Poemas sobre saudade
Embalam em nuvens de seda, lágrimas límpidas de saudades infinitas. O tempo de escuridão se aproxima em passos apressados. Caio em terra com o tormento da questão que me amedronta. Será que sobrevivo à tempestade.
Silêncio que escuto com atenção. Sem mais nada nem mais ninguém, ouço cada som calado. Quieta, serena, reparo nas marcas que deixaste no momento do abandono.
Aguento silenciosa, amarrando a ilusão à mente, como se lá no inconsciente me alimentasse, me trouxesse vida.
No deserto árido das emoções, perdida talvez num céu pouco esclarecedor que ameaçava cobrir de sombras toda aquela luz, reparo em pequenos movimentos na areia, que combatem a todo o tempo, lado a lado com a morte.
Assim eu me sentia. Sobrevivente, a travar constantemente novas batalhas.
Veneno a correr-me nas veias, fúria escondida como proteção aos meus receios. Assim me matas-te, com raiva de ti, de mim.
Sozinha num vazio com as memórias, a tentar refazer a historia que um dia desejei, recordo palavras sem razão, que ameaçam a capacidade de enfrentar, de me levantar.
Desejo de novo a vontade de sorrir! Mesmo que não seja real.
Porque não sei ver céu limpo, sem a luz que colocas em meu coração.
Não sei da água escondida no deserto, se não me hidratares com tuas gotas de suor.
Não sou nada se não pegares em minha mão.
Porque não sei de mim, perdi-me contigo e tu ainda permaneces comigo.
Não quero falar! Quero que repares em mim, que saibas que sinto a tua falta, apenas com o meu silêncio.
Passo a teu lado, não me olhas, não me vês.
Não senti o teu perfume…
Perdi-te mais uma vez!
Deixas pegadas, somente pegadas...
Cartas
Eu sinto saudade
Da carta escrita,
Tão leve e bonita
Na simplicidade
Da intimidade
De quem escrevia…
Hoje, todavia,
É brega, passado,
Foi posta de lado
Nesta era fria…
As coisas pequenas
Perderam valor.
Moldaram o amor,
Puseram antenas
E formas obscenas
Nas coisas mais belas…
Ficaram nas telas,
O calor, a vida
A mão não sentida
Nas frases singelas…
Ah, modernidade…
Engoliste cartas,
Fizeste lagartas
Que sem qualidade
E sem humildade
Se julgam normais
(por serem iguais)
Vivendo de abraços,
Sorrisos e laços
Que são virtuais…
Gente morna não me convêm
Que só convida quando tem saudades, que só aceita quando ta com tédio, faz por fazer e não por criar, sai por sair e não por conhecer, vive por viver e não por desfrutar.
Morna, sem sal, sem vontade, pacata, sem vida, sem sonhos, sem expectativas, sem presença que só vive de carências e que não se alimenta de experiências.
Tem sempre os mesmos planos, frequenta sempre os mesmos lugares, conhece sempre as mesmas pessoas, vive sempre os mesmos amores e não sabe nem se amar.
Fala mais não do que sim, mais "não sei" do que "vamos". Nunca tem clareza, pessoas do "talvez" que só vivem de incertezas.
Gosto de pessoas intensas, apimentadas, sedentas, de essência e excêntricas. Que vivem com o medo mas que não deixam o medo viver por elas. Quero mais pessoas que não só estão vivas mas que estejam vivendo.
Quanta saudades de você, meu amor!
Tanta dor você deixou
Quanto tempo mais
Vou ter que esperar
Pra que você volte pra mim?
Não me deixe assim
Sofrendo tanto por seu amor
Ninguém vai te amar
Da mesma forma do que eu te amo
Volte, estou te esperando!
SAUDADES DE NÃO SEI O QUÊ
Pensei bem e decidi: vou largar a barra da saia da mamãe. Deixar pra trás a cama sempre arrumada, as roupas limpas, o leite no pires. Não quero mais ganhar presentes sem merecer, nem afagos a qualquer hora do dia. Me cansei dessa vida de filho único. Estou com saudades de não sei o quê; só sei que é de coisa que não vivi. Não quero mais gastar meus dias entre livros. Não quero mais perder a noção do tempo imerso num mundo que não é o meu. Preciso descobrir o que existe do outro lado; sentir o perigo perto. Quero sentir medo. Quero sentir paixão; sentir o sangue pulsando agitado da ponta dos pés às orelhas.
Quero a prova de que tudo o que ouço é verdade. Quero experimentar novos sabores… azedos demais, salgados demais, amargos… Preciso de um corte no dedo que cicatrize sem curativo. Preciso esperar no ponto por um ônibus que não vai chegar nunca; e vou olhar para o relógio mil vezes enquanto isso. E quando todas essas coisas já forem rotina para mim vou correr na chuva, chorar ouvindo uma música, pegar um resfriado, ficar na cama sentindo a solidão, esperar telefonemas que não vão acontecer.
Mas quando a felicidade me pegar de jeito, vou senti-la plenamente em cada poro, em cada célula do meu corpo. E celebrá-la, como se eu pudesse ser o último no mundo a senti-la.
Abro os braços, inspiro fundo e me lanço da janela. Quatorze metros e meio até o chão. Restam seis vidas.
A alma pode ser leve ou pesada
Pesa na ausência da pessoa amada
Mas é leve quando se é valorizada
* * *
Minha alma tem a leveza da luz
No som da música, nas lembranças
De minha amada e no amor de Jesus
Eu não sabia que a saudade incomodava, que o amor era tanto e que a vida doía.
Não sabia que a mágoa machucava, que a lembrança desbotava e que a aspereza enrugava.
Eu não sabia que o caminho era longo, que as pedras incomodavam e as curvas confundiam.
Eu não sabia que o silêncio torturava, o desejo salivava e a distância traria o esquecimento. Também não sabia que a ironia maltratava e que em todos os tempos o fingimento não tinha graça nenhuma.
Eu não sabia que a preocupação esquentava a cabeça, que a noite se afeiçoava com a solidão. Eu desconhecia sobre os interesses fúteis como praga que contaminava os dias. Isso eu não sabia.
Eu não sabia que o choro era sinal de fraqueza. Pensei que arejava a alma, em algumas situações. Não sabia que as mães eram heroínas, mesmo que os filhos nem se deem conta disso, nem que os pais fazem um esforço danado para parecem certos o tempo todo com seus sermões quilométricos.
Eu não sabia que a alma fica doente e o corpo padece com isso. Que o coração é lugar para dúvidas e a razão nunca é obediente.
Eu desconhecia o sofrimento como escada para a felicidade, que o medo fragilizava e que havia um abismo entre o sonho e a realização.
Eu não sabia que o universo conspira a favor de quem faz a sua parte. Que sorte é quase uma fábula e que o discurso só funciona quando é resultado de uma prática.
Não sabia que era preciso tanto esforço para viver em um mundo contraditório.
Saudades
Wikipedia
Saudade é uma espécie de lembrança nostálgica, lembrança carinhosa do bem especial que está ausente, acompanhado de um desejo de revê-lo ou possuí-lo. Define, pois, a melancolia causada pela lembrança; a mágoa que se sente pela ausência ou desaparecimento de pessoas, coisas, estados ou ações. Provém do latim "solitáte", solidão.
No dicionário
lembrança triste e suave de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhada do desejo de as tornar a ver ou a possuir; pesar pela ausência de alguém que nos é querido; nostalgia
por Clarice Lispector
Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.
por Vinicius de Moraes
Chega de saudade, a realidade é que sem ela
Não há paz, não há beleza
É só tristeza e a melancolia
Que não sai de mim, não sai de mim..
SAUDADES POR "ARTURO ANGELIN"
VONTADE QUE VEIO DA DOR DA DISTANCIA, DO NAO PODER ESTAR AO TEU LADO, DE AMAR E NAO PODER LHE TOCAR, DE SENTIR O SEU CHEIRO QUANDO MENOS SE IMAGINA QUE VÁ SENTIR, DE SE LEMBRAR DO SEU SORRISO E TER QUE ME CONTENTAR APENAS COM A LEMBRANÇA, LEMBRAR DO TEU ROSTO E TER QUE ESPERAR PELO DIA QUE O VEREI DE NOVO, LEMBRAR DA TUA BOCA MACIA, FECHAR OS OLHOS E SENTIR VOCÊ A UM CENTIMETRO DO MEU ROSTO, ABRI-LOS E VER QUE TUDO ISSO É SAUDADE.
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Saudade
“É preciso aspirar o perfume do enorme jardim do tempo para que a saudade saia do esconderijo sem medo, mansamente e, depois, aquecida pelo calor do sol das lembranças, retorne, tão mansamente como saiu”.
Saudades...
Da época de criança, das brincadeiras inocentes, que hoje já não são tão inocentes assim. Das tardes em que eu passava fazendo exatamente nada, que hoje já são tão movimentadas. Saudade de quando eu era ingênua, de quando eu não entendia nada, das épocas que eu só ouvia, e não precisava dar minha opinião, por isso não era criticada. Saudade de quando todos faziam as minhas vontades, que eu era a princesinha da casa. Saudade...
Saudade de quando eu acreditava em papai Noel, coelhinho da páscoa e príncipe encantado.
Pensa que eu tinha certeza que existiam príncipes, a, e não eram príncipes comuns, eles chegavam em um cavalo branco e eram perfeitos e eu tinha certeza que era mentira que eles viravam sapo, mas com a vida a gente aprende a acreditar, ou não acreditar.
Na verdade, a gente aprende a ouvir, a entender, a viver.
Minha saudade tem a música
de Cazuza na vitrola
Tem o samba da
boemia de Cartola
Um quadro de um riso lindo
na memória
E o vazio de um tempo bom
que foi embora .
Como eu queria estar com você.
Não é fácil saber que você está tão distante.
Cada ausência sua, faz aumentar esse sentimento que agora defino por amor. Algo puro, sem interesses, que até mesmo superou a distância.
Nessas circunstâncias, saiba que eu amo você, e que mesmo não tendo você ao meu lado, eu sempre vou estar com os meus pensamentos fixados em você...
Você faz muita falta!
Lembro desse seu jeito bobo de ser,que encara a vida com coragem e determinação...
Eu te admiro muito, por sua inteligência e porque apesar das coisas que te aconteceram, você continua firme e forte nos caminhos do Senhor.
Desejo de todo o coração,
Que a distancia não possa ser um empecilho entre nós, mas que ela apenas possa florescer esse sentimento que Deus nos concedeu.
a saudade
é um filme sem cor
que meu coração quer ver colorido
a saudade
é brigitte bardot
acenando com a mão
num filme muito antigo
Amor-perfeito pelo chão
Em quantidade...
Saudades
Sentimento indefinível,
muitas vezes abstrato.
Às vezes é tão intenso
que chega a ser palpável.
Todos nós sentimos saudades de algo,
de um cheiro,
de um sabor,
de um lugar,
de um período que se foi
e não voltará jamais.
De alguém que nos deixou
e não nos permitiu
sequer uma despedida.
De um amor,
que devido aos percalços da vida,
acabou...
Saudade é falta,
ausência,
melancolia,
nostalgia.
Muitas vezes,
uma privação voluntária de algo,
que somente nós,
ainda que subjetiva
e inconscientemente,
admitamos que a sentimos.
Em nome da tua ausência
Construí com loucura
Uma grande casa branca
E ao longo das paredes te chorei...
Sinto Saudades
Sinto saudades daquilo que não aconteceu
Sinto saudades daquilo que irá acontecer
Sinto saudades daquile que se foi
Sinto saudades daquele que virá
Sinto saudades de quem marcou minha vida
Sinto saudades daquele que não gostei
Sinto saudades do amigo
Sinto saudades do desconhecido
Sinto saudades de tudo
Só sinto saudades porque amo...!
