Poemas de Antonio Mota

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NUNCA VIU ?

Quem foi que nunca viu um zaroio!
quem não teve piolho
ou nunca comeu um molho?

Piolho eu tive
zaroio eu vi de lado
e o molho, eu comi, disfarçado.

Eu vi o bem-te-vi que te viu
no trilho em que o vento sumiu
antes mesmo de partir.

Eu tive um molho de chaves, vivas
um olho molhando a ferida
antes da chuva cair.

Eu vi a saudade partida
sem tropicar sem dividir
laqueando o amor da vida
sob o tempo da despedida
sem direito de sair.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

FULGOR DA VIDA

Na madrugada escura,
de uma rua estreita...
Explode um pau-de-fogo
... E um grito, projeta-se, sobre...
O beco macabro, de um momento fúnebre,
marcando o ultimo tíc, tác de um peito
dilacerado.

Uma bala e duas lagrimas rolam...
E sobre o leito de uma dor finda,
o arrependimento tomba apagando
o ultimo fulgor, de uma triste vida.

Nesse ínterim...
Como se fosse lençol de uma branca
mortalha... Brada o silencio sufocado
sob, o ultimo sopro da estupidez...
E os olhos, se enchem de nevoa branca,
impregnado de frio e de tremor, de uma
alma, que nunca foi aquecida,
pelo fulgor da doce vida.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

Bem vindo julho
com suas paisagens lindas, frias, geladas... e sua paisagem branquinhas em neve,
seu vento gelado que bate forte até na porta da alma.
É o convite para se olhar para outros
que desprovidamente são órfãos da inclemência do tempo
e, que nos pedem para abrir o coração...
e à eles oferecer dádivas e doação sem que se faça
menção ou distinção
se merecem ou não, sua abertura de mão;
O ser em sua suprema carência vem fortemente munido
de vergonha e de sabida rejeição...
não tem coragem de estender a mão.
Espera até sem esperança que o céu se rasgue em pedaços e por suas frestas
se lhe escapem gotas de misericórdia e amor,
que aliviem não apenas o tempo de escassez
mas também encontrem misericórdia que não conhecem
e nem sequer sabem onde se buscar;
mas aguardam com aquela esperança que mais se assemelha,
a um fino fio de fim do fim do que jamais se pudesse imaginar.
É o tempo...
Se o tempo é de peso ou de pesar,
com certeza sempre trará motivos para amar e repensar.
Amar não apenas o que nos toca o coração,
mas acolher a mão ao que nos estende na ocasião que mais necessita
e não possui forças para elevar os olhos,
pois o peso de seu fardo turva-lhe a visão e lhe encurva o corpo.
tirando-lhe a noção e brilho do significado de humanidade.
Julho aconselha aconchego, carinho e muito amor
Bem vindo julho!
ahhh...de preferência, munido de um abraço bem quenteee,
de calor, fulgor e claro...muito amor!

Inserida por Annnttonious13

TIC, TÁC, DO AMOR

Na ampulheta do amor
tic, tác, tic, tác
tic, tác vou subindo
pelo tempo...
tic, tác tic, tô,
o tempo passa
e eu vou...

Tic, tác, tic, tác
tic, tác, tic tô....
No tic, tác, tic, tác
tic, tác vou descendo...
Não me peça por favor!

Se eu vou no tic, tác...
Tic, tác, tic, tác
tic, tác estou vivendo
tic, tác, tic tác...
Tic, tác para o amor.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

Fale, que te ouço
Fale,
sobre o que gostaria que te ouvissem
das coisas que sempre te incomodaram,
mas foram relevadas a segundo, terceiros, "n" planos.
Conte o que te incomoda hoje ou incomodou no passado,
ou o que imagina ocorrer no futuro.
Suas dúvidas são minhas preocupações,
suas certezas... minha estabilidade
e suas imaginações também caminharão juntas às minhas realizações.
"Ao longo do caminho, duas almas confiantes, andavam em busca do elo perdido imaginando ser este o caminho que conduzia à chave ou segredo da eterna felicidade.
Dias e dias se passavam e tudo se tornavam tão iguais que mais parecia representação do que se ocorria a cada par de momentos, sem saber se distinguir o quê ou quem era quem...
tudo o que imaginava era de que alguma coisa bombástica ocorreria quando se avistasse ou tocasse o tal elo, mas que nada, tudo parecia vão.
Sol e sóis se punham, num eterno ciclo vicioso de manhã, tarde e noite.
Num determinado momento resolveram parar e descansar e, no descanso já exaustas adormeceram
e foi então que o inusitado aconteceu:
uma luz de forte intensidade girava entre os plexos: solar e cardíaco delas, proporcionando-lhes uma calma e tranquilidade nunca antes experimentada.
Perceberam então que a tal felicidade que sempre buscaram e desejaram sempre esteve ao lado delas,
nutrindo desejo ardente de as abraçar e as envolver
mas foi desdenhada tal a simplicidade e facilidade com que se apresentava.
Então...vamos falar de quê agora?...
...ou melhor, deixe a fala para depois e vamos abraçar a tal felicidade!
"Dona Felicidade gruda ni nóis e não se aparte jamais!"

Inserida por Annnttonious13

AMOR ROBÔ

Trocou o meu amor, por um robô...
Só porque ele canta, e te encanta!
Limpa a casa
lava louças e roupas
faz teu almoço, café
e prepara a sua janta?

Ouça-me...
Me ouça!
Ele tem calor sentimental?
Ele pode sorrir e chorar?
As vezes ele briga e se irrita
lhe dar adeus e vai embora?!

Ele, lhe tem amor...
Ele te ama como eu?
Ouça-me: Eu não sou maquina!
Tenho dores, tenho vontades...
Observo o sol a lua e a chuva
tenho opinião, ouço e choro
sinto alegria de viver,
não sou um ser obediente...
movido por teclado de comando.

Eu tenho vida e estou vivo
posso partir, mas se eu morrer...
eu morrerei te amando

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

Mesmo nas dificuldades
nunca deixe de brilhar;
observe, pois, as estrelas:
são nas noites mais escuras
que elas brilham mais.

Inserida por Antonio_Costta

ULTIMO MOMENTO

Uma sala grande,
um caixão sobre a mesa...
Rostos, esboçavam tristezas
rostos, choravam saudades,
e rostos banhavam-se, sob lagrimas.

E as falas...
Umas falas, falavam faladas
outras falas, falavam caladas,
enquanto isso, n'aquele mundo ali...
o único mundo aonde parecia
parar de existir... Envolta do morto
a sensação era de aborto.

Bocas, rezavam para o morto
bocas, rezavam para a alma
enquanto outras bocas,
cochichavam sobre...
O futuro degradante dos ossos.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

DE ASSOVIO

O clima do tempo,
estava assim...
Como se tivesse sobre as margens
de um rio... frio.
Não tinha garoa nem chuva...
Mas estava frio...
Frio, muito frio! Tão frio!
Que até os cânticos
dos pássaros...
Se ouvia de assovio.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

ENTREGA NA PRAIA

Sob o mar, ninguém morre p'ra feder
p'ra ser enterrado
para se ter cruz, ou usar luto
para se ter marcha funerária...
Rezas orações para o defunto
pára andar de cabeça baixa
por cima, ou por baixo de viaduto.

No mar, não tem cemitério...
Não tem cova não tem tumulo
travessa, semáforo, beco arruelas
estradas, caminhos... Fim de mundo,
mãos abanando adeus,
lagrimas de choro por ela.

Sob o mar... Tem vida tem perola
tesouro, historias perdidas,
sem moveis pergaminhos, luz arandela
... Roupas, ou pano de cambraia,
a vida se move por água
e a morte morre na praia.

Sob o mar, não tem triste nem tristeza
não tem rostos chorosos nem alegres
Não tem lagrimas
Não acende velas
não tem trégua nem telas.

Lá no mar...
Ninguém chora para os mortos
ninguém paga pelo que vive
Não tem cachaça nem bêbado
desavença nem segredo
sob o mar, nada e navega
a vida sob o mar...
É, uma verdadeira entrega.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

Quando o coração do poeta
é provocado pelo amor,
ele entra em erupção de poesia!

Inserida por Antonio_Costta

Quando a felicidade sorrir para você
não faça uma cara feia, não fique sério,
mas retribua de coração aberto.

Inserida por Antonio_Costta

VAMOS P'RA ROÇA

Tá na hora... Tá na hora...
Tá na hora de acordar,
acorda menino!
vamos acordar...
Acorda que está na hora,
na hora de trabalhar.

Passarinho que não deve
já voa pelos os orvalhos
está cordado faz tempo,
o leite já esta no coalho,
o café esta pronto na mesa...
sob a caneca esmaltada
acorda menino acorda
vamos com a madruga.

Antes vá até a cacimba
e traga água na moringa
p'ra bebermos cm o sol
e amenizar a fadiga.

Depois...
Vamos pegar as enxadas
e subir morro arriba...
Menino, vamos p'ra roça
escrever sem caneta ou giz
roçar, carpir e rastelar
e plantar para ser feliz.

Acorda menino acorda!
Sinta o gosto do crescer
acorda para trabalhar...
Até o dia de morrer.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

GUARDA-CHUVAS

guarda-chuvas todos na chuva
apanhando as gotas d'águas
para não cair, todos nas ruas!

P'ra não fazer, represa e poças
para que as pedras que possam
façam suas piabas na lua.

Guarda-chuvas todos na chuva
livrando os bordados das pumas
junto as suas falcatruas....

Fazendo fitas na garoa
enfeitando o seu designer
no pôster, de gente boa.

Eu guardei a chuva perene
em uma caixinha de presente
para molhar meus sentimentos
e assim, ficar contente.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

RODAS RODAM

Roda que roda o chão
para fazer mungunzá
suga a cana do bagaço
só p'ra ver caldo jorrar.

Roda a casa de farinha
a mandioca e a rapadura
fornalha com sua chama
vida com sua amargura.

Roda pipa sobre o vento
borda o sol no azul do céu
abobalha os sentimentos
logo abaixo do chapéu.

Um dia a roda rodou
sem ter tempo de parar
rodou as lagrimas do amor
nas ondas alem do mar.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

ALUIR DA LUA

A lua, alua com sua prata
e vai reluzir com eu manto
as cachoeiras e cascatas
com as flores lá dos campos.

Vai iluminar o agouro
transado pela noite escura
ouvir, gritos seguidos de estouro
e os pios das velhas corujas.

A lua, alua com seu véu
junto as estrelas do firmamento
e deixa seus rastros no céu
rubricando seus sentimentos.

Depois segue para aurora
chorar a esperança sua
sem o seu sol vai embora
e deixa saudades nas ruas.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

SURFE DE SENTIMENTO

Seu moço... E esse frio!
Que esta assim como gelo
treme o queixo e o pescoço
... Navalha cortando osso
em padecer com o medo.

Ah seu moço, eu preferia...
Aquele velho calor,
que com ele...
Eu se atirava nas águas!
Nadava que nem piaba
surfaria, pelas areias da praia
e esqueceria, aquela dor.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

BATE PILÃO

Bate mão, bate pilão...
E a correia da escravatura,
bate as lagrimas do coração
no tremor da vida escura.

Bate a saudade danada...
Dos sentimentos passado,
bate o coração da amada
de amor por seu amado.

Bate pilão bate peneira...
Sobre o vento com arroz,
bate a vida derradeira
pelo futuro ao depois.

Bate todo suor do rosto...
Pelo imposto a ti proposto
as vontades dos seus gostos
batem, quebrando os ossos.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

FEIRA DA LARANJA

Domingo, fui a feira da laranja
e as bancas, botavam banca
com laranjas, cheias de vida
e ali, as suas vidas coloridas.

As laranjas esbanjavam cores...
Laranjas, vermelhar amarelas
laranjas, para eles e para elas
seus gostos, aguçavam sabores.

A vontade, com verdade veio...
Então, pedi um suco de laranja
e o copo de suco, estava cheio.

O suco, continha gosto do fruto
assim, no seu estado todo bruto
das laranjas, tangendo seus meios.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

EUFORIA DA SOLIDÃO

Sobre a calçada da noite...
A lua, com seu lençol prateado,
pendulava, cobrindo os passos
do dançarino...
E esse, embalado pelas notas frescas
de um sanfoneiro...
Marcava a tristeza, com sua euforia.

Ali, n'aquele momento...
Enquanto ele dançava a musica da solidão
em seu peito enchia ritmado...
Pelas batidas desconsolada de um coração.

O tempo esse, ah tempo não via.
E as lagrimas d'água...
despencava pela nostalgia fria.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

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