Poemas de Karl Marx sobre I Homem
Oisas i Euros
Céu azul tem cheiro de meio
Não existe céu azul mais lindo que o móvel
(Livro: Bhuiiric Poemas)
Abril
Abril é um mês de muita liberdade
e dos compatriotas delapidados.
Mas, ninguém lembra esses imaculados,
Para que não se estrague a festividade.
A LIBERDADE D´ÁFRICA FORA VENDIDA.
I POEMA
No dia em que a liberdade foi embora,
Longos navios de silêncio encheram a casa, tão grande, tão vasta!
Todos os gatos da vizinhança lacrimejaram rios caudalosos,
Comiam cogumelos e varriam as cascatas dos cemitérios
Com agudas lâminas de tédio, sobre a presença de uma mão partida.
Foi preciso perder de vista as crianças que brincam: liberdade do querer.
A cobra branca passeia fardada à porta das nossas cubatas,
feitas para perecer.
Derrubaram as árvores de fruta-pão, e sempre que uma ave parte:
nunca sei para onde.
Para que passemos fome vigiam os caminhos
receando a fuga da autonomia do fazer.
Quando a liberdade é vendida pelo tio, oh!
A tragédia já a conhecemos: a cubata incendiada!
O telhado de andala flamejando e o cheiro do fumo misturando-se,
Ao cheiro de andu e ao cheiro da morte prematura imediata (...) vi a liberdade.
NANÁ VASCONCELOS
O Naná de Pernambuco
foi mestre da percussão,
levou berimbau ao jazz,
numa rara inovação,
ganhou Grammy e troféu,
hoje mora lá no céu,
onde faz sua canção.
NÃO COMPENSA;
I – O que está com mais da metade destruído
II – O que perdeu o brilho de encantar pessoas
III – O que está ausente
(Nelson Locatelli, escritor)
Completo desespero
Dor, tristeza, vazio
Uma dor inexplicável
Uma dor imensurável
Saber que não iria mais te ver
Não iria mais te ter
E muito menos te sentir
Meu coração se apertou
Se esvaziou
Se enxeu
De dor
Desesperei
Não podia chorar
Tinha que ser forte e ajudar
Mas por dentro desmoronei
Era como se não tivesse acordado de um pesadelo ruim
Ou chegado ao fim de um dia cansativo
Queria que fosse apenas um pesadelo
Mas era à vida
E era real
Era cruel
Queria sentir algo
Raiva
Ódio
Dor
Tristeza
Qualquer coisa menos esse vazio
Isso dói
Saber que não fui o suficiente pra te manter em vida
dói
Dói não poder fazer mais nada
Dói
Pensou em mim em algum momento?
Ou apenas na sua egoísta dor?
Você sabia como eu iria ficar
Sabia que te amava
E que isso iria me matar aos poucos
Mas insistiu
E fez
E agora
Pessoas chegam
Se sentaam
E conversam
Será que elas não veem?
Não sentem?
Tudo está tão cheio
Mas me sento sozinha
E vazia
Por que vc fez isso?
Por que?
Só queria uma explicação
Me desculpa
Se não fui o suficiente
Eu juro
Tentei
Falhei
Você dizia que a morte era sinônimo de liberdade
Só não sei para quem
Para quem vai
Ou para quem fica?
Não sei se isso vai passar
Não quero te dizer adeus
Por isso digo
Até logo.
Poema de Um Único Sim
Se achas que uma Vida é pouco,
Não tens ideia do que ela faz:
Ascende o infinito em um corpo
Brilha longe; brilha mais.
E se credes que o tempo é pouco
Não tens ideia do ele traz:
Tira-te e coloca-te em mil corpos
Até tua alma não aguentar mais.
Lhe parecem Sonhos ocos?
Abre teus olhos e os verás reais.
Entre viver e morrer
Em nosso Ser há tantos cais...
Que não sejam mudos esses mundos,
dentro de nós, antes do fim,
E cante sempre a voz que roga,
Ritmada pelo coração que implora
Apaixonado por um SIM.
V.I.D.A.
Vivências; Insatisfações; Dores; Angústias.
Vibrações; Invejas; Discórdias; Aflições.
Verdades; Interesses; Desejos; Amor.
Supere-os! Se mantenha em paz e seguirá bem.
Guarde a 7 chaves
os seus maiores tesouros...
a preciosidade deles
é inexplicável,
imensurável
e impagável!
CARACTERÍSTICAS
Todos temos nossos
defeitos e qualidades,
essas duas coisas
caminham lado a lado
Isso forma quem somos,
são duas de muitas
características que temos
Aceite-as, e aprenda a
lidar com essas e outras
coisinhas que fazem parte
de você.
Ser.
Não busque o sentido da vida, apenas viva.
Não se questione, de quem você é, apenas seja... Isso é ser.
BONS TEMPOS
Tempos de olhares e de paixão
De poética e de sonetos puros
De sonho, alegria e doce ilusão
Clarão nos momentos escuros
Como é bom amor para amar
Ardor, poder a quem dar flor
Deixar o afeto no peito tocar
Voar nas asas de um amador
Dei espaço ao falto coração
Que tinha dor. O gládio tirei
Aliviando a penosa sensação
E, agora vejo tudo diferente
Presente, sede com emoção
A ventura no âmago da gente!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
11, junho, 2021, 08’14” – Araguari, MG
1 2 D E J U N H O D I A D O S
N❤A❤M❤O❤R❤A❤D❤O
"Onde existe o amor, existe alguém feliz! Onde existe o sorriso, existe um coração alegre! Oamor é a melhor semente para ser plantada, na vida de alguém"
INOCÊNCIA
Não perdemos a inocência
cada vez que experimentamos
a maldade do mundo.
Perdemos a inocência
quando deixamos de confiar
no amor
do próximo ser humano.
SABER DE AMOR
De afeto avassalante a união com quimera
Nada há que vete, paixão é paixão, e amor
Intenções sinceras e uma sensação sincera
Amor com amor dissolve qualquer temor...
Amor é de uma poética eterna, dominante
É o desejo e a determinação com bravura
É um olhar terminante e o coração amante
É aquele sentimento que vive com ternura
O amor não teme o outro, muito embora
Brade e chora, mas, vive na sua santidade
Não é carrilhão que toca de hora em hora
É voto que se sustenta para a eternidade
Dá a alma ardor. Feliz aquele que provou
Pois, amor só sabe quem um dia já amou
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16, junho, 2021, 08’42” – Araguari, MG
Medos, imensos.
Pensamentos, confusos.
Vontades, absurdas.
Desejos,incontidos.
Esquecimento, inevitável.
Razão, emoção.
Mãos de tesoura
Amai o próximo. Uma importante mensagem repetidamente difundida na sociedade e ignorada veementemente por grande parte dos indivíduos.
Tal mote é encontrado em sagradas escrituras, em diversas obras literárias, nas mídias e até mesmo no clássico filme da década de 90, cujo personagem-título, Edward, possui mãos de tesoura.
Na película, assim como na vida, somos confrontados com a diversidade, personificada no protagonista. Ao encararmos a incompletude, a "aberração", a anormalidade, vemo-nos diante de um espelho e - infelizmente - poucos refletem sobre as diferenças individuais que fazem cada um ser único e ímpar ante seus semelhantes.
Também observamos que as reações são inconstantes e controversas acerca das diversidades: uns são receptivos, compreensivos e inclusivos; outros, arredios, hostis e promotores da exclusão.
Por séculos e milênios, vivenciamos as consequências de lidar consigo mesmo e com o outro, travando batalhas campais fomentadas por valores, crenças e egos. E, talvez, as guerras, de travesseiros ou bombas, sejam gestadas pela dificuldade em nos relacionarmos uns com os outros.
Destarte, os modos de conceber e vivenciar as relações interpessoais, intrínsecas à humanidade, têm suas dificuldades acentuadas pelo inevitável convívio com alguém que tenha lâminas no lugar das mãos e que, por isso, machuque quando tenciona acariciar.
Derradeiro esperançoso desfloresço
Como um simplório condenado aos caminhos traçados pelo vento
Incapaz de acolher as consequências da eterna solidão e sofrimento
Em um mundo onde perdura a imensidão do vazio e do tormento
O vazio que algum dia já foi preenchido por vigor
Agora tão pouco agracia-me com a presença de uma velha amiga:
A dor
E como, desse modo, defrontar por um novo começo?
Derradeiro esperançoso desfloresço
Introspecção- I
Por ser somente: um em nós viajarmos;
Não há em nosso viver, nada melhor;
Devido ao encontrar, interior;
Que em nós tanto está, para o apreciarmos!
Viajarmos, só pelo de nós bom;
Que um dia, a nós na vida aconteceu;
Trará a nós bom viver, que se deu;
Daí tal viajar, ter tanto dom!
Tem o dom, de nos mostrar, escondido;
Quando em nós tido, em nosso esquecimento;
Nas profundezas das nossas memórias!...
Tal como, o de o tal, tornar renascido;
Para em nós, vir combater: desalento;
Dos cá, momentos nossos, sem victorias.
Com carinho;
