Poemas Mar
Maré -
Quando um dia eu morrer
como os rios ao correr
quero ser espuma do mar;
hei-de ser um Céu estrelado
ser vento desnorteado
que me leve pelo ar.
Quando um dia eu morrer
e alguém por mim sofrer
quero o mar por sepultura;
a maré como um caminho
barco triste, tão sozinho,
que o infinito procura.
Quando um dia eu partir
direi adeus a sorrir
saberei como voltar;
voltarei em dia vão
no rimar da solidão
e na espuma do mar.
Obra Perfeita
Milhares de tão pequenino cristais
Espalhado na areia do mar...
Onde nosso silêncio
cobre o nosso caminhar...
Sol da manhã cheio de energias
para o mar a terra e nós...
Nunca pensei que a fonte
Era o sol dos seus olhos.
E o céu da tua boca
Como libélula livre no ar...
Que balança com ternura e elegância,
és mulher que dança no universo sideral
Da alma minha agora!
Que mistério é esse que dança...
como lobos em bandos na mente.
E a gente tentando apenas se fortalecer.
Procurando reter do amor,
Sem saber do poder e a dor...
Temos medo do apagão da lua?
Somos o medo do escuro do Mar?
É o medo da própria sombra da memória?
Qual seria o pecado inventado por kairós?
Então, qual história?
E quais pensamentos
que nos mantém de pé agora?
Eu sei que a vida é uma senhora
E canta e lava suas roupas
no rio de pedras após a aurora...
Por isso o horizonte é logo ali
Onde mora Deus...
Esse poder superior
cuidando de tudo com louvor...
O amor sem presa e com prosa.
A vida ė como o cristal, se não quebrar...
A sua beleza só é vista e tocada
Se acaso tiver no céu uma faísca de sol.
Uma luz de fė natural
Para realça em nós o brilho
da obra perfeita e original.
Fruta no quintal de todo sabor.
Você é minha dor o amor.
Que tenho a sorte o calor de ter...
E saber que em você me completo.
Eu e tu, tu e nós...
E o resto é só metamorfose...
E de tanto navegar o vento parou
À deriva no mar de sentimentos
O barco reflexivo ponderou,
Há como seguir além, sem o vento?
E não existe reposta pertinente, pobre barco
Sentir é oque te resta, nesse mar estás desolado
Recolha suas velas, fixe-as ao seu mastro
Mande a ela uma mensagem direta, deixe seu recado engarrafado.
A ilha é teu objetivo, reme por esse lado
Não há tempestades que lhe deixará ao acaso,
Navegar com coragem é o teu propósito herdado,
Reme com todas suas forças, chegará onde está com o "x" marcado.
"Os sonhos das pessoas não tem fim"
Perceba pobre barco, esse é o bem em ti encubado,
Não deixes de acreditar, te mostrarei enfim
"Diplomata do mar" é um título bem dado.
“A beira do mar”
— Impetuosa é minha mente, ouvindo as ondas a balançar
— A saudade me transporta para bem longe, a navegar,
— Ás vezes sorrio, noutras, deixo uma lágrima rolar.
— Fito o infinito, que bonito.
— Olho a maré cheia.
— Meus pensamentos viajam em liberdade, cobertos de amor,
— Como ondas que suavemente chegam para beijar àreia.
— O meu Senhor, criou o mundo, escolhendo a melhor cor.
— Na imensidão de todos os horizontes
— Enxergamos a grandiosidade da criação
— Onde todos os muros, onde todas as pontes
— Cabem na palma da Sua mão
— Minhas memórias mergulham em alto mar
— Me trazendo momentos, doutros tempos
— Igual gaivotas pairando no ar
— Olhando as ondas quebrando no mar,
— Vejo que Deus trabalhou a natureza
— Na grandeza da Sua pureza
— Para nos mostrar, que tudo o que importa, é nos amar.
Amor
É o pulsar ardente do toque
Abraço de rostos em suas linhas cativantes
O Navegar do mar de emoções
Vastidão de maresias em sua essência
Somos olhares reluzente de um Porto seguro.
Convite
Segura em minhas mãos
vamos correr nos campos
banhar no mar
saltitar na chuva
matizar o céu
para escrever em mim
contornos relevantes
uma história de amor
com versos de paixão
que contemplam a alma
nos olhos utópicos
da minha existência
@zeni.poeta
Ao som do mar
O vento vem do mar
traz ruídos alternados
minha mente onda
navega no embalo
do grande mar.
Teu azul infinito
adentra em mim
navego no silêncio
sigo a direção do vento
regada de esperança
avante a luz do sol
banhado de perfume
transbordam em meus poros
Infinitudes de amor
@zeni.poeta
Oque é a vida?
mar de rosas,
ou mar de sangue
Clichê ou romântico
choro de mágoa,
ou felicidade arrastada.
Talvez por quem ama,
ou outrem sem importância
Essas coisas
Superficiais e insanas
completamente instantânea
como uma sensação
momentânea.
Violão ou viola,
choro da gaita ou da sanfona.
É assim que vivo,
e assim que me assombra.
Talvez o aflorecer mude minha rosa
talvez as pragas sejam
a melhor ESCOLHA.
Os rios correm e desaguam no mar,
mesmo se mostrando diferentes acabam por ser iguais
por simplesmente correrem para onde todos os outros vão.
Porém, tem um...
Ah, aquele rio...
Aquele rio que insiste em sair do mar,
fazer diferente e desaguar na nascente.
Tem aquele que acredita que na nascente
existe mais felicidade e paz,
mesmo que esse processo seja doloroso e traumático,
no final, tudo servirá para seu renascimento,
onde tudo será mais leve.
Um Pouco de mim -
Minha vida nunca foi um mar de rosas
onde o rio dos meus cansaços pudesse desaguar,
mas sim, um vendaval de ondas furiosas,
onde, no mar alto, só vi sonhos naufragar!
E nunca estive à mesa onde se come,
nunca fui capaz de ter ou dar amor,
nunca fui à cama onde se dorme,
nem senti o balsamo de uma flor!
Que inferno colossal o destino me entregou!
Pobre vagabundo com roupas de jasmim
que alicerça nos poemas a revolta que o gerou ...
E levo aos ombros o peso desse desdém ...
Nos versos d'Alguém, há sempre um pouco de mim,
pois o que sou e não sou, tantos foram também!
Poesia é um poço
Um porto de sonhos
Chegada da aurora
Chegada do dia
Poesia é ser mar
Ser velas e ventos
Remar, rimar
É ser lua
Poesia é ser canto
Mulher nua
Sereia
Versos, areia
É ser poeta
Ser flores
Ser festa
Amar, amar
Amar quem quer
Roubar
Paixão caliente
Mulher de pérolas
Menina moça
Inocente
Escandaliza
Dama, vulgar...
Revelação -
Um pintor pôs numa tela
um lamento por adorno
fez do mar uma aguarela
na pressa de ter retorno.
Um poeta pôs nos versos
a saudade endiabrada
mas o mar secou-lhe os beijos
no frio da madrugada.
Um fadista pôs no canto
a mentira de um amor
mas na voz ficou-lhe o pranto
que fica depois da dor.
Como as ondas que se enrolam
do mar alto até à margem
minhas dores já não pesam
são no mar uma miragem.
POESIA " NOITE FÉRTIL "
Salve fauno lunar
Estrelas do mar
Ondas no porão;
em um lugar sei lá,
Longe da minha razão
Lucidez embriagada
No show da madrugada
Enquanto canta o vento,
Fico eu em meu silêncio
Em admirar ...
Noite atraente que
Mexe com a gente
Que vive carente
De gente excelente
Sapientes em
Nos agradar...
Nilo Deyson Monteiro Pessanha
Nos Quatro cantos desta casa
Quarenta asas de morcego
Quatrocentos medos
Quatro mil olhos de marfim
E a besta fera enfurecida
MASTIGA AS ROSAS NO JARDIM
P'ra lá do mar -
Eu nasci p'ra lá do mar
onde a morte tem lugar
e a vida não se vê;
como a água está na fonte
há em mim um horizonte
cheio de sombras e porquês!
O porquê de eu ser assim
um tormento sem ter fim
uma vida sem Destino;
como um barco sai do cais
e à mercê dos temporais
perde os sonhos no caminho!
O porquê de eu não amar
o porquê de eu só chorar
desde a hora em que nasci;
na viagem que é a vida
fui bailando à deriva
tantas vezes me perdi!
Porque trago este destino
cheio de sombras no caminho
cheio de noites a nascer;
eu vivi p'ra lá do mar
onde a morte tem lugar
e tanta vida há por viver!
Para qual direção seguir?
Para onde estou indo?
Oh meu Deus, porque estamos tão perdidos?
O mar está calmo, a tempestade já se foi.
As horas estão passando, eu me pergunto, para onde vou?
Meus sonhos, minhas inseguranças, tudo mágico, me sinto viva!
O sol vai brilhar, eu só sei que o sol vai brilhar.
Dias sombrios me fortaleceram.
Dias bons me trouxeram energia.
Oh meu Deus, para onde estou indo?
Sinto algo bom, sinto a mágica do universo.
Levante, é hora de acordar!
É hora de ver que a vida é bela.
Vamos viver, vamos sonhar.
Meus sonhos, minhas inseguranças, tudo mágico, estou viva!
Fincada na areia eu patinava o mar que serpenteava a areia que era fincada por mim e se abraçava entre meus dedos dos pés. Andava rumo ao norte e estendia a vista à direita enquanto um ou outro peixe pululava entre as quebras das ondas.
E cruzava eu a areia, o mar, o peixe e um ou outro pescador que lançava a rede ao mar, água até à virilha salgada, ou lançava sua vara, fincado à areia -"Boa noite" -"O que se pesca aqui?".
Olhava acima, pipas serpenteavam o céu que devorava o mar que serpenteava a areia. Não eram pipas, mas morcegos presos à linhas seguradas por crianças que corriam e riam esgoeladamente.
A lua cheia banhava a todos, impassível por ter visto tudo. Vez em quando, o farol amarelo de um avião iniciava sua procura no mar até que suas várias agulhas me encontrassem. Pescadora eu, as cravava em meus olhos e o arrastava mar afora até que pousasse em minha nuca.
Me despedia, sem querer ir, mas sem ter mais o que percorrer, fechando os olhos e erguendo queixo acima. Meia volta: -"Boa noite" -"O que se pesca aqui?".
4 de fevereiro, 2023. Praia em Vitória
A solidão é um vazio profundo
Que envolve o coração com um anzol
É como estar sozinho em um mar de gente
Sem ninguém para segurar a sua mão.
Que nesse mar agitado da vida, a calmaria entre pelas arestas do que, ainda, me resta de esperança.
Que eu me levante nessa manhã cinzenta e fria, que me convida a ficar na cama, imóvel, feito o móvel da sala que ninguém senta para conversar, para falar de amor e paz.
Que nesse instante,eu abra meus olhos para enxergar que as marcas que carrego em mim,são de vitória e que eu já venci.
Nildinha Freitas
Deito meu olhar sobre o mar,
no instante em que a onda
mansamente toca meus pés,
trazendo vontades
não sei de onde,
nem de quê.
Ternas lembranças me percorrem
e um riso incerto voa,
saudoso das asas poéticas Pessoais
do mar salgado de Portugal.
Sou ungido
das tuas águas,
ó mar!
Sinto-me doce
ante teu sal.
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