Poemas de Lamento

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Meu Lamento


Eu lamento o desapego,

Que não faz me apegar,

Lamento tanto abnegar,

O teu amor e jeito meigo,

Ainda tirar o teu sossego,

Quando vai saber de mim,

Lamento muito ser assim!

Não cultivar o sentimento,

Meu amor, eu só lamento,

Todo começo ter um fim!

Amor eterno

Tem horas, em que me questiono se foi Graça ou maldição de Eros…⁣
Lamento a sorte ou o infortúnio de quem crê não existir amor eterno, pois contrariamente a estes, sou a prova viva de que existe!

LAMENTO DE UM RIO...

Me perdoem por toda esta "bagunça"... Eu só queria passar.
Eu não fui feito pra Destruir... Eu só queria passar.

Já fui Esperança para os Navegantes...
Rede cheia para Pescadores...
Refresco para os banhistas em dias de intenso calor.
Hoje sou sinônimo de Medo e Dor...

Mas, eu só queria passar...

Me perdoem por suas casas
Por seus móveis e imóveis
Por seus animais
Por suas plantações... Eu só queria passar.

Não sou seu inimigo
Não sou um vilão
Não nasci pra destruição...
Eu só queria passar.

Era o meu curso natural
Só estava seguindo meu destino
Mas, me violentaram,
Sufocaram minhas nascentes
Desmataram meu leito... Quando eu só queria passar.

Encontrei tanta coisa estranha pelo caminho... Que me fizeram Transbordar...
Muros
Casas
Entulhos
Garrafas
Lixo
Pontes
Pedras
Paus...
Tentei desviar ... Porque eu só queria passar.

Me perdoem por inundar sua história,
Me perdoem por manchar esta história...
Eu só estava passando...

Seguindo o meu trajeto
Cumprindo o meu destino:
Passar....

Aos que me apunhalam pelas costas...
um recado:
so lamento...
pois meu escudo e frente e verso....

Deixei pendurado no varal: um pouco de lamento, dor e a falta de sossego.
Choveu... Mas não corri para ir pegar. Deixei molhando.
Torço para que embolorem.

Lamento ser o anjo da morte.
Mas, você não cria raízes em lugares...
Só pode cria-las em pessoas.
O segredo é desapegar das coisas e das cidades.
Esse apego não leva à nada. A não ser a decepção.
Também nem posso afirmar que as pessoas não vão te decepcionar. Só posso dizer que o coração ainda é fértil e nele há chance de cultivo. Mas isso está diretamente ligado ao que você vier à plantar. Caso contrário, você pode se tornar alguém como eu. transformando-se nessa forma contraditória e confusa que ao mesmo tempo procura ser aceito, busca a verdade.
Lamento que meu trabalho seja levar más notícias.

Eu não lamento ter te conhecido.
Nem que isso tenha me feito questionar tudo.
Porque foi você quem fez eu me sentir mais vivo.

@cicerolaurindotextos

Musa

Voz suave que revela o lamento da sereia,
Hipnotizando quem ouve os versos emanados.
Cabelos negros como uma noite sem lua,
Que revela nela os segredos guardados.

Olhar que abre uma porta direta ao paraíso,
Levando beleza aos que a ela admiram.
Perfeita estatura e um brilho no sorriso
E até mesmo os anjos por ela caíram.

Quanto, quanto me queres? — perguntaste
Numa voz de lamento diluída;
E quando nos meus olhos demoraste
A luz dos teus senti a luz da vida.

Nas tuas mãos as minhas apertaste;
Lá fora da luz do Sol já combalida
Era um sorriso aberto num contraste
Com a sombra da posse proibida...

Beijámo-nos, então, a latejar
No infinito e pálido vaivém
Dos corpos que se entregam sem pensar...

Não perguntes, não sei — não sei dizer:
Um grande amor só se avalia bem
Depois de se perder.

Você desperdiçou o amor que eu tinha para te dar
Eu só lamento, se você não quer tem quem queira
Mas admito, fui burra
De insistir numa coisa que não ia dar certo
Só não sabia que ia quebrar tanto a cara
Mas de certa forma foi bom
Quanto mais experiências tivermos nessa vida
Cada vez mais quebraremos menos a cara
Por isso não tenho do que me arrepender
Pois sei que a vida é ruim para todos
E boa para quem as merecem
E melhor ainda a quem faz acontecer

Quem ouvir o meu canto, ouvirá um lamento.
Sentirá meu pensamento preso num coração.
Chorando uma saudade que a dura realidade transformou em solidão.
Meu canto que era alegria, era verso, poesia; era canto de amor.
Esse canto ainda existe está mais velho,mais triste e por ser triste fala de dor.
Talvez não seja mais bonito, se perdera no infinito, seja um canto sem beleza.
Mas se o único eu não for, se mais alguem sofrer de amor,
me ouvirá com certeza.

⁠" Tudo aquilo de que me lamento ou queixo, quero excluir. Tudo aquilo a que aponto um dedo acusador, quero excluir. A toda a pessoa que desperte a minha dor, estou a excluí-la. Cada situação em que me sinta culpado estou a excluí-la. E desta forma vou ficando cada vez mais empobrecido.
O caminho inverso seria: a tudo de que me queixo, fito e digo: sim, assim aconteceu e integro-o em mim, com todo o desafio que para mim isso representa. E afirmo: irei fazer algo com o que me aconteceu. Seja o que for que me tenha acontecido, tomo-o como a uma fonte de força.
“É surpreendente o efeito que se pode observar neste âmbito.” Bert Hellinger

⁠Levada ao vento
Girada com a vida
Vivo no lamento
Espero sua vinda

Queima no peito
Arde no olho
Não cabe no peito
Escorre pelo rosto

Nada se esconde
Tudo se duvida
Além do horizonte
Espero a vida

Talvez eu te encontre
Talvez em outro plano
Siga com você
Fale que te amo

Tudo aconteceu tão abruptamente,
Como um último canto em lamento.
Tão rápido, tão de repente,
Que, o que era certeza, virou momento.
E os sonhos finalmente surgiram em êxtase.
Os sorrisos, em desatino.
Que meu coração desta vez não se atrase.
E que o destino se faça presente,
Quero tudo que a vida tem a oferecer.
Do antigo ao mais recente,
Com a fome de viver esses momentos, sem me arrepender.

Me perco nos degraus da vida
Sem transparecer minha fraqueza,
Cada passo pelo erro
Lamento minha tristeza.

Não permitirei o cansaço das pernas
Nem a fraqueza dos meus sonhos,
Ignorando toda a critica de maldade.

Sou guiada pela minha liberdade
E movida pela minha força de vontade.

Falar o que agora..
Sobre nada ou sobre nós, no caso, quase a mesma coisa, já que não tenho nada a dizer, nem de mim nem de você.
Eu e você não existe, pois não chegou a ser.
Ser é o que não foi, não é ou é o que é, o que sei é que nada é.
E falando em nada, nada é falar em você, pois você não é o que era e nada tenho a dizer, nunca acontece nada, nada há de acontecer, vou só parafraseando pra você entender.
E mesmo que eu tente muito, ainda que pague pra ver, nada nunca acontece ou pode até acontecer, mas na verdade não chega a ser.
Cansada de ver tudo partir, exausta de esperar pra ver, to morrendo por não fazer nada e nada de novo acontecer. Entendo que nada e ninguém é, na verdade tudo está, até quando não der em nada e nada voltar a ser.
Não é amargura ou rancor o que sinto, não é tristeza ou lamento, não é dor, não é vaidade, na verdade o nome do que sinto é nada.

⁠O amargor do crepúsculo

Novamente os sintomas da angústia explodem em meu peito, uma dor tão forte e incessante.
O ar me falta, a lua cresce, nada me desce, o frio entra, o coração padece, o dia amanhece, mais uma vez acontece, o triste ciclo da tormenta, de um ser que tanto lamenta e carece de uma nova versão de si.

Não vale a pena pensar. Não vale a pena chorar. Não vale a pena sofrer. O que importa agora é viver. Viver um sorriso, um abraço. Viver o que você tem de melhor ..
Se importar com o que não se importam é pedir para sofrer. A vida nem sempre é como você quer que seja, mas .. E DAÍ? Que pena para ela!
Apenas lamente, lamente pois você sabe que és muito mais do que um sentimento reprimido. Lamente por saber que você pode ser muito mais, entretanto não será .. E quem perde não é você, é quem perde você.

As pessoas estão cada dia mais vazias do nós e mais mergulhadas no eu,
Se escondem,
Se mascaram,
Vivem com medo da desilusão,
Como uma vela queimando,
A cera derrete.

O Lamento das Coisas

Triste, a escutar, pancada por pancada,
A sucessividade dos segundos,
Ouço, em sons subterrâneos, do Orbe oriundos
O choro da Energia abandonada!

É a dor da Força desaproveitada
- O cantochão dos dínamos profundos,
Que, podendo mover milhões de mundos,
Jazem ainda na estática do Nada!

É o soluço da forma ainda imprecisa...
Da transcendência que se não realiza....
Da luz que não chegou a ser lampejo...

E é em suma, o subconsciente aí formidando
Da Natureza que parou, chorando,
No rudimentarismo do Desejo!

Augusto dos Anjos
ANJOS, A. Eu e Outras Poesias. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.