Poesia Amor Clarice Lispector

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A claridade que logo cedo desperta seus feixes de luz na janela. Deveria ter nome de Clarice.
Que traz consigo harmonia, brilho e um pouco de ousadia.
Coube logo a uma menina, está sem nenhum pouquinho de jeito e totalmente sem tipo.
Já se via a obra da natureza, vida cabocla, jeito sapeca, sorriso desregrado de tamanha a simplicidade.
Findava a beleza na chuva, com o vestido molhado, os pés descalços, correndo em meios desengonçados sobre os poços de água.
Largava a vida natural e tomava rumo de cidade grande.
Conheceu as ruas, popularizou as cidades e sofisticou os filhos.
Hoje completa da abundancia, tem regalia, tem estudo, eita sinhá.
De cá pra lá foi só um passo, onde as de querer parar.

Inserida por rinaldojose

Escrever é arte,
arte é modernismo,
modernismo é Clarice,
Clarice é introspecção,
introspecção é sentimento,
sentimento é leitura,
é assim em toda Literatura.

Inserida por pulcherrima

Querida Clarice,
Ainda bem que a gente é assim, né? Eu também vejo bosques nas nuvens. Outro dia mesmo, passou um jacaré e um elefante. Vi da minha janela enquanto lia o que você escreveu. Depois eu adormeci coberta com suas palavras e foi tão macio. Adoro fins de semana com janela de olhos abertos, vento fresco trazendo folhinhas de árvores pra dentro do quarto e cheiro de livro velho na cabeceira.

Inserida por josaneph

E o que fazer se ela já disse:
Não falo com você pois você ama Leminki
e não tá nem aí pra Clarice...

Inserida por rosivalevangelista

Nunca entendi direito essa dificuldade do entendimento para com minha Clarice...
eu a entendo...
ela me entende...
nós nos entendemos tão bem....
e Vós?
Eles...se perdem completamente ....k.de sú
Eu misturei tudo, eu lia livro, romance para mocinha, livro cor de rosa, misturado com Dostoievski, eu escolhia os livros pelos títulos e não por autores, porque eu não tinha conhecimento...fui ler aos 13 anos Herman Hesse, tomei um choque: O Lobo da Estepe. Aí comecei a escrever um conto que não acabava nunca mais. Terminei rasgando e jogando fora.
Clarice Lispector

Inserida por sudutra

"Clarice diz que... Quando você diz “Eu te amo”, está fazendo uma promessa com o coração de alguém,concordo com ela,desde que não sejam palavras vazias,só da boca pra fora,pois o amor é um sentimento lindo demais e deve ser sempre uma troca mútua,mesmo que você pense,ah mas ele já sabe o que sinto,mas é tão bom se sentir amado,desejado, importante para alguém,que pequenos detalhes podem fazer toda a diferença,seja num simples bom dia,numa mensagem carinhosa,ou numa flor sem ser um dia especial.
Mas amar não será só palavras bonitas e sorrisos,haverá dias
de tristeza,desânimo,Tpm,enfim dias ruins onde será preciso ir
com jeito pra não entornar o caldo,é ser companheiro,dar apoio,ser paciente,e mesmo com tantos percalços pelo caminho ter a certeza que passaremos juntos por eles,pois quando o amor nos escolheu,sabia que minha mão ia sempre
segurar a sua,pois o sentimento seja em qualquer estação,irá sempre florescer, mas cada dia de um jeito novo.

Inserida por srtawrobel

O que o lirismo ocidental exalta não é o prazer dos sentidos, nem a paz fecunda do casal. Não é o amor satisfeito mas sim a paixão do amor. E paixão significa sofrimento.

Estamos todos um pouco estranhos. E a vida é um pouco estranha. E quando encontramos alguém cuja estranheza é compatível com a nossa, nós nos juntamos a essa pessoa e caímos nessa esquisitice mutuamente satisfatória a que chamamos de verdadeiro amor.

Qualquer que tivesse sido o crime dele [Mineirinho], uma bala bastava. O resto era vontade de matar, era prepotência.

Clarice Lispector

Nota: Trecho de entrevista concedida para a TV Cultura, em 1977.

Inserida por CarlosLispector

⁠Talvez a divindade das mulheres não fosse específica, estivesse apenas no fato de existirem. Sim, sim, aí estava a verdade: elas existiam mais do que os outros, eram o símbolo da coisa na própria coisa.

Clarice Lispector
Perto do coração selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

⁠As jovens mulheres saberão, então, que delas se espera o cumprimento do grave dever de ser feliz.

Clarice Lispector
Outros escritos. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Quanto ao meu meio sucesso me perturbar, às vezes ele me deixa saciada e cansada. Às vezes, embora possa parecer falso, me desanima, não sei por quê.

Clarice Lispector
Todas as cartas. Rio de Janeiro: Rocco, 2020.

Nota: Trecho de carta para Lúcio Cardoso, escrita em março de 1944.

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[Um amigo é] uma pessoa que me veja como eu sou. Que não me mistifique. Que me trate de igual para igual. Que me permita ser humilde.

Clarice Lispector
Gotlib, Nádia B. Clarice: uma vida que se conta. São Paulo: Ática, 1995.

Nota: Trecho de entrevista com Ziraldo, em 1974.

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Fiquei sozinha um domingo inteiro. Não telefonei para ninguém e ninguém me telefonou. Estava totalmente só. Fiquei sentada num sofá com o pensamento livre. Mas no decorrer desse dia até a hora de dormir tive umas três vezes um súbito reconhecimento de mim mesma e do mundo que me assombrou e me fez mergulhar em profundezas obscuras de onde saí para uma luz de ouro. Era o encontro do eu com o eu. A solidão é um luxo.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Sim. Uma mulher maravilhosa e solitária. Lutando sobretudo contra o próprio preconceito que a aconselhava a ser menos do que era, que a mandava dobrar-se.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Tanto esforço.

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As coisas foram feitas para serem ditas à luz do dia e se não se pode dizê-las é porque são de má qualidade.

Clarice Lispector
Todos os contos. Rio de Janeiro: Rocco, 2016.

Nota: Trecho do conto Cartas a Hermengardo.

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Essa noite – de ventania – sonhei um sonho tão gratificante. Era um menino de 14 anos e uma menina de 13 que corriam um atrás do outro, se escondendo atrás de árvores, e às gargalhadas, brincando. E eis que de repente eles param e mudos, graves, espantados se olham nos olhos: é que eles sabiam que um dia iriam amar.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Há pessoas que têm vergonha de viver: são os tímidos, entre os quais me incluo. Desculpem, por exemplo, estar tomando lugar no espaço. Desculpem eu ser eu. Quero ficar só! grita a alma do tímido, que só se liberta na solidão. Contraditoriamente quer o quente aconchego das pessoas.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Vergonha de viver.

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⁠Sou Botafogo, o que já começa por ser um pequeno drama que não torno maior porque sempre procuro reter, como as rédeas de um cavalo, minha tendência ao excessivo.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Armando Nogueira, futebol e eu, coitada.

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Meu deus, como o mundo sempre foi vasto e como eu vou morrer um dia. E até eu morrer vou viver apenas momentos? Não, dai-me mais do que momentos. Não porque momentos sejam poucos, mas porque momentos raros matam de amor pela raridade.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

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