Poemas famosos de Loucura
Nunca fui daquelas que fazem sentido.
Vejo um horizonte que poucos enxergam, tenho motivos que muitos não compreendem, o meu normal é loucura para muitos.
Passo mas não permaneço, estou mas já fui. Nunca paro!
Sempre em busca, em busca de encontrar verdadeira essência em meio a humanidade programada e robotizada.
Estamos vivendo ou funcionando?!
Caminhos leves me trouxe até àquela manhã.
A brisa que batia me convidava para um passeio, não neguei seu chamado, fui impassivo e me rendi.
A coragem e loucura realmente andam lado a lado.
Que eu nunca deixe de ter coragem de ir atrás desse chamado, pois a loucura mesmo seria ter recusado!
UM ARTISTA
Eu acho lindo a arte do diálogo, conseguir dialogar não é apenas uma habilidade, é um dom.
Aquele que tem o talento de persuadir através de palavras, é como um pizzaiolo, sabe sovar e manusear a massa da pizza para que ela não fique muito fina ou muito expressa.
Van Gogh só se tornou Van Gogh por que conseguiu colocar sua loucura em uma tela através de tintas.
Eu coloco minha loucura em poemas, o que não me distância de Van Gogh, a arte é relativa. Interpretamos a arte através de nossa percepção e julgamento, se eu colocar uma cadeira em um museu de arte, milhares de pessoas que olharem para essa cadeira terão uma interpretação diferente.
Ou seja, mesmo que pareça ser apenas uma cadeira, assim que alguém julga-lá, ela se tornará arte.
Minha alma escuta
No ritmo surfo
No som me solto
Meu coração acompanha
cada compasso
e cada vibração desperta uma emoção
Que percorre de um braço ao outro
Como um choque eletrico
Cada atómo meu deseja mais
Uma festa interna
Que vaga pela terra
A cada pessoa
que se entrega
Louca
Dizem que era louca
que caminhava descalça e falava sozinha,
que, por vezes, gritava e deixava de comer,
que se esquecia de si mesma...
Dizem que passou pela vida dividida
entre quem descobriu algo e esqueceu
e ficou presa na amargura das perdas,
com o coração em sobressalto no peito
pelas fragilidades da vida.
Louca, talvez! Mas o que será a normalidade?
Vivermos sem consciência de de que nada temos
a não ser a perceção de nós próprios,
lemo-nos no que nos rodeia, no outro,
e o que saberemos do que realmente somos?
Passamos pela vida como um grão de areia
que o vento transporta para a imensidão,
que ao sabor da maré oscila rumo ao indefinido
consigo próprio que é o único que pode realmente levar,
o resto são memórias, abraços, sorrisos,
Sentimentos dispersos
que agora correm nas veias daqueles que nos recordam
Dizem que era louca por sentir de mais
por amar toda a vida o mar num olhar,
por amar um beijo sincero e cintilante
por amar um primeiro sorriso e uma primeira palavra,
por amar o silêncio...
Dizem que era louca,
podia ser,
mas foi uma louca que
amou e que se deu,
uma louca que simplesmente
na sombra da vida
desapareceu...
Minha luta é dura...
Olhos cansados por verem a terra que não muda...
Porque o melhor de meu mal está todo no cuidado...
Do que foi-me tomado...
E a noite que se avizinha...
Mostrando-me a face obscura...
Faz-me juras...
Mordendo o fruto das manhãs proibidas...
Um sossego como se nada existisse....
Assim o tempo escoa...
Me perco a pensar o que isto significa...
Que importa!
Ninguém sabe...
Dá-me um estranho ar de loucura...
Um vazio...
Inesgotável procura...
Mistério mais audaz da minha vida...
Em que todos os venenos estão contados...
Meu prêmio e meu castigo...
Anseio delirante...
De intensa saudade...
Que tanto sinto...
Ah...
Ilusão sombria...
Amor sem fruto...
Do pensar na vida...
Fuga perpétua...
Despedaçar...
Emendar...
A pressa contida...
Só para mim, que vou comigo...
Quero nesta noite...
E nas noites vizinhas...
Que enfim as estrelas...
Dêem-me suas graças infindas...
E assim...
Deixando de ser tão escura...
Já não me pesem...
O cansaço de meu olhar...
Sob juras...
Sandro Paschoal Nogueira
Sou teus versos imperfeitos
Sem rimas, sem prosas...
Sou veneno na tua boca
Louca
Faltam poesias
Sou abraços de quem não ama
Brincadeira sem graça
Riso sem tom
Sem paixão
Música não tocada
Beijos sem batom !
Sou mentira nas tuas verdades...
Louca, perdida...
Sou teu mar sem ondas, sem rios...
Tua flor sem cheiro
Pétalas amassadas
Águas derramadas
Sou o que não quer
Não tem...
Sou tua loucura curada
marcas cicatrizadas
Fera domada
Não amada
Sou tua...
Lembrança esquecida
Saudade não doída
Passada...passei !
Arranca de mim esse vicio
Joga fora
Manda embora essa doideira
Louca, doente...
Esconde no poço
Porão,
Qualquer lugar
Canto
Mas arranca de mim essa maluquez
Maluca,
Tira de mim essa loucura
Me cura
De te querer...
Querer teus olhos
Querer tuas mãos !
20/01/2018
Somos faca de dois gumes.
Mistério cravejado de sedução.
Desejo transitando livre,
Entre a loucura e a paixão.
É exuberante a tua formosura,
nas curvas do teu corpo,
um trajeto sem volta,
aceleraras os batimentos
do meu coração,
és uma tentadora loucura,
uma mulher maravilhosa,
digna da minha apreciação.
É notório o ardor da tua essência,
pois a tua beleza é avassaladora,
tens um olhar impetuoso
que reflete o amor ardente
que aquece todo o teu corpo
e deixa o teu jeito
serbastente sedutor
com um pouco de doçura,
dessarte, uma mulher de muita vitalidade, uma dosagem excitante
de sanidade e loucura
capaz de tirar da monotonia da realidade
e fazer da vida, uma emocionante aventura.
DESCOBRI
Descobri que uma das coisas que mais gosto de fazer nesta vida é escrever. Mesmo que o que escrevo seja desordenado e desalinhado para uns, uma loucura ou uma idiotice para outros. Que as frases sejam sem nexo e sem uma direção certa. Não importa. Só sei que escrever me alimenta. Alimenta e relaxa meu coração poético.
Queria escrever algo banal, tranquilo que apenas me levasse a fugir deste corre-corre da vida. Não sei o que eu quero com isso. Talvez atingir o cume da montanha mais alta. Não sei.
Talvez me perguntem, por que a montanha? Talvez pudesse ser a mata, ou o deserto, ou o mar, quem sabe o céu. O que importa quando não sabemos se a direção é certa ou incerta como o tempo?
Escrever atinge o ilimitado. É como a vida, ilimitada, sem uma coordenação. Quero atingir todos os limites, o cume, o ápice, a adrenalina constante.
Estou ainda tentando escrever algo sereno, algo que deixasse um pouco de lado meu apogeu. Mas não encontro. Na verdade nem quero encontrar, quero continuar buscando cada vez mais.
A outra coisa que gosto de fazer é amar. Amar quer dizer algo? Amar nunca foi algo. Amar é tudo. Eu gosto de amar as pessoas, amar me deixa feliz. Saber que as pessoas estão felizes me deixa extremamente feliz.
Meu instinto de mulher quando amo fica tão estável que eu poderia descrever detalhes que talvez inundasse esta pagina com palavras de amor...mas o que importa isso tudo se ninguém se importa mais com o amor.
Amar é tão vasto que eu poderia me perder amando. Escrever e amar são uma junção que combinam. Em meus versos escrevo amando sem uma noção certa do que quero deixar na página, apenas amo escrevendo e escrevo amando.
UM PONTO
Tudo, aliás, é um ponto.
Um ponto incerto.
Um ponto sem nó.
Um ponto de interrogação.
Um nó atravessado.
Uma incerteza dentro da outra.
Uma exclamação.
A vida
A morte
Meu norte
Meu nada
Meu tudo
Verticalizado
Nas ruas desertas.
Assim, aliás, é o meu mundo,
Enigmatizado,
Energizado,
Sem uma pretensão,
Apenas uma razão
E uma loucura.
E aquele senhor poeta
Que anda bêbado na rua,
(...) Contenta-se com tão pouco
Porque diz, bêbado e rouco
Que os seus poemas de louco
Poderão salvar o mundo!
O que eu não faria pra esse amor vencer?
Que louco eu seria de perder você?
Sem o seu carinho eu não sou ninguém
Você me faz tão bem, você me faz tão bem
Enquanto possível respirar,
E houver ainda dia após dia,
Se ocupa Ela em maestrar
Das maravilhas, a sinfonia.
Tudo há de transpassar,
Dentro Dela assim o falo,
O mais longo intervalo
Entre choro e despensar.
Nas mãos do tempo perdura
Pressa em mandá-La embora,
Ou devanesceriam, em nada.
De padecer, é então hora
Sob Sua efêmera jornada.
O fim da minha loucura.
PENSAMENTOS
No pensamento um desejo
No desejo uma aventura
Na aventura uma paixão
Na paixão uma loucura
Na loucura uma esperança
Na esperança uma vida
Na vida a felicidade
Na felicidade um amor
E o amor...
É você
Bipolaridade? Metamorfose!
Fases? Crescente, minguante, revigorante!
Enxaqueca? Que nada, apenas paranóias, ilusões e lembranças!
Expectativa? Big-bang, meteoritos, canabis, inigualáveis madrugadas , aromas, sabores, amores, vida prática, clichês, momentos, anestesias, sol, positividade, mar!! Mar, oh mar....Uma pitada de sal, água, imensidão, lodo, desprezo, mar!! oh mar..
Essa tal liberdade
Seria uma utópica verdade?
Com a razão e emoção condicionada
Estaria a liberdade acorrentada?
Parece uma verdade abstrata
Mas só a loucura é sensata
Ó sonhador louco d'outrora
Teus sonhos lindos onde estão?!
(...)
Vi-te partir... e vejo agora
Um morto erguido dum caixão!
Você já teve aquela sensação de “era isso que eu precisava ouvir hoje”?
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