Poemas para Pessoas Tristes
Memória
A memória que desnuda profunda
Mas sobressalta e flutua
Na boca do abismo do esquecimento.
Esquecimento
O esquecimento que sôfrego
Enlaça um combate
Que ao menos almeja um empate
Mas que falha e se cobre
Com o véu de maia do perdão.
Perdão
O perdão que martiriza a alma
Que internaliza a ferida
Ao tentar apagá-la
Mas que não cumpre sua promessa.
Promessa
A promessa criadora de elos,
Passível a traições tal como Eros,
Que busca manter o acordo
Mas não controla a revolta,
Do que dentro pulsa latente,
Memória.
Estou por ai,
No pantarei da vida,
Na sociedade alternativa,
Viajando no transe intransitório
Da minha maionese artesanal.
O cotidiano é afronta
À minha potência intuitiva
Mas meu córtex trabalha
Ininterruptamente
À margem do real.
Toda manhã faço I Ching,
não por brincadeira,
até porque o Tao Te Ching
é meu livro de cabeceira.
sempre que possível,
tento praticar o tantra,
e quando em desespero me sinto,
entoar um mantra.
O Bhagavad Gita escolhi
para canção de minha vida,
E a doutrina de Siddharta Gautama
faz minha alma instruída.
Para a paz no amor
e o oposto dela,
me guio em Sun Tzu
e sua arte da guerra.
toda energia negativa
que até a mim vem,
tento devolver
de uma maneira Zen.
aceito de bom grado
o que o Yin e Yang
vem me reservado
e para a fluidez desta vida
que efêmera vai,
tento imortalizar o momento
nos três versos de um Haikai.
Vim de dois partos,
O materno e o mundano.
Duas criações distintas,
Não sei qual a correta.
Por minha mãe
Seria eu padre,
Mas o mundo me quis poeta.
O verdadeiro poeta
É aquele que sabe
Expressar seus sentimentos
Não em palavras,
Mas sim com a boca
Entre as pernas de sua amada.
Somos gados humilhados,
Carnívoros ou não,
Bípedes, até que se prove o contrário,
Às vezes,
Quadrúpedes por educação.
Assim bem eu quis,
Agradar gregos e goianos,
Com ideais ascéticos, arsênicos, românticos,
Um certo lirismo de raiz.
Após ter atingido,
Meu ilícito objetivo
Agora viro o disco,
Correndo o risco,
Por um triz:
De ser entendido
Visto e sentido,
Como indigno,
Um estoico aprendiz.
Nada mais parecido com um conservador
Do que um ato revolucionário.
Para métricas quantitativas,
Poema didático, texto prosaico.
Deus não dá asas a cobras,
Mas elas sempre conseguem obtê-las,
Todos com as mãos sujas, cada um com sua sujeira.
A alma move meu corpo pela cidade dos anjos caídos,
O êxtase para quem não sabe,
É só um vácuo preenchido.
Da descoberta
A independência,
Do ideológico indício,
A histórica evidência...
Da derrota em casa
Na copa de cinquenta.
Do herói sem caráter,
De Macunaima,
Povo herdeiro
Da baixa auto estima.
Em leve surto de melancolia,
De breve passagem me vem a nostalgia.
E um tímido e contido sorriso,
Melindroso,
A cada lembrança se abre,
Jocoso.
Amizade é a capacidade
De eternizar o momento.
De parar o tempo,
Em seu pleno movimento.
"No que você está pensando?"
Maiêutica indagação,
De cunho cartesiano,
Para o pensar popular
Coletivo contemporâneo.
Somos Soldados de Nós mesmos,
Exércitos de um homem só
Poetas de Mentira
Astronautas de pó
Vivemos, Sonhamos e morremos
Amargurados pela vida
Não vivida de um tempo vivenciado de mentiras.
Bonecos sem vida
Sem humor, melancolia
Tristeza, raiva, alegria
Sentimento não combina
Coração, casca vazia
A nicotina que alivia
A droga chega e vicia
Mata aquela que vivia
Condena sua família
Tudo só por rebeldia?
Acha que tudo é historinha
Nem sabendo o que fazia
Com a vida não se brinca
A saúde não se arrisca
Foi tentar experimentar?
Toma, agora tá perdida
Às palavras rodeiam pela cabeça,
todos querem achar um ponto final para dar a elas.
mas palavras são imortais.
tudo o que pensamos viram palavras.
Se não expressadas, sufocada morrerá a pessoa que às guarda para si.
Passos largos nas ruas
Olhares curvos tão frios
Ansiedade declarada
E estranhos pensamentos constantes
Atordoam minha mente
A cada instante
Que me vejo longe de casa.
A cada olhar retribuído sinto fraqueza
Sinto como se minha estranheza ficasse mais visível
E que os seres que circulam se virassem todos contra mim.
Tênue linha que separa o feio do belo
A loucura do gênio
O amor das dores
A felicidade da inconsciência.
Loucos somos nós
Jogados para os cantos do mundo
Nascidos dos infernos e cada
Vez mais moribundos
Somos assim, estranhos, gênios, podres e largados
Mas sabemos viver, sabemos o instante da vida que o valor
Se investe
Sabemos que bebida e sexo podem ser a salvação de muitos
Problemas que nos são diariamente dados.
Reprimo mais essa dor
Para descarregá-la em tragos noturnos
E sentir um pingo de álcool de felicidade.
Nossa mente é incapaz de nos dizer a verdade,
Tentamos entende-lá, mas só sabemos a metade.
Tentando aprofundar cada vez mais, encontramos coisas que realmente nos faz.
Em dias tristes, solitários e até angustiantes, nessa terrível busca encontramos verdades horripilantes.
Ela (Mente) atenta nossa querida amiga que estava quieta, despertando a fúria que existe dentro dela.
Distraindo nossa mente em coisas que gostamos.
Ela coloca esses pequenos obstáculos em nosso pacato cotidiano.
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