Poemas Olavo Bilac sobre Patria
de onde viemos?
para onde vamos?
quem foi o primeiro?
quem será o último?
quando tudo surgiu?
como tudo surgiu?
uma explosão estelar
ou
um sopro da vida?
quando a maldade será esquecida?
quando a verdade será inesquecível?
quando a humanidade será organizada?
o que faremos no futuro para continuar-mos vivos?
oque nos matara
um assalto a mão armada
um planeta perdido na galáxia
ou
nossa própria ambição?
quem irá nos salvar
o criador
ou o governo?
viva para fazer o futuro
viva para tentar mudar o passado
nem tudo vem certo
tem coisas que vem errado.
Assim deve viver todo poeta.
"Quanto a mim
já me livrei das garras da morte
tenho apenas os pés calejados
de esperança
que ainda caminham
rumo à eternidade da espera
... não sofro mais de ansiedades."
Vivendo Felicidades
O corpo que dança,
Saracoteia entre luas!
Embriagado pelos sons do mundo,
Veste-se de desejos,
Em sua íntima fantasia
De voar pela vida.
Sorri feito criança!
Avista tantos barcos
Serenando no mar,
E até a passarada agitada
Em tudo se faz canção.
Dança sem culpa,
Preenchendo vazios
Com o aroma dos muitos verões...
DA JANELA
Tive olhando hoje
pela manhã,
pela janela
do mundo
as pessoas,
as ruas
os postes
as calçadas...
Tudo me pareceu
concreto..
não havia flores
nem jardim
nem animais
nem crianças
coisa abstrata indefinida
tudo muito frágil.
Dia chuvoso
no hemisfério sul
sem névoa ou neve
também sem sol
tudo na rua
parecia morte e medo
de tanta calma
vida concreta
gente sem alma.
POEMA IRÔNICO
Porquê em tudo sabe
Que nada se tem
Sem um enlace
Dos braços de alguém
Você tão humilde
Com a sua ardentia
Sem um beijo me ilude
Com a sua ironia
De mentir não saber
O amor que te sinto
Transformando o querer
No murmuro de um mito
Mas sabe meu bem
Eu já conheço o teu jeito
Teu amar me convém
No abrasar de um feito
Sem saber me abraçar
Você me abraça em sorrir
Eu sou teu fogo o teu ar
Que te menti existir...
LAR
A vida é repleta de aventuras
De amores e muita diversão
Algumas são loucuras
E não aquecem o coração.
Quando a luz apagar
E o som parar de tocar
Saberá ao despertar
Onde devia estar.
A caminhada é sinuosa
Preste muita atenção
Faça da sua vida grandiosa
Sem perder a emoção.
Plante flores
E não colherá espinho
Viva de amores
Mas saiba onde é seu ninho.
Lá no alto da montanha
onde as nuvens se cruzam com a neve
A breve esperança se banha
na espera de alguém que a leve.
E sim, há recompença
aos poucos que entram na dança
Apenas alguém de coragem
pra salvar a esperança.
Lembre-se da força do trovão
Neste momento enclausurada
Nessa tarde de frio
Com um coração de portas fechadas
Te peço que ouça o trovão
Sua força não existe em vão
Lembre-se que Deus nos ensina
Na sua natureza
Na nuvem que nos faz olhar
Para sua alteza
Para sua glória
Não precisamos ter medo
Por que Deus nos segura com sua mão direita
Olha, ouça o trovão
Sinta esse frio que acalenta
Que nos ensina que precisamos
De alguém que nos sustenta
De alguém que com amor nos alimenta
Te digo que o medo
Nos faz perder a fé
Nos faz perder o bom senso até
Queria contigo me embrulhar
Nesse frio, nesse dia de chuva
Mas, mais pesado do que o frio
Que sinto
É o frio que nos desnuda
Que é o frio que mata o coração
A insensibilidade que mata a nossa paixão
Não seja o tipo de mulher que diz não querendo dizer sim, para simplesmente agradar a sociedade.
Não faça rodeios quando desejar algo.
Se agrade em primeiro lugar, sem pensar em nada, doa a quem doer.
Vejo as pessoas se indagando se elas tivessem agido diferente no passado.
Vejo as pessoas preocupadas com o que vai acontecer no futuro.
É tanto pensamento preso, parado que não se dão nem a chance de viver plenamente o presente.
O passado, faço questão de esquecer
O futuro, não faço questão de planejar
E o presente, esse sim eu faço questão de viver intensamente.
(...) O nome dela era Rosa, linda, perfumada e cheirosa como uma rosa de um jardim, mas, Rosa estava mais para uma flor despetalada, curtindo apenas os espinhos que a vida te proporcionava.(...)
(trecho do livro ainda não terminado)
Enigma lírico
Em seu sorriso melancólico,
vi um fatalismo tácito
seguido de um silêncio morno
incompreensível
Subitamente
revelo-se o crepúsculo de um mito,
o fim da ilusão dolorosa...
A resseca dionísica do um festejo
carnal, onde quase virou apoteose
de um carnaval em Veneza...
Encenamos um ato da tragédia goethiana
a morte do sonho mascarado
que fez do mendico de Fausto
um Rei Lear, em seu apogeu
glorioso de terna insanidade e lucidez
antes da traição lírica da musa
ao poeta da divina comédia
do amor platônico.
Menino Velho
Não sou um cara esperto
Tão pouco um gênio
Pois se me visse de perto
Veria que não sou assim
Não quero ser
maior ou melhor que ninguém
Quero ser eu mesmo
E se isso me torna diferente
Por mim que assim seja
Não sou um cara esperto
Pois se me visse de perto
Veria que sou um jovem
Com mentalidade de um velho
FICOU NO PASSADO
Em algum lugar do passado
você ficou,
ou foi o contrário,
fiquei eu,
diante do abismo do não
talvez ficamos ambos
invisíveis naquela foto
que não tiramos juntos
naquele abraço interrompido
pelo receio da consequência
naquela dança ensaiada
na caminhada à noite
sob à lua de setembro
nas pedras centenárias
da cidade morta
naquele beijo imprimível
Em algum lugar do passado
preferimos o silêncio
o acaso escolheu a inércia do corpo
e o calafrio das mãos
o quase sim da alma em desespero,
preferimos a calma e o conforto
a covardia racional
fugimos do mundo de Dante
restou a prosa proustiana
sem ciúmes, sem vida,
sem morte, sem poesia.
Evan do Carmo
Não consigo encarar
O que parar muitos é um leve fardo
Esqueci o sentido
Das palavras do passado
Me perdi nos pensamentos
Não há sentido no existir
E se não a sentido
Então por que insistir ?
Estou cercada de indiferença
E a solidão insiste em manter presença
E se é uma das amigas que tenho
A morte é a amiga que menos temo
Assim estava escrito em um bilhete
Pois não conseguia se expressar
E por mais que não aceite
Ela se jogou da janela do quinto andar
Um amor incondicional
Uma amizade verdadeira
E o desejo entre eles é igual
Você, tem a simpatia no olhar
A beleza na felicidade
E isso é raro encontrar
O afeto e o carinho
Andam juntos
Com o respeito e delicadeza
Um ao outro
Quando me recordo
Vem saudades e emoções
Lembro de sua pele e teu cheiro
E bate aquele arrepio
Seu sorriso me cativa
Me deixa a vontade
Me confortei em teu abraço
E sei que agora posso
Amar de verdade...
Busco inspiração no brilho das estrelas
Na beleza de uma flor
Num deslumbrante campo verde.
Mas minha maior inspiração é você.
"Era a menina que lia
Lia de tudo
Lia o que via, aquela menina
Todo dia ela lia
Lia tanto, que teve encanto
Certa vez, criou asas e voou
Então, o chão já não mais existia
Já não corria
Vivia voando, aqui e ali
Quanto mais lia, mais ligeira voava
Quanto mais voava, ria mais que chorava
Lia e voava
Quanto mais lia, mais alto voava
Quanto mais subia, parecia que ela sumia
Quanto mais alto voava, tudo parecia e tudo desaparecia
Quanto mais e mais ela lia, tudo desaparecia e tudo aparecia"
Apesar da confusão
Eu tentei te explicar
Tentei me desculpar
Mas foi tudo em vão
Eu não quis esconder
Foi súbita paixão
Não teve jeito, não
Não pude evitar
Não pude me conter
Foi avassalador
Chegou sem me avisar
Sem nenhum pudor
Me incendiou
Me enfeitiçou
Eu não quis te magoar
Nem te desprezar
Não foi a minha intenção
Perder a razão
Ferir seu coração
A Primeira...
Me perguntaram uma vez
Mas não pude responder
Pois são infinitas coisas para dizer.
Mais de tantas coisas e de tantos pessoas
Porque logo você?
Aprendo tudo sobre ti só de olhar
E por anos me perco a pensar
Porque?
Porque você foi a primeira?
Porque não houve uma maneira?
De poder ficar com você...
Mas se um dia eu te ver
Desejo lhe olhar e dizer:
Você foi a primeira que eu amei
E mesmo que nunca fiquemos juntos
Eu jamais te esquecerei
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