Poemas e Poesias
Fazes lembrar a alegria
de um risco na parede
desenhado a carvão
pela criança da manhã
É no verde dos teus olhos
que eu treino a disciplina
de uma explosão sossegada
Ficção científica
Depois de uma viagem
Pelo espaço sideral,
O astronauta chegou
Ao seu destino final:
Um planeta diferente
Cujo em cima ficava embaixo
E o atrás ficava na frente.
Um planeta tão estranho
Que a sujeira era limpa
E a água tomava banho
Um planeta mesmo louco
Onde o muito era nada
E o tudo muito pouco
Um planeta dos mais raros
O seu ouro era de graça,
O lixo custava caro.
O astronauta não gostou
E foi-se embora. Quando
Pensou estar muito longe
Viu-se outra vez chegando
Num planeta onde, aliás,
O embaixo ficava em cima
E a frente ficava por trás...
Violeta
Sempre teu lábio severo
Me chama de borboleta!
-Se eu deixo as rosas do prado
É só por ti-violeta!
Tu es formosa e modesta,
As outras são tão vaidosas!
Embora vivas na sombra
Amo-te mais do que às rosas.
A borboleta travessa
Vive de sol e de flores...
-Eu quero o sol de teus olhos,
O néctar do teus amores!
Cativo de teu perfume
Não mais serei borboleta;
-Deixa eu dormir no teu seio,
Dá-me o teu mel -violeta!
“Tudo aquilo que nos leva a coisa nenhuma e que você não pode vender no mercado como, por exemplo, o coração verde dos pássaros, serve para poesia”.
(Trecho extraído de “Matéria de Poesia” do livro em PDF: Meu quintal é maior que o mundo)
para o menino que sobreviveu.
obrigada por me inspirar a ser
a garota que resistiu.
você tem
um raio na testa
para mostrar isso,
e meu corpo inteiro é
uma tempestade.
MENINA ATREVIDA
Ela Finge não o observar
Faz tudo discretamente
Manda mensagem subliminar
Quer entrar em seu inconsciente...
Chega e senta devagar
Querendo não chamar atenção
Esbarra em sua mão
Uma desculpa para lhe falar...
Usa a artimanha da timidez
Com certo toque de mulher
Quando oportuno, usa a mudez
Fica no ar: O que essa menina quer?...
Com voz doce e jeitinho meigo
E curvas de mulher
Ela sabe bem o que quer
E acende nele o desejo...
Olha que esperta essa menina
Usa a diplomacia na vida
Mas quando se sente atraída
Sabe ser bem atrevida.
nem sempre irão te amar como
você merece, e você sabe disso
mas cabe somente à você
a escolha de permanecer
em espaços pequenos
onde é preciso se diminuir
para fazer morada
(não se diminua para poder amar)
Rapaz acorda para a vida e vê se ficas atento,
Eu não quero ser uma lenda,
só quero fazer parte da história e do movimento.
Perdoar é trazer em si a solução.
Porque, se tudo tem dois lados, receber
Vai ser reflexo de oferecer perdão.
Lições da vida...
Aprendi que o tempo cura.
Aprendi que a certas coisas na vida,o tempo não apaga.
Que decepção não mata.
Que a mágoa passa.
Que a dor fortalece.
Que hoje é reflexo de ontem.
Aprendi que tudo que é interessante começa na mente...
Que atitudes devem ser sempre verdadeiras.
Aprendi a ver a vida do meu jeito.
Aprendi a ver as pessoas que me fazem bem, as que fazem mal e as que não fazem simplesmente nada.
Aprendi que sonhar não é fantasiar.
Que a beleza não está no que vemos,e sim no que sentimos.
E que viver é simplesmente um presente Divino.
quando eu morrer
não
perca
um minuto
chorando por mim.
posso ir embora
mas vou
deixar para trás
todas as minhas
mil & uma
vidas.
– uma garota louca por livros nunca morre.
Registrando-me em papel
Sinto uma necessidade urgente de me descrever, de me tornar transparente, cristalina,
como se, ao colocar minhas palavras no papel, pudesse finalmente me entender.
Há um desejo intenso dentro de mim: que as pessoas se permitam ser assim também —
sem medo de revelar seus sentimentos, suas dúvidas e pensamentos mais íntimos.
A busca pelo autoconhecimento me guia,
uma jornada silenciosa em direção a todo o meu sentir.
Com a caneta na mão e o papel à minha frente,
não tenho receio de me deixar ali, nua em cada palavra.
Cada rabisco se torna uma entrega,
um reflexo da minha consciência,
onde cabem meus medos, dores, amores, desejos e até orações.
Escrever é meu refúgio, minha forma de existir.
No silêncio das palavras, me encontro,
descobrindo, sem pressa, quem sou.
E quando eu partir, que essas palavras sejam mais do que tinta sobre papel.
Que quem as ler possa me sentir,
mergulhar na profundidade de quem fui,
mas com leveza e compreensão.
Porque é aqui, no papel, que me registro —
inteira, consciente e eterna.
Oceano Nox
Junto do mar, que erguia gravemente
A trágica voz rouca, enquanto o vento
Passava como o vôo do pensamento
Que busca e hesita, inquieto e intermitente,
Junto do mar sentei-me tristemente,
Olhando o céu pesado e nevoento,
E interroguei, cismando, esse lamento
Que saía das coisas, vagamente...
Que inquieto desejo vos tortura,
Seres elementares, força obscura?
Em volta de que idéia gravitais?
Mas na imensa extensão, onde se esconde
O Inconsciente imortal, só me responde
Um bramido, um queixume, e nada mais...
Quer namorar comigo?
Passou!
O tempo de pensar já se foi.
Agora sou obrigado á dizer,
Não quero mais saber de você.
Não posso dizer que eu,
Gosto de você!
Tem que ser assim...
Você e eu juntos?
Odeio isso.
Não quero mais te olhar.
Eu minto dizendo que...
Sempre sou assim.
Sou um tolo em não dizer.
Mas é verdade...
Eu não te quero.
Não posso dizer que,
Eu te amo...
Isso é verdade.
,('~')- Agora leia de baixo pra cima
Felicidades
O primeiro olhar da janela de manhã
O velho livro perdido e reencontrado
Rostos animados
A neve, a sucessão das estações
Jornais
O cachorro
A dialética
Tomar banho, nadar um pouco
A música antiga
Sapatos macios
Compreender
A música nova
Escrever, plantar
Viajar, cantar
Ser camarada
O Silêncio Que Fala
Existe algo divino nas palavras silenciosas que habitam a fala do olhar.
Um idioma que não se aprende nos livros, mas no sentir.
É preciso que haja um acordo sutil entre quem vê e quem transmite,
um pacto invisível onde a verdade não pode se esconder.
Assim como moldamos nossa fala e afiamos nossa escrita,
deveríamos ter em mãos a cartilha da linguagem das almas: o olhar.
Olhar que acolhe, que desnuda, que grita em silêncio.
Há olhares que embalam, há os que ferem,
há os que são porto seguro, e os que são tempestade.
Alguns são abismos, outros, pontes.
Mas poucos sabem realmente escutar o que os olhos dizem.
Poucos compreendem que, antes da palavra,
foi o olhar que desenhou o primeiro poema do mundo.
TENHO MEDO
Tenho
Medo de amanhã não florescer...
Não perfumar...
Não encantar...
Mais tenho mais medo
É de nunca ter feito nada nessa vida.
Por isso faço o necessário
E o essencial para cada pessoa que me olha
Me abraça
E sobretudo me encanta
De alguma forma!
Feliz Dia das Crianças
Que a gente nunca permita que a maldade do mundo roube-nos a criança que habita em nós.
P.S: Porque todos somos crianças aos olhos de Deus.
BILHETE A PAPAI NOEL
– Pede a Papai Noel...
E eu pedi.
Pedi boneca,
pedi livros,
pedi viagens,
pedi um príncipe...
Aprendi a escrever
para escrever-lhe, ingrato velhinho,
mas você nunca se lembrou de mim:
não ganhei a boneca,
nem livros,
nem viagens,
nem príncipe.
Nada...
Só deixou no meu sapato
essa tristeza triste
de saber que você está muito velho
para subir morro.
Papai Noel, você devia ser criança pobre
para ver como morrem as ilusões.
Ver como se desmoronam os castelos
até restar somente essa tristeza triste.
Se você pudesse ver as almas...
Mas é melhor assim.
Ignorando-as, poderá continuar a mentir,
a distribuir ilusões,
a oferecer sonhos,
a brincar de você mesmo.
Antídotos matinais,
o primeiro cigarro
e xícara de café,
as pernas bambeiam,
a cabeça fica leve,
é como experimentar
o seu amor de novo
por três segundos
toda manhã.
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