Poemas sobre Espera de Alguém
Não tenho que esperar
Não preciso de tanta cautela
O amor é muito mais que isso
É momento de entrega
De dedicação
É fogo, é desejo
É pele e coração
Valorizo a intensidade
Um convite surpresa
Um " me deu saudade"
Um " quero te ver"
Depois o café esfria
O cigarro vira cinzas
Os minutos viram dias
Semanas, anos
E o que restara daquele amor?
Lindas lembranças, saudade ou dor?
Até quando a razão
vai sobrepor a emoção?
Até quando o “if or else”
vai limitar a ação?
Até quando o medo
vai esfriar o coração?
Não percebe
que os teus julgamentos
são todos em vão?
Que o amor é mais forte
que o tempo, que o sim
e o não?
ESPERA
Ah! quem dera que as lembranças de outrora
Inda aromatizasse! Ah! e que assim pudera
O tempo de ontem fosse o tempo de agora
E não só este imaginar: - a outra primavera
Já não se tem mais uma extasiada aurora
No vetusto ser, tudo é igual, sem quimera
Onde a imaginação era de hora em hora
Agora, silêncio. Ah! como díspar quisera:
Debruçado nos sonhos, e o sonho recendia
O desconhecido, cheio de poesia intensa
No brotar do alvorecer duma nova hera
Ah! quem me dera que isto, fosse um dia
Uma razão, e não devaneios d’alma densa
De saudades, que poeta suspira e espera...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/08/2020, 15’18” – Triângulo Mineiro
É te vendo que te desvendo.
No teu silêncio escuto ecoar teu grito...
É amargurado, solitário, dolorido.
Não percebes a mão ali, pronta, ao teu lado, à espera.
Queres que alguém te puxe daí desse teu abismo.
Anseia por uma mão que possas chamar de amiga e reclamas:
_ Não há uma só!
Deveras, não há só uma mão a tua espera. São muitas!
E elas aí estão, frente ao véu de tua cegueira.
Por que não me puxam, então? _ perguntarás.
Porque teu abismo é um raso degrau;
Porque ao te puxarem não sairás do lugar;
Porque é de ti que deve partir o encontro das mãos.
Tantas vezes já tentaram e não te alcançaram!
Quando acreditavam te agarrar,
Atravessaram um espectro que não se deixa palpar.
Vejo-te clamar em silêncio sem aceitar resposta.
Sinto teu olhar suplicante fincado no chão.
Queres abrigo, mas enjeitas o amigo.
Alma em noite escura,
Espreito teu amanhecer.
Ao menor sinal de abertura,
Estarei aqui para te acolher.
Estranha pretensão
Quem me dera saber cultivar um verso,
Plantar a palavra e vê-la nascer...
Quem me dera ganhar dela seu significado
Entendendo-a num contexto totalmente particular...
Quem me dera ter o dom da espera!
Rabisco o que é próprio do efêmero
Traço o que a alma sente e eterniza em um segundo
É como se pudesse prender, por um instante, o momento que passa.
Assim presa, posso observar, com outros olhos, uma realidade antes já vista;
Eram outros os olhos, ainda que meus.
Não é estranha essa pretensão de prender o tempo, o espaço, o contexto?
Enquanto cá estou a mudar os meus pontos para ter melhor vista,
Já está ele lá ao longe, sem se preocupar com a minha crença em tê-lo aqui grafado.
Nem de mim se apercebeu!
Aqui já esteve, cumpriu o seu fim e se foi.
Cá fiquei, eu sim, preso em minhas reflexões!
Quem sabe se um dos seus objetivos não era mesmo em pensamentos me aprisionar!
Intrigante esse estar preso em meio a meditações
São elas que me libertam
É mesmo embalado em ensaios e devaneios
Que vou me tornando livre
Que vou me desvencilhando de prisões até então desconhecidas.
Ah... Quem me dera saber cultivar um verso!
Quem me dera ter o dom da espera!
Imaginas que os pedregulhos sob teus pés
maltrapilhos e maltratados
perdurarão por toda a estrada
porém, mais adiante estão camponeses
cobrindo de verde grama
este mesmo caminho
por onde irás passar.
Cumpri-te, pois, esperar
o tempo próprio para teres
tua estação.
Tu deixa sem querer deixar,
com linhas curtas,
de uma noite
dobrada em desejos e sentimentos.
Tu vive sem expectativas,
que é atraente,
que é difícil
não esperar nada de alguém.
Então não espera,
o tempo não espera,
a vida é curta e chora.
Um grande muro ajardinado
com lagartixas talvez,
e insetos na neve.
Tu busca respostas gastas
por músicas, livros, artigos, filmes, esportes, sexo, conversas, negócios, gases...
e quase morre.
Cabelos brancos e rosto afundado,
já usando pó pra asma que compra em farmácia.
Tu deixa a vida fluir
e tudo faz parte,
é o futuro
que termina em tela
com o rosto das velhas estrelas do cinema.
Quão lindo é o amor
Tem gente que não o valoriza
Mas ele continua Vivo
Com chama
E a espera
de Um dia ser Correspondido
Sou uma plantinha!
Somos plantinhas!
Seja uma plantinha teimosa resista e brote onde ninguém espera!
O que eu espero da vida?
Hoje posso dizer que não sei, talvez nada, talvez tudo, cheguei a um ponto onde o "Quem me dera", foi substituído pelo "Tanto faz". E sabe de uma coisa... O Tanto faz dá menos trabalho, não exige nada, o Tanto faz não dói, não cria ilusões, não destrói sonhos, ele simplesmente faz o caminhar ser mais firme, sem se preocupar no pisar em ovos, pq seguir o fluxo sem esperar mais nada dele pode trazer boas surpresas, e quem me dera se elas chegarem, e se não chegarem... Tanto faz.
A vida é uma constante aventura, então o importante é aproveitar o passeio, curtir a paisagem, pq o resto... Tanto faz, mas Quem me dera!
Está sofrendo, mas também tá aprendendo, né?
Tá machucando, mas também tá te ensinando, então
Toda promessa tem o tempo de espera
Mas Deus já decretou vitória nessa guerra
Fazer esperar é uma forma comum e vil de encenar superioridade: deixar o outro à sua disposição, tomar-lhe ou desprezar-lhe o tempo. O atraso cria uma vassalagem artificial: o demoroso – a quem também se pode chamar de retardado, é bom não esquecer – se outorga a suserania do tempo alheio. Mantém-nos – a pessoa e seu tempo – à sua disposição.
(As Pessoas lá de Fora. Editora Longarina, 2019)
Mudou muita coisa no ano passado
A hora que eu sempre esperei
Agora os meu show tão sempre lotado
Minha mãe me viu na TV
Investi no tempo
Como recompensa, agora me chamam de rei
Viver é mais
Mais que uma espera
É promessa
Deixar o vento bater
Naquela antiga porta
Que se mantém aberta
Por uma intensa convicção
No amor que nos protege
E desperta
Quando nos encontramos
Adormecidos para a vida
Viver é realidade
Vai além de uma quimera.
Eu não me cobro mais
Eu não tenho que tentar
Eu não deixo de querer
Eu não espero mais pra ter.
Agora eu cobro, viver
Agora eu tento, a tentação
Agora eu quero, agora
Agora a espera, é pelo sol lá fora.
Escute a voz do meu coração,
Que te chama com veemência e paixão,
Mas que te espera com paciência e esperança.
Eu quero que chegue,
Mas não se atrase,
nem se apresse.
Chegue na hora certa!
Na hora exata que Deus preparou,
para nossos corações se encontrarem.
Muitos acham que o oposto do amor é o ódio. Não... o ódio é apenas um rival barulhento e fraco, ferindo mais rápido quem o abriga. Abrangente e poderoso é o egoísmo. Este sim, faz a mais longa e insistente oposição ao amor. Silencioso, se infiltra na mente, achando uma permissão inicial... se instala como se fosse o rei! Mas é vírus, egovírus, alterando todo o sistema operacional original. Para o fabricante, não há como aceitar essa disfuncionalidade na sua engenharia.
Egoísmo e amor são antagônicos o tempo todo lutando pelo centro das decisões. Um, oferece a satisfação das vontades em primeiro lugar. O outro, oferta até o infinito, mas requer paciência antes, pois considera as circunstâncias, o melhor momento e lugar. O amor respeita e espera. O egoísmos, afobado e ansioso, atropela.
O planeta segue à deriva no ar de disputas dos voluntarismos imediatos. Mais cedo ou mais tarde, o fabricante passará um anti-vírus... ou reformatará tudo!
"Toda criança é feliz!
Crianças são grandes mestres da fé.
Ensinam que crer é ser feliz ainda na vÉspera."
Lembranças de um passado não muito longe,
Recordo momentos contagiantes.
A visão da natureza me faz lembrar,
Momentos que minha mente não quer apagar.
De momentos ruins ao mais que perfeito,
Foram guardados sem nenhum jeito.
De momentos em momentos eles voltam a aflorar,
Recordando passados que se pudesse iria apagar.
A uma demora em querer aprender,
Que o tempo não espera você,
Aprender a viver.
