Poemas de Carnaval que eternizam os versos da folia
O CARNAVAL QUE VIVE EM MIM
Dentro de mim, vive uma escola de samba,
que é puro carnaval!
Na bateria, o coração, que arrebenta
com seu tum-tum-tum imperial!
Nas veias, com emoções à flor da pele,
a Ala das Paixões, contagia.
Na Ala das Travessuras e Aventuras,
a falta de juízo é só alegria.
Já a Ala do Bom Senso, meio que tímida,
vai passando, observadora.
Enquanto a Ala da Meninice,
vai surgindo encantadora!
Eis que brilha a Ala da Peruísse,
cheia de glitters e purpurinas.
E em seguida a Ala da Vaidade,
deslumbra com suas fantasias!
A Ala do Bom Humor,
faz a platéia incendiar.
E que rodem as baianas
quando o bicho for pegar!
E é carnaval o ano todo,
me guiando da cabeça aos pés.
Mas é tão bonita a minha escola
que todo ano é nota dez!
CARNAVAL
Sidney Santos
Carnaval um desejo
Uma estrela, minha sina
Um doce e gostoso beijo
Você minha colombina
Eu, alegria constante
Você, minha bailarina
Sorriso a todo instante
Você, minha menina
O CARNAVAL
Assisto a pobre alma pelo relampejar da fantasia, tentativa frustada de preencher o vácuo individual.
Assisto o pobre habitantante da região em gigantesca agitação, refúgio interior do imenso conflito.
Assisto ainda muitas almas a se consumir pela a acanhada alegria surperficial, mas era de se esperar.
O indivíduo é imensamente simples ao tentar se descobrir em penachos e paetês, intensa demonstração de desgastado coração.
São os momentos temporais que fazem o momento afortunado, ou apenas originam a traiçoeira ilusão de alucinado prazer.
Existem os que se libertam ao amanhacer sem nada temer, mesmo sem esquecer a miséria de sua alma.
Necessito lembrar que existem apenas os que lamentam as suas misérias interiores a cada folia, alfinetando a falsa alegria, que as consomem a cada quarta-feira de cinzas.
RESSACA DE CARNAVAL
A ressaca do folião que está curtindo o carnaval vai durar no máximo dois dias, e a ressaca de quem optou pra uma leitura aprofundada ou estudar, dura uma vida toda.
O carnaval está chegando,
é tempo de diversão,
pessoas de toda idade,
em uma só curtição,
mas eu vou ficar de fora,
só na observação.
-
aquí eu deixo um recado,
prá toda a rapaziada,
que fiquem longe das drogas,
pois isso não leva a nada,
vão cheirar mulher bonita,
e beber cerveja gelada.
-
que brinquem tranquilamente,
num carnaval animado
respeite o seu semelhante,
prá também ser respeitado,
na quarta feira de cinza,
a festa tem encerrado.
(Um Carnaval Qualquer)
Só sei para, pensar, recordar, e escrever bobagens pra um carnaval qualquer te encontrar por ai. Dançado vibrando sorrindo ou chorando. Vendo-te de longe assim como quem não quer nada ou nunca quis e sem sabe por que quis um dia. Caindo pelas esquinas e dizendo a si mesmo "eu cheguei aqui só e assim irei ficar". Só para te encontrar em um carnaval qualquer.
Tempo de carnaval
Tempo de história e escolha
Onde a vida é uma folha
E você escreve a sua
Você que tem que escolher
O amor ou a pegação
Sentimento ou a diversão
Tudo isso cabe a você
Minha escolha esta feita
Eu ouvi meu coração
Melhor 4 dias preso
Que um ano de Solidão !
No fundo eu me divirto com alegorias,
Mas não sou fã desse carnaval
Gosto mesmo é de sentir o amor entrando pelos poros
e saindo pela respiração.
Sou quase poeta, careta e antigo
Sou quase tudo,
Sou vazio de nada.
Carnaval no Guarujá.
O carnaval é uma festa pública originária da Grécia de meados de 600 a 520 a.C.
Por incrível que pareça, passou a ser uma comemoração adotada pela Igreja Católica em 520 d.C. como “adeus à carne” daí o nome “carne vale”.
O carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século XIX.
A cidade de Paris foi o principal modelo exportador da festa carnavalesca para o mundo. Cidades como Nice, Nova Orleans, Toronto e Rio de Janeiro se inspirariam no carnaval parisiense para implantar suas novas festas carnavalescas.
De um tempo para cá, principalmente no Brasil, o carnaval é muito mais lembrado como Sodoma e Gomorra, pelos excessos sexuais e etílicos. E nem se fale de adeus à carne porque o que mais se vê são churrascos antes, durante e depois da festa, o que custa aos cofres públicos um dinheiro que não existe para contratar médicos, aparelhar hospitais e minorar o sofrimento da maioria daqueles foliões que gastam grande parte dos salários de muitos meses para aparecerem como pequenos pontos coloridos nos desfiles das escolas de samba.
O carnaval está mais para circo do que para festa, pelo tamanho da palhaçada que os administradores do dinheiro público fazem.
Há verbas de todos os tipos, com todos os nomes e sempre para os mesmos bolsos. Não se vê gente séria envolvida com essa palhaçada porque se era ou foi sério algum dia deixa de sê-lo quando alguém é homenageado, agraciado, paparicado ou qualquer outro nome que se dê a tamanha insuflação do ego.
Nos próximos dias vamos ler no Diário Oficial do Município o tamanho das verbas destinadas ao carnaval e os gastos com a montagem dos palanques. Os mesmos palanques usados para as campanhas eleitorais, os mesmos cabos eleitorais, os mesmos foliões com o dinheiro público.
E os hospitais? Bem isso é para nós, os palhaços de sempre!
Isso é fantástico!
Antônimos...
Fazes impune a festa de seu carnaval
Leve, pés que quase não tocam o chão
Delicados, flutuam no compasso
De meu insano e apaixonado coração
Sem planos de ser aclamada ou quista
Com teu olhar fitando o vago vazio chão
Estrela da noite, quiçá, a mais bela que há
Metade brilho, metade cais e solidão
Voas no ritmo, com o passar dos janeiros
Atriz, dona dos suspiros de minha alma
Tens de mim o reverso de cada meu verso
Quase santo, quase herege, em mim imerso
Me tomo por desabitado em minha natureza
Fico a admirar-te, capitã de meu lamento
E parto, estradeiro, cafuzo, sem norte
Me entregando silente ao revés da sorte
É carnaval denovo , meu povo..
Bora curtir..Bora comemorar..
Bota um sorriso no rosto.. A dor no bolso..
E bora farrear...
Bota tua máscara...
Teu sorriso no rosto...
Vem curtir denovo...
Porque já é carnaval...
Dia de alegria...Dia de folia...
Nesse dia especial ..
Vc e eu que tal?
Atrás do trio elétrico...
Só não vai quem tá mal...
“Aquele grito que diz seus sonhos ser loucura, é porque aquela boca vive no carnaval da insanidade.”
Giovane Silva Santos
FEVEREIRO
Olá, Fé – vereiro,
que seja lindo!
mês de samba no pé
das fantasias de carnaval, da alegria advindo...
Afinal, é o mês da folia
de calor na emoção, do sol reluzindo...
Bem-vindo!
Os políticos brasileiros são bailarinas do lamaçal, dançadores de tangue no carnaval, destoa o ritmo da gestão no descompasso perverso da ganância, cada passo de forró é um pinote enlouquecido, média, perseguição, imprudência, violência, e tem mais, é esquerda, é centro, é direita, tudo frequenta o brinquedo camicase no parque simbólico das travessuras, eita que esses meninos sapecas tem vontade de brincar, brincar de poder, de cifras, de ter, escandalosamente o povo é envolvido nesse palco ordinário, pula meu coração e suspira minha mente, a poesia que alivia é a que insensato não sente, é a vida violada, é a esperança engaiolada, é os interesses particulares, os segredos oculares, o Brasil é professor da opressão, o povo é a aluno dessa condição, e os políticos mera decepção.
Giovane Silva Santos
se apresente CARNAVAL, traga a folia
venha de alma pintada, purpurina
chegue, ornado de samba e alegria
tire a tristura de sua rotina
que venha mais ousadia
mas, sem pressa
passe tal as marchinhas
que seja bom à beça
nas ruas ou pracinhas
beijos e calor
ritmos e promessa
e os segredos: - de amor
na quarta feira de cinzas, á Deus
o que resta
afinal!
fevereiro! é festa
é carnaval!...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17/fevereiro/2020 - Cerrado goiano
"Vamos viver
Vamos viver no Carnaval e em todos os dias de nossas vidas, como protagonistas que somos nesse surpreendente e esplêndido espetáculo que é a vida, com leveza, doçura, com humildade, com solidariedade, com o brilho divino, com um colorido inigualável e com uma pitada intensa de amor."
Sonhos de Carnaval - 20/02/2020
Entra os sonhos inesperados, trazidos pelos ventos do carnaval, e os olhares do coração, a invadir as histórias de quem busca na memória, os momentos de si mesmo.
OUTRO CARNAVAL
Longe do agitado turbilhão da rua
Eu, num oco silêncio e aconchego
Do quarto, relembro, num sossego
Os carnavais com a folia toda nua
Mas a saudade palia de desapego
De desdém, mas numa trama sua
De tal modo que a solidão construa
Lembranças, e assim eu fique cego
Teima, lima, este fantasiado suplício
Dum folião, com o seu efeito de ter
Que no tempo não tenho mais início
Porque a disposição, gêmea do querer
A alegria pura, tão inimiga do artificio
Agora é serenidade e fleuma no viver...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21 de fevereiro de 2020, Cerrado goiano
Olavobilaquiando
A festa já acabou
É carnaval,
E a minha alma pula, inquieta,
Sem paz.
É carnaval,
E as alegrias só restaram nos carros alegóricos,
Nos enfeites brilhantes,
Nos comas alcoólicos.
É carnaval,
E as alegrias só ficaram
Nos instantes, efêmeros,
Intervalos
De dor.
É carnaval,
E a banda passa,
E a vida passa,
Diante dos seus olhos.
Acabou-se o carnaval,
E só restaram os confetes,
No chão.
