Poemas de Saudade de Poetas Portugueses
Desapegue
Não segure o tempo nas mãos.
Não se pode mandar no coração.
O tempo é um relógio, que não para.
Quem ama de verdade.
Supera a diversidade.
Não se pode lutar.
Sem perder.
Não se pode dividir o amor de alguém.
Quem ama.
Quer a pessoa inteira.
Mesmo que, distante.
Sabe, deixar ir.
Quem ama nunca quer o mal.
Só o bem.
Shirlei Miriam de Souza
Todos os direitos reservados
03/12/20.
Posso acreditar no amor?
O amor nem sempre corresponde.
As expectativas.
Devora o nosso inconsciente.
E inunda a nossa memória.
O amor cega!
Envolve-te no mais alto apogeu.
E arremata-te na mais dura realidade.
Será que a um amor sem tempestade.
Todo o amor é inconsequente
Toda via, nada se pendura.
Que amor, é esse?
Que perde o chão e derruba.
As mais altas montanhas.
E deixa a vontade.
De correr o mundo!
Shirlei Miriam de Souza
Tormenta
A sua voz ainda no subconsciente, devagar e lentamente.
Toma posse do meu ser.
Quero correr dos teus apelos emocionais.
Não consigo desapegar.
Logo cedo, ouço a sua voz lentamente.
No subconsciente.
Quero deixar a sua aparente presença.
Nos meus sonhos vaga o teu caminhar.
Quero não pensar em você.
Dia e noite tenho você em mim.
Que dirá esta distância.
Que de física por montanhas
E as planícies nos separa.
Mas a ligação que nos uni.
Não, a medida e nem espaço!
Você...
Como tem coragem, de abandonar-me.
Sem ao menos te conhecer?
Que coragem você, tem!
De seguir a sua trajetória.
Sem me doar o seu amor.
Covardia, a sua!
Deixar-me com vontade de você!
Sem poder tocar a tua cicatriz.
Que amor é esse?
Que me desola.
Não me deixa na solitude.
Venha, aguardo-te.
No tempo em que o seu coração.
Espera!
Amor...
Nunca foi posse.
Nem orgulho e nem propriedade.
Quem ama de verdade.
Sabe o valor da igualdade.
Amor é união, felicidade e parceria.
Quem ama não cobra, não exige e não reivindica.
Quem ama sente a leveza,
a cumplicidade e a gentileza.
Amor é profundidade, construção e cuidado.
Ame e se ame!
A NAVALHA
Era uma vez uma navalha. Era a melhor e mais valiosa navalha do mundo. Era cobiçada por todos os colecionadores, pois tinha a lâmina mais brilhante e com o melhor corte, era afiadíssima.
Porém como toda estrela tinha suas vaidades.
Eu sou a melhor, a mais brilhante, a mais cobiçada e não posso ficar me expondo a fazer qualquer trabalho. Não posso fazer qualquer barba, ou de qualquer pessoa, tenho que me guardar para momentos especiais. E assim a navalha ficou guardada em uma caixa esperando um momento especial de sua vida para poder trabalhar.
Muitos e muitos anos se passaram e chegou o grande dia da melhor navalha do mundo ser usada e ao pegá-la estava enferrujada, velha, não tinha brilho, o seu corte estava cego, ela era inútil, não servia mais para nada, tinha que ser jogada no lixo.
Moral da História:
O que adianta ser melhor, linda, bela, cobiçada, com as melhores qualidades do mundo se você não sabe usar suas qualidades.
A navalha se preparou a vida toda para um momento especial que só chegou no fim de sua vida, e quando chegou ela estava velha e inútil.
Não aproveitou o auge de sua vida, de seu brilho, de seu melhor corte.
O tempo passou e escondida em sua mesquinhez e vaidade morreu inútil.
A vida é para ser vivida, sem medo, com luta e com fibra, com honestidade, propósito e dedicação as causas que você acredita.
O grande mistério da vida é que as vezes fraquejamos na hora de agirmos, na hora de mostrar o brilho interior, ser a melhor, como?
Mostre-se a melhor, brilhe, não tenha medo se usar a sua vida, ela está no auge, senão você vai enferrujar, envelhecer, perder o brilho, o corte e vai para o lixo, vai se tornar inútil.
JOSE FARAG DE OLIVEIRA
ADEUS
O que eu te fizera, amor
Para que me deixasses?
O que posso fazer para que voltasses?
Não pude rir tuas alegrias
Nem ao menos conhece-las
Por longos anos de dias.
Chorei as tuas tristezas
Que também não sei se seria
Nunca soube quem eras,
nunca tive certeza!
Fui feliz contigo.
Meu corpo fiz-te por abrigo
Mas não o quiseste por sua casa.
Fui alegria, melancolia, talvez!
Só sei que sou triste desde que
Tu partiste.
APARÊNCIA
Eu não sou os outros
Não me trate como se eu fosse
Eu só sou eu sozinha no meu quarto
E dentro da minha cabeça
Não me julgue pela aparência
Eu posso ser melhor
Ou pior do que você imagina
Não me engane
Pois eu vivo me enganando
Posso parecer fria
Mas sou muito sensível
Nunca julgue uma mulher pela aparência
Dias, sem relógio
Um dia pode ser melhor que o outro para quem valoriza o agora, e pensa com vontade em mudar o amanhã,
Quem sabe valorizar um choro, um sofrimento ou um colo, saberá aproveitar um dia, um consolo, um conforto ou uma boa companhia, Uma boa música associada a um bom momento, favorece a bons pensamentos, nos eleva a bons sentimentos,
Te amar um dia de cada vez é tão bom, pena que o relógio da vida não me entende, queria que os meus dias demorassem a passar, queria tanto ter o poder do tempo em minhas mãos para deixar os nossos dias caminhando pela eternidade.
Vivendo um sonho
Uma casa, o campo, você e a 20 km a imensidão do mar,
Agora é só acompanhar o Sol e a Lua subir e descer no horizonte.
Entre um sapato e um salto alto
Algumas coisas dão certo quando se juntam, ficam uniformes,
Um drama se instalou e comoveu,
Uma dança aconteceu e resolveu,
Uma dama se emocionou e feliz ficou.
Quando eu olho...
Às vezes me pego te observando de longe e me surpreendo com o teu jeito de se aproximar.
Fico te vendo e ao mesmo tempo te sentindo, um desejo de te querer cada vez mais e mais por perto toma conta de mim.
Quando eu olho para o céu, peço por você.
Quando eu olho para o horizonte, me imagino com você.
Quando eu olho para o lado, você está aqui.
Voando sem paraquedas
Voamos, voamos um pertinho do outro, voamos tão alto que ninguém podia nos ver,
Voamos, o mundo parecia tão pequeno, o Céu parecia tão próximo e quando ficamos de cabeça para baixo o nosso mundo ficou tão lindo e o nosso Céu ficou tão bonito,
Voamos, voamos um olhando para os olhos do outro, flutuar com você sem paraquedas foi tão bom!
E veio a mim a inspiração, com as letras misturadas em gritante confusão. E tudo parecia entorpecido em meio a escuridão.
De repente, brilha uma luz, e as palavras que outrora inefáveis, a um caminho me conduz.
Foi então como um fluir das inserções, que se aglutinaram em diversas composições.
Já não mais me dominei, tão somente me rendi, as palavras me entreguei, e novos versos escrevi.
Já não me faltava inspiração, e um poema então citei, do fundo do meu coração, para quem eu tanto amei.
E o amor não acabou, mas tão fraco eu fiquei,
pouca força me sobrou, não desisti, mais eu lutei.
E assim findou a lida, de alguém que tanto sonhou, nas agruras de uma vida, findou o espetáculo e a cortina por sobre ele enfim fachou.
Música silente
Postas mãos...
brancas, taciturnas,
alvas feito Jasmim
na primavera...
Noturnas!
Nenhum toque de gaita,
à boca se desenhou.
Era o fim... Porque a canção se cansou.
Nenhum sopro... Nem tom.
Borboletas azuis pousam na tela,
voando dos pincéis, outrora em suas mãos,
e agora, voam pelos ares em procissão...
Tudo silente, emudeceu
A canção se cansou e dentro da gaita se recolheu.
Tristeza de criança
Criança, eu queria estar contigo nas ruas da sua infância.
Correr os campos e jardins com flores.
E dar-te os olores
que a vida te negou.
Queria trocar nossos sapatos,
talvez gostasse mais dos meus.
As minhas roupas (das sobras também), te daria.
Mentiria... Por um sorriso de quem ganha um novo presente...
E você nunca saberia que eu houvera trocado meu riso
pelo teus tristes olhos, contentes!
Fim
Faltam-me palavras para o adeus.
Eu sei... Nunca fui prioridade.
Mas sei o qto te amei.
E a cada vez se distanciando vai,
longe dos sussurros meus, pedindo que fique,
e olhe nos olhos e não se torne em saudade,
esse amor que foi só seu.
Ouça, por favor, os meus ais!
Oh, quanto me ferem os Abrolhos,
quando tenho milhas a caminhar,
chorando. Que fatalidade!
Ou então fechar a cortina para não enxergar a direção...
Se é o caminho do Sempre ou o de volta, regressando.
Maldito amor
Maldita a hora
em que te fiz "meu amor...
" Que lancei-te "flor"
e no firmamento um canto desesperado
e te marquei
"O sempre"
da minha
pobre vida,
mas que tornou esse canto,
gemido da minha dor.
Maldito! Maldito pecado
onde minha alma sufoquei
e quase a matei
por ter -te tanto amado.
Por isso Maldito serás,
e pela eternidade
por sobre minhas lágrimas, caminharas.
Teu riso jamais
terás por paraíso.
Por que se um dia me amaste,
tua dor terás por teu único resgate.
Maldito amor!
PRINCESA DO ACASO
Quisera eu ,
oh princesa do acaso!
Coroar-te com os mais Finos diamantes,
tua tiara enfeitada de rendas e véus
por sobre a fronte.
Quisera depois, depois,
oh realeza! deixar em tua última cama,
um nobre ramalhete de flores exuberantes,
os brancos jasmins a perfumar essa partida!
Nesse momento em que não se tem guarida...
Tudo é belo, mas triste!
É... esse dia existe:
A noiva fora encontrar seu amado,
enquanto a tudo assistimos, consternados.
Como um desenho na areia se perde ao encontro das ondas do mar, sinto - me o desenho, e o mar o teu olhar.
Quando vem a me abraçar, vejo nossas aureas dançando no luar
Quando com intensidade me beija, torço para que aquele momento eterno seja.
Oras como podes eu de novo me apaixonar ?
Como podes à uma pessoa meu coração em pedaços entregar?
Perguntas que me atormentam ao adormecer, contudo, sonho contigo e á desejo ao amanhecer.
Agora, desejo apenas o seu amor se assim posso dizer, ao seu lado feliz vamos nos fazer.
Nosso futuro vamos escrever, e aos maus olhados, vão nos ver juntos vencer.
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