Poemas sobre Luar
Grilos com dor-de-garganta,
anunciam a noite desembrulhar-se.
O luar desaba sob todas as plantas,
a virtude morde meu olhar.
Os sapos à disputar;
gritam re-roendo o som.
Os passos tornam-se passado;
na geometria coagulada
da sola velha
de meu sapato ordinário.
Passeio contigo na praia, é noite de luar.
Abri os meus braços, recebi-te com carinho.
Com emoção, onde adormeci a minha alma.
Desci o vale encantado do teu corpo.
Com o meu corpo a arder.
Como arde a madeira seca numa fogueira.
Eu só queria ver o mar e banhar-me nos teus braços.
Para apagar este fogo, nas asas de um sonho lindo.
Vi-te delirante e nele semeei toda a minha ternura.
Os teus olhos eram ondas bravas feitas de loucura.
Rasgas-te as seivas da minha ousadia.
Extravasaste os mares de mim.
Cortaste todas as amarras
E incendiaste o vale dos meus desejos.!
Na imensidão
da noite...
Sonhos perdidos
navegam ao luar...
São pedacinhos de sonhos
que teimam em voltar
A menina tinha pó de estrela nas mãos e uma lua na cabeça,.
Quando fazia luar, ela estrelava.
Quando o sol amanhecia, ela passarinhava!
Através da
luz do Luar,
pude observar
o Teu olhar...
Olhar enigmático,
que me faz
sonhar...delirar...
de intensos
desejos...por você!
Terapia
Sentada em minha varanda, observo o luar. As pessoas, passam confusas, se perguntando o porquê de uma menina tão nova estar sentada só olhando tudo e todos. Não os julgo, viventes da minha idade costumam ir para festas curtir as pessoas, quando vêem adolescentes quietos, acham estranho. Já eu, gosto de curtir o silêncio, a natureza, sentir a pureza. É terapêutico.
Observo o comportamento de cada um que passa na calçada. Os motoristas, maior parte deles passam estressados com o engarrafamento. Os pedestres, geralmente passam felizes e alegres.
Contudo, desabafo com as estrelas, pedindo uma opinião. Converso comigo mesma, procurando a solução. E com um sinal indireto, elas me ajudam. O silêncio. Sim, o silêncio.
É terapêutico, é uma arte observa-las.
Não ligo para aqueles que acham estranho conversar com as estrelas. Tal qual nunca sentirão o prazer de ver seu corpo flutuar calmamente em seu próprio infinito particular...
Mãe
Noite,
Os anos já pintaram de luar os teus cabelos,
No entanto, tudo parece estar acontecendo agora,
Neste instante.
Noite,
Após tantos anos,
Neste momento,
Vejo tudo diante de mim,
Como se estivesse assistindo a um filme
Da infância:
Nós, teus filhos, todos pequenos,
O relógio parado na hora de privações,
Tantos sonhos de asas quebradas pelos cantos
De nossa casa pobre, sem conforto;
Tu, mulher ainda jovem, tão boa, tão calma,
Constelação de esperança e ternura,
Inspirando segurança,
Inspirando fé, amor,
Em meio a tantos vendavais.
Noite,
Tua luta foi para nós teu maior ensinamento
Sofrias (hoje o sei), entretanto,
Em nossa presença, nunca uma lágrima
Rolou pelo teu rosto.
Noite,
Desde criança aprendi a amar-te,
Mas só hoje, adulto, é que vejo, comovido,
As incontáveis estrelas que brilham em teu ser
E que tantos vendavais não conseguiram apagar.
Eu sou a Terra!
Eu vi o nascer do sol e o dia clarear,
Eu vi as estrelas, e a luz do luar,
Eu vi, eu convivi, eu estive aqui,
Pode comparecer para admirar,
Eu vi que a terra e tão bela, com suas infinitas paisagens surreais.
Eu descobri que o céu não e só azul que pode ficar de cores variadas também, é que a luz da cidade dificulta o olhar do céu, e a luz da lua e mais forte do que qualquer farol, e que os humanos pararam de querer olhar para o que está na sua frente, não estão vivendo estão sobrevivendo.
Eu vi o floresta amazônica queimar,
Eu vi, animais marinhos morrer,
Eu vi petróleo nas águas,
Eu vi animais serem extintos,
Eu vi civilizações, estou aqui desde o início, antes mesmo de você nascer, eu amo cada um, mesmo quando me machucam, pois eu também vi pessoas querendo me ajudar, eu dei casa, eu dei comida, eu dei chuva, eu dei lar, dei alimentos, dei remédio e tudo que você ver tem um pouco de mim, eu já sofri bastante, mas sempre querendo vê-los bem.
Eu vi poetas, artistas cantores, pintores inventores,
Eu os inspirei para que seu dom fosse revelado,
Eu sou a terra e sou simples, sou sua casa não me chame de ruim,
Isso machuca, não e culpa minha.
Eu não quero ferir ninguém, eu só quero o bem de vocês,
Eu já lhe dei tantas coisas.
Só me faça um favor, cuide de mim um pouco,
Pois já cuidei de você e dos seus antepassados também,
Eu sou a o terceiro planeta da Via láctea,
E que tem seres com vida você e um desses.
Flor do luar que é linda...
Sobre tema o mar.
Que ilude a virtude de amar.
Protelando o espírito que paira...
Respirar a vida eterna de encantar os amantes.
Sublime sentimento ao corpo celeste.
Órbita os sonhos e desejos de mortais.
Que bem querer afronta o destino do amor.
Bem dito no céus do deserto cobre a vida
A tal forma de amar desejos vagueiam nas sombras.
Que no fundo sempre que o destino quiz da paixão.
Quando o dia amanhecer e no
horizonte eu não te ver...
Quando a noite aproximar e
no luar não te encontrar...
Apostarei no amanhã...
Até de manhã...
Festa do Povo
Riso solto no ar
lembra música
lembra luar
Riso solto no ar
a festa vai começar
alegrias nas cantigas
Riso solto no ar
ritmo na dança
no balanço do corpo
Riso solto no ar
sempre acaba em fulia
festa do povo
Alegria na Bahia
É o verão
que embala
a euforia
Muita festa
Aqui na Bahia.
"Nem o tamanho do mundo,
Nem o brilho do luar,
Nem a beleza das flores,
Nem a imensidão do mar,
Poderão mostrar a você, o quanto é bom poder te amar"
Chuva de Prata
Se tem luar no céu
Retira o véu e faz chover
Sobre o nosso amor
Chuva de prata que cai sem parar
Quase me mata de tanto esperar
Um beijo molhado de luz
Sela o nosso amor
Basta um pouquinho de mel pra adoçar
Deixa cair o seu véu sobre nós
Ó lua bonita no céu
Molha o nosso amor
Toda vez que o amor disser
Vem comigo
Vai sem medo
De se arrepender
Você deve acreditar
No que eu digo
Pode ir fundo
Isso é que é viver
Cola seu rosto no meu, vem dançar
Pinga seu nome no breu pra ficar
Enquanto se esquece de mim
Lembra da canção
Enquanto se esquece de mim
Lembra da canção
Ó lua bonita no céu
molha o nosso amor
Em algum lugar
Tua silhueta o horizonte espelha
Em noite de luar,
procuro-te olhando as estrelas,
sei que estás em algum lugar.
O horizonte te esconde,
Mas sei que vou te encontrar,
Não te vejo tão distante,
sei que estás em algum lugar.
Os nossos caminhos para convergir
basta ao acaso deixar,
não tente de mim fugir,
sei que estás em algum lugar.
Feche os olhos agora,
tu podes me achar,
encontro-te em outra hora,
encontro-te em algum lugar.
Desilusão
Apesar da ausência em noite de luar
e do acalento da brisa que vem do norte
minha espera não é vã de seus caprichos.
Por amor ao que foi dito esqueço o pranto
Tu voltaste a mim e não me espanto
Apesar da espera e do castigo
Tu me surpreendes quando diz meu nome
Meus olhos ainda te aguardam
A chegar em passos firmes
E tocar-me num longo e demorado abraço.
Vejo um bosque de Ypês floridos
Na companhia de um beija-flor
Porque a ausência é dor doída
Mas a saudade supera a dor...
Se...
Se alguém notar
o luar adormecido,
perceberá a saudade que brota
no olhar de uma menina.
Se as estrelas apagarem
e o céu entristecer
é a menina a espera
do amado a janela.
Se os meses se passarem
e chegar o frio de maio
a alegria se refaz
no rostinho de Cinderela.
Se as flores se abrirem
e o mundo colorir
o amor nasce para mim:
Te amo enfim!!!
Anjo
Foi como um sonho
Você chegou
Como o sol de verão
Como o brilho do luar
Como as flores na primavera
Como borboletas no jardim
Com seus cabelos negros
Pele branca como a lua
Um olhar doce
Um sorriso sincero
Uma troca de olhar
Um abraço apertado
Foi um anjo
Foi você
Foi como um sonho!
Ajuda-me a encontrar meu próprio caminho ao luar
Sou mais solitário e desamparado, que jamais pudesses imaginar
Se teus olhos não podem ver na escuridão, meus uivos vão dizer-te
Eu sou um prisioneiro de sangue, da cova fria, um amante
Uma criatura do silêncio
Então, deixa-me tomar o caminho para tuas veias
E seja minha companheira, noite após noite
Por toda a eternidade.
SONATA AO LUAR
Flui, suavemente, a melodia
romântica,
em meio ao borborinho das falas
e dos movimentos
agitados.
À beleza da arte
se impõem, mais fortes,
o som cascateante
das risadas despreocupadas
e o ruído berrante
dos carros passageiros.
E a mensagem de amor,
buscada fundo na alma sensível
do compositor,
se esvai, perdida,
inaudita ,
à deriva no espaço e no tempo,
sem encontrar
alguém que a receba,
sem descobrir
alguém que a entenda,
sem alcançar
alguém que a desfrute.
A Sonata
já não comove os espiritos
antes sensíveis.
O luar
já não encanta os olhos
antes deslumbrados.
E o amor
já não preenche os corações
antes apaixonados...
Quem Sou!?
Sou alvorecer, sou os raios dourados
Do sol, sou anoitecer, as estrelas e o luar.
Sou as místicas madrugadas
Renascendo igual a uma flor orvalhada...
Sou encanto, acalanto e nostalgia
Sou alegria, sou a beleza da poesia
Com sua sutileza indelével
Inspirando meu dia-a-dia...
Sou o inverso, sou verso, sou tema,
Sou o clima, sou a rima ou não do poema.
Sou um paradoxo, sou calmaria, sou explosão,
Sou razão e ao mesmo tempo emoção...
Sou tristeza, sou meus ais,
Sou eterno aprendiz
Aprendendo a manusear meu giz
Na escrita dos meus gêneros textuais...
Sou o verde esperança da mãe natureza,
Sou a sinfonia dos passarinhos.
Sou peregrino beija-flor
Apaixonado pela delicadeza da flor...
Sou meus erros e acertos,
Não sou perfeito, sou ser humano
Singrando mares e oceanos
Na concretização dos meus sonhos...
Sou mistério, sou hieróglifo,
Sou a esfinge sobrevivente do tempo
A ser decifrada em todos os momentos.
Sou à força do meu pensamento.
