Poemas Marcantes de Amor
"A lanterna da vida é o olhar, ilumine seus caminhos com a luz da alma, e caminhe em paz olhando as trilhas da vida"
Robson Gomes
"Enquanto a dor afeta os corações desprovido de paz, trago uma mensagem de luz"
Sim temos voz,
Mas... quando é a hora para ela se propagar a periodicidade dos dias com a periculosidade do som.
Sem sombra, só o tom.
A boca hoje será o instrumento de paz,
orquestra de dom.
A lanterna do som que levará ao caminho do amor
Robson Gomes
Eu Sonho
Nos vivemos para ver
Só vemos para acreditar
E acreditando podemos entender
Que o segredo!..
é só pra quem sabe sonhar
Robson Gomes
Sorte
A sorte bate uma vez só na sua porta
Ela sempre vem
Mas existem momentos que não temos a chave para abrir a porta
A sorte não deixa recado
Nem avisará quando volta
Mas quando vier
Esteja preparado para recebê-la
Não de portas abertas, mas com portas fechadas
E com a chave pronta para deixá-la entrar.
Robson Gomes
Diante dessa loucura que muitos chamam de solidão,
Me encontro como um violão sem afinação,
Embora sem perfeito tom, ainda sai algum som.
Por mais louco ou solitario eu seja,
Encontro nisso uma razão feliz pra viver.
Muitos consideram felicidade algo distante da infelicidade.
Assim como muitos consideram felicidade viver em pura infelicidade.
Como sempre é questão de opnião e não me importo com sua opção,
Se te faz feliz, no minimo será bom pra mim.
Não precisamos ter alguém para ser feliz...
Na verdade precisamos mesmo e muito ser de alguém para ser feliz.
Servindo e fazendo bem, sendo bom e causando alegrias a nossa volta, assim encontramos a felicidade, assim amamos o mundo
Um menino encontrou seu parque de diversão, mas ficou com medo de brincar.
Então, pensou se enfrentava ou partia. Fez do seu olhar um novo mundo e que mundo de incerteza, de dúvida, de medo, de insegurança.
Em seu coração estava seguro com o que queria. O problema se deu quando ele percebeu que há muito tempo não havia manutenção (os brinquedos balançavam com o mais simples vento que vinha do horizonte).
A dúvida diretamente cresceu do parque e indiretamente mexeu em seus pensamentos.
Hoje o menino cresceu e não sabe se fez a melhor escolha. O medo de machucar-se foi maior do que a vontade de brincar.
Os ventos mais suaves gritam o lado escuro do nada, que despertam a incerteza e a consequência pode ser nefasta, simplesmente por não viver a verdadeira felicidade dentro do propósito ora estabelecido nos céus.
'CALAFRIOS'
Permaneces aí prostrado,
herói.
Imortal tal qual meus poemas dormentes.
Anacrônico,
fiz setenta semana passada.
Fantasiando abraços,
crenças.
Destinos grisalhos,
sombra molhada...
Estrelas aportam teus fascínios.
Porém,
caem sem que percebamos,
devorando terras prometidas,
paralisadas!
Enérgico,
seguras meros destinos com as mãos.
Impelindo sonhos,
fincando o divã do alvorecer...
És letal,
ainda não sei!
Mas tenho calafrios na espinha dorsal.
E falo de amor usual aos tantos órgãos fatigados.
Recitando canções diurnas,
sou breve poema.
Épico paradisíaco.
Infernal...
'MURO'
Tenho uma casa com algumas janelas. Mas tenho em especial uma janela. É através dessa que observo profundo e genuíno as pequenas e grandes coisas da vida. Sentado ou reclinado, a vista parece imensa. Vejo mares, rios, lagos, grutas. Porém, na maioria das vezes, avisto uma parede de concreto. A parede é mesmo concreta! Já as tantas águas, eu as aprecio, coloco sobreposições para deixar os dias mais insinuantes e deleitáveis. Mas a 'parede', essa é diária. Tenho vontade de derrubá-la, pô-la ao chão. Comer alguns pedaços de tijolos. Esmiuçar o cimento inerente à minha visão limitada. Mas não tenho impulso, tampouco robustez para colocar uma parede tão bem acertada ao chão...
Mas hoje, meu olhar quotidiano divisou uma aprazente neblina e por trás dela, uma nuvem carregando pingos d'águas. As paredes do muro ficaram encharcadas. Pensei: - já que não tenho marretas, talvez um martelo resolva! E assim o fiz. O muro fragilizado, em poucos minutos transformara-se numa grande ruptura e destroços. A partir de então, pude ver através do mesmo que, havia um outro muro a ser quebrado. E levantando mais a visão, compreendi que havia dezenas de muros para serem derrubados. Foi então que cuspi alguns pedaços de tijolos e voltei novamente para minha visão, já embaçada por tantos muros, mas que agora, precisaria de um tsunami para que êxito eu tivesse nas minhas tantas derrubadas...
'SONHOS'
Nas noites veementes,
tenho você p'ra segurar-me à cama,
enroscando caminhos traçados,
novos atalhos...
Tudo será suavizado,
quando ampara-me aos teus braços,,
e as palavras sôfregas flutuarem,
cultivando metáforas...
Sonho letargias à amada invenção,
e tantos outros axiomas.
Descabidos devaneios,
ter-se tempo à uma nova paixão?
Não sei!
Tudo dura tão pouco.
Talvez - crianças roucas,
amores em vão!
Debruço o paisagismo na velha cama acolchoada,
e a alma,
já cansada,
retangular...
Quer imensidão,
Novos amplexos.
Arraigar o concreto.
Despertar...
'ANTES'
Antes,
o olhar cintilante.
Fitava noites sem despedidas.
Tudo trivial como às seis da manhã.
E os infinitos alvoreceres,
invadindo a alma sob a frágil porta fatigada...
Antes,
o corpo navegante.
Velejava as portas do mundo.
Aprendiz colecionando borboletas,
corridas de ruas.
Sem memórias nas mãos...
Hoje,
a vida dissonante,
desencanta sensações de outrora.
Espalha ruídos,
sentimentos perdidos.
Anseia-se banhos de chuvas,
abraços constantes,
areias no mar...
'TENHO FOME'
O café da manhã não compreende tua falta.
E o almoço,
mero esboço,
repulsa desagradável pelos olhos.
Mesa farta,
e tantos outros tormentos...
Olhar irreflexivo por entre a cozinha abarrotada,
limitada a devoções diárias,
exoráveis.
O estômago,
tritura os inacabáveis espectros ao anoitecer,
criando imagens repetidas...
Martírio zumbidos soando canções aprazíveis,
nuvens carregada pelos ventos.
Pássaros sem moradas,
novas melodias.
Sou sentimentos perdidos na sacada,
manhãs intermináveis...
Tenho fome do infinito,
do abraço colorindo a alma em descobertas.
Da voz suave que perfura uma vida nos seus mais imprescindíveis sentidos.
Fome de você,
transitiva,
aniquilando significados vãs...
'LIVROS'
Tenho livros trancados no quarto,
na sombra dos porta-retratos.
Em caixas escuras,
vagando nas ruas,
estrelas sem brilho,
perdido em armários...
Empoados pelo tempo,
a couraça das capas pouco se vê.
Eclodidos,
com meios-escritos.
Engavetados na ânsia de aplausos.
Inaproveitável nos seus mais belos sentidos...
Folheados pelas traças.
Folhas soltas lapidadas.
Sem interlocutores,
ou apercebidos.
Muitos extravios,
como a vida inesperada...
'SOLO'
Levanto o olhar e não avisto as frondosas árvores de outrora.
Apenas máquinas e homens subalternos.
Traçando suas trilhas sob o solo que os sustentam.
Dementes por destruição.
Com suas minas e pás causando tragédia,
catástrofes do homem ambição...
Sopeado por milhares de pessoas,
o cheiro da terra é infértil.
Estampando ser capazes de escolhas,
mas na verdade são apenas traços,
criados por uma cultura inventada e uma Terra transformada,
latente...
Um homem distorcido tenta se formar na tentativa que o equilíbrio retorne,
generoso como antes,
pré-histórico.
Porém,
no asfalto,
esboços brotam calor,
igual a um pedaço do inferno,
que fecunda a cada geração.
O solo já não é o mesmo,
respiramos evolução,
e o bordão são ciclos modificados,
mal arados,
sem deuses para proteção...
SEJA
Seja um pássaro,
Seja livre.
Seja você mesmo,
Seja belo.
Seja a minha luz,
Seja o meu guia.
Seja a minha vida,
Seja o meu amor.
Seja sincero,
Seja Verdadeiro.
Seja o que bem quiser,
Seja livre para escolher.
Seja feliz com que tiver.
Elas sabem o que querem,eles ainda aprendendo.
Que te beije a boca de olhos fechados,
enxergue o teu coração,
antes de tocar tua pele,
te mate com uma verdade,
mas nunca te faça viver na mentira,
te ajude a enxugar os pratos,
e as lagrimas dos olhos caídas,
faça amor sem hora marcada,
na praia, cachoeira ou escada,
que respeite sua sensibilidade,
nas tensões pre-menstrual,
que ele sempre realce,
depois de tempos casada,
ser ainda amada e desejada,
que ande com ela de mãos dadas,
que ele use a aliança no dedo,
e nunca no bolso ou cordão,
ter companheirismo e escutar,
tem seus muitos benefícios,
mas, é só um pequeno aviso,
ser forte nas decisões da vida,
sem deixar de ser amável,
ser o provedor e estrategista,
não esperar o pão passado,
levantar a tampa do vaso,
ter cuidado com as medidas,
ser respeitada e compreendida.
toda mulher tem sua luz própria,
que abrilhanta os nossos dias,
sejam elas as esposas, as mães ou as filhas.
Não adianta tentar curar o coração com relações que não atingem profundamente, onde foram cansadas, atingidas as dores. O coração só se cura com amor. Quanto mais relações superficiais, mais vazio, choro, descontrole emocional, pânico, desnutrição de firmeza! Só o amor cura uma pessoa dolorida.
Na hora das relações divertidas, sem sentimentos mais nobres, a pessoa se sente rei, rainha, vencedor do passado. Mas um dia, dias depois... vazio. Desequilíbrio mental, tristeza, inconstância emocional, melancolia não adiam tempo!
O coração e a alma, só melhoram com outro amor. Prove a todos os que estão lá fora que você é o mais... de todos! Mas prove principalmente a você mesmo, quando estiver sozinho e se perceber, entender, ver. Não chore, não grite, não tenha pânico! Se sinta cheio de sentimentos nobres! Consegue? Ninguém vale mais do que a sua própria serenidade de se achar que é! Fatos alheios não provam sua persona insegura, necessitando de mais e mais.
Então salve o presente! O passado não existe mais, para estarmos grudados nele, ou deixarmos que ele esteja grudado em nós! O amor é o único sentido valente que entra pelos lugares da alma e desobstrui onde a escuridão adoecia!
Ainda bem...
Ainda bem que a dor fica pra trás
Ainda bem que a cicatriz pode fechar
Ainda bem que o novo pode surgir
Ainda bem que a gente pode sorrir
Ainda bem que as lágrimas secam
Ainda bem que outro abraço existe
Ainda bem que a cicatriz fechou
Ainda bem que você chegou
Quero esquecer a dor
Quero não lembrar da cicatriz
Quero esse novo abraço
Quero é ser feliz
Chega devagar
E acaricia meu coração
Pois ele já foi maltratado
E tem medo da desilusão
'DEUS'
Deus é 'interpessoal'.
Arquétipo imprescindível aos homens.
Arquiteto nos jardins privados.
Moldando passagens,
ínfimo na sua pomposa majestade...
Deus é 'gabarito'.
Flutuando com suas respostas.
Ritos e arritmias criando vastos monumentos.
Energia em versos,
sentimentos...
Deus é 'vereda',
inesperado.
Folhas que caem despercebidas.
Terra prometida,
chuvas ácidas...
Deus é 'humanitário',
plantando bondade nos corações dos homens.
E os homens,
com definições patéticas,
criando desaires...
Deus é o 'mundo'!
onde tudo caminha para guerras,
Invólucros homens corruptos,
corações de pedras,
microscópio...
Deus é 'criação dos homens'.
Latifundiário.
Comandando cenários.
Literário quando o assunto é,
salvação...
Deus é 'humano',
sicrano desmedido.
Inevitável no hora da morte,
no amanhecer.
Sublime quando o objeto é remissão...
Deus é 'interior',
pintado nas galerias presumidas.
Sabor imanente,
hermético.
Prognóstico dos homens...
'O RIO SEMPRE CORRE'
Os rios sempre correm,
nos olhos correntezas tropeçam.
Pupilas pequenas,
peixes artificiais.
Puro 'eu' no espectro da cena...
Canoas enferrujadas,
abotoadas no leito caído.
No remanso,
limbo de abelhas,
insetos praguejando tormentos...
Da janela,
carnificinas estilhaçam o peito amarroado.
Sou agora fúlgidos ferimentos,
perdas no espaço,
loucos sentimentos...
Curvas infinitas,
nas ilusões deixadas nas noites.
Rios permearão,
nas pernoites passadoras,
nas auroras de essências deixadas p'ra trás...
Sonho carnes cruas e mera existência,
sequelas jogadas nas ruas.
Sons nas madrugadas digerindo utopias.
Tudo se foi com os ventos,
deveria!
Reflito à montanha calado,
presente gladiador em revoltas,
águas revoltas nas nuvens.
Serei contornos sem inspiração,
ausência de rotas no alvorecer...
