Poemas Curtos de Autores Famosos

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⁠Não releio, esqueço facilmente, mas tudo o que publico supõe dez ou doze versões, sendo que a última acrescendo um descuido evidente para que pareça espontâneo.

Antes las distancias eran mayores porque el espacio se mide por el tiempo.
Antes as distancias eram maiores porque o espaço se media pelo tempo.

Jorge Luis Borges

Nota: Tradução lucijordan

“Desconhecemos os desígnios do universo, mas sabemos que raciocinar com lucidez e agir com justiça é ajudar esses desígnios, que não nos serão revelados.”

⁠O tempo é um rio que me arrebata, mas eu sou o rio; é um tigre que me destroça, mas eu sou o tigre; é um fogo que me consome, mas eu sou o fogo.

O universo (que outros chamam a Biblioteca) compõe-se de um número indefinido, e talvez infinito, de galerias hexagonais.

Jorge Luis Borges

Nota: Trecho do conto A biblioteca de Babel.

La diversidad de las lenguas favorecía la diversidad de los pueblos y aún de las guerras

Inserida por carlosvasconcelos

⁠Para mim, a democracia é um abuso de estatística. E, além disso, não acho que tenha qualquer valor. Você acha que para resolver um problema matemático ou estético deve-se consultar a maioria das pessoas?

Inserida por alexsantos-7g

A Guerra das Malvinas era uma guerra entre dois homens carecas por causa de um pente.

Jorge Luis Borges

Nota: A expressão de dois carecas lutando por um pente é baseada em um trecho de uma fábula de Fedro. Muitas outras adaptações dessa expressão foram feitas a partir da fábula.

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Inserida por pensador

Não se preocupe em entender. Viver ultrapassa todo entendimento. Renda-se como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei.

Clarice Lispector

Nota: Trecho citado por Anna Maria Knobel em "Moreno Em Ato", atribuído a Clarice Lispector.

Sua sensibilidade incomodava sem ser dolorosa, como uma unha quebrada. e se quisesse podia permitir-se o luxo de se tornar ainda mais sensível, ainda podia ir mais adiante.

Clarice Lispector
Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Nota: Trecho do conto Devaneio e Embriaguez duma Rapariga.

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Estou cansada. Meu cansaço vem muito porque sou uma pessoa extremamente ocupada: tomo conta do mundo.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

E ela cada vez maior, vacilante, túmida, gigantesca. Se conseguisse chegar mais perto de si mesma, ver-se-ia inda maior. (...) e em cada olho podia-se-lhe mergulhar dentro e nadar sem saber que era um olho.

Clarice Lispector
Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Nota: Trecho do conto Devaneio e Embriaguez duma Rapariga.

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Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.

Clarice Lispector
Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Nota: Trecho do conto Felicidade clandestina.

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Por seco e calmo ódio, quero isso mesmo, este silêncio feito de calor que a cigarra rude torna sensível. Sensível? Não se sente nada.
Senão esta dura falta de ópio que amenize. Quero que isto que é intolerável continue porque quero a eternidade.

Clarice Lispector
Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Escrever.

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É quase impossível evitar o excesso de amor que um bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica As vantagens de ser bobo.

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Sinto-me derrotada pela minha própria corruptibilidade. E vejo que sou intrinsecamente má.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Rocco. 1998.

– A noite de hoje está me parecendo um sonho.
– Mas não é. E que a realidade é inacreditável.

Clarice Lispector
Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

O amor é vermelho. O ciúme é verde. Meus olhos são verdes. Mas são verdes tão escuros que na fotografia saem negros. Meu segredo é ter os olhos verdes e ninguém saber.

Clarice Lispector
Onde estivestes de noite. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Nota: Trecho do conto É para lá que eu vou.

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É. Eu me acostumo mas não amanso. Por Deus! eu me dou melhor com os bichos do que com gente.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.