Poemas da Terra
Sem água, sem vida!
A seca continua vasta
e a plantação não conduz
a terra se torna gasta
e do céu somente a luz
e o pobre gado não pasta
e o agricultor não produz.
Minha terra.
Essa é a vida nordestina
pelas terras do sertão
quando verde predomina
enriquece a plantação
e o trabalho nos ensina
que o futuro só germina
quando a chuva cai no chão.
Dei os primeiros passos
em campo aberto, e decidi
sentir o que a terra falava
aos meus sentidos.
E com suavidade tornei
meus gestos plácidos
e brandos.
Na concordância delicada
abracei-me a brisa ,retirei-me
do corpo à acarinhar
pelas nuvens.
Enfim sou alma livre a
perpetuar meus sonhos
em sintonia com o que
me rodeia.
Assim escuto o cantar
das rosas, ouço a melodia
dos ventos quando acariciam
as flores.
Tudo tornou-se mais sensível !
Agora acredito que alma leve
e livre pode muito mais;
No sentir,
No falar,
No tocar.
Sou o vento, sou a brisa,
Sou os raios de sol, e não
quero mais o peso do corpo.
Mas, tenho de voltar e esperar
no tempo minha ida ao leve,
puro e inocente para ser livre
ao infinito.
Para sentir as melodias dos
pássaros a tocar-me.
E saber que um dia voarei
igual ao beija-flor trazendo
comigo penas o doce da vida.
Reflexão do dia
Vasos Antigos
Não tente colocar mais terra que um vaso antigo, porém de boa qualidade pode suportar, pois lá trás ele te deu um conjunto de coisas que nenhuma nova fornalha de vasos novos poderá lhe dar, trate-o com carinho, pois durante grande parte de sua vida foi desse vaso que você dependeu ou ainda depende. Lembre-se esse vaso já possui rachaduras demais que o tempo lhe causou, e que foi da sua terra que você brotou, portanto se você ainda tem esse vaso cuide dele com todo carinho do mundo, pois quando ele se for ou não puder mais ser remendado um pedaço seu também estará indo com ele. (Falo de nossos pais).
Manacá no cerrado
Manacá da serra
No cerrado, árida terra
Eclode majestosa e bela
Sagrada em sua capela
Distante de sua vivenda
Compõe sua flor, com legenda
De cor, cheiro e ao sertão bela prenda...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Sou da terra, do triângulo mineiro
Sou poeta do cerrado, estradeiro
De poeira e chão batido, cavaleiro
No espírito embebido, alma de peão
Caipira do amor poetando paixão
Trago nos olhos o sal do sertão
Do curral, do fogão de lenha, lamparina
Da moda de viola, catira e da ave de rapina
Sou araguarino, origem e apreço na sina
Sou interiorano com cheiro do mar
Onde nas tuas ruas eu pude me achar
Estrangeiro no Rio de janeiro, fui morar
Sou brasileiro de sobrenome e nação
Mineiroca de cognome de pura emoção
Aventurado no cerrado goiano sem direção
Gemidos da criação
A terra treme
Os mares rugem
Nossos tesouros viraram ferrugem
De nossa cidade restaram escombros
Nossa coragem tornou-se assombro
Os ventos são Seus mensageiros
anunciando “tudo é passageiro”
Desta mudança, o que virá?
Nossa lembrança, como apagar?
Não é o fim dos tempos
Como alguém sugere
Seus pensamentos não há quem altere
A natureza está gestante
A hora do parto virá num instante
Tragédias são as contrações
a despertarem os corações
Em sua defesa quem clamará?
e com gentileza a conduzirá?
Os seus gemidos se intensificam
nossos anseios se multiplicam
Afinal… o que será?
Nosso futuro não será abortado
Todo este mundo será restaurado
Estou seguro, Deus não volta atrás
Em um segundo, Ele pode, Ele faz
Mas Ele conta com aquele que crê
que em meio a tragédia é capaz de ver
Disposto a trabalhar
sem duvidar
que o Renovo virá
e não tardará
o Renovo virá
Não tardará
O Supremo Obstetra
o parto fará
Novo céu, nova terra
à luz trará
O Amor entre os povos
triunfará
A Justiça do Reino
se implantará
Planeta Terra
Azul, marrom, verde e branco
Mas não vemos nada
No vermelho, corre de ida e de volta
Eis a vida.
"Quando a disse ô linda,
pareces uma rainha,
A levei da terra aos céus com a leveza do meu amor.
Segurei teu desmaio.
Aos sessenta anos de idade, ainda encontro palavras que abrange o calor do teu coraçao.
Quero estar bem acordado, caso lembre de mais frases perfeitas que continuem a ganhar o pulsar da tua vida...
Enquanto, estiver assim ao meu lado...nem a velhice nem mesmo a morte apagaram meus suspiros a minha querida"
Pai, meu pai,
migrante do RS.
Guerreiro bravio
desbravador da terra bruta
preparando-a para o plantio.
O café foi sei
primeiro desafio.
A geada impiedosa
queimou a plantação.
Ele novamente plantou...
Assim foi criando a gente,
94 anos!
Muita história
comovente...
Parabéns meu pai!
"Ser poeta por uma hora,é ganhar tempo! Olhar a terra
girar sobre si sem enxergar montanhas,independentemente do tamanho.Tudo na vida tem sua importância. ...
O poeta finge! esconde suas dores com o intuito de encorajar os outros,à cantar a mesma canção"
SOBREVIDA.
É com a alma ferida
sem praguejar contra a sorte
sentindo a terra ardida
e o sol batendo mais forte
não é difícil encarar a vida
difícil mesmo é encarar a morte.
NOSSA TERRA.
O nordeste que tanto acho
tem gente que não acredita
que a beleza brota de cacho
para os olhos de quem visita
que é reduto de cabra macho
e celeiro de mulher bonita.
Nação do Olhos de Guaranás
Há muito tempo crescia.
na terra Tupi.
Plantas durmideiras condoídas.
Que as sorrateiras a chamavam.
De Terra de Macunaímas.
Porém em seus seios nasceu.
Raiz. da planta forte.
Que de semelhante , escolheu se chamar.
Nascido estava. O pé de guaraná.
Sim . A história se fazia ali.
Bem no centro daquela terra Tupi.
Também chamada planta de Vida.
Cheio de olhos, que enxergavam
todas sorte de pragas a surgir.
Não precisava para ela. Nada contar.
Porque tudo que nascia em volta.
Que fosse tirada do semelhante.
Aquela árvore mirava a olhar.
Fitando, fitando na espera.
Não adiantava o fato negar.
Com tanto olhos filmando.
Já estava fundada a nação.
Dos olhos de Guaranás.
De raiz forte. De imagens com definição.
Quanta sabedoria se fazia.
Quando o Tupi dizia.
Planta da Vida. Do semelhante.
Que via adiantado as plantas daninhas,
Naquele solo nascer.
O que é do semelhante. Não adiantava ceifar.
As sementes da planta se espalhava no ar.
E milhares de olhos, a vigiar.
E cada vez mais forte.
Ceifando as plantas de mortes.
Que só querem acumular.
A nova nação está chegando.
E todo olho virá.
A nação feita de lentes e semelhantes.
A nação dos pés de olhos de Guaranás.
marcos fereS
Agradecer.
Não vou reclamar da vida
nem me queixar pra ninguém
a terra anda um pouco sofrida
e a água as vezes não vem
mas nordestino que se preza
se ajoelha quando reza
e agradece pelo que tem.
SOLETRO SEMPRE
Soletro esta minha inquietude
No nevoeiro da redonda terra
Entre a insensatez dos espinhos
Rosas que perfuram a carne branda
Pálpebras exaltadas no corpo
Devastação do fogo nas madrugadas
Há uma gestação feita de medo
No sangue derramado das palavras
Pétalas de mentira nas lágrimas de sangue
Delírio dos olhos nas palavras impróprias
Cobertas estão as portas na falácia da morte
Sepultura feita de ouro no vicio, na voz
Nas pétalas das rosas cruas de um quadro
Soletro as letras num precipício de palavras
Num fôlego abreviado de fartos espinhos.
A TERRA.
O nordestino é valente também
numa luta que nunca se encerra
o apoio que precisa não vem
e a seca é mais forte na guerra
e a única força que ele tem
é o sentimento de amor pela terra.
Oh mulher ...
Tu não pesaste sobre a terra: então, que a terra te seja leve!
Tal qual suas pegadas que a onda ontem, a noite sufocou....
Oh mulher
De tanta inspiração repente
De tanta e tanta vida latente
Tornaram os nervos convulsivos inflamados a arder muito sem conforto.. .
Oh mulher...
O que restou? uma sombra esvaecida, Um triste que sem mãe agonizava...
Restou uma mulher morta e resvalada na sepultura, Frias na fronte as ilusões — no peito Quebrado o coração!
Oh mulher...
Que de coração doído
Nem saudades levou da vida Onde arquejou de fome... sem um leito de amor
Em treva e solidão - oh dó...
Oh mulher...
Tu fostes como o sol; tu parecias Ter na aurora da vida a eternidade Na larga fronte escrita. . .
Tanto brilho mascarado na dor
No fado da incompreensão do amor
Oh mulher...
não voltarás como surgias...
Apagou-se teu sol da mocidade N’uma treva maldita
Tomara seja finita...
Oh mulher ...
Tua estrela mentiu e omitiu
E do fadário De tua vida a página primeira , segunda, terceira....Na tumba se rasgou...
Eis que o amor , de overdose a matou...
Pobre mulher de Deus, nem um sudário testou
Só seu Brilho ficou...
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