Poemas de Ilusão
MELANCÓLICA
(A Poeta de Rio Claro)
Rogas!... aos fantasmas que eleva à vida
Da sua ilusão! E entorpeces as magias
Do medo, que aos versos fazias
Indagando, gélida, de alma que não lida!
Pelos teus prazeres! De voz entorpecida
Nas trevas, que outrora, às melancolias
Postou o teu corpo, vil, que não lias
Dentre os teus mistérios, flor ensandecida!
Rogas!... ao teu Deus, o seu engano de dor
Sem lágrimas... no saber exaltar
Os teus passos, presos, sem tanto amor!
E rústica, cantas os teus sons em desfalecer
O seu temor, descrendo, seu vozear
Nas verdades, e nas crenças do teu viver!
Viagem da solidão!
A viagem de um Sonho...
Nada mais é que uma ilusão...
Vaga e remota... viagem no coração...
Quando. Alma chora a decepção...
Sonhar e viajar no tempo da solidão...
Funjindo do sonhos das desilusão...
Real convicta na esperança de encontrar uma paixão... Não deixe essa viagem corroer seu coração...
Na volta da viagem cuide das ilusões...Que acaba machucando e destruindo o sonho...
Viagem na segurança do paixão sem ferir o coração... Leve a partida da alma segura...
O vazio que fica e mais forte que um furação...
A nossa inspiração é a vida
Não vivemos de sonhos
Tentamos cumprir nossa lida
Não é de ilusão
Que vivemos a vida
A vida nos inspira
A vida deve ser cumprida
Com muito esmero
Mesmo na batalha destemida
Já apanhamos dela
As dificuldades se repetem
Apesar de tudo
Alegrias no semblante se refletem
Somos melhores ou piores
Depende de nossa recepção
Da reação às pancadas
E às dores que mexem nosso coração
Ilusão
Pensei que entendesse a relação
Banho, cama, chão, pura atração
Pensei que estava satisfeita
Você plantou sua colheita
O que você quer,
Eu não quero te dar
Muito esforço requer
Não sei te aturar
Por favor, compreenda
Minha vida cuido eu
Por obséquio, entenda
Meu corpo não é seu
Existe algum encanto
Mas não o da paixão
Não sou nenhum santo
Sou apenas uma ilusão
Meias,
Meias verdades,
Meias vontades,
Meias saudades,
Viver pela metade é ilusão
Tire suas meias
Ponha o pé no chão
Élcio José Martins
A ILUSÃO DOS SONHOS
Na madrugada
Despertei pra vida
No novo amanhecer
Um novo nascer
A alvorada
Canta entusiasmada
Na manhã com certa manha
Entrego-me à façanha.
Ao meio dia da vida
Sem receio e atrevida
Embaralha nas cartas da incerteza
Cheiros e sabores relembra a mesa
À tarde o cansaço
Na rédea do baião
Na fita com laço doce
Embrulha o presente
A noite pede passagem
O sol já está distante
É a calma em calmaria
Descansar do ardo dia
No escuro o sono chega
A alma que benfazejas
São rios de belezas
Dos tropeços e proezas
Élcio José Martins
Rebaixar a dignidade pessoal por um sentimento
Que valha à pena é relevante...
Por uma ilusão anunciada...
É humilhação;
O amor é ilusão
E o sofrimento
E o rancor
E o ódio
E a maldade
E tudo de ruim
Que existe nesse mundo,
E a morte de quem
Estava vivo
E o apocalipse
Dá nova e velho época,
O amor só existe
Para nós matar,
Nós matar de forma
Mais dolorosa que
Se pode pensar.
SUBLIME ILUSÃO
Noturnos devaneios
Te conduzem a mim,
Sedenta de prazer,
Desnuda de receios...
Desejos nos envolvem
Numa doação recíproca
De amor e sedução.
Oh! doce embriaguez!
Oh! sublime ilusão!...
se o tempo e uma ilusão,
então começar coisas novas não precisa do mesmo.
concluímos então... que nunca e
tarde para continuar e perseverar.
tendo como linha de pensamento,
que o tempo não e limitador das nossas ações
mais sim as nossa ações reais e físicas que são limitadoras
do nosso tempo imaginário.
vamos levar em consideração a conclusão
de que tornar as nossas ações as mais eficaz
e boas possíveis seria um caminho a se notar.
já que não estamos exposto
a um julgamento de um tempo de fato imaginário
mais sim da nossa propiá vida,
você colhe o que semeia !
MERA ILUSÃO
Grudei os olhos festivos
Nas páginas do Aurélio...
Fui coletando adjetivos
E regando a inspiração.
Desvendei palavras novas
E tentei, numa canção,
Traduzir o teu encanto
E tocar teu coração!...
Ah! mera ilusão, notei!
Só deixaste indiferença
Pela minha estrada afora!
Mas minh'alma, eu bem sei,
É uma casa tão imensa
Onde tanto sonho mora!
A vida
Dúvida perene
Ilusão translúcida e opaca
Nada além
de mágica beleza oculta
Diante da nossa visão sem clareza
Ágil em respostas
Efêmera certeza um tanto frágil
O manto da noite, que nos mostraria
Optamos pela dúvida, que açoita
de tocaia, atrás da nuvem
E tudo faz e nos revela
Que nada pode ser
Tão perfeito
Como o fazem as abelhas
Veja a luz
Que existe em todas elas
Na paz que as apascenta.
Inexplicáveis elos
Ocultos no Universo
Eterno silêncio da pedra incrustada
Nas areias de alguma praia
Palavras ditas pelo vento
Não revelam nada
Vidas insípidas
Luzes, que somente as cega
Tantas inversões causadas
Na incauta avaliação
do valor entregue a cada metal
Coisas que somente o tempo
Lhes pode conferir
Inclusive a confiança
Nas coisas que a criança enxerga
Tudo mais retorna à terra
Se olhar direito
Tudo mais dá certo
Se olhar de perto
Somente então se percebe
Que apesar de tudo isso
Parece que nada resta
E elas fatalmente não tem mesmo jeito
Estamos quase todos
Trilhando o caminho errado
A festa era lá do outro lado
Edson Ricardo Paiva
Agora que me fiz entendido
Não há ilusão mais cortante se não
A frustração de um amor incompreendido;
Busquei na minha caminhada, ser um ser reto, correto.
Há como tentei...foi ilusão
Sou total negação
Minhas palavras são interpretadas como provocação,
Logo vem resposta com indignação
Não participo de roda de conversas, quando estou, fico quieta, só em observação...
Ouço que não aprendi nada na pregação...
Meus versos...palavras vazias são,
Meus atos, pouca aceitação
Observei que há mais valores para palavras torpes, malicias e noticias de atualização.
Todos se afastam..talvez tenham razão
de "bom" em mim?...tem nada não...
Estou me perdendo, em meus pensamentos só há confusão.
Esta doendo esta falta de compreensão
Do fundo do meu coração
Peço a Deus que tenha compaixão
Me faça uma transformação
Me conceda seu perdão
Letras Em Versos de Edna
Muitos dizem que a vida não é fácil e eu concordo, para mim tudo é uma ilusão, tem pessoas morrendo por um pedaço de pão, eu acho difícil acreditar no egoísmo do ser humano, só se importa consigo mesmo e com o resto cobre com um pano.
Vejo pessoas se importando com coisas fúteis, se achando por ter bens de luxo. Ser rico, pobre, branco ou preto, para mim tanto faz, todo mundo merece respeito.
Por isso não se ache o melhor porque você está bem enquanto o outro está na pior, eu sei que a igualdade é impossível, mas tenha o mínimo de consciência e se importe com as pessoas com deficiência, seja econômica, física ou emocional, não pise nelas enquanto estão no chão.
Tem pessoas que lutam cada dia para sobreviver, e se fosse eu no lugar delas não iria me importar em morrer.
Você pode dizer que eu sou infantil por estar sonhando com algo irreal, mas pode ser melhor que ficar sonhando com bem material, minha existência não tem sentido, por isso através de poemas eu expresso meus pensamentos iludidos.
Dizem que a morte é a consequência da vida, e é verdade, todo começo tem um fim, todo final teve um começo, enquanto meu começo não chega ao fim, meus pensamentos irão fluir.
Como a vida, o poema teve um começo, e por isso está chegando ao final, eu não me importo o que vão achar de mim, eu sou apenas um garoto esperando o próprio fim.
Soneto da lamentação.
Valores me disseras, devaneá-los-ia.
Tentação, fossastes uma ilusão.
Em ti confiaste, a ti creditaste.
Fostes uma inspiração.
Mal tens uma oportunidade,
Caístes em traição.
Comumente, perdão o meu pediste.
Derradeiramente me enfureceste.
Deverias aceitar?
Se errando, porém, aprendemos,
Humanamente, assiálicos, lamentaremos.
Daria tudo por tais segundos, dizia ela.
Pra mim, soava como música o prantear dela.
Deveras perdoar? Quão os amava, cais orvalhos...
Amar o amor perdido
Deixou ele confundido
Grande ilusão.
Ficou frio
Com esse descaso
Só sente desapego
Só sabe dizer Não.
O bonito é invisível
A felicidade parece impossível
O copo de vinho vive junto com um cigarro
Na palma da mão.
Mas tudo acaba
Um dia ele se acha
E essa solidão no peito
Como experiencias ficarão.
Real ilusão
Declevianas, deveras ilusões!
Neologismo pra lá desenfreado
Sentimentos sempre muito vãos
Leva a esquecer o ser amado
Nas entranhas do organismo
Nascem o egoísmo desarcebado
Na busca insana do idealismo
Até o seu amor é atropelado
O sonho quando não depurado
Tira a total leveza da vida
Deixando o seu autor atordoado
Mas quando o amor é acendrado
A realidade progressiva da vida
Torna o homem mais iluminado