Poemas Militares
Desde o dia 13 de março
do ano de dois mil
e dezoito venho contando
em poesia, prosa
e verso o abismo do mundo;
porque ali é uma
realidade de quem vestiu
ou veste farda que não
tem mais direito a nada.
A prisão injustificada de
um General no meio
de uma reunião pacífica,
e também fatos
da nossa América Latina
que vem passando
por um momento confuso
fazem parte desta
poética que aspira
que a história
não seja mais repetida:
O General foi preso do nada,
sem nenhuma prova,
obrigado ao silêncio,
sem direito a nada,
desaparecido por algumas
vezes forçado,
a saúde dele foi precarizada
e sem acesso total
ao devido processo legal.
Passaram dos limites
com ele e o abuso
vem sendo sideral,
até a Bíblia foi arrancada,
a justiça desapareceu
de maneira integral;
ele é mais um destas
duzentas e dezessete
fardadas vidas
e por isso escrevo como
me cortasse todos os dias.
Há outros cidadãos
passando pelo mesmo
pesadelo que seria
evitado se ali houvesse
amplo diálogo,
e direitos tão básicos;
como ter memória
se faz necessário,
por cada um deles
relembro os casos:
Caso Óscar Pérez,
Caso Operação Jericó,
Caso Golpe Fênix,
Caso Golpe Azul,
Caso Drones,
Caso Operação David,
e Caso Militares Cotiza.
E ainda vejo gente
com o poder de fazer
o dia amanhecer
vivendo de braços
completamente cruzados
na ilha da indiferença:
a falta de humanidade
vem sendo a sentença.
Neste janeiro que
se arrasta pesado,
fenômenos do clima
abateram Estados
da minha Nação.
A América Latina
precisa se manter
em estado de atenção:
A catástrofe
da autoproclamada
se manifestou
que concorrerá à eleição.
A América Latina
precisa se manter
em estado de atenção:
Um general criticou
a incorporação da milícia.
não se fala noutra coisa,
e não se ouve notícia.
A América Latina
precisa se manter
em estado de atenção:
A necessidade
de incorporar
a milícia é uma
necessidade de
mais de uma Nação.
A América Latina
precisa se manter
em estado de atenção:
Do General preso
injustificadamente
desde o dia 13/03/2018,
até agora nenhuma
notícia de libertação
Nesta Lua Cheia
que está
entre as nuvens
e relâmpagos,
Só aumenta
a minha
perplexidade
diante da maldade
imparável
da Humanidade.
O General está
injustamente
preso sem
acesso à justiça,
E a liberdade
de fato sem
nenhuma notícia.
É este meu oráculo
que roga por
direitos humanos
para ele e sem
ver a quem
em todo
o meu continente:
Insistindo noite e dia
por todos os que
estão presos
nos campos
de concentração,
sótãos e calabouços
por serem diferentes;
Por eles sou a voz
da utopia silenciada
na casa dos sonhos,
que é mais uma
inovação inominável
do Inferno de Cinco Letras.
Somos milhões,
nós somos
a Geração Wiphala;
Não adianta amordaçar,
e insistir em fazer
rádios fechadas:
as mentes estão abertas.
Brada forte o clamor
pela paz austral
que por um golpe
foi sequestrada
bem antes da data
comemorativa
do Estado Plurinacional.
Somos deste continente,
nós somos filhos
desta Abya Yala;
Até a última gota da hora
do dia do Estado Plurinacional
que tentaram reter a notícia
de festa em transbordamento.
de verdade e sentimento.
Somos milhões,
onde quer que estejamos
desta Pátria Grande
todos filhos, irmãos e primos
a romper fronteiras,
mordaças e grilhões;
Contando nossas histórias,
as de rincões e políticas prisões.
Em versos que observam
que desejam recuperar
os filhos perdidos
em deserções,
Da repetição da prisão
do Coronel Aviador
como ocorreu
com a tropa e o General,
Mas ele alguém soltou;
Com o General
que segue preso sem provas
a justiça permanece
inútil, inerte e silenciosamente,
E assim segue a epopeia
latino-americana a contar
esta tragédia lamentavelmente.
Feliz Aniversário, General!
A data de hoje leva
o meu número preferido
do Tarot em tempos
de pleno autoritarismo.
Feliz Aniversário, General!
Ah! Este nosso continente
que não anda
nenhum pouco normal...
Feliz Aniversário, General!
O Nazismo e o Comunismo
andam sendo tratados aqui
como fatos corriqueiros.
Feliz Aniversário, General!
Por pensar diferente ser
taxado de sedicioso
em alguns rincões já é natural.
Feliz Aniversário, General!
La Abuela Kueka será repatriada
e a sorte da tua gente indígena
anda a cada dia mais desgraçada.
Feliz Aniversário, General!
Por ti mesmo e por quem
o senhor poderia servir
e estás fazendo uma falta danada,
o dia que o senhor sair
da prisão vai se chocar
com essa Humanidade virada.
Feliz Aniversário, General!
O monstro da burrocracia
nos persegue e temos
que aceitar como normal.
Feliz Aniversário, General!
Eu sigo em marcha indignada:
as vozes de Abya Yala
estão sendo silenciadas,
as ruas da Bolívia
estão todas militarizadas.
Feliz Aniversário, General!
O drama dos imigrantes
tem sido tratado como natural
e opção super normal.
Feliz Aniversário, General!
O senhor está preso inocente
porque discordou pacificamente,
mas deixarem um rastrojo
solto virou coisa de gente decente
em mais um dia de Inês descontente.
Balançam os carrilhões
das folhas das árvores
executando a percussão
que precede a chuva
ressoando milagre da vida:
só de ouvi-los faz
com que eu me sinta viva;
Ouvir esta música sempre
me dá inspiração para
emprestar a minha poesia
que é voz para quem
de liberdade necessita.
De pedido em pedido
de liberdade trago
em mim o sonho de resgate
da nossa América Latina,
pelo General que está
injustamente preso há
quase dois anos
e por tantos
tenho escrito a epopéia
de minha responsabilidade:
só digo e repito isso
para que a minha mensagem
não seja por quem
quer que seja confundida;
Aqui infelizmente estamos
nadando numa correnteza
de conceitos invertidos,
em pleno oceano de presos políticos
e daqui a pouco não poderei
escrever tanto como tenho escrito:
porque as pessoas preferem
se afogar orgulhosos
e vomitar radicalismos.
Para abrir caminhos
do entendimento
com os coletivos
abrir oportunidades
livres do radicalismo:
sei quê é preciso.
Nos sótaos do Inferno
de cinco letras
ainda permanecem
presos treze indígenas:
da corda o lado fraco,
tratado com descaso.
Quem quer entender
o quê se passa
na América Latina
não pode crer
que há de ser
da noite para o dia.
Um dia nas ruas
andava livre
a mais frágil filha
de Bolívar,
e no outro acordou
por armas sitiada.
Versos da epopéia
da tropa e de um
General injustiçado
há quase dois anos,
sem liberdade,
sem horizonte,
e nenhuma notícia:
ele deixou a mensagem
da reconciliação
como a única saída.
Não doem os meus
ouvidos os gritos
dos excluídos,
A cada dia fazem
mais vivo
o meu coração
rendido aos ecos
do meu apego
ao solo sagrado,
Escrevo mesmo que
não seja escutado:
Convivendo no meio
de um oceano
de presos políticos.
Não há como fingir
e dizer que há
como ver o eclipse,
o ideal era ficar
esperando pela
passagem das nuvens.
Correndo contra
o tempo para
tentar encontrar
os desaparecidos
mesmo sem saber
quem eles são,
Sem ter como
cuidar dos feridos
E ciente de que há
quem anda sendo
processado por
exercer a missão.
Não há como fingir
que há justiça
para uma tropa
e um General,
e contra eles
sobra a covardia.
A paz vem sendo
todo o dia asfixiada
a base de golpes,
Lares retalhados,
A inteligência
vem recebendo
advertência pública
Estamos sitiados
por irregulares
grupos armados,
por mil pensamentos
todos os dias dolarizados
e por muitos que querem
os povos indígenas despojados.
De supetão foram
os cinco libertados
na semana passada,
Tudo isso reforça
o argumento e mais
a notícia que não
se falam mais
quando vão acabar
com esse mau hábito
de fazer preso político
e falar qual é o real
paradeiro do Coronel
que insistem dizer
estar desaparecido,
E que outros dizem
estar na mesma
prisão que os Generais
que não deveriam
nem estar presos mais,
é preciso não esquecer
de cada um jamais.
Dizem que foram
construídas mais
vinte e oito celas
nos sótãos do
teu confortável
afetivo esquecimento,
Do absurdo eu levo
como se fosse
meu todo esse peso
e sem medo do receio.
Da tropa e do General
que foi preso sem
nenhuma prova,
não se sabe notícias
de quando cessa
o aprisionamento,
Seguir relembrando
para não deixar
a memória pisar
em falso na história
sem parar é preciso.
Viramos objetos
de barganha,
somos argumento
sem se dar conta
para negociações:
Só por ser presos
políticos das Nações
que beberam
do mesmo cale-se
E da falta de ânimo
vem se tornando
a única real verdade.
Tenho as marcas
dos mil tropeços
da chancelaria:
O quê será
da nossa Pátria
América Latina
em meio ao prelúdio
deste fim do mundo?
Recordo a prisão
injusta do General
no meio de uma
de reunião pacífica
ocorrida no dia treze
de março do ano
de dois mil e dezoito.
Preciso te contar
que essa gente
golpista não para:
Arrancaram lá
do telhado a Wiphala.
Em meio a cinzas
australianas ainda
vejo as do meu país
misturadas no ar,
Como não posso
tanto falar sufoco
a mim mesma
nessas letras por
não acreditar que
algum dia irão parar.
Preciso te contar
que essa gente
golpista não para:
Fazendo esforços
para ver se a voz
da juventude se cala.
Em meio a golpes
e espalhadas
a miséria das
portas dos fundos,
Ninguém ouviu,
viu e todo mundo
aqui se cala:
a Laranjeira Nhanderu
teve a Casa de Reza
pelo terror atacada.
Toca o som do Hotel
Paseo Las Mercedes
e os passos da
inteligência policial
dão o toque final:
a tensão regional
está como um fogaréu.
Surgiu mais um grupo
paramilitar que se
chama "La Línea"
e que está ameaçando
militares, policiais,
guerrilhas e coletivos,
quem ama o povo
tem todos os motivos
de não fechar os olhos.
Todos deveriam estar
voltados a cuidar
melhor das fronteiras,
por todos nós insisto
e suplico diante
dessa história que
tão cedo irá terminar,
se quem tem poder
deixar tudo como está.
Poderia ser chamado
de golpe de ironia,
o tempo do mandato
do autoproclamado
já tem data vencida
e quórum de rechaço,
ele que é como
a outra lá da Bolívia
que não quer saber
do poder desgarrar.
Do General e de todas
as vítimas dessa
trágica política
o tempo para eles
está se encarregando
do esquecimento
e da injustiça,
pois deles dizem
que ninguém
anda recebendo notícia.
A bandeira vermelha
foi hasteada junto ao sol
na cúpula sagrada
da mesquita de Jamkarān,
Depois do brutal crime
o Império perdeu
a sua última cartada sã.
O ataúde do General
Soleimani passou
por mim e nem
o tempo esquecerá,
E ao Império
ninguém perdoará.
A dança do Deus da Guerra
ao blues do fim do mundo
não há quem não
esteja farto de escutar,
Pedindo em oração
a Deus para Israel
se livrar das garras
do Império e se libertar.
O lado considerado
mais fraco da história
nunca mais há de se livrar
e nunca irá emancipar;
Os povos deveriam
se unir para rechaçar
qualquer sinal de guerra
que o Império vier
a se manifestar.
Vejo o mundo em um
momento crucial,
Há quem ofende o outro
por selvagem para
intimidar quem não
convive com ditadura
como se fosse algo
corriqueiro e normal;
É vendo o giro do mundo
que encontro força
para seguir pedindo
pela liberdade dos povos,
da tropa e do General.
O Império colocou
o Deus da Guerra
para rodopiar o blues
do fim do mundo
e assassinou
o General Soleimani;
Podem desacreditar
a qualquer um que
deste fato reclame,
Mas não há como
ficar em paz
sem a verdade falar.
O Império reeditou
a sua película de
mau gosto no
nosso continente,
Não há como ficar
fingindo que ando
feliz e contente,
Nem o tempo há
de deter tudo
o quê preciso falar.
O Império golpeou
a Bolívia e o direito
de se expressar
foi solapado,
E se ninguém
nada fizer com
devida insistência
não haverá
mais nem
guerreiros digitais
para a história contar.
O Império bloqueou
a base do sustento
da Pátria de Bolívar,
Não acho certo
mesmo sabendo que
ali a justiça precisa
aprender a ser correta;
A família e vizinha
do Capitão foragido
serem devolvidas
merecem para a vida,
O Capitão-de-Navio
que está desaparecido
deve ser reencontrado,
E a tropa e o General
que foram castigados
sem nenhum motivo:
urgem receber
um capítulo novo
de vida e reconciliado.
Se és um vero
latino-americano:
não pode ficar
calado diante
deste abuso
contra a liberdade
de expressão
fazendo mau uso
da Bíblia na mão,
arremetendo
contra a população
e que colocou
jovens na prisão.
Em terras brasilis
vejo a escalada
da radicalização,
quase ninguém
pode falar mais
nada porque
o fanatismo
por aqui cospe
mais fogo
do que dragão
e vem causando
total perturbação.
E ainda há quem
se ache certo
e por fazer piada
com orientação
sexual e religião,
cada um a sua
maneira estão
destruindo com
a nossa população.
Contando histórias
paralelas deste
nosso continente
venho pedindo
para uma tropa
e um General
a justa libertação,
o único caminho
urgente sempre há
de ser o da reconciliação.
Contando tudo
o quê se passa
por todo o lugar
vou mostrando
o autoritarismo
de todas as direções
capazes de prender
até injustamente
um General por
antever a urgência
da mensagem
de reconciliação
para o povo dele,
e recomendável
à todas populações.
Estamos num crítico
momento por aqui
neste continente
na Bolívia silente
um pedaço edênico
deste continente
que se transformou
num paraíso de golpes,
conspirações,
abusos e mil traições;
Todas capazes de trair,
matar e desaparecer
nos seus sete
pontos cardeais,
e até em um deles
de manter
sob cárcere duas
dezenas de militares,
e em outros tantos
praticar contra
quem os crítica:
falsos positivos
calúnias e difamações.
Na inauguração
deste Ano Novo,
dou a mim
mesma o direito
de viver a minha
tristeza de verão:
Vejo cenas que
passam do
nosso continente
em convulsão;
E para o General
que foi preso
injustamente
e uma tropa
não há sequer
um sinal se irá
ser concedida
a justa libertação.
Sou testemunha
poética e ocular
na Venezuela
e na Bolívia como
começou o perigo
continental pelas
mãos traiçoeiras
da autoproclamação.
Quem discorda
da violência os fiéis
das bizarrices
da Rainha de Sabá
às avessas,
eles estão tratando
como se fosse
um perigo eminente:
ordenando prender
por terrorismo e sedição,
todos aqueles
que pensam diferente.
Diante do que
é verdadeiro,
independentemente
da direção não
há como flertar
com o relativismo,
Os massacres de Sacaba,
Senkata e Yapacaní
andam querendo dar
outros nomes
e tratar os crimes
com desonesto eufemismo.
É véspera de Ano Novo,
e não consigo sentir
o perfume da liberdade,
Versejo como quem
grita aos quatro ventos
sem ser escutada;
E mesmo assim
com esperança
e fé na possibilidade.
É impossível fingir
que não escutei
reivindicações
pela liberdade
dos presos políticos
que mais uma vez
foi procrastinada;
Dói ver gente
que por ela não
estão fazendo nada.
Há sindicalistas,
nove comuneros,
gente campesina,
militares e gente
de todo o jeito,
e vozes resistindo
o quê os corações
não se calam
neste continente
que foi invadido
por radicalismo;
E me espanta que
há quem se assuste
porque conto tontos
e outros fatos
pedindo pela libertação
de todos e do General.
É quase véspera
de Ano Novo,
Três oficiais
e nove civis
estão presos
por decisão
do Tribunal Militar
17 de Controle
pela invasão
do Batalhão 513.
Uns desertaram
para terras brasilis
e ganharam refúgio;
É ao menos o quê
as notícias dizem,
E a poesia se
obriga a rimar
sem subterfúgio
em ares confusos.
Não é segredo
que peço justiça
por mais de
um general que
estão pagando
penas altas demais
que nem deveriam
continuar a pagar,
e nem presos
deveriam estar;
e assim sigo todo
o dia a reclamar.
Por tantos outros
ocorridos e agora
mais este fatídico
sigo escrevendo
para que o tempo
não promova
o esquecimento:
Que além do General
há quase dois anos
injustamente preso,
Há tantos outros
além dele e dos generais
na mesma situação,
Pois há tempos a justiça
vem sendo aplicada
sem nenhuma correção.
Envio poemas
em doses
homeopáticas
para a sua
irrazoabilidade
sacodir
e não te deixar
nem por
um segundo
descansar
até o nó cego
do autoritarismo
você desfazer,
Há muitas baixas
de indígenas
neste continente
para investigar,
E garimpos
para expulsar.
Estamos perto
do Ano Novo,
Houve uma
promessa
por uma mesa
de diálogo
nacional
antes do Natal,
e ela não
foi cumprida:
Não soltaram
a tropa,
o General
e outros tantos
que estão
enterrados em vida;
Em qualquer lugar
quando falta
o diálogo
sempre faz lembrar
da diplomacia da Bolívia.
O General que
está há quase
dois anos preso
injustamente,
É um dos
três Generais
que estão
privados de tudo,
E enterrados vivos
a cada minuto
em Fuerte Tiuna,
Ali após a nove
da noite não
se recebe mais
nenhuma visita.
Dizem que há
um tenente
triste e enfermo
e de Ramo Verde
um Capitão
da GN foragido
saiu correndo,
Se é mesmo
verdade
só Deus sabe,
É preciso se
reconciliar para
dar um basta
neste pesadelo
tão covarde.
E vendo a vida
na vitrine conto
além da captura
do General
em meio de uma
reunião pacífica;
Ele e tantos
ainda esperam
a liberdade cantar
sob a luz do sol
da justiça um
país se pacificar.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp