Poemas de Morte

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A morte é que está morta
Ela é aquela Princesa Adormecida
no seu claro jazigo de cristal.
Aquela a quem, um dia - enfim - despertarás...

E o que esperavas ser teu suspiro final
é o teu primeiro beijo nupcial!

- Mas como é que eu te receava tanto
(no teu encantamento lhe dirás)
e como podes ser assim - tão bela?!
Nas tantas buscas, em que me perdi,
vejo que cada amor tinha um pouco de ti...

E ela, sorrindo, compassiva e calma:

- E tu, por que é que me chamavas Morte?
Eu sou, apenas, tua Alma...

A morte pertence à vida,
como pertence o nascimento.
O caminhar tanto está
em levantar o pé
como em pousá-lo ao chão.
(Pássaros Errantes)

A espada do destino tem dois gumes... Um deles é você. E o outro é a morte.

(A espada do destino)

A depressão mata mais do que a morte;
porque quando a morte chega,
em muitos dos casos,
ela já tem matado antes.

És tristeza.
És solidão.
És dor.
És fraqueza.
És amargura.
És rancor.
És a Morte.
És o Fim.

Todas as ações na terra, já foram previstas por Deus, nos mínimos detalhes
(do nascimento a morte), exceto o seu Livre Arbítrio (Construções da Alma)
ele quer isso, algo que interesse a ele, não o que já está feito (por ele)

Sorria e celebre este dia!
Jesus Cristo venceu a morte e estará conosco para sempre!
Feliz Páscoa!

A progressão social repousa essencialmente sobre a morte. Os vivos são sempre e cada vez mais governados pelos mortos.

(Incidente em Antares)

Glorioso tipo 2pac
Engenhoso tipo Da Vinci
Estrategista tipo Sun Tzu
Veja a morte tipo Prince
Déjà vus como Chico Science
Rigidez calejando a pele
A cabeça mais ou menos ice
Que esse mundo me congele
Tô enxergando a escuridão, mas nós somos luzes
Carregamos cruzes, somos luzes negras
Engolimos todos, superamos tudo
Tamo nesse jogo, focado nas regras
Fadado ao menino destino
Que nem os Deuses escaparam

... "fale-me sobre morrer no momento certo.
- Viva enquanto viver! A morte perde seu terror quando se morre depois de consumida a própria vida! Caso nao se viva no tempo certo, entao nunca se conseguirá morrer no momento certo."
(Quando Nietzsche chorou - Irvin D. Yalom, pg 329)

A Vida e a Morte

Me sinto tão viva que estou morta.
A morte é vivida, sentida, doida.
A diferença é que a morte nos faz querer viver,
Já a vida, nos faz querer morrer.
Mas e quando você está vivo e morto ao mesmo tempo?
Quando todos os dias acorda de manhã com o singelo canto dos pássaros;
As nuvens ainda em seu pranto por se despedirem da doce lua;
O céu ainda escuro por esperar a chegada dos raios solares;
As flores esperando a brisa quente, as abelhas em seu pouso para retirar seu néctar;
Quando as manhãs são iguais,
Sempre ao som das buzinas de trânsito;
Dos gritos humanos;
Dos cafés derramados na roupa enquanto seu chefe o explica oque deve fazer nessa manhã;
Ou a chamada de seu nome em voz alta na sala de aula enquanto todos gritam desesperadamente.
As manhãs sempre estressantes.
Sentir o arco-íris solar em sua despedida,
Ver as múltiplas cores que o cercam.
A brisa da tarde, algo encantador.
A chegada da noite nos alivia.
Estamos com nós mesmos, em nossos pensamentos, em nossas brisas.
A chegada da noite nos traz para quem realmente somos, por dentro, alguém que queria algo que não pode ter,
A felicidade vivida.
A tristeza nos consome,
A vida se torna a morte.
Por que viver morto?
Sentir a falta de quem ama, sabendo que em muito tempo não poderá olhar no fundo de seus olhos e abraçá-lo forte,e então, só ai, se sentir vivo.
Mas, como diz o ditado:
"Querer não é poder";
Então o ciclo se repete em inúmeras vezes e você percebe que seus esforços são somente para alimentar a morte, com suas conquistas e derrotas.
Com seus bens materiais, perfumes caros, o carro que sempre desejou ter;
Mas, enquanto a vida, ela nunca será vivida?
Sua felicidade nunca chegará à tona,
Seus ombros sempre estarão contraídos sem aquele carinho, afeto da vida?
Sem o amor?
Sem aquela pessoa amada?
Sem ninguém que ama a sua volta?
Sem o fazer sentir vivo.

Esperando
O trem chegar
À beira da ferrovia
Ansiosamente
Nos trilhos
Esperando
A morte chegar

Voltei ao meu livro imaginando qualquer outra coisa
Não pude imaginar que aquele velho realmente havia morrido bem ali
Simplesmente infartou, ao atravessar os trilhos, caiu sobre eles

Assustador, bizarro
o barulho
da queda
um corpo
subitamente
sem vida..

Muitos foram os curiosos que cercaram o recém falecido, estudando a situação
Logo retiraram-no dos trilhos, o deitaram no chão
Tentaram ouvir o coração e a respiração
O pulso
Não pulsava

Ao chegar o trem
Ouvi alguém gritar
-Foi infarto!
Sobrecarregou o coração
Pereceu de tanta emoção
Ao atravessar a linha
Esperaria a chegada do trem
Pois neste dia havia
Prometido reencontrar alguém
Que lhe fazia sentir tão bem

Quem diria

O mundo passa diante da janela, tudo parece ficar para trás
Entorpeço-me observando sem parar
Trago à tona o livro novamente
Pra tentar continuar
Escrever meu ver
Meu imaginar
Minimizar
A vida
Breve
Em
Si

Torna-se então desconsertante a ansiedade saltante de que logo chegará o fim da linha,
a hora de saltar e seguir adiante em passos precisos acompanhados de preciosos pensamentos passados à pegadas no papel amassado impregnado de palavras borradas escritas tão apressadamente que não serão lidas e sim esquecidas num lamento impresso às pressas num grito de solidão.

Sei que a intensidade da arte pode levar ao infarte
Um velho romântico e eterno apaixonado
Fez de tamanha devoção seu sentimento
Que não pôde conter as lágrimas ao cair
Desfalecidos, os olhos do desvivido
Desejava ter trazido
As flores que imaginara
Que a pressa
Impediu-o
de comprá-las

Foi tamanha beleza sua partida
Tão terrível e marcante
Pincelada precisa
Profunda
Na tela
Tenaz

A morte não é para amadores. A morte não pede para você guardar os óculos antes de bater em sua cara. A morte não se intimida se é idoso ou uma criança. A morte é implacável e não espera que você prepare um discurso de adeus - os outros terão que se virar com as palavras ditas e as lembranças esparsas. A morte dói duas vezes: para quem parte sem saber e para quem fica sem compreender o sumiço. A morte desidrata a alma. A morte não lhe poupa das piores notícias, diz de uma vez, grosseira. A morte vai tirando quem você mais gosta de repente e deve se virar com o luto. A morte é a solidão da memória. A morte não respeita Dia dos Pais ou das Mães e leva o seu pai e sua mãe no meio da comemoração.

A morte não poupa sequer o aniversário de alguém. Não aguarda que soprem as velas, que vire o pêndulo da meia-noite, que se abram os presentes. Ela não ama ninguém para dar desconto, sobrevida, perdoar atrasos.

A morte tem inveja da vida. Parece que ela nos obriga a ser feliz sem pensar muito no futuro, sem se demorar para responder os afetos, sem adiar os sonhos. A morte grita em nossos ouvidos: faça agora antes que seja tarde.

Fabrício Carpinejar 🍃

Falamos do que não sabemos,
porque a morte nos espanta
e dói a mortalidade.

O que é ser imortal?

Todo boi sonso quando mostra seus chifres, feri de morte.

Publicado no Recanto das Letras em 11/08/2009
Código do texto: T1747615

Assim é a vida, nascimento, crescimento, amadurecimento, envelhecimento e, por fim, a morte.
Tentei entender, quis ser feliz, não procurei o sofrer, lutei pensei que era vencedor, caí no caminho, senti o desprezo da ilusão, do desejo, aprendi a chorar.
Não consegui entender nem mesmo experimentei o gosto da vitória e o dissabor da derrota, de quem não é compreendido. A mente é uma complicada selva onde os pensamentos bons são os amáveis, dóceis e possíveis de ser dominados, e os maus pensamentos são feras indomáveis, devoradores, alguns desses são conhecidos, diria inveja e ressentimentos. Não conseguimos ouvir seus rugidos e latidos.
A paixão pode ser como uma serpente que trai o coração da gente, como ilusão passageira que mata sonhos. Mas não deixe que roube seus ideais. Aprendi que as estrelas não se amedrontam com a escuridão da noite, quando nem mostram o seu brilho. Também a lua não se aborrece com o uivar dos lobos, e o sol não se envergonha de vir depois da tempestade.
Por isso jamais quero me conceder, só quero aprender a vencer, surpreender e crer, nunca desista e sempre insista. VOCÊ É ALGUÉM CHAMADO PARA VENCER!

O norte, a morte, a falta de sorte...
Eu tô vivo, tá sabendo?
Vivo sem norte, vivo sem sorte, eu vivo...
Eu vivo, Paulinho.
Aí a gente encontra um cabra na rua e pergunta: ‘Tudo bem?’
E ele diz pá gente: ‘Tudo bem!’
Não é um barato, Paulinho?
É um barato...

Lamento ser o anjo da morte.
Mas, você não cria raízes em lugares...
Só pode cria-las em pessoas.
O segredo é desapegar das coisas e das cidades.
Esse apego não leva à nada. A não ser a decepção.
Também nem posso afirmar que as pessoas não vão te decepcionar. Só posso dizer que o coração ainda é fértil e nele há chance de cultivo. Mas isso está diretamente ligado ao que você vier à plantar. Caso contrário, você pode se tornar alguém como eu. transformando-se nessa forma contraditória e confusa que ao mesmo tempo procura ser aceito, busca a verdade.
Lamento que meu trabalho seja levar más notícias.

Morte Confortante

Há felicidade no morrer.
Pois acaba toda tristeza.
E junto vai o sofrer.
Eu vejo na morte a beleza.

A morte chega a ser uma recompensa,
Para uma vida de solidão.
Quem sofre, na morte sempre pensa,
Principalmente quem sofre de paixão.

Morte eu te agradeço.
Faz tempo que eu espero por este encontro.
A minha vida eu te ofereço.
Abraça-me! Eu estou pronto.

Assim salientou Epicuro de Samos:

...¨quando existimos, não existe a morte, e quando existe a morte, não existimos mais.¨

Logo, viver é morrer; morrer é viver.
Concluo: viver mata!