Poemas de Lembranças
"Veremos que um dia tudo não passará de lembranças. Um tanto quanto apetitosas, saborosas, deleitosas... e inesquecíveis. Estamos habituados a perder, mas creio que não estamos habituados a vencer, a ganhar. Assim que algo formidável, esplêndido e estonteante aparece em nossas vidas contestamos, hesitamos, abdicamos de tudo porque temos medo! Essa é a ilustre verdade: somos um bando de covardes amedrontados! Sempre com receio, com a ânsia de um passo em falso, como se um mau pressentimento sussurrasse dentro de nós, então decidimos fugir, abdicar de tudo!
"Coragem não é a ausência do medo, e sim a superação do próprio".
Porque todos podem ser covardes, mas poucos podem ser capazes de superar o que mais temem. Nos esquivamos dos infortúnios, dos transtornos, das controvérsias, das verdades, para que não encaremos as consequências. O nosso desleixe impede de usufruirmos da nossa capacidade de superar, de vencer. Os obstáculos, os empecilhos nada mais são do que lições, ensinamentos. Cabe a cada um escolher entre assumi-los e compreendê-los, ou, se lamentar por serem dignos de pena dos outros, pior... se conformar com a pena que têm de si próprio."
Chorão
Há um tempo em o que tudo que se vive vira lembranças, marca, vira história.
Há o tempo em que se vive a sua época, em que se vive sua adolescência e esse tempo ficou ali na história.
Há o momento em que um sorriso, um detalhe no dia de chuva, uma frase na capa do caderno escolar ficam vivos em nossa memória.
Haviam aquelas rodas nos finais de semana onde um violão sequenciava a trilha sonora da nossa juventude e as horas passavam descontraídas e prazerosas entre amigos e possíveis flertes.
Há também aqueles momentos embalados por uma trilha sonora, que desde a introdução do arranjo até a sua batida final passa um filme todo de uma época pela nossa cabeça.
E há aqueles que fazem as melodias que embalam a época de cada um de nós, que sem querer ou por querer se tonam especiais em nossas vidas.
LEMBRANÇAS
Já não disputa o assento da janela
Não conta os carros que ultrapassam apressados
Não ouve atento o causo do caipira falante
Não conversa com o senhor atencioso do banco da frente.
Hoje, entra despreocupado demais com o cansaço
Fica em pé para não amassar o terno
(Olhos apenas aos obstáculos da industrialização)
Fecha a janela para não sentir o vento que traz saudades
Aos causos reserva tempo nenhum
Nada conversa com os senhores 'suspeitos'.
Pobre homem! Pobre homem!
Não sabe quão infeliz é seu apático comodismo!
Nem parece aquele menino risonho, que outrora
Acenava, cheio de vida, da janela do ônibus.
Agora.
A vida quase que para,
Presa.
Lembranças de uma mente sem brilho
Brilham, como pontos de luz no escuro
Como estrelas vivas e loucas no céu.
Recordação... Recordação...
Traz à memória boas lembranças,
Daquele nosso tempo adolescente,
Eternas crianças,
Mas que por descuido da vida
Separaram-se,
ainda que a amizade não tenha sido em vão.
Recordação... Recordação...
Que o tempo não volta mais,
Que o tempo, impiedoso,
Deixou para trás,
Que os dias suplicam,
Só por mais um até breve,
Um adeus, momentâneo,
Que talvez nunca aconteça mais.
Recordação... Recordação...
Não sei se é sinônimo de nostalgia
Ou desse sentimento que agora
E mesmo outrora
Assaltou meu coração.
Simplesmente, recordação... recordação...
Me faz perder o juízo,
O sentido,
A razão.
Lembranças perfeitas I
O seu mundo não se move mais pelas lembranças?
Estão por que, se sentir assim todo o tempo?
E tenta corromper com esse sentimento de angústia.
Mas não consegue!
É mais forte que você.
Vai ao mar? Estou lá
Vai à montanha? Também estou lá
Vai à beira do rio? Sentes falta de mim.
Deita-se na cama e pela janela vês as estrelas?
Eu sou uma delas.
Atravessou o oceano para sentir a mesma coisa de antes?
Errou. Nada é igual.
O cheiro é diferente
O diálogo é diferente
A música é diferente
E então, a poesia? Bem diferente.
É débil demais, não é?
São muitas as tentativas do esquecimento,
Mas você não consegue me esquecer.
Claridade
No riacho da saudade
Vi flutuar as lembranças
Encontrei apenas dor
Onde outrora havia amor
Desci triste a ribanceira
À procura de água pura
Entre pedras e espinhos
O meu ser se viu sozinho
Vi nuvens carregadas
Com jeito de solidão
Prontas para derramar
As águas da desilusão
Solitária empreendi fuga
Precisava de um abrigo
Pressenti a desilusão
A rondar meu coração
Vi a lua cheia prateada
Rodeada de estrelas
Espiar a madrugada
Diante da noite calada
Pisei espinhos doridos
Saltei muralhas escuras
Reencontrei a esperança
O meu ser se viu criança!
Já vivi experiências que nada acrescentaram em minha vida.
Nem lembranças conseguiram deixar..
São como uma brisa, passam e vão.
História guardada na última gaveta do cômodo do quarto
Lembranças do passado de um ontem nitidamente lembrado
Agente olha pro futuro mas repete o passado, viver... Viver requer muito além do que os meus pais me falaram.
Sorri para o sol porquê o dia amanheceu e já é hora de viver... Viver mesmo que o calor do raio te faça mal, o importante é viver.
Olha pra cima porquê a lua tá linda, anoiteceu, anoitecer e pode ficar tarde pra você começar a pensar em viver.
Lembranças são como aquele baú misterioso, todo mundo tem um.. pequeno ou grande, moderno ou démodé ...
guardamos coisas que consideramos importantes e de valor...
E quando olhamos seu conteúdo,
Lembramos dos albores,
da infância e das cores,
das brisas e dos amores.
Lembrar nem sempre significa querer reviver os dias...
E sim poder dizer com saudades:
Eu senti isso, Eu vivi isso !
“Em um dia qualquer as lembranças irão falar mais alto.
Entrarei em meu quarto.
Trancarei a porta.
Não acenderei a luz no pôr do sol.
Ficarei ali sentada em um canto qualquer.
E enfim chorarei.
Chorarei o choro guardado por dias, semanas talvez.
O motivo desse chora será a saudade dos tempos já passados.
Os momentos passados junto á você revivera em minha mente.
Continuarei a chorar ao lembrar que esse tempo jamais voltará.
Chorarei por dias, semanas, meses, anos”
— Ou talvez por toda a minha vida.
Que tal uma fuga?
Que tal deixar nossas lembranças fugirem
para a realidade, para esquecermos
que um dia existiu algo como a saudade.
Lembranças, porque me atormentas
Lembro como ontem, quando disse que iria desistir
E você disse que não, que não deveria desistir de você
Segui seu conselho
E agora esse sentimento não me deixa
O que posso fazer?
Se escuto uma música
Lembro de você
Se converso contigo
Sorrio sem motivo
Porque fazes isso comigo?
Devo desistir?
Devo me libertar?
Mas saiba,
minha felicidade está em suas mãos
apenas tenha cuidado com ela
sem ela não posso viver.
Nessa busca incessante de mim e na vontade sem limites de ti
rolo nas lembranças, me deito no desejo, me agarro com a saudade e permaneço no mesmo lugar.
Sou incapaz de desviar do teu caminho, de seguir outra estrada,
de percorrer outra trilha. É tudo sempre igual.
A história se repete dia após dia e meus passos me levam sempre a você !
Fujo das lembranças!
Munidas de esperança,
que altera sílabas,
embaralha imagens,
distorce realidades.
Lembranças de Você
Quando penso,
que já o esqueci…
vem a lembrança,
e me joga em seus braços….
Ah, essas lembranças!
Elas não me deixam esquecê-lo
Pensamentos Que Te Encontro
Eu,
me encontro
com você,
em pensamentos.
Tenho suaves lembranças,
de nossos momentos.
Você me aquecia,
enquanto,
com doces beijos,
olhávamos a vidraça
que descia, a suave neblina,
E nós dois,
embrulhados em cobertores.
nos aquecíamos…
Aquecíamos mais ainda,
com o roçar dos nossos corpos.
ATÉ QUE AMANHEÇA
Embrulho a vida,
Momentos doces e amargos,
Lembranças pesadas ou leves passagens,
A suavidade de um beijo
Ou agruras quaisquer na viela do esquecimento
Empacoto o presente...
Ou os mais íntimos toques
Que eu não consigo reprimir
E vigio...
Vigio a melancolia didática,
Toda aspereza da mais simplória estrofe
Que eu escondo no fundo do arquivo
Contudo arranha-me a sensibilidade...
Vigio fantasmas que me empurram da escada
Ou penduram cordas nos caibros
Como um sinistro convite
Vigio a porta, que um forte vento teima em abrir
A campainha que nunca toca...
O telefone que nunca chama
Para confidencias durante a madrugada
Vigio a Remington num esquisito toque-toque
Como um estranho soneto de um enredo obsoleto...
O gotejar incessante de alguma torneira
No mais profundo silencio
Ou passos pelas dependências da minha ânsia
Vigio pilhas de livros sobre a minha ignorância
Vultos atrás da cortina
Sussurros no hall superior
E uma gargalhada estridente, efeito de aguardente
Que vem do corredor...
Vigio a madrugada com seus enigmas
Que conduz o seu perfil ao meu subconsciente
E me transporta a este estado de tensão e medo...
Até que amanheça e me autopsiem...
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