Poemas de Antonio Mota
CÉLULAS
Vamos, vamos células minhas...
Vocês que todavia são eternas
encha a minha taça de vida
eu quero brindar, a terra o sol o ar
permeia-me sob o tempo...
E veja ate aonde o viver,
poderá me levar.
Vamos, vamos células minhas...
Vocês que foram o inicio
o big-bem do mal e do bem
dá alegria e agonia de todos os trens
... Me transcenda essa fenda do futuro
assim com essa forma esculpida
no núcleo de um, universo seguro.
Não me deixe nessa fagulha estomacal
... Aonde tudo é comível e perecível
nesse mundo oriundo e defecal.
Antonio Montes
Sivai_Sivem
Abril Sivai, Maio Sivem
Acolhemos maio com alegria e efusividade,
ele nos traz a satisfação do trabalho que para uns é necessário para manutenção e sustento,
através da relação: patrão x empregado.
Para outros é a lembrança de que o trabalho doméstico e tão digno do que qualquer outra atividade afim.
Temos também o trabalho voluntário
que é a ceção do tempo e vigor em prol de quem dele necessita,
além do trabalho espontâneo
que surge no momento em que o acontecimento
exige intervenção e destreza imediata de alguém.
Maio é muito mais ainda das mães (de ontem, de hoje e de amanhã)
de Maria,
da Abolição da Escravatura
e da Ascensão do Senhor.
O que realmente nos prende e marca em Maio como presença e presente
é o desejo de homenagear nossas queridas mães,
desde o pequeno até o marmanjo que não economiza lágrimas
quando lembra do trabalho que deu
e continua dando à sua mãe.
Mãe é uma figura impar,
que possui si a luz de bondade e amor de Maria em seu coração,
e o poder do Criador em suas ações.
O amor de mãe não se esgota em graças ou satisfações,
e não tem igual.
A grandeza do universo e a nobreza do divino
residem plenamente neste amor.
Pois é Abril não deu nem para curtir passou muito rápido,
bons feriados...
valewww Abril volte logo, estou com saudades!
BENVINDO MAIO -
Maio chega com o sorriso singelo e angelical da Mãe
(de ontem, de hoje, de amanhã, de Maria mãe de Jesus)
Nela cresce nossa vontade de homenageá-las,
colocar no altar de sua missão,
uma gota de nosso reconhecimento pelo amor e cuidado com que nos trata.
Tal desejo vai desde o pequeno até o marmanjo que não economiza lágrimas
quando lembra do carinho que recebeu, trabalho que deu e
e continua dando à sua mãe.
Mãe é uma figura impar,
que possui si a luz de bondade e amor de Deus em seu coração,
e conjuga com Ele o poder de vida e amor do Criador em suas ações.
O amor de mãe não se esgota em graças ou satisfações,
e não tem igual.
"A grandeza do universo e a nobreza do divino
residem plenamente neste amor".
MUVUCA DA VIDA
Meus deus acuda!
Te peguei com suas rugas
jogadas em mim como fuga
dando-me, idade sinuca.
Um marco na pele, muvuca
me saldam n'essa vida infunda
nossa senhora, nossa senhora...
que seja minha a sua hora
e minha hora seja agora.
Não chegue em meu chegar
o chegar é terra do nunca
um dia chega para grande vida
em outro dia caduca.
Antonio Montes
TRISTEZA
A tristeza existe para indicar o limite entre o equilíbrio emocional e a desarmonia física.
Ser triste é abrir as porta para acolher o que desagrada e deixa infeliz,
Temos muito apego as coisas materiais,
objetivos determinados
e a pessoas em quem espelhamos,
e temos profunda consideração ou dependência,
não que isso seja errado,
mas pode cobrar preço muito alto
que nem sempre conseguimos suportar sem passar pelo purgatório da depressão
A tristeza é o remédio amargo para nos ensinar:
Caminhar com confiança utilizando nossos próprios pés (com o próprio chão),
Seguir com confiança os objetivos,
até a própria exaustão e se ainda força restar...
se arrastar até a chegada final
Amar e cultivar a presença de pessoas que amamos até o momento da separação,
depois, se o destino separar,
deixe-a seguir seu caminho,
seja em vida ou morte.
Ninguém barra a evolução de outro ser,
que embora tenha ajudado,
ou recebido ajuda,
continue seu caminho de evolução.
Neste caminho não existe escuridão,
se faltar luz só lembrar de abrir os olhos.
à medida que dispomos a doar mais do que receber,
percebemos que nossa fraqueza não passava de alíbi
e que a vontade de construir é maior do que a de destruir,
Os olhos que então habituado às mesmas paisagens,
começam a enxergar mais longe
e perceber que ao longo da curva o caminho oferece novas e lindas paisagens,
que eram sonhos no passado e no presente realidade
AMOR DE ONTEM
Aquele amor d'aquele ontem...
Era santo
era totem
era tanto
hoje com esse pranto...
aquele amor de tanto espanto
deixou de ser santo...
Desceu do totem,
saiu do canto,
causando desencanto.
Aquele amor de ontem, hoje
tem sabor de miojo
não contem mais volts
seu cheiro por inteiro,
é escabroso, dá... Nojo!
Antonio montes
VAMOS
Vamos que vamos!
Vamos todos, todos...
Todos os dias
todos os anos...
Vamos com sicrano
com beltrano e com fulano,
vamos com velha, com a, veia
e vamos com tutano.
Vamos que vamos!
Vamos por qualquer semana...
Do mês...
do milênio, do ano
dos tempos dos planos
vamos por enganos
e desenganos...
Vamos, que vamos.
Antonio Montes
QUADRO DA MINHA JANELA
Diante da minha janela aberta
eu vejo olhos, olhares...
Jardins cheio de flores,
dia completos, horas certas
vejo, seu olhar que me olha
permeando-me seu ar, com amores.
Vejo beija-flores pairando sob ar
como se fosse helicóptero, voando e...
Revoando, em volta da felicidade
vejo acesas, as estrelas das cidades,
movidas pela alta camada de eletricidade.
Da fresta da minha janela...
Eu olho, e vejo, você como se fosse,
um diadema colorido, ou...
O totem da minha futura alegria...
vejo, todo o amor que ronda, a magia...
Permanentemente o fluxo
de todos os meus, queridos dias.
Do quadro da minha janela
eu vejo o quadrado do mundo redondo
o luar de prata em noite harmônica
raios de sol sob o alvorecer...
Vejo tudo, vejo o fundo do fundo!
de tudo aquilo que você...
Possa me oferecer.
No quadro da minha janela...
Tem um olhar para arandela
para ela, para aquela
que um dia pode ser rainha dos meus dias
ou flor das flores...
Minha, singela cinderela.
Antonio Montes
FLATULÊNCIA
Compridor do seu desejo
olhe o traque... Traque, traque
tarde ou sedo,
com jeito, ou sem jeito
deixa troncho insatisfeito,
as vezes em surdina, ou...
Feito um desafinado realejo
em sua flatulência, fute...
Seu cheiro desanima o enredo
mesmo que tente nunca!
nunca consegue manter segredo.
Peido, peido...
deixa bronco todos os feitos
lá vem ele com seu enredo
com sua bufo... Afinado, grosso
feito raio em lampejo
com seu despejo, todo insosso
espanta velho,
espanta moço
com espantos, espantosos.
De aroma indesejoso, sem jeito
o ar sem nem um colosso
sai por ai, todo poroso
com desrespeito insatisfeito .
Antonio Montes
Quando a voz de uma pessoa
soar como música aos seus ouvidos,
quando o sorriso dela
fizer sua alma sorrir também,
quando a sua presença fizer seu coração
bater mais forte, tenha calma...
Preste atenção em seus olhos...
Esqueça, por um instante, sua lida...
Porque você pode estar diante
do grande amor de sua vida!
***
Cuando la voz de una persona
suene como una música a sus oídos,
cuando su sonrisa
hacer que su alma sonreír también,
cuando su presencia hacer
su corazón batir más fuerte, cálmate...
Preste atención en sus ojos...
Olvide, por un instante, su lucha...
Porque usted puede está delante
del gran amor de su vida!
TRÁGICO VOAR
Vou ingerir e infligir
vou me esbaldar, eu vou p'ro ar...
Vou chapar n'essa chapada
em horizonte de chuvisco
cambaleios, nunca visto.
Eu vou chapar, eu vou chapar...
Com meu chápisco, meu belisco
sim! Eu tropico, quando trisco
corro risco pelo risco
depois caio no meu cisco.
É nesse circo que sempre fico,
bom, não é...
Mas, te indico como pacífico
e no primeiro bico...
Com tantas águas, nas deságuas
é tudo seu, somente seu
o seu fim sísmico.
Depois na hora do seu adeus
o que adianta, gritar velei-me...
Valei-me meu Jesus Cristo.
Antonio Montes
AGONIA DE MARIA
Maria...
Nesse dia de frenesia,
deixe de agonia...
Peque logo a sua filha
que esta cheia de pilha
... E faça uma visita a tia
moradora d'aquela ilha.
Mas, não de o bote!
Vá de bote se quiser...
Peque o remo e vá remando
pelo remanso navegando
seja lá o que vier.
Veja, o tempo esta passando
e o José, pobre Zé...
Já perdeu o seu encanto
não saiu nem do seu canto
e esta, tomando o seu café.
Antonio Montes
NOBEL COM FEL
A historio faz sentido,
a ciência, pensa tensa...
E sai por ai fazendo bomba
p'ra exterminar as quizombas
mata, homens mulheres e crianças...
E estronda, tudo quanto há de fel!
Derruba cidade e historia
depois sai colhendo gloria
e recebendo o Nobel.
Antonio Montes
Não são as declarações bonitas
que medem a dimensão do nosso amor;
o que mede a dimensão do nosso amor,
são, simplesmente, as nossas atitudes.
***
No son las declaraciones hermosas
que miden la dimensión de nuestro amor;
lo que mide la dimensión de nusetro amor
son, simplemente, nuestras actitudes.
Se queres ser amado
então amas da forma
mais intensa e verdadeira
que se pode amar alguém!
Que serás retribuído
por teu amor também.
Para ser feliz no amor
não tem nenhum segredo:
ame com o mesmo carinho,
com a mesma dedicação,
com o mesmo respeito,
com o mesma intensidade
que deseja ser amado.
INGNÁVIA
Vocês que já viram tanto!
Esperem até verem, aquele menino que eu vi...
De alpargatas, vestes rasgadas, todo sujo,
tomar banho... Até queria
mas... Nunca encontrava água,
alem, do chafariz.
Um dia aquela mulher, toda saia,
rodada em seus sentimentos
passou pelo reduto, d'aquele menino
o medo expelia n'aquele breve momento...
A fome, esticou a mão do pedinte...
'Dai-me um pão, apenas um pão'
para que eu possa, burla a minha fome
que da forma que me vem...
Muito breve ela me atalha,
e eu assim... nunca! Nunca conseguirei,
chegar a ser homem.
A mulher, por ser pedida
e com medo todo d'aquela vida
tremia n'aquela avenida...
O menino por sentir-se frágil
e com a fome em espantalho
tremia em seu medo 'no medo
de nunca conseguir ser grande.
O medo ali, espalhava-se...
Nos olhares,
nos passos sob a multidão
na aglomerações dos ônibus
e no, estiramento das mãos.
Tudo era medo n'aquela cidade
até mesmo a vaidade...
Sorria com medo de um dia,
minguar, e ficar mesquinha.
O medo, estampava-se...
Nos sentimentos das autoridades
nos amores dos namorados
nas intensidades dos telhados
e pelas ruas dos bairros alagados.
Pela noite de blecaute, medo
... Medo pelas sombras das calçadas
pelas portas abertas das casas
e pelos contos falsos das fadas.
Era medo em cada esquina
em cada quina em cada rima
nas ordens dadas de cima
e medo por ser, menina.
O medo cresceu ficou bruto
passeava pelos viadutos
pelas pontes e pelas placas
e pelas caixas de papelão.
O medo ficou de ressaca
se deitou na classe alta
e foi tremer o coração.
Antes o medo era pobre
aumentou como se fosse preço
e tomou conta da nação.
Agora todos estão com medo...
O mundo, não tem mais segredo
e o povo, não é mais irmão.
Antonio Montes
LEIO ENLEIO
Leiam, leiam!
Eles lêem...
Eu leio o alheio...
A encomenda do correio
os enleios do meu EMAIL
o velho com meu hashtag
o link dom meus selfs
o meio que me deixa cheio
que me seque, que me segue.
Eu leio... A hora do agora
no tempo que me apavora
o momento de ir embora
a velha cola, da escola
o minuto do decola
e os últimos segundos da bola.
Antonio Montes
DIA DE FRIO
No dia de frio...
Eu parei para ver o rio
o rio se quer parou
lavei o rosto nas águas
as águas não me lavou.
Depois visualizei a onda
que as ondas de mim levou
na mansidão do remanso
nos trilhos do meu tamanco
nos polens da minha flor.
No dia de frio...
eu contemplei o estio
no intimo do meu tremor
os passos de todos os trilhos
os descarrilhos dos meus trilhos
e os abraços de todo amor.
Em dia de frio...
Ai, ai meu senhor!
Quantas vidas pelas ruas
que morre no treme, treme...
Com frio que vai no osso,
e um amor todo insosso
que almas por ele geme.
Antonio Montes
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