Poemas sobre o Mar
Se eu tivesse asas para poder voar eu iria agora,sem pensar e sem demora rodar o mundo a te procurar... E então eu veria se os meus sonhos são eternos ou tem fim. Viajaria da terra ao céu em alguns segundos e traria você de volta para mim. Se eu tivesse asas, voaria sobre ruas, prédios e casas... Atravessaria ilhas,continentes, mares até te encontrar. Iria até o mais alto céu somente para lhe buscar. Se eu tivesse asas agora eu estaria voando loucamente lá fora a te procurar... E traria você sem demora e faria de tudo para você ficar... Jamais daria motivos para você partir... E faria de tudo para você sorrir. Se eu tivesse asas para voar tudo isso eu faria sem medo e sem pensar somente para ouvir você dizer sim e ter você sempre aqui bem perto de mim! (Ah! Se eu tivesse asas para voar!...)
"Aquele que põe nas mãos desta vida toda a sua felicidade é semelhante a uma criança que construiu seu castelo de areia à beira do mar."
As estrelas, pontos de luz no céu noturno, Brilham intensamente, num espetáculo eterno. Elas nos lembram que há algo maior além de nós, Um universo infinito, onde somos apenas grãos de pó.
Todo ser humano tem vida à frente um oceano de águas puras e límpidas.
Porém, alguns insistem em viver nadando em poças enlameadas pela podridão.
Hoje eu só quero a leveza de um dia de sol, o vai e vem das ondas acariciando meus pés e o vento morno de outono embaralhando o meu cabelo.
Não seja um poço que vive parado e no escuro; torne-se um rio cheio de vida e brilho, fluindo alegremente até encontrar o mar, que é o estar com Deus.
Nossos corações são como dois rios que correm em direções opostas, mas que se encontram em um único mar de paixão.
[...] destarte, descobri que a minha forma fugaz e clandestina de pensar, tão somente me denunciava. Ante a própria face da estupidez, esculpida numa moldura maravilhada e deveras curiosa pela vida. Ao descortinar a realidade, defronto-me com a torridez produzida pela convulsão dos meus pensamentos. É que a principio eu habitava numa ilha, a qual abandonei a nado. Hoje reportei-me àquela insula, aonde saudosa ensaiava o sorriso do muito pensar. E no meio desse mar, fui invadida pelo naufrágio comum aos balzaquianos. Ora, o sol aqui não brilha tanto, e aquilo que eu enxergava por trás da quimera, já não aguça mais os meus sentidos.
O vento e as ondas levam o barco para longe da praia. A vida vai junto - desbravando os mistérios do mar - ela avança sem medo. Ela não sabe voltar!
As vezes as memórias ruins voltam para superfície como um velho submarino, enferrujado e cheio de corpos dentro
“Entre as complexidades do mundo, está a insaciável vontade de descobrir a resposta de como ser feliz, uma corrida vertiginosa na qual apenas os lúcidos, após um tempo, percebem sua futilidade. Essa busca incessante nos mantém distantes de nossa essência, ocupados e exaustos, enquanto o vazio persiste. No entanto, a verdadeira questão pode ser mais simples do que imaginamos. Tudo o que realmente precisamos fazer é parar, respirar e apreciar cada momento presente em toda a sua plenitude por existir e, aí então, nos perguntar, por quê?”
Marcello de Souza
As noites de dezembro me causam certa infiltração no peito. Como há certa distância física entre mim e o mar, marejo e transbordo sozinho...
Chora o vento num acorde monótono... E vai adiante e leva as palavras e cala-se... E de repente não fica mais do que o silêncio... Assim também chora a triste Lola por coisas distantes. E tudo vira um horizonte sem luz por um instante! Em teus devaneios febris uma vaga lembrança parece querer sorrir ao longe. - Mas parece que esta são tardes sem manhãs! Outrora o mundo era pequeno e o coração imenso. O tempo passa e chega a noite sem avisar...Vendo passar diminuto em seus olhos, como vultos ligeiros, amores antigos... Olhando pela janela aberta na madrugada, ouvindo o barulho das águas do mar, tentando superar amarguras tão fundas que lentamente querem ceifar a luz de fogo em que um dia à sua morna esperança o amor acendeu... Palpitam seus doirados seios entre leves e doloridos suspiro...E de repente, não mais que de repente um pálido sorriso!... E da varanda de seu dormitório atira o mal fadado anel às águas ondulantes e frias! Então uma lágrima perdida rola sobre a sua perfumada face e a bela e sofrida moça salta desesperada e aflita como um pássaro louco, cego e sem asas fazendo flutuar pelo ar seus ecos no instante fatal da queda bruta ao chocar-se com os cruéis rochedos!... - Heis que jaz debaixo do céu nu e tranquilo sob a luz do luar a formosa moça que um dia ousou sonhar!...
“Dance, meu coração! Dance hoje com alegria. As formas de amor enchem os dias e as noites de música, e o mundo ouve a melodia. Loucas de alegria, a vida e a morte dançando ao ritmo dessa música. As montanhas, o mar e a terra dançam. O mundo do homem dança em riso e lágrimas.”
Kabir Poeta de expressão Sahaja 1440-1570DC
Às vezes, nem é por descuido, ingenuidade ou por falta de aviso que a gente mergulha em pessoas rasas, é por capricho ou teimosia mesmo. A razão avisa o tempo todo: olha os sinais, olha o comportamento, mas o coração ignora e se joga de cabeça numa pocinha qualquer como se estivesse em alto mar.
"Ele cantarolou um trecho do poema de Manuel Bandeira no pé do meu ouvido enquanto me abraçava pelas costas. Ao mesmo tempo, sentia a espuma do mar afogar meus pés e depois deixei-os ali, expostos e salgados. Fechei os olhos num arrepio. Sua voz era grave. A visão daquele azul quase me ofuscava." Trecho de Amor nos Tempos de Quarentena
