Poemas sobre a Ironia do Sorte
Versos de um amoroso
O Amor, que é, poeta a amável hora
Sonoro olhar que, n’alma, reverbera
A própria Glória que, no sonho mora
Significado encantado da primavera
O Amor, que é, ao coração incorpora
Os versos cheios de singular quimera
Entristece, alegra, também, ri e chora
Que na emoção tem verdade sincera
O Amor, que é, tem eterna inspiração
A canção que canta o canto da paixão
Que espera, esmera e tem tom maior
O toque que seduz, e que tem nome
E sobrenome, tem o beijo com fome
E todo dia, abrigo, Amor que é Amor!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25 setembro, 2023, 14’10” – Araguari, MG
*paráfrase Vasco de Castro Lima
Destino
... e na minha poesia singular e frequente
Exausta e maltrapilha, o versejar desejou
Um olhar, gesto, uma poética impenitente
Mas, o destino na inspiração revés traçou
Agora, sussurrante e, sentimento torrente
Pouco importa os acasos que a maltratou
Pois, nas rimas descontente é indiferente
Se há prazo, importa é que o amor restou
Assim, adiante, a prosa fazendo história
Versos compondo sua inédita trajetória
Criando sentidos, suspiros e sensações
Entre hosanas e canseiras, rompe fiascos
A mão que traça agruras também dá laços
Aí, avança a poesia, com outras emoções!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16, outubro, 2023, 13’00” – Araguari, MG
ELA
Ela é tão densa, ela é tão sedutora, ela é tão pura
O versar por tipo às vezes tão abstrato, ao relento
Que se perde em uma ilusão. De agridoce textura
Cheia de poéticas e tons de amor no pensamento
Ah imaginação! Teu suspiro n’alma, cria aventura
Que o acaso te inspira em um destinto sentimento
Cada prosa feita no agrado, tens na rima candura
Pois, uma maior sensação, o teu maior momento
Ela, tão cheio de sentimentalismo, a tua realidade
Aquela criatura de emoção permitida e docilidade
Enclausurado no sonho e, talvez do poeta, regalia
Ó poetizar... és um significar esplendido e divino
Com um misto de contrários, muitos, um destino
Misturado no sagrado privilegio. Ela... a poesia!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
26 novembro, 2023, 15"15" – Araguari, MG
“Corteggio”
Num farto verso de grato sentimento
Sensações no canto eu encontrava
E, assim, para ti meu amor cantava
Que domava todo meu pensamento
Toda à parte, um montão, eu invento
Momento para falar-te o que passava
No meu coração e, ali o amor estava
Tão tomado e, se não, eu acrescento
Inquietado... (diz-me então) a ternura:
Do prosar que tenho, qual te agrada
Pois na sedução os concedo, procura
E versejando com a alma enamorada
Assim, pra ti, cada verso com doçura
Escrevo o soneto com rima cortejada.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07 janeiro, 2024, 11'02" – Araguari, MG
POÉTICA CONFISSÃO
Leia-te nos meus lhanos versos singelos
Que o meu coração tem para te poetar
São talhados com tão aguçados cutelos
Da minha inspiração, para lhe ofertar...
Tem amor nos detalhes, e nos paralelos
Do desejo, almejo, e sentimento a arder
Deixa dar-te em pensamentos donzelos
Encanto, tal o luar dum impar anoitecer
Estes foram feitos para ter-te sensação
Afagos, beijos, e muita, muita emoção
Pois, o verso guarda o amor enamorado
Então, amo-te demais, e mais a paixão
E, em prosas puras para ti, essa canção:
- a poética confissão de um apaixonado!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19/09/2021, 05’38” – Araguari, MG
VIVE EM MIM UMA SAUDADE
Encarcerado no peito sentimentos imersos
Não vejo a inspiração que um dia pude ter
Já não tenho forças pra refazer meus versos
Pouco a pouco, eu sinto a aflição me vencer
Sou um pensamento vazio e sonho infértil
No alvor, sou noite desperta e duro fardo
Sussurra sensações escuras na alma frágil
Onde a poética já não é mais deste bardo
Minha poesia cansada, versos em pranto
O talvez cinzento, em vão, e tão infinito
Aflito. Esgotou em mim qualquer encanto
Preciso de razão, de motivo, uma vontade
Pra ter e haver aquele sentido mais bonito
Devoluto, pois, vive em mim uma saudade...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
23/09/2021, 18’43” – Araguari, MG
60 anos
60 segundos, 60 dias, 60 anos... estórias, Histórias...
O tempo fazendo a vida, a vida glórias... e as glórias planos... conquistas e danos... e assim vão as memórias.
É ser agradecido, podido, forte, destemido.
É ser rima, é ser verso, é ter Deus no universo.
Um novo itinerário... mais um aniversário.
É dia de comemoração.
Cada minuto, caminheiro, missionário...
Paz e Bem e amor no coração.
... a vida desfiando o seu rosário.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
27 de fevereiro de 2018
cerrado goiano
Nenhum som é mais bonito, que ao se pronunciar: - um abraço!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
cerrado goiano
DoDia e DaNoite
DoDia o sol ruboresce
no cerrado torto, desigual
DaNoite o céu estrelece
e os sonhos num ritual...
Banha-se o rosto na bica
fria, da madrugada DoDia
Estórias já são DaNoite, futrica
pois, é o tempo em travessia.
DaNoite e ou DoDia, a poesia plica.
E segui a sina...
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
31 de maio, 2018
Cerrado goiano
AMOR DISTANTE
O meu amor distante e constante
Me seduz com a voz do teu olhar
Quero tanto poder ele encontrar
E nesta sensação ser navegante
Teu gesto virtual penetra meu ser
Faz saudade haver, sentir paixão
Se te ter ou te perder é imprecisão
Certo é o arrepio a me percorrer
Cada oscilação de tua fala é emoção
Que vibram na alma em total prazer
Transbordando os fluidos do coração
Preciso, quero e necessito te ver
Amor distante, amor de comunhão
Seja presente e fiel no meu viver
Estella Zegna
Poetisa do mar
Rio de Janeiro, RJ
SEM INSPIRAÇÃO
Às vezes uma poética me entala
Nesta lacuna em que eu ando
Sofro, cá no cerrado, quando
A saudade dentro do peito fala
Inspirações sufoquei nefando
Sem as trovas numa luz sincera
Ah! Cada rima com força quisera
No senso, e não o cântico calando
Sinto que nas quimeras fui rude
Choro cada outrora desta sandice
Já alquebrado, foi-se a juventude
Os versos que não criei por tolice
Por desventura escrever não pude
E assim tornar a prosa na mesmice
© Luciano Spagnol- poeta do cerrado
Cerrado goiano, 09 de dezembro, 2019
Olavobilaquiando
Natal Defronte
As ruas corridas, muito estresse
No dia lotado de apressado rumor
E o meu pensamento desvanece
No muito fragor e no pouco amor
Já é Natal, cheio de luz de fulgor
O brilho da fé, opacou-se, afinal
De aparência o hoje é o mentor
Nestes tempos, de só fútil ritual
Valeu-me o olhar dum pedinte
Que brilhava mais que tudo isto
Era príncipe e farto de requinte
A face que lembrou a de Cristo
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Cerrado goiano, 12 de dezembro, 2019
O AMANHÃ
Nunca, devemos dizer jamais
O dia vai como tem que ir
A brisa nos leva,
Onde quer que estais
E nos põe a partir
Vais... vais... vais...
Mesmo que o medo te faça fingir
Não olhe para traz
Ouça do teu coração, a voz
Ele lhe dirá em linhas gerais
Um sonho. Arranque o teu poder feroz
Nunca atroz, vá mais e mais
Não olhe para traz
Quando o amor leva nossos sonhos
Tudo é capaz
Até mesmo chorar...
Enxugue tuas lágrimas, tudo é fugaz
O que importa é amar
Não olhe para traz, siga teu olhar
A brisa nos leva
Onde quer que estais
E nos põe a partir
Vais... vais... vais...
O amanhã é um talvez
Não acredite na sua ilusão
Pegue a ti, e a tua nudez
Da alma, e busque a paixão
Acredite em ti, de uma vez
Coloque tuas asas e vá voar
As nuvens são macias, ao tocá-las
Cada passo dado vira passado, sem pesar
Pois, você está vivendo, vá voar...
A brisa nos leva
Onde quer que estais
E nos põe a partir
Vais... vais... vais...
O amanhã é um talvez
Vá de vez, e não olhe para traz
O hoje é fugaz, e a vida uma só vez
Então deixe a brisa te levar
Tenha lucidez... Vorás é o tempo!
As vezes não terá outro talvez
Quando o amor leva nossos sonhos
Tudo é capaz
Até mesmo chorar...
Não olhe para traz
Vais... vais... vais, o que importa é amar!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15/12/2019, cerrado goiano
Dezembros
Mais uma vez esperança
Anjos, luzes, bolas e cores
Velas velando a lembrança
Guirlandas ornadas de amores
Na ceia enchendo a pança
Na fé a busca dos valores
No olhar abraço e aliança
Dezembros prescritores...
©Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16/12/2015 - cerrado goiano
CARTÃO DE NATAL
Busque um galho de sua existência
Nas forquilhas enfeite com determinação e coragem
Não se esqueça das bolas de diligência
Dos cartões amigos de boa mensagem
Aqueles envelopados no amor, carinho, reverência
Ilumine com lâmpadas de esperança
Pisca... Pisca... na malícia, advertência
Colorindo cada canto com detalhes de alegria e confiança
E no topo do galho a estrela guia da fé
Afinal é a razão da comemoração da lembrança
O nascimento do Deus Menino filho de Maria e José
O que veio para a aliança...
Feliz Natal e Próspero Ano Novo.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Dezembro, Natal 2015/2016
Cerrado goiano
ANO NOVO
A existência, uma jornada cheia de episódio
Uma viagem, comboio, de traço, nó e de laço
De passo a passo, ponto a ponto, num desafio
Tão fugaz! Voraz! Lá vai o trem no compasso
Pela vida, de paisagem variada: quente ou frio
Rumando para a próxima parada, um cansaço
Um alívio, em frete.... um silvo agudo, assobio
Uma outra gare, outro tempo, outro pedaço
Quem sabe ali... será a quem nos amará?
O destino que nos há de dar a exaltação
O acordo que fará satisfação sem estrovo
Quem sabe?... Quem sabe? Ali será?... Será?
Silva outra vez... e parte pra seguinte estação
Nova esperança, surpresas: UM ANO NOVO!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
22/12/2019, 05’23”, Cerrado goiano
Olavobilaquiando
LIVRAMENTO (soneto)
Leia-me! O meu verso árido e nefando
Que queima o meu peito, e dá arrepio
De quando teu paleio vem me cevando
Nos embustes sorrateiros, vis e tão frio
Olha-me! Não temas, pois, sou brando
Já não busco o poetar num belo feitio
O meu ser ainda permanece, radiando
Já o senso, é tal qual um céu sombrio
Fala-me! Verdades, não simule pranto
Pois, as flores do cerrado têm candura
As agruras, não vão ser, minhas pupilas
E se escrevo este soneto, enquanto
Escorre nos versos a minha tristura
O meu amor, desobriguei das quizilas...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25/01/2020, 17’33” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
MASMORRA (soneto)
A vida expira assim como os ventos
Tal a dor e alegria do pensamento:
Fugaz, vagos clarões, sentimentos
Nas venturas, ausentes, eu invento
Vidas que não tem vida, lamentos
De pó, para o pó somos momento
Em vantagens e em detrimentos
Num sopro espalhado a portento
Mas, as sensações sem ter vida
Desengana, extermina e alucina
São almas vazias, e com rancor
Calam as quimeras, põe de saída
A ilusão, numa inércia assassina
Expropriando o coração do amor!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30/01/2020, 09’35” – Cerrado goiano
Olavobilaquiando
FIRMAMENTO (soneto)
Por tantos amores, desvairado e descontente
O teu, eu reconheci naquele exato momento
Pois, o meu coração, ficou aflito e diferente
E, que estaria no meu constante pensamento
Que ainda agora mesmo, no peito, és presente
Em um arfar, infinito, suspirante e tão violento
Que sei que ali, havia amor, que a alma sente
E que aquele “oi”, seria para gente, portento!
Piedoso Bragi, que a minha solidão sentiste
Na poesia deste bardo, que havia sofrimento
Agora, inspirai as boas sortes não pungentes
E que então o poeta seja alegre, e não triste
E que caia sobre ele a ventura do firmamento
Com as rimas apaixonadas e beijos ardentes
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
10 de janeiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
MY BLAME (soneto)
Imagino às vezes diferente, os amores
Que deliciei atado em trabalhoso laço
Penso no que fiz e o que não mais faço
Levado pela brisa do avezar com dores
Penso nos tão verdadeiros sofredores
Dos quais, eu, sou apenas um pedaço
E no abraço dos que deixei por cansaço
E nunca mais pude mandar-lhes flores
Imagino os que fiz ter momentos infelizes
Onde não tive raízes, e então tão dispersos
E, no peito deixei-lhes com ásperas cicatrizes
Penso nas escritas, ditas: - exclusivos versos
Se na verdade eram sentimentos aprendizes
Com lados de bondades e quinhões perversos
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
11 de janeiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
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