Poemas de Separação
Já entendi.
Nada será como antes.
Éramos amigos e amantes, agora não mais que distantes.
Onde antes havia som suave e gentil,
agora somente uma voz dura, por vezes hostil.
Tudo bem, eu entendo, fiz por merecer.
Outra prioridade está aí no seu coração,
eu vejo, eu sinto, eu choro. Minha maior desilusão.
Te prometi nunca mais brigar. Veja bem, meu bem, também desejo a paz,
Juro que sim.
Mas o lugar onde quer me colocar é frio, muito frio.
Não combina com o calor que produzimos por diversas vezes a fio. Não consigo suportar.
Se é isso o que queres, te desejo nada mais que felicidade.
Mas vou partir.
Ju
No silêncio da noite me deito na rede
E apesar de ouvir só os meus pensamentos,
Sinto no peito a dor da saudade de quem um dia já tive
Lembro daquele beijo gostoso
E dos teus longos cabelos negros entre os meus dedos.
Como sentir o teu cheiro era bom!
Sentada em mim no banco do carro
Olhava a tua boca a salivar
E me alegrava ao ver teus olhos marejados de prazer
Me lembro como se hoje fosse aquela noite
Eu te beijava suavemente
E você me mordia o pescoço
Mas infelizmente,
Por medo e nada além disso,
Tudo acabou.
O carinho nunca se foi.
A saudade ficou.
E a lembrança mora comigo.
Toda corrente tem um elo fraco
Eu posso ser uma garota fraca, mas eu lhe darei força
Você me disse para deixá-lo em paz
Meu pai me disse para ir pra casa
Meu médico me disse para ir com calma
Uma estrela com teu brilho
És minha constelação
E eu te sou furacão
Destruo tudo querendo te tocar
Mas não importa, é tão certo
Quanto um vulcão e o mar
Nossos beijos que dariam uma vida a rimar
Seus toques de volúpia ardente
Meu coração de audição estridente
E o teu sorriso que faz o mundo se ofuscar
Meus tremores internos
Nossas mãos unidas
Dispostas por suas idas e vindas
E teus olhos tão desertos
Que me diziam ser errado lutar
Por um futuro incerto
Com quem vive no escuro de um inferno
Algumas feridas precisam sangrar
E por mais que me doa a partida
Porque você não se decide
E a tua ausência em mim vive.
De fato, sou melhor pela ida
Não se lida com aparências
Em teu zelo, quis permanência
Mas livrei-me da abstinência
Dois coelhos com uma cajadada
E sou mesmo tão errada
Mas que se exploda o mundo inteiro
Sou todo fogo certeiro
Que ascende o meu cigarro
Respiro, inspiro
E te esqueço a cada trago.
Thaylla Ferreira Cavalcante (Amor, meu grande amor.)
O tempo não traz alívio; mentiram-me todos
os que disseram que o tempo amenizaria a minha dor.
Sinto sua falta no choro da chuva;
Quero sua presença no recuar da maré.
A velha neve escorre pela encosta de cada montanha,
E as folhas de outono viram fumaça em cada caminho
Mas o triste amor do passado deve permanecer
o meu coração, e meus velhos pensamentos perduram.
Há centenas de lugares aos quais receio ir
- por estarem repletos de lembranças dele.
E ao entrar com alívio em algum lugar tranquilo
Onde seu pé nunca pisou, nem seu rosto brilhou.
Eu digo: "Aqui não há nenhuma recordação dele!"
E com isso paro, arrasada, e me lembro tanto dele.
Antes de decidir separar-se responda a essas questões:
O que te encantou nele (a)?
Porque conquistou-o (a) ou o (a) quis?
Serão os problemas mais fortes que a vossa força de ir avante?
Qual é a sua culpa nisso e porque não muda?
Se parou de falar consigo você falou? Se parou de ligar você ligou? Se te mentiu você falou a verdade?
E se o (a) deixar vai conhecer uma nova pessoa, com novos hábitos e costumes, que deveras lhe ensinar como se faz o seu "pai nosso", o que será mais difícil mudar ou manter?
E se conseguir responder essas questões e ainda sim preferir separar-se provavelmente o problema seja seu!
LOUISE
Más oque o meu frágil eu poderia fazer
Se ainda lembro do cheiro do seu cabelo
Do seu toque suave
Da sua pele arrepiada
Da sua pupila dilatada
Do seu sorriso extasiado
Do seu jeitinho encabulado
Minha francesa
Porque me achou tão forte?
Porque me fez sentir teu vento
Porque me embriagastes com sua leveza
Porque me deu gotas
Porque dizes que vai
Se nunca pretendeu ficar
1 mês de ausência
1 mês de saudade
1 mês te vendo em todo em canto
1 mês sem te ver em lugar nenhum
1 mês tentando renascer das cinzas
1 mês de nó na garganta
1 mês de lembranças
1 mês de dor
1 mês de insônia
1 mês insosso
Ave Maria
Quando tu vai,
a saudade chega e aperta,
mais do que aperta em saber que tu tá longe.
Quando tu vai,
meu coração se fecha
Até que chamo,
Mas ele nem responde.
E pra abrandar teu sumiço,
Rezo pro meu padrinho padre Ciço,
Pra afastar essa tua falta.
E quando tu chega,
faço dos teus braços, meus,
Do teu abraço,
o meu deus,
A ele entrego minha devoção.
Nessa vida de nordestina bruta,
Nem Maria Bonita atura,
Tem dias em que sou o cão.
E ainda assim tu me aguenta,
Foguenta.
Aproveita e fermenta essa nossa paixão.
Porque no teu carinho me vejo inteira,
Da tua vida eu sou prisioneira,
A quem interessar digo,
Não me alforrei não!
E se for castigo,
Tu têm sido meu pecado e minha perdição.
Mas me prenda em teus braços
Que eu digo ao delegado,
Seu doutor,
Não quero libertação!
Thaylla Ferreira Cavalcante
“Amamos antes do amor chegar. Amadurecemos cercados de defesas.
As respostas mudaram conforme a nossa esperança.
Sufoquei-me com as palavras que nunca disse.
Cada vez que negligenciei minhas vontades algo morria em mim.
Perdi o paladar por só saborear desejos alheios.
Fui corresponsável pelo óbito do nosso futuro.
Tristes tempos pretéritos, presentes. Nossa química era física.
No final, só hiato de fato.”
Antigas utopias
Enquanto o frio maltrata lá fora
Cá me esquento no vazio desta imensidão
O vento assanha os meus cabelos,
O único cá inerte tem sido este coração.
Meu mundo grita e se apavora,
Porque a maquiagem já não basta para esconder
Já nem sei o que me perturba agora
Se é a monotonia ou a falta de você
Sei que nada me seria o bastante
E que a vida não tem sido muito mais
Do que uma lástima desinibida
Um filme fracassado, ainda em cartaz
Pois dentre todas as promessas
Apenas uma se cumpriu
“fico aqui, ainda que as avessas”
E ficastes, mas foi dentro de mim.
Todo o resto sucumbiu
O que me sobrou foi um punhado de entranhas
De lástimas e secreções
Destas, as mais estranhas
Sobras póstumas de velhas paixões
E se é certo não dizer,
Eu digo! Que a vida tem dessas de nos fazer inquilino
De amores onde nem se devia estar
Mas se é certo não fazer,
Eu faço! Porque pior é não amar.
Thaylla Ferreira Cavalcante (Sou nós)
As vezes o remédio pra dor nem sempre é o amor,
Muitas vezes é melhor o silencio, do que palavras jogadas ao vento,
Melhor as vezes se ausentar, do que comparecer,
pra depois da despedida evitar outra vez sofrer
o tempo passa, a vida muda
Não se preocupe com a ferida
Pois um dia ela se cura
O que me separou de você?
"A sua burrice e a sua maldade, eu sinto falta de tudo no mundo, menos da burrice e da maldade"
A ti, abutre.
Sinto falta do passado,
Tudo que me dói,
Tudo que a mim corrói,
Remete ao obliquo renegado.
A esta minha sina equivocada
Sou o karma desta minh'alma amaldiçoada.
Trago entre os dentes um cigarro
Nos lábios, meu batom borrado
Na cabeça, a coroa do passado
Cá estou, prestes a destruir outro carro.
Nunca mereceste um pingo de piedade
Meu miocárdio ainda grita a traiçao
Não convém conceder-te perdão
Tua vida desconhece o valor da lealdade.
Amaldiçoada seja a tua existência
Se nada fui ou signifiquei,
Se nada importa, nem a dor que suportei
Nada existe! Nem tua essência.
Quero teu sangue escorrendo por meu corpo,
Quero seus gritos agonizando em sufoco,
Quero que implores como louco.
Ei de ver-te com o medo tranparecendo à epiderme.
Chore, meu bem.
Deixe suas lágrimas orvalharem,
Permita ver elas te entregarem,
És agora meu refém.
De ti, nada menos que um metro de distância
Na minha taça, nada além de teu sangue ou suor
Em meus fones, nada mais que teus gritos de dor
Talvez permaneças ainda com a mesma nula relevância.
Se sento a mesa, alimento-me de vingança
Me deleito com o que me nutre
Fomento a ti, abutre!
O lado negro venceu na balança.
Segure minha mão,
Juro-te ser desleal
Seguir a ti, Judas sem ponto final,
Anseio ouvir teu "Não"!
Anseio te ver implorar,
Ofereço tua vida a quem quiser!
Que se faça dela o que vier!
Mas vais ingerir todas as borboletas que me fez regurgitar!
Por longos tempos fui luz.
Tornaste-me escuridão.
Mergulhei tão fundo nessa imensidão
Que agora vais comigo ver que nem sempre é ouro, tudo aquilo que reluz.
Thaylla Ferreira Cavalcante (Sou nós)
O que adiantou a gente fazer tantos planos?
Se a sua sujeira você sempre esconde embaixo do pano
A nossa vida se resume num grande engano
Só pode ser uma máquina sem coração, não é um ser humano
Hora de partir.
Você fala em desapego
Mas se apega a aparência.
Você refuta o aconchego
Mas insiste na permanência.
Você critica o que convém
Mas logo tu que não se mantém.
Se te falo em entrega
Me dizes que assim não erra
Que tenho idéias antiquadas
Que sou por deveras equivocada.
Que sou sopro de apego
Que dispenso as aparências
Que busco teu aconchego
Rezo por tua permanência
Eu que velei tua alma
Que dispensei as amarras
Enquanto te vi partir.
Eu que mantive a calma
Conheci tua outra amada
Enquanto via meu mundo ruir.
É você mais sal que açucar
És de todo ruim
Inválida foi minha luta
Tens agora o meu sim.
Você diz que é do sol,
mas molha o que ele enxuga
Você diz amar a noite
Mas não é pra ela que se arruma
Você diz querer o mar
Mas não se entrega nem mergulha
Diz também ser furacão,
A este sim, se equipara na destruição,
Fostes minha perdição.
Mas fui,
Eu fui!
Antes tarde do que nunca.
Thaylla Ferreira Cavalcante {Mais uma deste ex amor}
''As músicas que não escrevo''
A música flui como uma cordilheira...
Com os pensamentos longe
A serenata aparece
A lágrima, às vezes cai, mesmo segurando-a.
Coração dolorido e perpétuo destroça-me com estas lembranças
Saudades?!
Talvez... Más preferem dizer que está é apenas uma noite fria
Onde o músico se expressa
Sentimentos perdidos na calada da noite
Por que minha plateia e meu palco já não estão presentes
Ela?!
É mais uma das pessoas que não ouve minha voz
Longe,agora ela está...
Por que talvez...
Seu coração já não me pertence mais
Eu a perdi quando aquela música não foi entregue
Acho que não irei mais escrever músicas como aquela
O sentimento não é o mesmo...
O músico já não é o mesmo...
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