Poemas Góticos
Da calma e do silêncio
Quando eu morder
a palavra,
por favor,
não me apressem,
quero mascar,
rasgar entre os dentes,
a pele, os ossos, o tutano
do verbo,
para assim versejar
o âmago das coisas.
Quando meu olhar
se perder no nada,
por favor,
não me despertem,
quero reter,
no adentro da íris,
a menor sombra,
do ínfimo movimento.
Quando meus pés
abrandarem na marcha,
por favor,
não me forcem.
Caminhar para quê?
Deixem-me quedar,
deixem-me quieta,
na aparente inércia.
Nem todo viandante
anda estradas,
há mundos submersos,
que só o silêncio
da poesia penetra.
Sebastian: vc ta quente num momento e fria no outro. Eu não entendo.
*silencio*
Anette: vc quer saber pq sou assim?
Sebastian: quero sim. pq?
Anette: pq eu não confio em mim mesma quando estou com vc!
Orações Escritas
Entre a Essência e o Silêncio
Em minhas orações, não consigo Te pedir muita coisa que não seja pela minha essência, minha alma e meu caráter.
Sei lá… às vezes acho que não sou merecedora; que pedir pode ser abuso ou atrevimento.
Que no meu quase nada há tanto, que mesmo em meio às minhas necessidades, eu vejo que muito eu tenho — e Te louvo e agradeço.
Eu olho o mundo à minha volta e percebo muitos com tão menos, com quase nada.
Digo isso de forma material, espiritual e até na saúde física.
Mas as minhas dores são invisíveis.
Tenho até vergonha de necessitar ou pedir algo diante da realidade do mundo.
Vivo esse conflito dentro de mim, onde a razão quer sufocar as minhas dores.
Ah, Deus, eu já pedi tanto para ser invisível.
Para que me desviasse dos olhos maus, dos caminhos tortos e das línguas maléficas.
E, de certa forma, tenho me tornado invisível de fato.
As dores da alma não sangram, não têm odor, não podem ser tratadas com curativos.
Por isso são machucadas e reabertas diariamente — como aquele dedinho do pé que, uma vez ferido, tudo parece afetá-lo novamente.
E quem pode dizer que essa dor não é real?
Só porque não é visível, não deixa de existir.
Meditação é a jornada do som para o silêncio, do
movimento para a calmaria, de uma identidade
limitada para um espaço sem limites.
Abra a porta,
entre em silêncio,
de mansinho,com jeitinho,
deita no seu cantinho,
me dê carinho,
e me faz um chameguinho,
Só não me acorde,
Meus melhores sonhos são aqueles que posso tê lo comigo.
O silêncio ajuda, mas você não precisa dele para encontrar a calma. Mesmo se houver barulho por perto, você pode perceber a calma por baixo do ruído, do espaço em que surge o ruído. Esse é o espaço interior da percepção pura, da própria consciência.
Você pode se dar conta dessa percepção como um pano de fundo para tudo o que seus sentidos apreendem, para todos os seus pensamentos.Dar-se conta da percepção é o início da calma interior.
Sou do tamanho do que me convém...
Se me convém permanecer em silêncio, eu ignoro!
Se me convém falar "na lata", eu "solto o verbo"!
Se me convém esquecer, eu queimo croquis!
Se me convém perdoar, eu abro os braços!
Se me convém ajudar, eu me faço ponte!
Se me convém o sarcasmo, eu afio minha língua!
Se me convém contrariar, eu sinto razão!
Se me convém seguir um conselho, eu ramifico humildade!
A única pessoa capaz de saber o que realmente me convém, SOU EU!
Porque hipocrisía...Bom! Isso eu deixo para quem se convém de mediocridade.
O amor Trivial
O que sufoca é o silêncio de tudo que não foi dito, são aquelas conversas sem nenhum preâmbulo, explicação, ou definição, onde nosso coração grita, mas nossa mente teima no faz de conta de não querer escutar... e tudo que prevalece é a ausência de um fim, e permanência daquele espaço oculto indistinto, onde as palavras não atingem seu real objetivo.
Definir o indefinivél certamente não é algo fácil, mas permanecer com estas amarras invisíveis, lascivamente dolorosas, é como percorrer tentando buscar o equilíbrio estando nas margens entre caos e o paraíso.
Estarei a beira de minha demência? Pois mesmo sendo algoz, me perco no alento e não me permito sucumbir aos anseios! E lhe digo sim, mesmo assim eu gostaria de mais doses elevadas diárias de ti, e um pouco de tudo, e de todo aquele pouco que me pertencia. Quero de volta aquele seu olhar desconcertante e do desperdício deste vício que rege e consome meus instintos.
Não é digno dizer eu te amo, sem realmente amar, e percebo que muitas vezes faltou-me a tal dignidade, não pelo não amar, mas pelo amor na visão de um olhar qual apenas eu poderia enxergar, nesta altura da vida me observo quão egoísta fui e somos.
Mas acredito que ainda prefiro o egoismo ào descuido de um amor, aquele tipo de gente que se empolga, e empolga, lança sobre ti todos os efeitos e defeitos dos artefugios da boa e velha arte da conquista, mas quando atinge seu ápice o alge visceral de um platônico terreno, alça âncoras e segue mar afora em busca de outros "amores", "novas paixões"transformando sentimentos num mero parque de diversão, onde apenas uma única pessoa se diverte, e verbalizando a coisa, isso se resume ao velho e infimo amor trivial.
Rê Pinheiro
Platônico
Nunca se falaram,
nunca se tocaram,
ela o amava em silêncio,
ele nem desconfiava,
aliás,nunca notou,
mas um dia,
por um acaso ou destino,
ficaram a sós,
as palavras fugiram de sua boca,
ele a fitava,
seus lábios sugavam um ao outro como imãs quando se encontram,
ela sabia que aquilo era circunstancial,
Aconteceu de repente não tinha explicação,
infelizmente era um sonho,
e se acabou do mesmo jeito que começou,
de repente sem deixar nenhum sinal.
O silêncio no olhar de uma criança,
o perfume na simplicidade da flor,
o conforto no calor do abraço,
o recado no valor do sorriso,
o alívio no frescor da brisa,
a segurança na palavra amiga;
tudo me leva a crer: sou mesmo um pobre.
Voce sabe...
Entendo de perdas, da impotência ao ver o sonho ruir.
Choro em silêncio...
Alma ferida pela dor , de não ter tocado .
Despi-me de qualquer preconceito, joguei fora medos...
Só pra te ver caminhar pra mim...
Era só o que queria...
Aquele fio condutor que me levasse ou que te trouxesse ,
e me prendesses nos teus braços.
Queria a tua boca , tua mão na minha , teus beijos...
O eco dos teus passos...
Te dar meu colo, ter-te em mim, horas sem fim...
Amar com o corpo, com o pensamento , amar sem reservas.
Apenas e somente Amar.
Hoje...
Voce sabe...
A falta de você me rouba o ar.
As palavras já não fazem sentido.
No limite de cada uma delas estico as frases , e quando ultrapassa o limite, elas flutuam , como se misturadas em sentimentos, virassem poema.
Noites vazias... toques sem respostas...
Silêncios distantes e amargos.
As horas são nuvens que se desfazem ao menor vento...
Os sentimentos estão aqui , escondidos...
E como se fosse do meu sentir, a epiderme , tudo isso feriu meu coração.
Hoje vai ser assim...
A música é o silencio , a quietude,
nada mais.
Olhar que Ecoa no Tempo
A fotografia é o silêncio que fala do tempo, congelando o que escapa ao olhar e preservando o que a memória se recusa a perder. Um olhar que ecoa no tempo, ressoando o passado e eternizando o presente.
Mas eu queria que você soubesse que os risos que eu dou em meio ao nosso silêncio, é a alegria de estar com você sem saber ao certo o que há entre nós. eu queria mas querer não é poder, então eu escrevo esperando que um dia eu possa tomar coragem e dizer que talvez eu ame você. E quando eu dizer O meu “Eu te amo” não vão ser apenas três palavras que estão no dicionário de língua portuguesa.
O meu “Eu”, não é apenas a primeira pessoa do singular. É a que sempre estará com você, até o fim.
O meu “Te”, não é a apenas um pronome pessoal. É o começo de uma nova frase: “TE darei o meu melhor sempre.”
O meu “Amo” não é apenas o verbo amar conjugado. É o que eu falo para todo mundo quando me perguntam o que eu sinto por você: “Eu TE AMO.”.
O Silêncio Que Fala
Existe algo divino nas palavras silenciosas que habitam a fala do olhar.
Um idioma que não se aprende nos livros, mas no sentir.
É preciso que haja um acordo sutil entre quem vê e quem transmite,
um pacto invisível onde a verdade não pode se esconder.
Assim como moldamos nossa fala e afiamos nossa escrita,
deveríamos ter em mãos a cartilha da linguagem das almas: o olhar.
Olhar que acolhe, que desnuda, que grita em silêncio.
Há olhares que embalam, há os que ferem,
há os que são porto seguro, e os que são tempestade.
Alguns são abismos, outros, pontes.
Mas poucos sabem realmente escutar o que os olhos dizem.
Poucos compreendem que, antes da palavra,
foi o olhar que desenhou o primeiro poema do mundo.
As vezes o nosso coração fica agitado.
Mas Deus chega e faz silêncio, não para nos desesperar, mas para nos acalmar, é para que possamos ouvir a sua voz e sentir o seu amor.
Deus é poderoso, chega para acalmar a tempestade, parar os ventos e nos fazer aquietar, para que possamos descansar
enquanto Ele trabalha ao nosso favor.
O SILÊNCIO
O mundo, às vezes, fica-me tão insignificativo
Como um filme que houvesse perdido de repente o som.
Vejo homens, mulheres: peixes abrindo e fechando a boca
[num aquário
Ou multidões: macacos pula-pulando nas arquibancadas dos
[estádios...
Mas o mais triste é essa tristeza toda colorida dos carnavais
Como a maquilagem das velhas prostitutas fazendo trottoir.
Ás vezes eu penso que já fui um dia um rei, imóvel no seu
[palanque,
Obrigado a ficar olhando
Intermináveis desfiles, torneios, procissões, tudo isso...
Oh! decididamente o meu reino não é deste mundo!
Nem do outro...
Amo-te....
sou a tua mulher, amante..amiga
nas noites quentes e frias....
na dor, no silêncio, no campo..
no jardim, na vida, no prazer..
na serra, na montanha, na cama.!!!
Deixa que eu te ame em silêncio
Não pergunte, não se explique, deixe
que nossas línguas se toquem, e as bocas
e a pele
falem seus líquidos desejos.
Deixa que eu te ame sem palavras
a não ser aquelas que na lembrança ficarão
pulsando para sempre
como se o amor e a vida
fosse um discurso
de impronunciáveis emoções.
Um olhar fixo no horizonte(...)
um pensamento em constante
oscilação(...) revela no silêncio
a saudade de voar até o passado(...)
e trazer para dentro de mim a
esperança, de reencontrar o que
ficou perdido no tempo(...)
O silêncio pode parecer leve, mas carrega o peso de tudo o que não foi dito.
Ele corrói por dentro, como se cada palavra engolida se transformasse em pedra,
ocupando espaços que antes eram respiro.
Calar nem sempre é escolha de paz — às vezes é medo,
às vezes é proteção,
ou apenas o cansaço de saber que falar não mudará nada.
Mas existe um preço.
E ele é alto.
O preço é ver a própria voz se apagar,
o coração perder a coragem de gritar,
a alma se acostumar a viver escondida.
E, quando se percebe, já não é só silêncio —
é ausência.
