Poemas e Poesias
um ator em decadência.
é assim que sempre me senti.
entretanto, não duvides.
enquanto restar minha pele,
esta que habita em mim,
ou,
esta que me habita.
que tanto me ocupa,
que tanto me consome.
estarei atuando.
e quem não?
viva a decadência.
e me deixe viver com as minhas ilusões,
pois,
se eu as criei,
foi por precisar delas.
e mais,
e me deixe viver,
pois,
enquanto vida,
sou eu quem vive.
A saudade escorre
nos olhos aflitos.
Uma severa dor,
rebela -se
A alma divide-se
revela -se
num poema incerto.
Tímidos versos,
oscilam -se
permitem -se,
serem levados,
pela brisa.
( para encontrar o teu olhar)
A inexprimível saudade
tem eterna conexão
por meio de versos d`alma.
Entre soluços e os ais,
e sem pensar numa rima
pra palavra nostalgia,
talvez, cristalize- se
na voz de uma poesia.
Como uma cerração grossa
se dissipou no meu para-brisa.
Apagou qualquer vestígio que havia passado por essa vida.
As noites são traiçoeiras,
e as luzes nostálgicas.Me lembra dos leds no bar, vermelho.
Piscando igual a um vaga-lume morrendo
no meio das vinhas geladas.
Não havia estrelas no céu,
nem lua.
Gotas caiam do alto.
Escorriam na minha face.
Chorei com o céu e ele comigo.
AS URGÊNCIAS
Estão impregnadas na minha pele.
Talvez eu não consiga sequer enumerá-las.
Sei dizer que tenho urgência daquele sorriso dar.
De quem abraça forte, pedindo pra morar.
Do beijo que pede pra ficar, quem sabe poder eternizar...
Da esperança que tantas vezes esqueço de buscar.
Tenho urgência de viver...
De muitos lugares conhecer.
De mandar embora essa saudade que insiste em permanecer.
De jogar pro alto a realidade que tanto faz-me sofrer.
Da chuva que lava minhas lágrimas no anoitecer.
Tenho urgência de quebrar o espelho do tempo...
Sufocar num beco meu lamento.
Multiplicar sentimento.
Ser menina de novo só um momento.
Tenho urgência...
De parar numa esquina qualquer e dançar.
De correr na areia da praia e o mar apreciar.
De ser amada, e pra sempre também amar.
Canto a canção que só ouve o coração.
Ilumino com teu sorriso minha emoção.
Planto sementes de paz no jardim do nosso dia.
Faço rima com a tua fantasia.
Visto-me de borboleta e voo no céu com nuvens de algodão.
Transformo o mundo num reino de paixão.
Adorno tua cabeça com coroa de rei,
No salão das ilusões onde contigo dancei.
Volto na carruagem que cheguei,
Meia noite, no sonho real, te amei.
Foi bom...
Ela passou por minha vida igual furacão, deixou rastros por todo lado, principalmente em meu coração
Quando estava do lado dela entrava em estado de euforia, o coração palpitava sempre que eu a via
Era tão bom quando estava do seu lado, vivia feliz sem se preocupar com o tempo gasto
Sim, tenho saudades daqueles belos momentos que tive ao seu lado vivendo perdidamente em um mundo abstrato
Eu só queria um romance que fosse constante, que me desse valor espontaneamente
Hoje na solidão custo a entender como o amor é tão injusto e deixou isso me ocorrer
Ainda busco entender como me deixou sozinho, nesse mundo hostil completamente sem rumo
Se existi dias bons ainda busco vive-los, porque quase sempre vivi com a dor me torturando
Desconheço o motivo que me deixa-tés sozinho, o pior disso tudo é nunca tive um romance que ao menos durasse muito.
Viajante
Nas profundezas de meus pensamentos eu encontro uma idéia, bem além do horizonte eu vejo ele ou ela.
Quando ando pelas ruas eu presencio as desgraças acontecerem e todo meu caos vejo desde do amanhecer, você é inevitável assim posso dizer, porque, quando durmo eu só penso em você, isso é ruim, pois, me apeguei a você, não gosto de você...Mentira...pura enganação, não consigo conter toda essa afeição, você logo se despede e vai embora com já desconfiava, muito atrelado a mudança nunca que ficaria, não se preocupe gostei muito de você mesmo você sendo um mero viajante...
Estarei em outro plano
Tentando me manter sóbrio
Enquanto minha alma vaga pelo espaço
Pensando em você
A infância de Herberto Helder
No princípio era a ilha
embora se diga
o Espírito de Deus
abraçava as águas
Nesse tempo
estendia-me na terra
para olhar as estrelas
e não pensava
que esses corpos de fogo
pudessem ser perigosos
Nesse tempo
marcava a latitude das estrelas
ordenando berlindes
sobre a erva
Não sabia que todo o poema
é um tumulto
que pode abalar
a ordem do universo agora
acredito
Eu era quase um anjo
e escrevia relatórios
precisos
acerca do silêncio
Nesse tempo
ainda era possível
encontrar Deus
pelos baldios
Isto foi antes
de aprender a álgebra
Quietos fazemos as grandes viagens
só a alma convive com as paragens
estranhas
Inscrição
o brilho é o leve
júbilo
que sustenta os versos
ainda que sejamos obscuros
e nenhum nome
sirva jamais para dizer
o fogo
Revelação
Meu o ofício incerto das palavras
a evocação do tempo
o recurso ao fogo
Meu o provisório olhar
sobre este rio
o fascínio consentido das margens
sitiando a distância
Meus são os dedos que em tumulto
modelam capitéis
de sombra e arestas
Mas oculto na brisa
és Tu quem percorre o poema
despertando as aves
e dando nome aos peixes
Os dias de Job
Às vezes rezo
sou um cego e vejo
as palavras o reunir
das sombras
às vezes nada digo
estendo as mãos como uma concha
puro sinal da alma
a porta
queria que batesses
tomasses um por um os meus refúgios
estes dedos
inquietos na ignorância
do fogo
pois que tempo abrigará
os anjos
e que dia erguerá todo o sol
que há nas dunas
por isso
às vezes chove quando rezo
às vezes quase neva
sobre o pão
Epitáfio para R.M. Rilke
quando as palavras
buscarem amparo
em teu secreto canto
serás ainda
o único pastor
do meu silêncio
A casa onde às vezes regresso
A casa onde às vezes regresso é tão distante
da que deixei pela manhã
no mundo
a água tomou o lugar de tudo
reúno baldes, estes vasos guardados
mas chove sem parar há muitos anos
Durmo no mar, durmo ao lado de meu pai
uma viagem se deu
entre as mãos e o furor
uma viagem se deu: a noite abate-se fechada
sobre o corpo
Tivesse ainda tempo e entregava-te
o coração
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