Poemas de Lua

Cerca de 7923 poemas de Lua

A Lua é venerada e reverenciada como a personificação do sagrado feminino. O culto a Grande Mãe Terra foi esquecido e está sendo resgatado... É de se esperar que no dia a dia de cada mulher sagrada que dispõe de um tempo faça uma conexão com a fonte criadora, seja em
Meditações, orações, contato com a natureza.
Os estudos das antigas tradições e mitologias revelam que a interpretação da Grande Mãe como uma Deusa Tríplice, onde há a figura da Menina ou Donzela, da Mãe e da Anciã, seguindo a Lua crescente, a cheia e a Minguante que simbolizam o nascimento, crescimento e morte, não a morte física, mas a morte dos sentimentos e atitudes que não condizem com o amor que devemos ter em nosso ventre.
A Lua tudo influencia, uma influência benéfica no desenvolvimento e o crescimento de todos os seres vivos, o movimento da vida, no ciclo da vida como num bailar clássico e irreverente.
Honre suas ancestrais, sua feminilidade, seu sangue sagrado, seu poder de dar vida.
Honre a Grande Mãe Natureza!!!

Serena e carinhosa a lua beijar o mar,
vestida de ouro tão bela e silenciosa
trazendo harmonia, tranquilidade e paz,
iluminando as sombras que a noite deixou.

“Lua”
Lua brilhante, a procura de um amante.
Quem sabe um príncipe, um infante.
Um homem, romântico, elegante, galante.
Expõe toda sua beleza
Mas esconde por trás de seu brilho
Toda sua tristeza.
Mas nunca perde sua beleza.
Sua altivez
Das noites é a rainha soberana.
Com sua luz, muito poeta inspira.
E muitas serenatas ao luar.
De muitas paixões e amores é a madrinha.
Mas sempre no final
Nos céus, acaba sozinha.
Muda de fases, de tempo em tempo.
Muda também de cores
Para seduzir seus amores.
“Não me encontro com ninguém
(tenho fases como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu.”.
Cecília Meireles
Autor: Edmundo Cavalcanti

A Lua do Haise

A lua brilha forte,
Em meus olhos mortos,
A luz entre a fumaça,
E uma tontura prazerosa

Enquanto as ruas são banhadas,
De um encanto ansioso,
Para aqueles que seguem
A beleza das palavras

Amigos na esquina,
Conversas ao vento,
E no Lugar do lamento
A lua me trás a esperança
De um novo tempo...

Risadas, sorriso e amores,
O haise beija a lua
junto a cidade familiar,
Enquanto o cigarro queima
Sempre existe um olhar...

Essa moça que amei,
A lua deixou de lado,
Com o menino sonhador,
A luz dos céus abraçam o Haise com amor.

Poetas dormem chorando,
Substâncias para esquecer o amanhã,
O sol chega com seus raios calmos,
Em mais um dia de solidão.

Gregory Ryan (21/02/2018)

A lua parece tão sozinha no céu
Me reflito nela, me sentindo sozinha
Sozinha como na escuridão
As estrelas tão longe
Longe numa imensidão
Uma imensidão tão vasta que chega a não ter um fim
O fim que temos medo
A lua tão bela, numa solidão.

"Soube que era saudade
quando houve perdão sem ocorrer pecado.
Quando notei que a lua não respeitou o dia.
Quando as asas antecederam o pássaro.
Quando o beijo chegou antes dos lábios.
Quando fiz duas porções para jantar só.
Quando houve dicotomia e minha alma se apresentou sem corpo.
Quando meu corpo sentiu o que meus olhos não enxergaram.
Quando fechei os olhos para enganar o meu cérebro.
Quando vi sua foto e a memória quis encarnar."

A JANELA E A LUA (soneto)

Já de ti - dizia a lua - me despeço
Pra janela, no cerrado com sorriso
Deixo-te com os sonhos. Preciso
ir... O sol já está no seu ingresso

No horizonte me embaço no paraíso
De tua fresta vê-me no meu avesso
Diz a lua no clarão no céu disperso
E eu, noturna, indecisa, me diviso

E, escancarada, alegre, a ti expresso
Até mais logo! Vá com lotado juízo
Diz a janela pra lua, breve regresso!

E está, que já dormia, de sobreaviso
Inteirou a janela deste seu recesso
Até a noite, quando volta no improviso

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano

DE CORPO E ALMA
letra: Marilda dos Santos

Noite de lua
Noite sozinha
Nas paredes do meu quarto
Fico a imaginar:
Sei que estás longe
Que em breve vais voltar
De corpo e alma pra me amar

De amores intrigantes
De passados distantes
Vênus e Marte sempre serão grandes amantes

Não me condene
Pelo meu mundo sem ação
O que importa
Se estou presa a este mundo?
Se é nesse mundo
Que eu sei te amar loucamente!

Quando te critico
Por fazer o que vem na cabeça
Não é por mau
E sim um modo de te proteger
E também medo de te perder

(28 Dez 1993)
Marilda dos Santos

LUSCO-FUSCO

Nas últimas luzes do sol
a noite se entrega ao clarão da lua
num céu coalhado de estrelas.

Não sei onde esqueci meus sonhos.
Procuro no álbum de fotografias
os amores felizes que tive
e que no tempo se perderam.

Na cozinha, o suave aroma
do chá de madressilva.
Debruçada à janela,
ouvimos o som de um violão.
- Eu e minha solidão.

Verluci Almeida

Porque eu vou me curar
com uma dose de loucura
me dê mais um drink
de beijos teus sob a Lua

Poesia infantil

"O sonho do sol"

Quando a noite chega
A lua se apronta
Para contar histórias
Ela está sempre pronta.

O sol deita nas nuvens
Tal qual nas telhas
Da terra que dorme
Repleta de estrelas

Descansa tranquilo
E se cobre do céu
Que durante a noite
Vira um lindo véu

A lua incandescente
No lugar do sol brilha
Enquanto o véu de estrelas
Faz trilha pra mais de milha.

Para o sonho do sol!

enfim, eclipse . . .
a lua se entrega ao sol, no meio do céu, ao meio dia,
assim. elipse . . .
se faz escuridão. que cega as testemunhas da ousadia
ao fim, o ápice

“Você é o sol,
A lua,
O vento,
O ar e o fogo,
Você é quem me completa,
Você é quem preciso para seguir,
Você simplesmente é a pessoa que amo,
Que eu quero e que desejo hoje amanha e sempre.”

Ela ama a lua
Eu amo as duas
E apesar de toda loucura
A minha loucura é só sua

EU SOU A POESIA...

Debruçada no papel
De noite, lua e estrelas
De dia, teu favo de mel
A mergulhar em cheiro
No pomar de flores no céu.

Eu sou a poesia...
Sinônimo que tira o teu sono
na efêmera madrugada
te levando ao êxtase
do mais intenso prazer.

Eu sou a poesia...
Que ludibria os teus sentidos
E em algumas doses de vinho
Embriago a tua alma
E viro musa no paraíso.

Eu sou a poesia...
Que ao se despir pra ti
Transforma o teu olhar
E fala com o teu corpo
No insensato pensar.

Eu sou a poesia...
Que te faz dormir
No acalanto dos seios
Cobrindo o perene amor
Dos dias forasteiros.

Eu sou a poesia...
Que arranha os teus versos
Beijando-te em palavras
Vorazes, completas
Em poema, derramadas.

Eu sou a poesia...
Que ao acordar te faz poeta
De rimas, versos e estradas
Dantes vida jamais trilhada
Nas vias da tua jornada.

(Celeste Farias, BH, 20/11/2013)

Luz da lua cheia, brilhante, que atrai que encanta.
Lua que, ao contrário da nova, mostra sua face.
Que, sorrateira, aproveita-se da ausência do sol
E reflete o brilho deste como se fosse seu.
Em meio da mata, entorpece o brilho das estrelas
Entorpecendo também aqueles que deitam sobre seu olhar
Lua que abre portais, aguça a sensualidade, a intuição.
E depois de embriagar-se dela, mesmo na escuridão, seus efeitos perduram
Ouve-se o som da mata: os bambus conversam entre si
Enquanto as águas da nascente cantam sua canção para me fazer dormir.
Águas estas que ninam e despertam, que me trazem de volta a realidade
A verdadeira luz, a luz da verdade, a luz do sol.
Águas que também encantam, que correndo para buscar o mar
Vai traçando desenhos, vai limpando seu caminho,
Desenhando por entre o relevo, seu desejo de passar. Relevo que a trai... Mas quem é ele que pode pensar em assim fazer?
A água cai, e quando chega ao fim da queda, vinga-se.
Quebra a rocha e de quebra, dispersa a luz.
Maquiada de branco, essa luz se desfaz em sete.
Aí entendo o porquê até a lua, cheia, seduz quando se faz brilhar.
É porque sem máscaras, sem disfarces, a luz e suas sete cores
É a mais ingênua e pura forma de iluminação que o homem pode apreciar
Para só então, ao som mágico da orquestra água, se apaixonar.

CALMA E TENUE SAUDADE - Almany Sol, 11/03/2014

A poucos estava eu observando a bela lua,
assim tão linda e serena, deslizando livre,
como se fosse carregada pelo vento brando
e que entre nuvens tão tímida se escondia,
deixando em mim uma saudade inexplicável.
Nessa solitude resolvi fazer uma conexão,
busquei alguém pra teclar, encontrei você.
Que bom, me trouxe vida nova e emoção,
ascendeu meu céu, trouxe brilho e cor,
me permitiu um brinde ao universo da alma
e depois como a lua se furtou no infinito
deixando em mim uma calma e tênue saudade!

Decerto, eu receberia todas as dádivas do teu amor.
Quando a Lua no céu estiver a brilhar,
Receberás a chave do baú dos meus tesouros,
Ocultos aos olhos que não empunham a Espada "Caledfwlch" que está cravada na Pedra que está próxima à Tintagel . O mapa do meu coração está à direita da Constelação de Órion e pode ser decifrado quando souberes meu verdadeiro nome.

Lá estarão todos os segredos que procuras.

Flor de cemitério ( conto)


Era uma noite gélida e sem lua quando um botão de rosa nasceu na sepultura de Amanda, Uma jovem que havia morrido de tristeza, definhado apos perder o único amor de sua vida para a morte, Jason havia morrido em batalha na guerra pelo seu pais.
Aquele botão de rosa que nascia era o sinal que ela havia encontrado seu amor em outra vida, que agora Amanda e Jason podiam fiar juntos por toda eternidade.

O vento uivando como um demônio tentando com toda fúria destruir a futura flor. Corujas e Morcegos contemplavam sua luta, rindo em deboche ao seu esforço inútil pela vida…

- Pra que lutar pela vida quando ela sera vivida neste lodaçal o inferno onde não existe alegria so morte e dor?
-Ela sera apenas uma rosa escura e sem beleza!
-Ela vai morrer antes mesmo do raiar do sol.

A flor ouvia a conversa e ao invés de murchar de tristeza, ela encontrou forças na fraqueza ergueu seu caule, ainda era uma inocente, não havia abertos seus olhos para a podridão do mundo que a cercava, ela tinha fé que seria belo seu futuro. E assim resistiu a flor a um dos mais furiosos vendavais.
Quando os primeiros raios de sol brilharam no horizonte e foi tornamo claro o céu, alguns pássaros cantavam brindando o novo dia. O botão de rosa abriu-se e sua cor tão linda jamais havia sido vista naquele lugar tão escuro era um magenta vibrante, em cada pétala o sol batia e refletia um novo tom de rosa.

Linda perfeita e unica em um ambiente totalmente controverso a si, na terra ouvia-se o sussurro de novos brotos dizendo:
”Venham, venham ver esta flor de beleza jamais vista”
E a cada dia o cemitério ia ficando colorido pra mostrar que ate mesmo na morte existe beleza, se tivermos forças pra lutar.

Conto escrito por Annh Cavalcante em dezembro de 2011.

Na mesa ...
o linho do firmamento
nas taças
o vinho da Lua
E nos pratos
o alimento das estrelas

- Eis a nossa Ceia !


[Távola De Estrelas] Ceia Cósmica