Poemas de despedida de morte para dedicar a quem partiu
Vou leva - ló embora.
Vou joga - ló em um buraco negro sem fim.
Acabarei com o show que se chama de vida.
Serei sua assombração particular.
Vou te levar mesmo que não queira.
Farei seus demônios te enlouquecerem.
Irei consumir sua vida e destruir sua alma.
E fazer todo o ar sair dos seus pulmões.
Beber todo o seu sangue como um vampiro.
Fazer com que seu coração pare de bater.
E com este feitiço que levo sua vida.
Adormece - ló num sono eterno.
Tristeza.
Pureza no olhar,
Tocar, sentir e falar.
Rezar para o sempre.
Esperança,
Confiança na vida indecisa,
Vindas e idas.
Sentido,
Dirijo sem rumo,
Eterno caminho,
Tropeço no escuro.
Chegadas,
Desejos da vida,
Final dos meus sonhos,
Morte, bem-vinda.
Poderia dizer que sei exatamente o que você está sentindo nesse momento, mas isso não seria verdade. Cada pessoa vive a perda de um ente querido de uma forma muito particular, e o luto se manifesta de maneiras diferentes em cada um.
O que posso dizer é que já sofri a dor de uma separação causada pela morte, e sei o quanto pode doer. O mais importante nesse momento é você estar perto dos seus amigos e familiares, pessoas que gostam de você e que vão ajudar a dissipar a escuridão.
Você até pode sentir que está quebrada e sem esperança, mas eu farei de todo o possível para recolher cada lágrima e colar cada pedacinho, te devolvendo alegria e a felicidade. Tenha a certeza que você não está sozinha e nem desamparada.
IDA DESISTIDA
Em um domingo, quase fomos.
Choveu.
Ida desistida
em vários outros domingos.
Não fomos.
Fomos desistindo, desistindo...
Agora não há mais
Domingos"
Registro de um momento de tristeza...
Esse texto "brotou" dia 06 de abril. Estava me lembrando de um dia que estavámos eu e minha ame indo para a Igreja do bomfim e ela desistiu, com medo da chuva.
Quinze dias depois, ela faleceu.
E assim mergulhou minha cabeça no fundo da escuridão
uma fera efêmera.
a sensação ardente em meu coração me deixava na linha tênue entre o purgatório e as trevas onde foi que minha alma se afogou.
Um corpo putrefato, era isso que era. Observando o Sol etéreo sangrento. Manteve-a presa, para todo sempre, queimando suas retinas ao olhar para seu próprio alicerce. Era o fim do começo, era embuste.
Dor
Caos
Escuridão...
Seria esse o prefácio do fim?
Loucura
Devaneio
Pesadelos...
Existiria um purgatório antes de lançar-me ao vácuo?
Preocupações
Amores
Dessabores...
Monstros me perseguem enquanto durmo e quando acordo, torço para que apareçam e me sinta viva.
Sinto mãos me tocarem a noite... Mãos inexistentes. Sei que precisarei me decidir uma hora, mas falta-me algo.
Não me atormentam enquanto estou acordada e isso me mata aos poucos. Por que esse silêncio ronda-me como nunca?
Teriam eles cumprido seu propósito e agora só esperam minha decisão?
Mãos quentes apertam-me o peito e estrangulam-me aos poucos me deixando agonizar esperando ansiosamente algo que não sei o que é
Segue-me a todo o momento
Sinto feridas se abrirem e nem sei como elas vieram, apenas sinto brotarem de mim e se derramarem pelo meu ser... Feridas visíveis e invisíveis
O silêncio cresce
Os amores desaparecem
As feridas aumentam
Tudo parece escorrer entre meus dedos.
Luzes de um farol alto que ofuscam a visão.
São como gotas de orvalho expostas ao sol.
Paraísos artificiais
Com fumaça nos pulmões, é difícil respirar. Drogado e bêbado, não dá nem pra pensar... a procura de diversão, vale a pena se matar?
E eu que cheguei a imaginar que eu só precisava usar isso para me sentir bem e verdadeiramente vivo... mas foi na lucidez da minha mente que eu conheci o paraíso.
Slá, só mais um café.
Ave Maria
Quando tu vai,
a saudade chega e aperta,
mais do que aperta em saber que tu tá longe.
Quando tu vai,
meu coração se fecha
Até que chamo,
Mas ele nem responde.
E pra abrandar teu sumiço,
Rezo pro meu padrinho padre Ciço,
Pra afastar essa tua falta.
E quando tu chega,
faço dos teus braços, meus,
Do teu abraço,
o meu deus,
A ele entrego minha devoção.
Nessa vida de nordestina bruta,
Nem Maria Bonita atura,
Tem dias em que sou o cão.
E ainda assim tu me aguenta,
Foguenta.
Aproveita e fermenta essa nossa paixão.
Porque no teu carinho me vejo inteira,
Da tua vida eu sou prisioneira,
A quem interessar digo,
Não me alforrei não!
E se for castigo,
Tu têm sido meu pecado e minha perdição.
Mas me prenda em teus braços
Que eu digo ao delegado,
Seu doutor,
Não quero libertação!
Thaylla Ferreira Cavalcante
Estrelas
Estrelas de brilho intenso
Estrelas que apontam a direção
Estrelas no cosmos alvinegro
Iluminando a escuridão
Não a vida pós a morte
Deus viu algo melhor que a ressurreição
Pessoas que quando morrem
Tornam-se estrelas na imensidão.
Slá, só mais um café.
TENTATIVA
Eu te proponho um amor-aspirina. Amor que bate e não recorda, que acorda e não levanta, que passa e não deixa. Um amor-comprimido, que alivia a dor, que amarga na boca mas adoça o estômago, faz efeito. Eu te proponho, depois das aspirinas: a morte. Morrer em seus braços, decompor-me, como pilula na língua que dissolve.
SENTIMENTO DO NADA
Inspiração exige transpiração
Abba! Enojei-me nesta viagem
A musa abriu suas pernas, vi o Parnaso desmoronar dentro de seu
Útero. Fiz poesia sem ser poeta. Comi a musa
[Ou ela me comeu?
Pouco Importa!
Temos filhos agora:
Crise existencial de Sousa
Solidão da Silva Encarnada
Maria das Dores
Zé Pelintra Nosso de Cada Dia.
Por hora (sou) pouco importa: uma poeira descolada
O tempo fez-me Europa!
Por hora (fui) isto importa: uma gotícula no mar
A gaivota não tem misericórdia!
Modelaram-me num tipo humano
Faz graça
Estou imberbe: não fumo, não bebo, não mato.
Reproduzo o existir: como, defeco, amo.
Minhas amantes envelheceram
O cupim devorou minha biblioteca, devorou minha planta, minhas pupilas, minhas
Raízes. Viver além da conta
Há morte aqui
Há morte debaixo do meu travesseiro
Em minhas pupilas mulatas - há morte.
E eis que vivo: posto morto
Já não questiono o Universo
Sinto!
(Italo Samuel Wyatt, A Janela do Éden)
SONETO DA PERDA
Nuca eu quisera desejado tal saber
Dizer com a dor um adeus querido
Erigindo com o dano choro balido
Fugindo com a harmonia do viver
Dó é arrancada do pesar instituído
Saudade deplorada de não mais ter
Que somente lembranças há de ver
E lágrimas no suspiro do vil contido
Some, e põe o amor tão triste... Ser
Sorriso suspenso, prazer em gemido
E a noite tão distante do amanhecer
Nunca ninguém pela perda ter podido
Dói tanto, tão dolorido, a permanecer
Que no sentido, o desalento é definido
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
O plano perfeito
Vivo por anos
Choro oceanos
Te afasto por nada
Grito com raiva
Fujo por medo
Sofro em segredo
Sinto saudade
Penso até tarde
Me drogo calado
E no fim, eu me mato.
Slá, só mais um café.
Corrente, fivela, argola,
Picinez, óculos, anel,
Livro, revista, papel,
Arame, bordão, viola,
Mala, maleta, sacola,
Perfume, lenço, troféu,
Roupa, sapato, chapéu,
Eu não posso conduzir
Quando for para eu subir
Na santa escada do céu.
O cemitério
Lugar de tristeza e lembranças. E por fim, foi lá que eu enterrei você, a gente, e principalmente o meu honesto amor que foi guerreiro ousou de verdades, mas merecia a morte. Pulei no teu cachão, cuspi nas flores e gargalhei o passado e sorri para o recomeço. É meu amor, eu, finalmente, enterrei você.
Hoje minha avó morreu
A verdade é que foi tudo tão rápido e automático que não pensei nela
Só conseguia pensar no meu pai.
Sei que é loucura mas não consigo imagina-la morta
Pra mim ela sempre vai estar na frente da casa sentada na cadeira de macarrão proseando com os vizinhos.
Já meu pai não,
Ele está aqui e vejo os anos pesando sobre seus ombros.
Eu vi ele chegar hoje andando devagar, eu vi a dor nos olhos dele
E eu vi lágrimas que não via há muito tempo
Talvez nunca tenha visto como aquelas.
E me doeu tanto
Doeu na alma ver (incapaz de reverter) alguém que amo tanto exalando aquela dor tão real, tão intensa.
Pai tudo o que eu queria era arrancar isso de você, mas seria egoísmo demais não deixar você viver o seu luto.
O tempo tudo cura, você só precisa saber que ela está nesse momento, sentada na cadeira de macarrão, com a caixa de fumo do lado, fazendo pacientemente o próprio cigarro. Ela vai pedir um café pra depois do cigarro e vai rir de tudo isso. Daquelas gargalhadas doidas que se seguiam de um beliscão que era a forma dela dizer Te amo.
Ela está melhor que nós.
Eu te amo demais.
Eu queria que você nunca esquecesse disso.
Ao longo da rua
A fila de espera
Ajoelhados olhando pro chão
Saem rolando feito laranjas
Repolho melão
Cabeças de alface
Americana
Na avenida das guilhotinas
É em massa a execução
Se espalha feito molho
no chão, de tomate
Beterraba e açafrão;
A ceiva do colhedor.
Um talvez poeta
Taxado de louco
Sobre o asfalto negro
Sussurra vermelhas palavras
Feliz, sim
Expressa sentimentos
Enquanto anda
Em busca do silencio
Uma cinzenta e densa massa metálica
Ameaçada pelo que não vê
Por detrás dos muros mandam sinais
E escondem-se debaixo do cobertor
A covardia medrosa uniformizada surge
Violentamente calam o suposto insano
Plantando uma rosa vermelha no asfalto preto
Como as palavras que subiam ao céu noturno
Invisível
SOMBRA
Sombra que alberga os mortos
Que sozinhos se encontram
Nas páginas escritas do velho livro
Nos sonhos que enfeitam os vivos
Pedras geladas de tantos tormentos
Delirios do mar por se encontrar em terra
Nos cravos perfumados de rosas
A minha alma é um cadáver
Onde pesa-me a dor que sinto no peito
Na lama onde me deito nu
Com as saudades de quem quer estar vivo
Pedras, lama, barro, sombra perfumada
Num belo sonho dos mortos
Sombra perdida deste mundo
Porque dos vivos nada sei nem quero saber.
Todas as vezes
Em que uma pessoa parte dessa vida
Desiste de permanecer aqui nesse mundo
Sinto e compreendo a dor que o consome
A ponto de simplesmente por um fim em tudo
Tem horas que realmente é difícil
Erguer a cabeça e seguir
São tantas coisas ruins neste mundo
Que bate o desânimo
E o cansaço não nos deixa sorrir
O que fazer nesses momentos?
Isso exige uma força tamanha
Parece que nos falta a energia
De lutar para seguir
Buscando a harmonia
Sim tudo isso é passageiro
Esta vida que vivemos
É apenas um mísero momento
Na imensidão de nossa existência
Que seguirá além do firmamento
Força, fé e amor
São necessários
Para que enfrentemos todo o temor
Que nos tenta tirar do caminho
Desta trilha que escolhemos transpor
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