Poemas sobre Guerra
Depois de ter saído da guerra vivo (mas sem uma perna), eu resolvi voltar. Não dá pra se entregar. Nunca. Parece que eu já vi esse filme. O final é tão óbvio que chega a ficar misterioso. Ócio.
As guerras dizem que ocorrem por nobres razões: a segurança internacional, a dignidade nacional, a democracia, a liberdade, a ordem, o mandato da civilização ou a vontade de Deus.
Nenhuma tem a honestidade de confessar: "Eu mato para roubar".
Eu não queria essa guerra, mas me deram uma batalha, e eu criei minhas armas. E a sobrevivência é um negócio com a sorte, quando falta munição, eu corro. Corro pra casa, corro pra um colo, ou pra algumas doses de tequila. E no meu exército só tem eu, mas o meu inimigo é do tamanho de uma vida inteira que eu poderia estar vivendo, se eu não estivesse lutando.
Cada arma que é feita, cada navio de guerra lançado, cada míssil disparado significa no sentido final, um roubo daqueles que têm fome e não são alimentados, daqueles que têm frio e não têm roupas. Este mundo em armas não gasta dinheiro sozinho. Ele gasta o suor dos seus trabalhadores, o génio dos seus cientistas, as esperanças das suas crianças.
O Homem é parte da natureza e a sua guerra contra a natureza é, inevitavelmente, uma guerra contra si mesmo.
Pela primeira vez em muito tempo, eu não tenho uma guerra para lutar, e eu acho – se vou ser honesto – eu estou com medo.
Melhor é uma breve guerra e o descanso eterno do que a falsa paz e o tormento eterno.
Bendito seja o Senhor, minha rocha, que adestra minhas mão para a peleja e meus dedos para a guerra.
Tantas guerras, tanta violência, tantos roubos. Pra que tudo isso? Eu certamente já estou cansada de conflitos. Ao contrário da maioria das pessoas, eu estou sendo explorada demais pelos meus conflitos que me seguem desde quando aprendi a pensar. Eu sou conflito por si só, e isso já basta para que viver seja complicado. Pensar muito não é bom, meu Deus, por que não nasci como as outras pessoas? Por que tantas interrogações, tantos questionários, pra que tantas páginas em branco e respostas contrariadas. Sou uma dúvida pra mim mesma.
A honra existe para criar soldados para a guerra, onde os patriotas se encontram para matar e morrer.
O que mata um homen de verdade não são as guerras nem os conflitos, mas sim a perda de um grande amor...
As guerras revelam tamanha estupidez humana, que somente encontram lógica, nas palavras históricas dos vencedores que a escrevem, porque os motivos são sempre fragilmente fúteis e as conseqüências severamente funestas à vida.