Poemas sobre o Ser Humano
Um Mundo Melhor
O ser humano me assusta, é verdade,
Com olhares que desejam a tempestade.
Mas aprendi, olhando para dentro de mim,
Que a paz começa onde o amor não tem fim.
Já senti inveja, já me perdi,
Me importei mais com o outro do que com o que vivi.
Mas a espiritualidade veio me ensinar,
Que é no coração que devemos focar.
Hoje desejo o bem, mesmo na dor,
Mesmo quando o mundo parece sem cor.
Me alegro com a vitória do irmão,
Pois o amor é a mais pura evolução.
Já pensou se todos vibrassem de verdade,
Com a alegria alheia, sem falsidade?
O mundo seria um lugar de luz,
Onde o amor, por fim, nos conduz.
É deplorável a situação de um ser humano doente,
Deplorável também a situação de um homem pobre,
Tão deplorável um homem faminto, paladar não confiável,
Coração de um homem traído? Nem se fale então,
Mas me é mais deplorável um homem que está vivo, não gosta de si mesmo, quer morrer, mas não consegue se matar. Esse não é apenas todas as coisas antes citadas, mas que além de deplorável, é também ordinário.
Controle dos Desejos nas perspectivas de Platão e Nietzsche
A questão de como o ser humano deve tratar o desejo é um tema debatido desde a época de Sócrates (400 a.C.) e continua sendo relevante na era da inteligência artificial. Platão e Nietzsche são dois pensadores que abordam o tema de maneira divergente, sendo um assunto pertinente para reflexões contemporâneas.
Em primeira análise, Platão, na obra “A República”, afirma que “Eis a messe de males que recolhe o indivíduo de alma mal governada e que há pouco classificamos como sendo o mais desgraçado dos homens”. Ou seja, quando o desejo ultrapassa os limites e busca governar a alma, o corpo torna-se desordenado, semelhante a uma cidade governada por um tirano.
Em segundo lugar, Friedrich Nietzsche, em “Além do Bem e do Mal”, declara que “Envergonhar-se da própria imoralidade é um degrau da escada no extremo”. Para ele, o ser humano não deveria se envergonhar de praticar uma imoralidade; e os desejos não deveriam ser reprimidos. Nietzsche acreditava que a negação dos desejos era um ponto de fragilidade, propondo que o ser humano deve aceitar seus desejos como uma manifestação natural de sua existência.
Destarte, é necessário destacar que princípios morais universais são válidos independentemente de interesses pessoais ou desejos individuais. Ações baseadas apenas no desejo pessoal inevitavelmente colidem com os valores de outras pessoas. A habilidade de lidar com os desejos pode evitar conflitos éticos e conduzir o homem ao senso de justiça. Para evitar isso um colapso social, é necessária uma lei universal que transcenda os interesses individuais. Esta lei pode ser encontrada no entendimento de que existe um Deus que nos ensina a amar ao próximo como a nós mesmos.
A Singularidade do Peso que Carregamos.
Por: Alexandre, Aniz
Cada ser humano caminha pela vida carregando um universo invisível de experiências, dores, desafios e esperanças. O que para um pode parecer leve, para outro é um fardo insuportável. O peso que levamos nas costas é feito das histórias que vivemos, das cicatrizes que colecionamos e dos sonhos que insistimos em carregar. E é exatamente por isso que o ato de julgar é tão falho: julgamos a partir de nossos olhos, nunca dos olhos do outro.
Ao julgarmos, projetamos nossos próprios parâmetros, como se todas as dores fossem iguais, como se a resistência humana pudesse ser mensurada por uma única régua. Mas não há medida comum. Cada passo dado por alguém, por mais insignificante que pareça, pode ser um ato de coragem imensurável diante do peso que essa pessoa carrega.
Da mesma forma, comparar-se é uma armadilha que desvia o foco do essencial: o crescimento individual. Quando nos comparamos, ignoramos o contexto único que molda cada trajetória. Buscamos equivalências que não existem, medimos nosso valor com uma régua alheia e esquecemos que a verdadeira superação não está em ser melhor que o outro, mas em ser melhor que ontem, em carregar nossas dores com dignidade e resiliência.
Respeitar a jornada do outro é um ato de sabedoria e empatia. Não precisamos entender completamente o que o outro sente para respeitar seu peso. E, acima de tudo, devemos aprender a acolher nossas próprias dores sem culpa ou julgamento. Porque, no fim, o que nos define não é o peso que carregamos, mas a maneira como o sustentamos; e como encontramos forças, mesmo nas quedas, para continuar caminhando.
Viva Direitinho
Aniz
Tudo que se refere ao ser humano me deprime
Cada vez mais e cada vez mais
A humanidade em mim se imprime.
Quão distantes estamos em realidade
Dos animais?
Talvez unicamente nos diferenciemos
Não por alguma razão ou sentimento que temos
Mas pela vaidade.
Eu, como ser humano, não posso concordar com nenhuma forma de conhecimento que me diga o que é certo ou errado.
Isto é um crime da vida!
EFEITO NARCISO
O ser humano é o animal mais perigoso da face da terra, podendo converter o rei da selva em um gatinho indefeso. Tal como numa sessão de hipótese, ele ouve: precisas de uma tijela de leite fresco? Só eu posso lhe dar. Imediatamete ele esquece que a vida inteira fora exímio caçado e num simples estalar de dedos o rugir se transforma em um miado...
Três partes
O ser humano é composto três partes distintas: Corpo, alma e espírito. O corpo é a parte física do homem, que ao morrer se torna em pó. Mas um dia vai ressuscitar, quando Deus o fizer. A alma é sede das nossas emoções. Ao contrário do que muitos dizem, a alma mais o espírito, não ficam a dormir num sono sem consciência.
Mas após a morte, alma e espírito vão à presença de Deus, numa total consciência. O homem continua a ter consciência de si. Neste caso, no primeiro paraíso, junto de Deus, ou numa prisão ou abismo, caso sejam condenados. Este abismo é o primeiro inferno.
No dia em que Deus ressuscitar o corpo, a alma e o espírito fazem parte dessa ressurreição. Entram no corpo ressuscitado e assim continuarão eternamente. Entenda-se eternamente no paraíso ou no inferno, de acordo com o juízo de Deus!
Sim, eu acredito que Deus fala com o ser humano.
Eu mesmo várias vezes já escutei essa voz inexplicavelmente doce. Todavia, ELE também fala por meio de sinais, sonhos, sentimentos no coração, usando outras pessoas e por uma infinidade de maneiras.
os Medos
O medo é uma das emoções mais primitivas do ser humano, essencial para a sobrevivência, mas também capaz de aprisionar a mente. Desde pequenos, aprendemos a temer o desconhecido, a rejeição, o fracasso e até a nós mesmos.
Porém, o que os medos realmente significam? A psicanálise nos ajuda a compreender que eles são mais do que reações instintivas; são sinais do inconsciente, manifestações de conflitos internos que muitas vezes não reconhecemos.
Sigmund Freud, o pai da psicanálise, explicou que os medos podem estar ligados a desejos reprimidos, traumas ou situações que despertam sentimentos de impotência.
Esses medos, quando não enfrentados, podem se transformar em fobias, ansiedades ou até influenciar nossas decisões e comportamentos diários. Por outro lado, enfrentar o medo, segundo a psicanálise, é uma jornada de autoconhecimento.
Ao escutar nossas angústias com atenção e sem julgamentos, a psicanálise nos convida a desbravar o que está oculto no inconsciente. Nesse processo, descobrimos que o medo pode ser, na verdade, uma mensagem: algo em nossa história que precisa ser ressignificado, compreendido e, por fim, superado.
Assim, os medos deixam de ser barreiras intransponíveis e se tornam portais para um entendimento mais profundo de quem somos.
Afinal, como diria Carl Jung, “Aquilo a que você resiste, persiste; aquilo que você enfrenta, transforma.”
Você não estava errada, como qualquer outro ser humano escolheu o certo, seguir a sua vida, pensar em você, se amar, pois quem ama a si mesmo nunca desiste de si mesmo. Eu reconheço este amor, pois era o mesmo amor que eu sentia por você, porque na mesma intensidade que você se amava e nunca jamais desistiria de você, eu te amei de forma genuina e jamais te deixaria. Deus tem planos para todas as pessoas na terra e em minha vida você foi parte deste plano, mas não me permito passar pelo o que eu passei novamente. Você fez a sua escolha e fez justo aquela que eu nunca faria com você. Eu escolhi amar você, amar os seus defeitos, o seu jeito, o seu estresses e surtos, mas você escolheu me deixar justo no momento que eu mais precisava. Isto não deveria existir perdão, entretanto, eu te disse uma vez, "você sempre vai ser perdoada", então eu perdoei, mas não para te amar novamente, mas para eu seguir em frente!
Você dizia tanto que me amava que eu jurava que você estaria comigo para o resto da minha vida, de nossas vidas, mas no final, foi tão facil para você escolher ir embora.
A mesma intensidade que você me dizia que me amava foi a mesma que descidiu não me amar mais. Simples, foi só uma escolha, né? O intenso é algo interessante, a pessoa diz que ama, mas com esta mesma força ela vai embora, isto não é ser frio, é ser realista em mostrar que as suas palavras eram de verdade ou não... no final, o seu amor era uma mentira e as ultimas palavras foram as verdades.
Na pandemia pudemos perceber com excelência o quanto a arte salva e sempre salvou o ser humano das suas mazelas interiores. Através da arte podemos nos expressar e nos reconhecer, nos autoavaliar e autoperceber. É reconfortante quando lemos algum livro, poesia, ou frase que exprime nosso sentimento atual e dá a sensação e de que aquele texto nos leu. Ou ainda, é terapêutico ouvir uma música e se identificar, assim como é libertador dançar, escrever, pintar, desenhar, assistir a algum filme que emociona etc.
E hoje, com a vinda da internet, em que as crianças e jovens estão cada vez mais "desconectados" de si mesmos, olhando somente para fora, para o outro, e muitas vezes para o fútil através de vídeos curtos e banais, a arte é imprescindível para que esses seres possam desacelerar e ter momentos de reflexão, autoconhecimento e aprendizagem de habilidades socioemocionais.
Por fim, acredito que a arte é necessária em qualquer fase da vida e ela se faz presente, mesmo nos momentos em que nem percebemos. A música do despertador é arte, o design do relógio da cozinha é arte, o papel de parede do celular é arte, a capa do caderno é arte...
O ser humano está muito dividido,
poderíamos ter sempre os mesmos ideais.
Porque não somos mais unidos,
se todos somos iguais?
Um dos grandes dilemas que o ser humano pode vivenciar é encontrar-se entre lutar por um determinado objetivo ou cultivar o amor-próprio, aceitando o risco de que seus sentimentos autênticos sejam interpretados como um mero desejo trivial, ao compreender que o mais sensato é não persistir diante de uma negativa enfática.
A recuperação da autoestima se constitui numa prioridade no processo de transformação do ser humano. A dor existente em alguma área da vida tem ligação intrínseca com o baixo nível de respeito por si mesmo ou amor próprio. Esta reconstrução permitirá a reconciliação do Eu, harmonizando o individuo com o seu universo, semeando humildade e gratidão, consequentemente culminando no equilíbrio emocional. Este novo individuo não aceitará se vilipendiar e muitos menos permitirá andar com alguém que o mutile emocionalmente.
JOSÉ LUIZ DE SOUSA NETO
PSICANALISTA
É tão verdade que o ser humano nasce em branco
Vem o ego à medida que nos constituímos
Mas até que ponto absorvemos o mal humano?
Vivemos acreditando no mito do bom selvagem
Aquele bom selvagem que se contradiz
- The Impetus
É muito mais fácil “dançar” com o ser humano desconectado… Afinal, ao tentar ensinar o caminho da presença e do poder pessoal, o primeiro a vivenciá-los deve ser você. No entanto, nem todos estão preparados para estar verdadeiramente presentes, pois a presença traz à tona a verdade, e a verdade nos desconstrói, nos tira da zona de conforto e nos convida a encarar dores e traumas que tentamos reprimir ao longo da vida.
Mas, ao mesmo tempo, se nos dispusermos a trabalhar e nos desenvolver como seres humanos, aprenderemos naturalmente a lidar com essas dores. Assim, nossa alma entrará em um estado de reparação física, biológica e espiritual. Com o tempo a dor deixará de ser um incômodo e se tornará combustível para o autodesenvolvimento e autocontrole pessoal, emocional, espiritual e psíquico.
E, então, você conquistará a liberdade de viver, gerindo suas emoções, administrando e aprimorando o seu próprio ser.
