Poemas e Poesias
A poesia definitivamente é:
Sentir, naturalmente, o perfume da degustação sonora vista no tato.
Ah! E o contrário disso também é!
Arqueólogo
O poema é um buraco que sempre existiu
Uma caverna escura na mata fechada
O poeta curioso de cara assustada
Apenas entra e escreve o que viu
poemas e pássaros
nos levam a liberdade
de pensar
de olhar
de agir
de sentir
de falar
de extravasar
de crescer
de sorrir
de viver
de morrer
quando dizem que éramos bons
porém não éramos livres
mais aprisionados do que se
estivéssemos em prisões
ou gaiolas
presos ao medo
e às opiniões alheias
então bato minhas asas
e voo pra outro lugar
onde me caiba
onde me queiram
onde me permito
onde me sinto
onde me aceito
onde me ajeito
onde acho tudo perfeito!!!
POETERNIZAR
A poesia insiste diante de nós.
De tão apressados, não a vemos;
de tão racionais, não a sentimos;
de tão pesados, não a carregamos.
Mas o poeta consegue percebê-la.
Ele é o porta-voz dos sentimentos.
É quem caminha na direção inexata,
marcando encontro com a inspiração,
sem lugar determinado ou definido.
Versar-se ofegante do verbo sentir.
Oxigênio, hidrogênio, nitrogênio;
o poeta também inspira tudo isso,
mas expira o “oxi”, o “hidro” e o “nitro”...
e suspira o “gênio” ao escrever poesia.
Que seria do papel, não fosse o poeta?
Ninguém torna-se poeta; revela-se.
Não se apresenta e nem se aposenta.
Assim, nasce poeta, vive poeta,
até chegar o derradeiro dia,
em que rende-se de vez à poesia!
Um amor me pediu um poema
Poema eu não sei escrever
O que poderia colocar em uma folha
Eu prefiro te dizer
O amor não é escrito
O amor é sentimento
Se eu colocar em folhas
Vamos ter desmatamento
Para o amor não existe vírgula
O amor não tem final
Se você me der uma chance
Te farei um recital
Te mostrando o meu amor
Que não tem ponto final
Poema:
Transeunte na estrada.
"Transcorrida a estrada
Que te deixara sem chão,
Sobram lembranças sublimes
Da lograda transposição.
Quando as dores de outrora,
Demasiadas vívidas,
Tornam-se meras histórias
De estações sofridas.
Quando o inquirir absorto,
De angústias vertigem,
Ventem-se no sonido incalto
De adobas que infringem.
Transpassado a tormenta
Do arquejar sombrio,
Sobram somente esperança
Do ulterior brio." A resposta tristeza,
O calar relutante;
Cambia a nota lúgubre
Em fervor radiante.
O Chorar é lutar;
O Errar é crescer;
O tombar vacilante, sem esmorecer,
É canção retumbante de quem sabe viver.
Nenhuma poesia é rala,
rala é a mente que
ao ler não absorve
a imensa paz que dela irradia
ou o sentimento maior,
o amor que em todos os versos
faz em entrelinhas ou não
a sua excelsa moradia
Poesia
Poesia é esse sentimento
lindo...
É esse desejo menino que
correndo em minha pele faz folia
em meu coração...
É borboleta valsando entre um
soneto e outro...
É a voz do meu amor nas notas
dessa canção...
Poesia é teu sorriso criança...
É puro êxtase...
É paixão!
Intitulável
Resolvo criar um poema
Talvez resolva meu impasse
De pensamento a dilema
Não quis que nisso você se tornasse
Paramos, assim, do modo que começamos
Um sopro, um vento no ocaso
Incrédula ao que passamos
Quem pode explicar o acaso?
Cardinal, contato carnal
Pondero as proporções
Por quê de casual
Passou para turbilhões
E toda a gama de clichês
Com o fito de um poema e só?
Secundário é o que você quer dizer
Às coisas que viraram pó.
" O poeta diante do amor
faz poesia
diante da dor
tece ironia
e vive
como se a felicidade estivesse logo ali
mesmo sabendo que não está...
" Poesia não faz amor
fala de bem me quer
por isso quando se diz poeta
tanto faz ser homem ou mulher...
Poesia
são nuvens que moldamos
com escritos do imaginário.
A projeção no céu
em sol ou lua
ora inocente ora o que
a gente sente.
Quando a poesia habitava em mim > Eu, o rouxinol e a velha laranjeira
(...) Foi quando morei na casa do pé de laranjeira.
Onde em seus galhos um rouxinol cantava tímido e melancólico
À noite, a lua entrava lenta e cuidadosamente através da janela de ferro,
E como se compadecesse de mim, acariciava minha face com o seu brilho prateado.
Compartilhando um pouco da luz do sol que dele recebera
Ouvia - se musica no ar da noite,
Eu agarrava - me as suas notas,
E com um pouco te tinta num papel às materializava em poesia,
Uma sinfonia que só a laranjeira e eu podíamos ouvir... Ela dançava e eu voava.
Nesse momento já não era mais o rouxinol que cantava, mas acredito que repousado a cochilar nos galhos daquela velha laranjeira, ele também podia ouvir aquela música no ar.
Eu preciso
de uma ideia
para escrever
este poema,
pergunto por aí
mas ninguém tem um
boa ideia sobre o que
escrever,
escrevá sobre mulheres,
já está utrapassado para mim, respondo.
então escreva sobre amor,
já não cabe mais em mim, respondo.
então, jesus, escreva sobre o que
você quiser,
mas pelos diabos!
não escrevo por você.
Sopro poético
Sinto-me viva, respirando, ou melhor,
poesiando...
aprendi a poesiar de forma ofegante, enchendo bem os pulmões, sentido a vida a cada instante.
Espero que o poesiar não cesse, pois como viveria? sem respirar poesias.
- Ah! morreria.
Ainda vida tenho, por poesiar todos os dias,
acredito na esperança tímida,
nos dias sorridentes,
no brilho incandescente,
no meu olhar de adolescente,
que não se cansa de poesiar...
poesiar, poesiar, amar...
E assim,
poesiando, em um único sopro,
espalho amor
pelo ar.
Do nada ao tudo
Somos vidas citadas em poesias.
Somos dore citados por amores.
Somos ilusões constituídos por realidade.
Somos o nada constituídos pelo tudo.
Somos números multiplicados por zero, por masque sejamos números diferentes seremos de um final de zero.
A única forma de haver beleza na tristeza é se transformada em poesia.
A poesia tem esse direito e seus afagos não tem fim...
A tristeza pode ser inspiradora, mas que se vá!
Poesia
Palavras que dançam,
De um olhar fascinante,
Pela escrita se jogo,
Na arte de escrever...
De trazer admiração,
Inspirar o silêncio,
De versos e palavras.
Amo a composição das letras,
Finalizadas em poesia.
Kaike Machado.
Teu Poema.
O que precisamos na vida da gente?
Talvez desejemos apenas
Aquelas coisas, que ... de tão bobas
Tão boas e tão pequenas
A gente nem as veja
Como gostar de estar onde estamos
Poder ser só quem se é
E mesmo que não se seja
Quem a gente queria ser
Ser para alguém, Inexplicavelmente
Aquele que ela quer que a gente seja...é só
Pois é só assim que sabemos
Que nunca estaremos sós
A alma sobrevoa, pra além da nascente
Do majestoso rio que voa
Precisamos, de verdade
Dessas coisas imprecisas
Que não se pode dizer
E que, às vezes, não se enxerga quando as tem
Mas que ficam pra eternidade
Pois é disso que se precisa
E é sobre isso que a vida versa
Sentir-se feliz
Numa boa tarde de chuva
Companhia, conversa
Palavras concisas, apesar de poucas
Molhar-se de alegria
Olhar-se de manhã
E também olhar-se igual no fim do dia
Olhar com cara de quem confia
Sem saber porquê confia
Apenas acreditar
Que essas coisas tão boas
Apesar de bobas e tão pequenas
Serão para sempre genuínas
Jamais haverão de nos deixar
E assim
Teu poema termina.
Edson Ricardo Paiva.
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