Poemas sobre Horizonte
O HORIZONTE LEVA!
O barco vai, vai sumindo, sumindo..., calmamente, rumo ao horizonte,
Em seu seio leva ela, leva o meu amor para longe, bem longe, de mim distante.
A imagem vai diminuindo, diminuindo, diminuindo, aumentando a minha dor,
A solidão que se instala, traz angustia, gastura e pavor.
O horizonte rejubila de felicidade contemplando a natureza - o crepúsculo matutino,
E eu, aqui sozinho, não a vejo mais, apenas um vulto pequenino.
O barco vai sumindo, desaparecendo no horizonte. É o mar se juntando ao céu!...
Foi-se embora o meu amor. A abelha não tem mais o favo, não tem o mel!...
O horizonte desnuda o ocaso de um grande amor,
Restará apenas a lembrança do tempo de primor.
No meu jardim continuará vibrante a mais bela e encantadora flor,
Minha alma ficará marcada, pelo seu semblante e seu sorriso encantador.
Há ainda a esperança de que um dia ela vai voltar,
Acredito na sua promessa, dizendo-me que eu sou o grande amor da vida dela, que sempre irá me amar...
Pode ser apenas ilusão, um cobertor na minha emoção.
Só sei que, sem ela, não terei mais paz e alegria no coração.
Élcio José Martins
O dia rasgou a noite num horizonte vermelho, afastando as estrelas como as velas dos barcos que se distanciam ao navegar no imenso oceano.
Trouxe seu sorriso de infância, num retrato de um passado envelhecido pelo tempo.
E o amarelado do retrato transformou-se em rugas no semblante do adulto que olha o horizonte a procura dos sonhos não realizados e que se tornam nevoeiro, flutuando como fantasmas atormentando as estrelas no mar infinito.
Não sou mais -
Não sou mais do que o vento passageiro
ou a brisa do horizonte que se sente
no olhar, num instante triste mas inteiro,
numa hora infeliz, fria e permanente!
Não sou mais do que um grito de infinito
por sobre as manhãs frias que nos cercam
cheias de névoa e solidão, num desejo perdido,
de não ser um daqueles que todos deserdam!
Não sou mais do que a distância imprecisa,
vagamente perturbadora que nos rodeia
de rosas negras, numa hora apetecida
de Primaveras, num sonho que se alteia!
Não sou mais do que estes versos que escrevi
nas folhas do silêncio que vou lendo
ou estas linhas que não falam de ti
porque tudo se apagou na voz do vento!
No trilho
Em frente
Há um desvio
Para outro horizonte
Acender o pavio
Que ilumina o caminho
Que me conduz
A um destino
Um porto seguro
Nesta luz
Quero ver
O que vai acontecer
Na minha determinação
Que passa ação
Deslumbrado com reboliço do viver
Banqueteio do gosto
Do sentido de amar
De me prostar
Na minha humilde pessoa
Procuro- me e repleto de um vazio cheio
Busco o perfeito
Na minha natureza
Onde observo
A minha destreza
De querer ser
Aquele que foi
O caminho faz-se
Fazendo -se
Do olhar de horizonte
bem longe a azular,
buscando uma estrela
que viu cintilar
distante, impossível
de alcance da mão.
Por isso ela é rosa
florindo canção
nos calos da palma
que a tem para dar
num grão de esperança
do bem germinar.
A descrença é uma sombra que encobre a mente,
Um manto que cega a visão do horizonte,
Fazendo a alma se afogar na corrente,
E acreditar que a vida é apenas um monte.
O desespero é um grito que sufoca a garganta,
Uma mão que aperta o coração sem dó,
Deixando a vida em uma dança constante,
Entre o medo e a angústia do que virá depois.
A desesperação é um abismo sem fim,
Uma queda livre em direção ao desconhecido,
Onde a esperança já não tem mais lugar,
E o coração se sente abandonado e ferido.
Mas ainda há uma luz que pode brilhar,
Uma mão que pode erguer quem está caído,
E uma voz que pode fazer a alma despertar,
E encontrar a saída desse labirinto retorcido.
Nosso horizonte tem seu limite marcado até onde Deus
permite que chegue nossa alma...
NOSSO HORIZONTE
Marcial Salaverry
O horizonte não tem limite,
vai até onde a visão permite...
Assim é nossa esperança,
quando o coração balança,
por algo que muito desejamos,
e atingir a meta tentamos...
Como um montanha intransponível,
ultrapassá-la não parece possível...
No futuro pensamos,
o melhor é o que desejamos...
Esperança... nunca perdê-la...
para sempre merecê-la...
De um objetivo não desistir,
se dele depender nosso porvir...
Se tivermos que no pico subir,
do Destino não devemos fugir...
Ilhas do mar da vida
Somos instantes
Leveza no andar
Horizonte de uma amplitude
De uma singularidade extraordinária
Movendo a entranas absurdas da alma
Vivemos como egoísta, pois somos ilhas do mar da vida .
São memórias do meu horizonte;
Um horizonte não limítrofe;
Enxergante de uma equação mãe de todas virtudes!
Se escreve sobre a terra quando não se pretende manter tal coisa eterna;
Homens bobos e atolados!
Amaldiçoados com a vontade de ir para o céu, sem mesmo querendo se aperceberem que a terra é o céu que carece de paz;
In, Pêndulo
Eu, na velha mania,
de sentar lá fora e repousar a visão no horizonte
Pincelando o pensamento, como um guache misturando entre a tela,
recitando passado e futuro no mesmo verso
Enquanto o presente, passa diante das horas,
sendo levada pelo vento
Voando entre as nuvens cinzentas de outono
Caindo sobre mim, as incertezas, como gotas de chuvas,
que caem sobre o telhado agora, cada vez, mais tensas!
No suave horizonte do meu ser,
Surge um poema que anseia nascer,
Versos de amor que fluem sem fim,
Preenchendo o espaço dentro de mim.
É a melodia do coração apaixonado,
Que canta em segredo, em cada estado,
Palavras doces que bailam no ar,
Revelando o amor que não pode calar.
Teus olhos são estrelas que brilham intensas,
Refletindo o amor em todas as suas crenças,
Teu sorriso ilumina meu mundo vazio,
Transformando-o em um paraíso tão belo e macio.
Teus lábios, suaves como pétalas de rosa,
Despertam em mim uma paixão formosa,
E em cada beijo, sinto o fogo a arder,
Como uma chama eterna que não pode morrer.
Teu toque, uma carícia suave e delicada,
Desperta em meu corpo uma dança encantada,
Caminhamos juntos por trilhas de prazer,
Em um abraço apertado, o tempo parece perder.
E assim, nesse infinito abraço de ternura,
Nos entregamos à paixão com doçura,
O amor é a força que nos une e conduz,
Em um eterno poema, somos apenas nós dois.
Que esse sentimento nos guie a cada dia,
Que nos transforme, nos renove e nos guia,
Que o poema de amor seja nosso lema,
E que ele floresça em cada nova trama.
Que sejamos eternos, assim como o amor,
E que esse poema jamais perca seu fulgor,
Juntos, construímos nossa história de encanto,
Nos versos desse poema que é nosso manto.
MEU OLHAR
O por do sol coloria o horizonte numa estupenda sintonia
Senti a esperança renascer
E vi que tudo é possível
Quando se tem fé no peito
O silêncio me proporcionava que o melhor ainda estava por vir
Meu olhar se perdia
E era minha busca em você
E nesta sintonia percebi
Uma calmaria se aproximando dando lugar
A uma conexão profunda
Nestes instantes
Tomou conta de mim
A paz que tanto procurava
Com o meu olhar no horizonte
Junto do seu!
Ascensão no Horizonte.
A Pedra da Conceição, desafio a conquistar,
Com seus 575 degraus, o caminho a desbravar,
Sobe-se cada patamar com firmeza e persistência,
Rumo à vista magnífica, à mais pura existência.
No topo da pedra, um panorama deslumbrante,
As mais belas paisagens revelam-se diante,
A cidade aos pés, com seu encanto singular,
As ruas que serpenteiam, como traços de um escorpião no ar.
Lá do alto, observo o cenário encantador,
Telhados e casarões, testemunhas do esplendor,
Um mosaico de cores, vida pulsante a transbordar,
A cidade que parecia um escorpião, agora se deixa desvendar.
Os raios de sol pintam os telhados de ouro,
Enquanto a brisa suave traz murmúrios de tesouro,
O olhar percorre cada rua, cada recanto,
E se rende à beleza que emerge de cada encanto.
A Pedra da Conceição, símbolo de superação,
É o portal para uma vista que toca o coração,
E nas memórias da cidade em forma de escorpião,
Um elo se cria entre passado e presente, em comunhão.
Que a Pedra da Conceição e suas paisagens singelas,
Nos inspirem a subir cada degrau, a buscar novas janelas,
E que a cidade, como um escorpião, nos fascine e conduza,
Num caminho de descobertas, onde a beleza se traduza.
No horizonte do destino entrelaçado,
Uma história de amor e tragédia é pintada.
Entre uma mulher e um homem, corações unidos,
Mas inveja e raiva dançam em seus ouvidos.
Ela, uma rosa de beleza rara e encanto,
Ele, um leão corajoso, imponente e brando.
Juntos, construíram um castelo de emoções,
Mas a maldade oculta tramava suas traições.
A inveja, serpente sorrateira e traiçoeira,
Sussurrava mentiras, causava desespero na atmosfera.
Amigos falsos, olhares repletos de veneno,
Desejando roubar o amor, o mais pleno.
A raiva, uma tempestade implacável que se formou,
Nuvens negras pairando, corações dilacerados.
Palavras ferinas, gestos destrutivos, mágoas profundas,
A tragédia se aproximava, envolta em sombras.
Mas o amor, oh, o amor, bravamente resistiu,
Como uma chama acesa, reluzindo no breu.
Eles se abraçaram, enfrentando a tempestade,
Juntos, encontraram força para superar a adversidade.
A inveja e a raiva, enfim, foram derrotadas,
A luz do amor prevaleceu, almas libertadas.
Eles aprenderam que o verdadeiro amor é resiliente,
Capaz de enfrentar qualquer desafio, qualquer tormento.
Que essa história de amor e tragédia possa servir,
Como lembrete de que o amor verdadeiro irá persistir.
Apesar das sombras que a inveja e a raiva trazem,
O amor é a força que prevalece, que jamais se esvai.
Então, que esses corações, unidos contra a adversidade,
Continuem a escrever sua história com amor e integridade.
Que a inveja e a raiva sejam apenas ventos passageiros,
E que seu amor brilhe eternamente, forte e verdadeiro.
Temporal
O horizonte escureceu,
o vento rapidamente se levantou,
o sol partiu fugitivo.
A abelha abandou a flor.
Quase em desespero,
o pássaro iniciou
um voo longínquo.
E o vento
parece começar a despir tudo.
O tempo…
O temporal
tem força
e nunca é igual.
Tão bruto,
descomunal,
arranca placas,
espalha latas,
arremessa papéis.
Galopa medos,
anseios,
olhos cheios.
E, quando passa,
ainda fica para trás.
E partem
A senhora consciência noturna
se torna longa
no horizonte reflexivo.
Monossílabos sussurrados
de outra boca,
instintivamente,
convence as estrelas
A noite segue fria,
lenta
e muda.
A química é que faz
o vaga-lume brilhar
e a noite destaca a luz
no horizonte de trevas.
Vaga o luzente
inocente em seu voo,
num lume poético,
luzindo no infinito.
Iluminado, o mundo
é bem mais bonito.
Luz é poesia.
Não sei o que há com o horizonte,
Teima em me mostrar a mesma imagem...
Vejo um pedaço que não é do monte,
Que até parece ser uma miragem.
Se for prenúncio, não é de todo ruim
Posto que o que tem que ser, é e, será
Pra ser passageira não tem mais de mim,
Vida que passou, passa e sempre passará.
Passou voando que levantou poeira.
E essa, encobriu e escondeu o céu.
Como criança numa inocente brincadeira.
De pique-pega, esconder ou então carrossel...
Deixando claro que era só para distrair
Enquanto a dor ainda estava em curso perigoso.
Acabando, deu um tchau e pediu pra sair
Dizendo não nutrir sentimento rancoroso.
Quem sabe, ao abaixar da poeira, se note
Que não foi uma total perda de tempo enfim
Quem se alegrará quando ter da cobra o bote?
Quem vai gostar de não ver do começo um fim?
Que o Senhor tenha misericórdia de nós
Pobres mortais ricos em confusão e rancor
Que saio coração toda fúria, maior algoz
Que encontremos a paz, a esperança e o amor.
"Jacira que repousa no horizonte,
sob a dança das margaridas amarelas.
Sem luz, consegue brilhar
agraciando as ondas de mel do mar."
