Poemas e Poesias

⁠A calorosa esperança,
enfim ressurge,
Proporcionando à vida
tua ascensão.

⁠Antigamente serei assim

Sou um poeta
destes antigões
que bebem muito
e escrevem pouco
destes que, sem querer,
romantizam tudo
e fazem do amor um sufoco.

⁠Em auto-preservação,
Só existe consciência
Ao superar o que é desigual.

⁠Podendo a escuridão
Libertar as sombras,
Talvez o clarão seja um golpe fatal.

⁠A crença que guia
É a mesma que cega,
A água que hidrata
Enfim nos afoga,

⁠O calor que aquece
É o mesmo que queima,
A tolice dos sonhos
É o que nos empolga.

⁠Erro e acerto,
Compõe, estrutura,
Ausência e presença
Vêm em demasia.

⁠O grito ensurdece,
A pressão nos desmaia,
Repressão endurece,
Rebeldia se espalha.

⁠As nuvens ocultam
O céu que não vemos,
Milagres renovam
A fé que não temos.

⁠E o facho ofuscante
Que tão bem nos seduz,
Clama por breu desejando um final.

⁠Eclipse Vital

Em tempos obscuros,
Lembre-se que todo Eclipse
Antecede a Luz.

Na perseguição irrefreável,
Que atribua à vida
Um sentido real.

Dos elementos inseguros,
Extraímos a essência
Que o medo traduz.

Em auto-preservação,
Só existe consciência
Ao superar o que é desigual.

A inutilidade do saber,
Quando a coragem sincera
Não o conduz.

Podendo a escuridão
Libertar as sombras,
Talvez o clarão seja um golpe fatal.

A crença que guia
É a mesma que cega,
A água que hidrata
Enfim nos afoga,

O calor que aquece
É o mesmo que queima,
A tolice dos sonhos
É o que nos empolga.

A intensidade
Define a loucura,
É o que aproxima
E nos distancia,

Erro e acerto,
Compõe, estrutura,
Ausência e presença
Vêm em demasia.

O grito ensurdece,
A pressão nos desmaia,
Repressão endurece,
Rebeldia se espalha.

As nuvens ocultam
O céu que não vemos,
Milagres renovam
A fé que não temos.

E o facho ofuscante
Que tão bem nos seduz,
Clama por breu desejando um final.

Todo Eclipse antecede a Luz,
Com a extensão gloriosa
Do Eclipse Vital.

(Michel F.M. - Pairar Incansável da Fênix Sublime) ©

⁠⁠Carta para Antônia.

A princípio quero falar das saudades, das falas que nunca dissemos uma a outra, dos afagos, do colo que tento lembrar o calor, da sensação do seu toque... É absurdamente incrível o que uma filha pode ter em relação a sua mãe. É o elo, vínculo indissolúvel, esse feito de infinitos, das sensações que transbordam.

Mãe, na realidade me foi pedido um texto com dados e informações suas, mas, olhando por esse prisma vi que os mesmos, dados e informações são datados, e não tenho nenhuma data que me leve a esse conjunto, vi aqui a oportunidade de algo mais intenso, denso... Vou agora junto com nossas lembranças construir essa carta.

Sim, você foi uma mulher muito especial, visto que carrego muito do bem que sempre te fez ser quem foi. Antônia, minha mãe, uma amiga minha que há muitos anos não a vejo. Pessoa totalmente banhada de humildade, bondade, sensibilidade... Haja adjetivos para fazer um conjunto de informações. Por isso, estou escrevendo com o intuito de resgatar o que nos foi negado nessa vida, com a esperança de que essa carta chegue até você, que atravesse todos os espaços que desconheço nesse universo divino. Que fique aqui registrado que eu, sua filha Maria te escrevo e te descrevo como a saudade do amor que Sinto aqui dentro, que uma da mais bela mulher que faz parte da minha vida se chama :Antônia E que eu te amo muito.

P. S: Nessa dimensão de espaço e espírito, que a permissão divina te entregue essa carta.

⁠Afeto

Um socorro as vezes vem de um olhar
Esses que as vezes passa despercebido
Porque na verdade sabemos
Que somos incompreendidos
Quantas alegrias, quantas prosas boas
Existe nesse ser celestial
Um enviado e filho de Deus
Que nós ensina o bem e o mal
A sinceridade, o gesto afável
A inocência de uma criança
Se existem bondade no mundo
E neles que estão a esperança
Cada um tem sua particularidade
Mais todos só querem compaixão
E quem sabe um dia
Ganhar um pouco do afeto do seu coração.

Aforismo do caminho.
⁠§

Apresenta-se,
a trilha verdejante
Segue-se,
Um plantio de rosas
o tempo da fertilidade
é poesia
§

Poemas leves
Sobre o tempo
poemas longos
sobre o vinho
§

E de que vale
Essas singelas palavras?
Sem os aforismos
Do seu caminho?
§
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⁠Sob o manto estrelado, nossa história se entrelaça,
Como pinceladas de Van Gogh, em uma tela em que tudo se abraça.
Embora o tempo seja breve, nosso amor é um jardim em flor,
Pois em ti, meu amado, encontrei a essência do amor.

Nossos dias são jovens, nossas noites ainda são crianças,
Mas em teus braços, encontro a paz que acalma minhas ânsias.
Embora nos conheçamos a pouco tempo, és tudo para mim,
Meu homem, minha inspiração, meu sonho sem fim.

Como as cores vivas em uma paisagem do campo,
Teu sorriso ilumina meu ser, torna tudo mais amplo e amplo.
Em teus olhos, encontro o reflexo do meu desejo,
Pois contigo, descubro o verdadeiro significado do ensejo.

Assim, sob o céu estrelado, eu te confesso com ardor,
Que mesmo com pouco tempo, és meu presente e meu maior valor.
Pois desde que te conheci, meu mundo ganhou cor e brilho,
E contigo, meu amado, quero seguir meu trilho.

~Blanka☆

Frio, gêmeo do sol, todavia, quente, provindo da lua.
Ó, areia torturante, cujos mares me são sufocantes, de mim tenha piedade.
Ó, céus anuviados, encoberta minha face, tampa meus olhos, beija-me de sombras e ventos ruidosos.
Tu me vens, e logo vais-te.
Tu enches-me, e logo esvazias-me.
Aqui te encontrei, e aqui meus olhos não a ti enxergam.
Ó! Por qual terra andaria tal perna? Acaso o vento esfria seu corpo? O sol esquentá-lo-ias sua face?
Será o vazio nascido por teu espírito, frio, imenso, adorador do calor e do conforto?
Acaso dize-me que não há existência do meu ser?
Respondei-me, tu que andas entre o sol e a lua, por que partes em meu lamento? Por que minha voz não a ti clama? Por que minhas pernas não para ti caminham? Por que meus olhos marejam, choram, brilham quando em ti penso? Por que meu vazio chama por ti? Seria eu incompleto, necessitado de ti? Se, porventura, meu amor não vem suficientemente para ti, por qual razão o teu amor me vem suficientemente a mim?
Aqui ficarei, com o vazio gerado.
O barro lamacento em algum canto de horizontes desolados.
Meu corpo sente, meu coração chora, meus pensamentos mentem.
Frio eu sinto, todavia, o calor me aquece; de donde vens, ó calor que me segue?
O tempo escoa, como águas da chuva no solo.
Abençoada terra, a qual cai lágrimas doces, germinando teu solo.
Outra semente, a dita antecessora de brotinhos, distendê-lo-ia.

⁠HAVERÁ DIAS.

Há dias em que estou ao contrário, há dias em que estou apenas existindo, nesse dia sou apenas um corpo em movimento, necessitando me atrair por outro corpo.

Há dias em que quero sair desse mundo de medos e ilusões pretendo encarar a realidade e contar para mim mesma o peso da tempestade que tenho enfrentado.

Estou tentando me encaixar em um mundo que não é meu. Isso me consome, me tira do sério.

Hoje sou o oposto do que fui, vivo em paz acredito que sou capaz de ser mais forte do que os pensamentos negativos queme apavoram.

Eraldo Silva.

Remanescente

⁠Eu sou uma sombra no silêncio tenebroso,
que vaga sem sentido num colapso arruinado;
Eu sou um sussurro que ecoa nos destroços,
que se dissipa sob gritos afogados;

Eu sou um entre muitos loucos,
vivendo num mundo de sanidade obscura;
Eu sou um remanescente, vivendo entre os poucos, esperando todo dia, a chegada do repouso!
(14/02/24)

⁠vez por outra
nos damos conta,
que a superficialidade
embrutece e nos estupidifica;

⁠eis aí o grande risco a ser corrido,
para alcançar as profundezas,
é necessário suportar
a pressão que vem
com ela.