Poesia
Nove horas da manhã
O som do teclado toma forma…
As suas mãos correm e se perdem
Na busca de novas melodias
Lá fora as mesmas coisas…
O movimento constante de sempre.
Em um se estar em parte alguma
Muitas das vezes incerta.
Será que estou só?…
Ou será que a vida se reduz apenas
A este momentâneo apenas?Na verdade,
gostaria de saber
Qual seria o ponto final disto tudo…
Murmurou ela e continuou…
Para onde vamos?
Se é que vamos
Para algum lugar.
Cântico dos desesperados
Caminhais por entre o fio da navalha
E de pés ensanguentados cambaleias
Temendo a direção do norte
Como também o caminho imaginário
Que se diz ser do sul.Resumis um todo a uma escala mínima
E mesmo assim vossos sonhos são tão iguais
Aos que sempre vão pensando alto…
Eis a sina dos que bebem água turva pela manha,
O quanto basta para que vossa voz se confunda
Com a razão que tendes, mas que sempre vos tiram.
Conflitos e dores numa palavra tão simples
Que vos levara ao progresso,
Mesmo que este progresso esteja tão distante
E ninguém entre vós há que vos desperte.
Caminhais sobre o fio da espada
E aqueles que se dizem entender sobre vós
Nada sabem e nada fazem.
Panfletos que se perdem na virada do tempo
A mistura de seres sempre desesperados
Quando os vossos lamentos e cânticos se abafam
E todo mundo se encontra as escuras.
Gritais e não há entre vós um só que vos escute,
Bolívia não esta mais entre vós outros,
Ché foi morto por todos aqueles que se diziam
Protetores.
Existência e identidade de um povo
América do sul de todos os adormecidos,
Quando sobre o fio da cruel espada ensangüentada
Que lentamente a todos vos mata…
E ressume cada instante quando por entre as trevas
Nada mais se avista do que as próprias trevas.
Murmúrios, sobre telhados quebrados…
Em pleno amanhecer tão estranho e sempre tão doloroso.
Deus meu, deus meu… Será que entre nós
Existe alguém capaz de fazer frente a esta tão estranha
Manha sempre tão densa e sempre serrada?
Escrito quando viajei pelo
Paraguai – Asunción
"Nós, os artistas (desculpe-me o plural), temos direitos diferentes das pessoas normais, pois temos necessidades diferentes, que nos colocam acima - é preciso que se afirme e acredite - de sua moral. O seu dever é não se consumir jamais no sacrifício. O seu dever real é salvar seu sonho. A beleza tem seus direitos dolorosos: cria, porém, os mais belos esforços d'alma"... "As personagens de Cézanne, , como as belas estátuas antigas, não tem olhar. As minhas personagens, ao contrario vêm. Elas vêm mesmo quando acreditei que não devia pintar-lhes pupilas; mas, como as personagens de Cézanne, elas não exprimem mais do que muda aquiescência á vida"
"Aquilo que procuro não é real nem o irreal, e sim o inconsciente, o mistério do que há de instintivo na raça humana".
'A beleza tem seus direitos dolorosos: cria, porém, os mais belos esforços da alma'... "Nosso único dever é salvar nossos sonhos..."
A idiossincrasia do amor
o amor é inexplicável
assim o acreditam, homens e mulheres
que não conseguiram amar nem serem amados.
Os poetas também se enganaram neste respeito
e até hoje tentam descrever o amor que não conheceram
atribuem aos seu arquétipo de afeto invisível, à musa,
toda sua erudição obtusa, incognoscível, para descrever
um amor impossível, contudo, dela se quer ganharam um beijo.
O amor é inconstante, inconsciente
sem passado e sem presente
o amor não se revela nem se esconde
o amor é um mito, é tudo e nada
é sombra e claridade, às vezes escuridão
por vezes é angústia, cárcere, privação.
O amor pode ser destino, para outros escolha
amores em branco, túmulos de silêncio
porta de engano... o amor é discreto,
não se pronuncia onde não lhe chamam,
pode ser secreto, em seu simples plano
de acorrentar os deuses e de libertar gigantes.
Serei com você
Nos momentos de dor onde lágrimas iriam rolar, você se aproximou e confortado meu coração eu sorri,
Quando por tristeza o meu coração se calava, você a mim canto, e ao ouvir a sua voz de alegria eu pude gritar,
Estando eu ao ponto de desistir, me encorajou a prosseguir lutando, venci,
Ao seu lado me sinto bem,
Quero sempre estar com você,
E no momento que necessitar, quero estar ao seu lado para lhe auxiliar,
Antes era eu, agora somos nós,
Seremos um pelo outro,
quando notar que não irás conseguir sozinho, chama-me,
Estarei sempre ao seu lado para te apoiar.
Apenas
"" Apenas mais um na multidão
Apenas uma vida
Nessa avenida
De desilusão
Apenas um amor a chorar
Apenas uma alma a levitar
O gosto do desgosto de ficar
Na calçada da solidão
Apenas eu
E minha desaforada presença
Em seu seio
A perdurar em seu coração
Apenas sombras
De um amor sem fim
Apenas saudades
Incrustadas em mim...""
Morte, você é meu doce amor,
venha e me dê o seu abraço frio ...
Envolva seus braços em volta de mim,
me abrace, me beije até que eu morra ...
Deixe-me sentir a sua pele fria,
sentir a morte da minha carne ...
Solte a minha alma a partir desta agonia,
dá-me liberdade, deixe-me morrer ...
Aqui na sua casa
Onde encontro tanta paz
Eu sei que o seu amor
Vai sempre me encontrar
Sou grato e canto a ti
senhor
Eu nasci pra te adorar
Nasci pra te louvar
Nasci pra te querer
Meu coração
Entrego a ti senhor
Receba meu louvor
E a minha adoração
Morreu enquanto ainda dava tempo
Desenristou a mão e encostou-a ligeira ao peito
como quem apalpa, apertando forte, uma banda de carne embalada à vácuo
dessas que ficam em prateleiras em balcões frigoríficos nos supermercados
Dedilhou o ar e esfregou os dedos uns nos outros para sentir se tato havia
e se fim dava àquela dormência que o acometia a mão esquerda.
Arranhou a pele umas duas ou três vezes
para ver se o sangue ainda corria pleno em suas veias
fazendo fértil o terreno de seu coração.
Fértil como aparenta estar a terra quando bem irrigada,
em uma bem cuidada plantação.
No caluniar da escuridão da morte parou, e se arrependeu de tudo!
Parou, por que não tinha como não parar.
Se seguisse em frente talvez lhe faltasse pernas para chegar.
Aos cento e quarenta e sete anos pediu, quase implorando, que o deixassem ali.
Apoiou a língua já quase sem movimento no chão da boca
e gritou de dentro pra fora bem alto:
- Todo mundo parado! Ninguém faz nada! Ninguém se mexe!
Ele parecia estar negociando com a vida e com a morte ao mesmo tempo
Ninguém interviu.
E antes que todos dessem conta, ele morreu, enquanto ainda dava tempo.
Cerveja
Vinho
Camarão
Jantar a luz de vela
Manjar com ela
Coração
Cocada
Quindim
Sobremesa
Delicias
Amor
Paixão
Desejos
Caricias
Champagne e você
Não dá pra perder
No fim da noite
Vamos fazer assim
Eu te encho de beijos
E você paga conta pra mim
Aqui em Itapuã...
Nasci poeta e compositor,
Aqui em Itapuã
Na cidade de Salvador.
Vim ao mundo com esse legado
E com um futuro promissor
Para encantar as pessoas
Com os meus versos de amor.
Se alguém ler ou dar valor
È como se o mundo estivesse
Regando essa flor
Chamada: poesia
Que quando lemos um verso
Enche os nossos olhos de alegria.
Independente da sua idade...
Independente da sua idade
O importante é não perder
A mocidade.
O corpo está velho,
Mas a alma está
Com toda vitalidade
O Q da questão...
Se eu penso, eu procuro o Q da questão,
Pois nesta vida não há pergunta sem resposta
Nem problema sem solução...
Todo homem ou o animal
Neste planeta tem a sua missão,
Todo aquele que tem fé é cristão
Independente de frequentar
Uma igreja ou não.
Nada que acontece neste mundo é em vão
Por isso Deus nos deu a fala, audição e a visão.
Para entender as coisas que acontece
E as coisas que ainda aconteceram.
Guarde isso no seu pensamento:
O questionamento e necessário
Para o seu crescimento!
Cada dia menos
Amar eu sei que ainda sou capaz,
mas amo cada dia menos
e esse menos é cada dia mais.
Meu coração de manteiga
que ingênuo já fora um dia
torna-se frio pouco a pouco
faz da dor sua alegria,
cresce e míngua dia a dia,
acostuma-se a ser só
mesmo tendo compania.
Já não se importa se partem,
se o partem,
se vão ou se ficam as dores,
os amores.
Ama cada dia menos
e a cada dia precisa mais amar menos.
Nada melhor que ser livre
sem compromisso com o amor.
(Des) aprender
Eu desaprendo todo dia
E invento outra maneira.
Desaprendo a amar
O amor virou besteira.
Desaprendo a sorrir
Choro até de brincadeira.
Desaprendo a acreditar
Duvido de toda maneira.
Falando-se em sentimentos e "Coração"
No peito bate um alvo muito fácil.
Apesar dos fardos e pesares. isso é o mais bonito da vida. Ser o "moço de todo o coração" para quem não tem ou procura por um.(...)
Às vezes penso ter amado demais,
Em outra menos do que poderia
E continuo amando.
Amo desnudo, sem medo e sem receio.
Simplesmente amo amar. Amo,
Sem a certeza do amor.
Amo, porque amar é alimentar a alma,
O amor e continuo amando,
Mesmo ausente.
O amor é chama que se mantém acesa.
É vento, brisa que sofra, sussurra
Diariamente: Eu te amo!
O amor é uma obra de arte em exposição.
É o olhar que bate. O desejo
Que desperta no interior.
Amar é o preço que se paga pela gratuidade.
O amor é essência viva. Amar é transpirar,
viver e exalar felicidade.
Amor é bem mais que prazer, deleite.
Que simples vestígios de uma noite.
Que a estada, que a presença.
Amor requer bem mais que beijos,
Toques delirantes, travessuras
E malabarismos na cama.
O amor não é território. Não se demarca.
Amor se conquista. É sentimento
Que nasce silenciosamente.
Amor não é só atitudes, ações e presentes.
Amor a dois sem palavras é solidão.
Amor necessita ouvir.
O amor por vezes requer proteção.
Deseja apenas ouvir: Hei!
Eu te amo! Eu estou aqui!
POÉTICA
Um poema dá trabalho
Noites a fio
Dias a desfiar
Toda uma existência
Tecida e destecida
Noite a noite
Dia a dia.
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