Poemas Vinicius de Moraes de Mar

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Mulher

De olhar sonhador
Ela fala de sonhos
Ela crê no amor.
Foi no canto de sereia
Que o mar afogou.
E dança gostoso
Girando as saias
Cigana e sem engana
Nas linhas das mãos.
Ela pede carinho
Procura aconchego
Embora perdida
Implora perdão.

“MAR DO SERTÃO”

Rio São Francisco - deslumbrante que chamamos carinhosamente de “Velho Chico” com suas águas cristalinas, onde a noite a lua observa lá do alto o seu leito através de uma lente própria soltando flash e deixando um lençol brilhoso flutuando em sua superfície.

Lá no “Velho Chico sertanejo”, existe a simplicidade diante de anos e anos de existência, fazendo parte de uma natureza aconchegante, onde almas saudosas se lavam nessas aguas claras por fios brilhosos vindo do alto dos céus. É lá onde o silencio perpetua harmonizando canções ocultas que só os anjos daquele lugar se beneficiam ao escutar.

Lá os pássaros que em cantoria rodopiam flutuando com toda liberdade sem medo de arriscar alguns voos rasantes. Onde passa um suave cheiro de perfume vindo de flores que florescem as margens e deixam transportar uma sensação refrescante.

É o mar dos sertanejos, onde algumas palavras de sabedoria já foram ditas e ouvidas por anjos sem maldades e malícias. Lá os peixes vivem como verdadeiros donos daquelas aguas calmas, que a lua tem como espelho e o vento baila sem tocar fazendo pequenas e suaves ondas.

No “velho Chico” sertanejo, tem um amanhecer com a presença do sol sem raios e nem calor, simplesmente uma bola amarela que de longe observa um manto verde/azulado de águas que deslizam sem pressa para o oceano.

(Maria Araújo)

(Esse cantinho do Velho Chico fica em Petrolândia-PE. Uma bela cidade serena e aconchegante onde abriga a Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga e é conhecida como sendo a Capital Pernambucana da Coconicultura).

Mastros quebrados, singro num mar d'Ouro
Dormindo fôgo, incerto, longemente...
Tudo se me igualou num sonho rente,
E em metade de mim hoje só móro...

São tristezas de bronze as que inda choro -
Pilastras mortas, marmores ao Poente...
Lagearam-se-me as ânsias brancamente
Por claustros falsos onde nunca óro...

Desci de mim. Dobrei o manto d'Astro,
Quebrei a taça de cristal e espanto,
Talhei em sombra o Oiro do meu rastro...

Findei... Horas-platina... Olor-brocado...
Luar-ânsia... Luz-perdão... Orquideas pranto...

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

- Ó pantanos de Mim - jardim estagnado...

Tratei de esquecer que vi o mar
Afundei minha solução nos dias corridos
E o passado se aproximou do meu cantinho solitário...

És a estrela mais brilhante deste céu
Refletida no luar deste mar
A rosa vermelha que levanta o véu
Mais bela das flores me leva sonhar
Fogo que me acende e arde sem fim
Farás para sempre parte de mim
Às vezes escrevo coisas, para ti
És a única pérola que eu já vi
A ti só desejo a felicidade
Mais bela que és, na minha cidade
De todas as fontes, és a mais azul
Pois és o meu centro, meu norte e sul

O vento que te trouxe é o que te
leva para o mar
Auê, auê, Auê minha mãe Iansã

Enluarado

Vem pisar na areia
Vem brincar na beira do mar
Tem uma lua cheia
Pronta para te banhar

Larga a timidez
Vem, vem pra ver a lua
Bela de tanta nudez
Esperando a sua.

Eu aqui, apaixonado pelas duas
Todo, enluarado pelas nuas.

Lua cheia

Que brilha no mar
um espelho de luz
adentra minha alma
me perco nesta imensidão
com voos dormidos
fantasias encenadas
de uma mente agraciada
por um grande amor
desejo clandestino
vítima do coração
numa noite de luar
que abriga a paixão.

Sinto-te aqui.
Onde? Não sei
Na onda do mar
Na ode do amar
Nas linhas
Nos trilhos
Na clave da canção
Sem estribilho.


"Até o fim "

Desequilibrado amor,
Já ouvira o som do mar
Es para mim como a tormenta
Que acalma ao mesmo tempo isenta

Meros sussurros
Escondido nas palavras de um velho caderno.
O amor grita por socorro

Em uma torre escondida
Em meio aos destroços e espinhos
Quem ouvirá
Sangrarei os pés nos espinhos

Retirarei pedra por pedra
E numa cova profunda
Em meu coração
Enterrarei você
............./\.........
Adeus meu amor

⁠SE

Se todos gostassem da minha poesia,
Jamais haveria
Paz no mundo.

O mar e as fontes secariam,
Os rios ao contrário correriam,
O ovo não teria gema
Nem o ovário
Seria berçário
De hormonas,
Neste meu mundo de sintomas
Da falta de teorema.

Seria o caos completo,
Tudo morreria
O absoluto e o obsoleto.

Por favor:
Para que haja paz no mundo,
Nunca leiam a minha poesia;
Podem até falecer de ironia,
Ou então ficar moribundo.

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 12-11-2023)

O Tempo fala tudo

A beira mar, sentados olhando para o céu noturno vendo aquela estrela cadente caindo, eu não esqueci desse dia mágico. Quanto mais eu te conheço, mais o meu coração se expande. No passado estão minhas doces referências sobre como você me deixou perdidamente apaixonado, hoje você é a minha residência. O tempo não te mudou, ele só apresentou você do jeito que você é.

"" Navegar é preciso
mas haja mar
pra tanto desejar

Navegar ao sol
as cores do dia
nada se perde , bronzeia
tudo é mar
de amar...""

⁠Essa sou eu:
feita de mar, riso e recomeços. De quem escolheu viver com leveza, mas sem jamais perder a profundidade.

- Edna de Andrade

EM TI

Foi para ti que criei um mar
E na orla duas estrelas brilhantes
Deixei meus rastros na areia
Para colher com teu olhar
A dor que ali tentei abandonar
Antes que a chuva voltasse na madrugada
E apagasse meus sinais na areia, em ti.

Inserida por joanaoviedo

DEIXA

Deixa-me ser
A raíz que te prende aos teus sonhos
O mar que acolhe o teu corpo
A fenda da rocha, nascente do teu prazer
O teu sol numa tarde de chuva
O orvalho dos teus olhos
A estrêla guia que te alumia
A melodia que entoas em dias de pranto
A aurora que te inspira, o teu riso, o teu encanto.

Deixa-me ser
O teu trevo de quatro folhas
O teu ponto fraco, o teu pecado
O beijo que desflora o teu
A respiração da tua boca
A flor que acaricias entre os dedos
O perfume que rega o teu corpo
O teu mistério a desvendar,a aventura a afrontar
As tuas dúvidas, reflexão e um pouco de confusão.

Não digas nada, deixa-me somente ser...

Inserida por ruth_dos_santos

A CADA UM

A cada um o seu deserto
O seu mar a atravessar
A sua montanha a escalar
A sua cruz a carregar.

É a árvore da vida em desalinho
que requer tempo…
mas o tempo não se vê
estamos dentro do breu.
Somos orfãos de transparência.

Andando devagar, sem correr
Nem tropeçar…
Desbravando esses ramos velhos
e secos que nos querem asfixiar,
crescem folhas, nascem flores,
brotam frutos mil e o céu cobre-se
de azul anil.

O sol rutila, a vida de novo sorri.

Inserida por ruth_dos_santos

Felicidade, agarrei-te
Como um cão, pelo cachaço!
E, contigo, em mar de azeite
Afoguei-me, passo a passo...
Dei à minha alma a preguiça
Que o meu corpo não tivera.
E foi, assim, que, submissa,
Vi chegar a Primavera...
Quem a colher que a arrecade
(Há, nela, um segredo lento...)
Ó frágil felicidade!
— Palavra que leva o vento,
E, depois, como se a ideia
De, nos dedos, a ter tido
Bastasse, por fim, larguei-a,
Sem ficar arrependido...

Inserida por pensador

Poema á Minas

Terra de mar
Mares de morros, regada a chuva de Santo
Cheiro de grão
Terra do grão de café
Da comida boa
Dos amigos bons
Terra boa essa
Que o sopro da cigarra mais bonita
O vento leva
Terra velha que mata saudade

Brasil, Dom, 28 de abril Volta Redonda

Inserida por LucasMirandaAlmeida0

Gelo

O mar ficou gelado do frio que você possui.
Drink ficou cheio de água quando descongelou.
Dentro do que ficou nem sal se fez presente.
O gelo secou.
A prata congelou, o bronze trincou.
Entre muitos momentos, só esse passei a sentir o frio desse gelo que restou.

Inserida por rafael_de_almeida

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