Poemas sobre a Ironia do Sorte
O sofrimento
Calando o sofrimento,
Camuflando o desgosto,
Que se instala
E não se cala.
Esse descontentamento
Do meu espírito.
Esse frete que deambula
Na minha alma
Pelas ruas vagueando,
Sem percalço,
Infiltrando-se em agonia,
Tornando-se fofia.
Agradeça se estiverem espalhando boatos e fofocas maldosos sobre você.
Quanto mais pensarem o pior, menos cobiçarão o seu melhor!
No final, tudo isso evita inveja.
DOCE AUSÊNCIA.
Estar é estranho quando se aprendeu a não ser. Há um desconforto tênue em ocupar o agora, como se a presença pesasse mais que a ausência. E então, ao espiar por brechas o que floresce sem ti, nasce o desejo de sumir — ser sombra, ser brisa, ser nada. Porque às vezes, a distância dói menos que a consciência de estar fora, mesmo estando perto.
Estou me quebrando lentamente até que eu veja a escuridão surgindo em meus olhos.
uma escuridão que consome;
Apenas sinto dor,
Daquilo que se esperava amor.
VIRADA
Começa a haver meia noite, memoração
Como se tudo no tilintar das taças finda
Calam-se os corações, os fogos falam
Abraços hão de haver, de haver ainda
E o universo inteiro sozinho...
O meu fadário calado e na berlinda
Do silêncio na inspiração d'um ninho
Ruídos da rua, passos de ida e vinda
E os festejos sussurrando baixinho
E sozinho o universo inteiro...
Felicitações me são dadas do vizinho
Pelo ar ecoam acumulação de cheiro
Então deixo ilusões na taça de vinho
E velo solenemente o meu cativeiro
E inteiro sozinho o universo...
No rés do chão ter esperanças é roteiro
Já o pensamento na saudade disperso
Esperando, escutando, leve e sorrateiro
Qualquer coisa, antes de dormir, averso
Sozinho, solitário não, romeiro...
Vou dormir! Amanhã, dia outro e diverso.
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Poeta do cerrado
ADEUS ANO VELHO
Deste que passaram-se horas
Do velho ano
Do ano que já é outrora
Agora recordação, tempo profano
A cada segundo, minuto, hora
Dia após dia, quotidiano
O tempo vai, vai embora
Sorrateiro e ufano
Muito antes, antes de mim
Veloz e insano
Sem parar, até o fim...
No diverso plano
Vida que segue, "Quixotesco" no seu rocim
Adeus velho ano!
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Poeta do cerrado
Quando você estiver no fundo do poço, haverá pessoas que jogarão pedras sobre você. Mas também haverá pessoas que jogarão uma corda, mas não para que você suba, e sim para que elas desçam pra te fazer companhia, e até mesmo pezinho pra ver você sair de lá
Adoração no Espírito.
O Santo Espírito de Deus paira por sobre este mundo, em busca de adoradores, dos verdadeiros e fiéis.
Ele é capaz de levar um homem a adoração e ao sentimento de real viver espiritual, somente o Espírito Santo pode capacitar um homem ao nível da adoração verdadeira, ele anseia a isso, ele ama levar um homem e uma mulher a Deus em adoração.
Adoração no Espírito.
O Santo Espírito de Deus paira por sobre este mundo, em busca de adoradores, dos verdadeiros e fiéis.
Ele é capaz de levar um homem a adoração e ao sentimento de real viver espiritual, somente o Espírito Santo pode capacitar um homem ao nível da adoração verdadeira, ele anseia a isso, ele ama levar um homem e uma mulher a Deus em adoração.
Se você é um cristão genuíno deve se lançar a ele, esqueça seu status quo, ele veio mudar tudo, abalar o sistema religioso e refazer a adoração.
Na palavra de Deus em Atos 2 vemos um povo na oração, na verdadeira adoração e renúncia e então o Espírito vem e muda tudo, eles são tomados, possuidor e preenchidos por algo do céu, o vento impetuoso está ali.
Reflexão sobre Prioridades
Lídia resolveu fazer uma lista das coisas importantes em sua vida, numerando-as por ordem de prioridade. Para avaliar melhor a prioridade, ela decidiu simular várias situações e avaliar suas escolhas.
Ela imaginou que, se precisasse fazer uma dieta radical ou passar por um procedimento doloroso para manter a beleza, optaria pelo conforto. Portanto, colocou o conforto acima da beleza em sua lista. Percebeu que não hesitaria em realizar sacrifícios em nome do dever no seu trabalho, portanto, o trabalho ficava acima do conforto. Ela também percebeu que se sua família precisasse dela, o trabalho ficaria em segundo plano, então colocou o trabalho abaixo da família.
Ao final, fez uma constatação que a entristeceu profundamente: o Reino de Deus ficaria por último. Naquele momento, fez uma oração sincera pedindo a Deus que refizesse sua lista e a organizasse da melhor maneira possível, reorganizando as prioridades dentro do seu coração para que o Reino de Deus ficasse em primeiro lugar.
Você já teve curiosidade de descobrir mais sobre Deus?
Não falo estudando ele como um personagem humano e se debruçando sobre livros e mais livros, mas da forma mais simples possível, do contato com ele e naquilo que ele quiser se deixar revelar?
"Eu bem sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. E depois de consumida a minha pele, ainda em minha carne verei a Deus."
Essa declaração extraordinária nem parece que foi feita por um homem que perdeu todos seus recursos materiais e financeiros... Um homem que perdeu todos os filhos em um mesmo dia... Um homem que perdeu sua saúde e conforto até para dormir... Um homem que perdeu toda sua dignidade e respeito que possuia... Um homem, cuja integridade, foi questionada pelo seus melhores amigos... Um homem, cuja esposa, tentou fazê-lo simplesmente desistir de sua fé e de viver.. Um homem de quem não se podia esperar mais nada a não ser ressentimento e revolta e, no entanto, esse homem tinha uma proximidade e uma intimidade tão profunda com Deus e isso mantinha sua confiança inabalável e por ela foi recompensado no final!
Escultura de Barro
Nunca sabemos sobre o final; nunca soubemos o que é, de fato, um fim. Sempre sonhamos com o futuro, mesmo não sabendo se este, será um tempo para cada um de nós feliz.
Já viajamos descalços, solas dos pés sobre uma terra acolhedora; barro frio, gostoso, cheio de sentimentos, que hoje não existem mais, devido aos “asfaltos”, ignorância, disseminados com o passar do tempo.
Sentir saudade de tudo aquilo que se foi, não seca as lágrimas que escorrem em nossas faces, por lembranças, momentos tão únicos, marcantes, individuais.... Nossas fases.
Muitas vezes, pode até parecer normal, ver como a vida nasce e se passa, levando sem permissão as nossas histórias, as essências da gente, que sofrem mutações; eis que devemos entender, elas pertenciam àquele tempo, àquela época, e àquele presente.
Nunca sabemos sobre o final; nunca soubemos o que é, de fato, um fim. Sempre sonhamos com o futuro, mesmo não sabendo se este, será um tempo para cada um de nós feliz.
O tempo de vida é o devido, porém, carregamos pouco de tudo o que vivemos; o tempo arrasta, leva embora, apaga, e se não aprendemos a cultivar todos os dias nossas lembranças e histórias, eis esse fim, um final tênue; ambíguo; fabuloso ou deprimente.
noite
a sinfonia da noite
cai sobre o cerrado
a alma neste açoite
é retiro amordaçado
é silêncio em seresta
a solidão num gorjeado
e a quimera numa fresta
a noite cerrando o cerrado
Luciano Spagnol
que trova há de trovar o desamor?
é cru na crueldade, dor com rancor
é debruçar sobre o merecer
sem ver e sem querer ter
amor é aliança
é esperança
é razão
é sangrar-se em gratidão...
SONETO DE LUZ PÁLIDA
Pálida à luz da ofensiva tão sombria
Sobre a desfeita no peito reclinada
Como malícia na falta embalsamada
Grita lágrimas secas, ardidas e fria
No horizonte a luz poente desmaiada
Refletia o amor que na ilusão dormia
Era tal a ventura que ali se obstringia
Aflita, que pela afronta era embalada
Um desprezo que dia após outro dia
Me despia a alma, tão ferida e calada
Na dor se banhava e que nada alivia
Não gargalhe, ó cerrado, desta lufada
Se vim pela devoção, outras eu faria
Afeto, não tem distinção nem morada
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
TÉDIO
Sobre o meu poetar, como uma sina
Tal ave de rapina, pesa a monotonia
Despovoando os versos, na surdina
Ilustrando a poesia de turva predaria
Oh! Escrever no silêncio, e inquilina
A solidão, sem sonho e sem alegria
Sem uma idéia e sensação cristalina
Faz o tédio ao poeta sua companhia
Ah! Deixar de fantasiar este ensejo
O pensamento no vão, a alma fria
Se a luz está escura e assim velada
Como posso avivar o meu desejo?
Se dorme numa catedral tão vazia
E lá fora a vida está abandonada!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
30 de setembro, 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
REGRESSO
Irei! Que importe o engano? Desate deste nó
Sobre o dúbio está o ousado ensaio. Então!
Arda em chamas o medo, evole deste chão
Os teus segredos, uive as feras, sem ter dó
Vamos! Ignoto, um botão entreaberto, e só!
Regue este deserto com outra tua emoção
Leve tudo: felicidade, amor; infortúnio não!
Pois, o que for perdido, no tempo, vira pó...
Depois que o pecado ao mudo é revelado
Nada importa, todo regresso tem direção
Ah! E tu, má sorte, aí, fique do outro lado!
E se, a vida com seu crime não for ilusão
Redimido e sublime, não fique ultrajado
Errar, é falta, e não a perene contrição!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
“SPLEEN”
O céu do cerrado, hoje, amanheceu plúmbeo
Sobre o espírito meditabundo, só e chuvoso
E, ungido toda a reta do horizonte, nebuloso
O dia virou noite, e o meu fausto olhar, ateu
Neste temporal escuro tal calabouço lodoso
Onde a vontade quer encontrar o êxito seu
Espavorido, o acaso coloca asas de fariseu
Em um voo infeliz, tão enfado e impetuoso
A chuva a escorrer as traças da melancolia
Imita as aranhas tecendo sua espessa teia
No beiral do vazio, numa angústia sombria
O trovão dobra, de repente, e furibundo
E a alma encarcerada em lúgubre cadeia
Chora o verso, suspirando e gemebundo
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro, de 2018
Cerrado goiano
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