medidas
nem frases em matemática
quero sim, poemas da vida
sentimentos em poesias
em qualquer tipo de cascata.
Essa estrofe toda pesada
em pesos pesados das silabas
cada fonema uma cabeçada
uma rima todo enfeitada
em métricas do tudo, nada.
Eu quero poesias soltas
falando de tudo que há
escapadas dos quadrados
livres de todas as cordas
que amarrou o lado de lá.
Poemas sem nem um enfeite
tirados do nossos dia, a dia
palavras que em si se ajeite
que traga um dardo de malicia
com uma pitada de alegria.
Antonio Montes
Vazio
Sem sal, sem açúcar
Sem pimenta ou coentro
Às vezes me faço acreditar
Que não há em mim
Sentimento por dentro.
Sou como um cão ganindo na escura noite
A dor que não se dissipa do meu conto invisível.
Paro e ouço um gemido mais agudo e íntimo
Aflorando de um seio longamente sofrido;
E a distorcida imagem do meu espelho
Sorri e se evola para um céu desconhecido.
Palavras
Pra que as palavras
Se não consigo me fazer entender?
Por que não se deixar
Pelos sentidos guiar?
A confusão gerada
Pela linguagem humana
É sinal que se está doente
Da vida parada no presente.
De ser racional,
Orgulho se sente;
De olhar para as coisas e saber o que elas são
--Tão pouco inteligente é esta visão!
Aprisionando a alma,
O homem segue o seu destino,
Assim acreditando ter o poder
De dominar o mundo.
Mal sabe que, ele próprio,
Não passa de um segundo!
Vida me mate aos poucos, mas não me deixe
Me apague aos poucos, mas não se deixe
Se valorize e não se queixe
Dance! Não fique encostada na parede
Sorria! Mesmo que tudo escureça
Tirar o brilho também evita dor de cabeça
Aprendizado também se conquista nos momentos de fraqueza
Seja feliz, enlouqueça!
MORDA
N'água, nada...
Nade e se afogue
se afogue grogue, com gole
tome tudo, não seja mole
tome o mundo, tome seu porre.
Corra, corre...
Se esconde e se sacode
Morde, morda, não morde,
bate a cabeça como bode
logo depois, faça como pode.
Morda, todos os dentes da gangorra
todo peso, toda arroba boba
sem moda sem estilo sem roupa
morda a popa escorra a loca
feixe a porta d'essa masmorra.
Antonio Montes
´´Não aceito ser substituído
Nem mesmo ser substituto
Foi escrito nosso destino
Cada volta que o mundo deu
Foi pra quê ficássemos mais juntos.``
Momentos de uma noite agitada, ou não... Onde musicas mal cantadas se tornam risadas e o papo cabeça nada mais é que uma brisa, aí é que vem a diversão..
No chão de terra, na noite, no calor do fogo, cada olhar uma tradução, e eu só consigo enxergar o céu, estrelado, com a lua e nossa imensidão...
Nem sempre nossa mente está no mesmo lugar que o corpo, ainda bem... viajo tanto sem sair de onde estou, e nem me dou conta de quando quero voltar.. aliás, eu não quero voltar, onde o céu estiver acompanhado da lua, será o meu lugar.
O simples sempre será mais, taí a explicação do porquê muita coisa hoje tanto faz.
DEPENDE
Aí! Aí, bem aí! aí não é, ai...
Ai... Não é, aí!
Porque dizes ai!
Quando queres dizeres aí!
... E porque dizes aí!
Quando queres dizeres ai.
Ai!.. Martelada no dedo,
prego no pé...
Expansão do segredo,
dentada de jacaré...
Ai, ai, ai!
Aí...
Aí, eu vou, se Deus quiser,
se der certo estarei aí...
Aí tem lagrimas p'ra chorar?
Um dia... Eu vou aí te buscar.
Antonio Montes
Teus olhos brilham mais
Contra a luz que mergulha
No horizonte desfocado
Prefiro não quere saber
Se no final da estrada
Sua mão ainda entrelaça a minha
Prefiro cegar me diante
As cores que se desbotam
No fim da estrada
Prefiro que a noite não acabe
Pra não descobrir
Que você não mais caminha
Os mesmos passos que eu.
Meus caminhos estão sendo feitos por lugares que eu não sei se vou conseguir ir. Havia momentos no passado que eu podia ter sido melhor do que eu imaginei ser, quanto tempo eu perdi, creio ter perdido até mesmo as chances para o amor. Esperamos tanto por algo, nossos corações vão murchando, eu sinto tanto não ter plantado nada pra que eu pudesse colher.
Tudo que deixarei é uma vergonhosa jornada, eu pensava tanto sobre o tempo , hoje vejo minhas mãos tão velhas e doentes , escrevendo algo, nuvens não são mais de algodão, sonhos com o que posso sonhar agora, o que me resta afinal?
Não há mais cor nesses dias, quando criança havia tanta magia, hoje só mágoa e agonia, vida eu lamento por ti , te chamei de minha e esqueci de te amar.
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